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O experimento consiste em fazer seis pequenos procedimentos usando ímã e corrente elétrica com o objetivo de verificar a presença e o formato das linhas de indução do campo magnético próximo a ímãs e bobinas quando percorridas por uma corrente, observar o comportamento de bússolas quando próximas de fios transportando corrente (experimento de Oersted) e verificar qualitativamente a força magnética em um fio transportando corrente e o funcionamento de um motor de correte continua. Para isso foram necessários: Imãs de ferrite em forma de barra; Bússola; Base de acrílico com sapatas de borracha; Frasco de limalha de ferro; Conjunto para experimento de Oersted; Cabos de ligação; Fonte de alimentação 3V DC; Bobina plana montada em base de acrílico; Solenoide montado em base de acrílico; Conjunto para experimento de força magnética; Pendulo de metal; Imã em forma de U; Motor elétrico elementar. Montagens e discussões: 1 – Foram colocados dois ímãs por baixo da placa de acrílico, em seguida espalhou- se limalha de ferro sob a placa e pôde-se observar a formação de linhas de indução em volta do ímã, como pode se observar nas figuras 1 e 2. A direção da tangente a uma linha de campo magnético em qualquer ponto fornece a direção do campo nesse ponto, e o espaçamento das linhas representa o módulo do campo, quanto mais intenso o campo, mais próximas estão as linhas e vice-versa. Em um ímã em forma de barra, todas as linhas passam pelo interior deste e formam curvas fechadas. As linhas de campo entram no ímã por uma das extremidades e saem pela outra. Por onde as linhas saem chama-se polo norte, e por onde as linhas entram é chamado de polo sul. Pelo fato do ímã possuir dois polos, diz-se que este possui um dipolo magnético. Figura 1: Linhas de indução do campo magnético (ímãs separados) Figura 2: Linhas de indução do campo magnético (ímãs juntos) 2 – O equipamento foi montado como nas figuras 3 e 4. Com cabos de