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OS PROFESSORES CONTRIBUEM PARA ISSO? GESTÃO DEMOCRÁTICA NO AMBIENTE ESCOLAR.
Vanessa Cipriano Dias.�
	RESUMO	
PALAVRAS-CHAVE: GESTÃO DEMOCRÁTICA. PROFESSORES. ESCOLA. PARTICIPAÇÃO.
INTRODUÇÃO
Há diversas discussões sobre a atuação dos gestores e órgão colegiados na gestão democrática. Dessa maneira, evidencia-se a necessidade de estudar e analisar a participação dos professores para concretizar esta concepção. 
Desta maneira, tem como finalidade elencar possíveis ações do corpo docente para efetivar a gestão democrática. Além de pontuar a disparidade existente entre teoria e prática com relação à gestão democrática no ambiente escolar e identificar as ações dos professores que fazem parte desta gestão. 
O artigo tem como objeto de estudo o processo da gestão democrática, com a finalidade dos professores e todos os profissionais das instituições escolares participarem das decisões em conjunto. A escola neste modelo de gestão deve ser um local de discussão em que todos participem e efetivem esta concepção. Há muitos estudos dessa teoria já obrigada por lei, mas não realizada na prática escolar. Assim necessita-se de mais estudos e ampliar a aplicação no ambiente escolar.
O trabalho encontra-se dividido em três sessões, a primeira explica sobre a gestão democrática que é a participação de todos no ambiente escolar, a segunda delineia-se a participação dos professores para efetivação desta gestão, e por último as hipóteses levantadas, como se ter discussão para as tomadas de decisão e elaboração do projeto político pedagógico e todos os documentos que norteiam a escola na coletividade.
Conforme a pesquisa qualitativa evidencia-se que a participação do professor na gestão é essencial no processo de gestão democrática, já que é o profissional que está em contanto constante com os alunos, sabe suas dificuldades e suas potencialidades. Então junto a toda equipe escolar pode favorecer para que as escolas tenham uma gestão igualitária, autônoma e emancipatória, para que todos tenham voz ativa nas tomadas de decisão. 
 1- Gestão democrática.
O termo gestão democrática vem do grego – demokratia, demo significa povo e kratia é governo. Assim entende-se que é governar com a participação do povo e para todos. Conforme Paro(1998 p.6) “à medida que a sociedade se democratiza, e como condição dessa democratização, é preciso que se democratizem as instituições que compõem a própria sociedade”.
Do pensamento de Paro é explicito que a escola sendo o lugar que proporciona conhecimento, deve ser a primeira a promover a transparência do que ocorre no interior escolar, já que todos devem debater e solucionar os desafios encontrados no cotidiano, desde aprendizagem a interação sócia, pois a escola é o espaço de reflexão em que os aluno devem se sentir ativo para se envolver nas questões que envolvem a eles em primeiro lugar e toda comunidade escolar.
A Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9394/96 garante no seu artigo 14 a gestão democrática nas instituições de ensino.
Art.14- Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I- Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto-político-pedagógico da escola;
II- Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. (BRASIL, 1996)
Diante o exposto, surge a necessidade de estudar o significado da gestão democrática, sendo coletividade e discussão a base desta gestão, que segundo Paro(2008) é disponibilizar a participação de todos no âmbito da instituição escolar.
[...] Não obstante a inegável importância desse significado, o de que se trata aqui é da democratização das relações que envolvem a organização e o funcionamento efetivo da instituição escola. Trata-se, portanto das medidas que vêm sendo tomadas com a finalidade de promover a partilha do poder entre dirigentes, professores, pais, funcionários, e de facilitar a participação de todos os envolvidos nas tomadas de decisões relativas ao exercício das funções da escola com vistas a realização de suas finalidades. (PARO, 2008, p.11)
Nessa perspectiva, a escola tem que construir seu próprio Projeto Político Pedagógico – PPP em conjunto com todos da escola e o deixar disponível para todos que ter interesse em ver e conhecer a concepção de educação e que pretendem formar. A escolha do diretor é realizado pelo voto desde funcionários, alunos e comunidade, para que possa ser feito de uma maneira democrática o voto é sigiloso e assim todos tem direito de expressar através do voto quem consideram capacitado para estar a frente da direção escolar.
 A criação de órgãos colegiados constituídos pelos conselhos escolares, grêmio estudantis, associação de pais, mestres e funcionários- APMF e conselhos de classe tem um papel essencial dentro da escola, já que são essas instâncias que efetivam a gestão de todos ter voz ativa ou seja a gestão democrática..
Afirma LIBÂNEO (2004, P. 103)
Do ponto de vista organizacional, é uma modalidade de gestão que, por meio da distribuição de responsabilidades, da cooperação, do diálogo, do compartilhamento de atitudes e modos de agir, favorece a convivência, possibilita encarar as mudanças necessárias, rompe com as práticas individualistas e leva a produzir melhores resultados de aprendizagem dos alunos.
O surgimento desta nova concepção de gestão estimulou a escola a transformar as relações sociais. A equipe pedagógica tem mais autonomia e liberdade para expor a opinião e saber que serão consideradas. Além disso, podem contar com a colaboração de outros professores para sanar a dificuldade do aluno, pois a escola é o local de discussão, em que todos devem ser esclarecidos e capaz de expor suas ideias e ideais. 
 As instâncias colegiadas passa a ser a ferramenta para o exercício da democratização da gestão. Elas asseguram a participação no coletivo, desde pequenas decisões a grandes dificuldades. 
[...] tendo em conta que a participação democrática não se dá espontaneamente, sendo antes um processo histórico em construção coletiva, coloca-se a necessidade de se preverem mecanismos institucionais que não apenas viabilizem, mas também incentiincentivem práticas participativas dentro da escola pública. (PARO 1998, p.46).
 Apesar de ser garantido por lei a efetivação desta gestão não é simples, pois muitos se omitem ao invés de enfrentar as dificuldades e fazer da escola sua verdadeira função de tornar seres reflexivos.
As instâncias colegiadas são os Conselhos de classe, Grêmio estudantil, APMF, associação de pais, dos quais eu vou explicar o conceito e algumas atribuições. 
Conselho Escolar 
É formado por grupos da comunidade escolar, que devem ter fácil acesso ao diretor e com toda equipe escolar e tornar possível se manifestar sobre todos os setores da escola. 
É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora. Ele dá pareceres referentes ao trabalho de organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar, em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político-pedagógico e o Regimento Escola/Colégio, para o cumprimento da função social e específica da escola (Estatuto do conselho escolar,2005)
Desta maneira, o conselho vem pra garantir a participação da comunidade escolar, já que essa comunidade será transformada conforme as pessoas forem desenvolvendo criticidade e conhecimento para melhorar a qualidade de vida.
Conselho de classe 
O Conselho de classe é o momento em que todos se reúnem na escola para debater as dificuldade encontrada durante o bimestre ou semestre do aluno, discute métodos para melhorar a aprendizagem e o comportamento dos alunos, assim como as avaliações .. 
Esse órgão é composto pelos professores, diretores, profissionais da supervisãoe orientação que devem acompanhar, assessorar, apoiar e avaliar as atividades pedagógico-curriculares, sua atribuição é prestar assistência pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interativo com os alunos. (LIBANÊO, 2004) 
Neste momento todos debatem as dificuldades encontradas em cada turma e as atividades que deram certo. A evasão escolar também é um tema indispensável para discutir no conselho, pois podem junto encontrar alternativas para convercer os alunos a permanecer na escola.
Grêmio estudantil 
É uma instância formada por alunos que devem reivindicar cultura, ensino e questões sociais. O grêmio deve ser bem organizado e saber quais as dificuldades nais vivenciadas por ele no interior escolar.
 Esta entidade representativa dos alunos foi criada pela Lei Federal nº 7.398/85, que lhes confere autonomia para se organizarem em torno de seus interesses, com finalidades educacionais, culturais, cívicas e sociais (Libâneo, 2004). O grêmio é o órgão que promove a democracia, a ética e cidadania na realidade.
Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) 
A APMF reúne pais, professores, funcionários da escola, conforme o Estatuto da APMF (2003), seus dirigentes e conselheiros não são remunerados, são constituídos por prazo indeterminado e devem obedecer ao objetivo de promover a integração escola-comunidade. 
Paro (2008), diz que esse órgão continua com seu caráter arrecadador de taxas junto à população para garantir a sobrevivência da escola, diante da insuficiência de recursos que lhe endereçam os poderes públicos. 
Conforme o Estatuto da APMF (2003), esta pode ir além da arrecadação de recursos, suas contribuições podem estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho escolar; entre outras formas de incentivo à participação da comunidade interna e externa.
A finalidade de concretizar a gestão democrática na escola se classifica como um grande desafio, mas que superado possibilita uma escola de qualidade que cumpra sua meta de transmitir o conhecimento cientifico apropriado historicamente para emancipação da autonomia do aluno e atender as necessidades da comunidade escolar. Para essas metas sejam alcançadas deve se ter um planejamento organizado e eficaz e a comunidade não permitir que o autoritarismo faça da escola um espaço de individualismo, sem preocupação com a coletividade.
Referências:
BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: 
<http://www.presidencia.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acesso em 12 jul. 2012.
LIBANÊO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. Ed. Alternativa, 2004.
PARANÁ: Estatuto do Conselho Escolar. Curitiba. SEED, 2005. Disponível em: 
<www.diaadiaeducacao.com.br/portals/portal/cadep_estatuto_cons_escolar.pdf.> 
Acesso em 01 jul. 2012.
PARANÁ. Estatuto da Associação de Pais, Mestres e Funcionários. Curitiba, 
SEED, 2003. Disponível em: <http//:celepar7.pr.gov.br/apm/modelo_apm.asp.> Acesso em 18 ago.2012
PARO, Vitor Henrique. Participação da comunidade na gestão democrática da escola publica. In:Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Editora Ática, 1997. p. 15-27. 
PARO Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. 3ª ed. São Paulo.Editora Ática, 2005. 
� Vanessa Cipriano dias pós graduada em nível de especialização em gestão escolar pelo instituto Rhema.

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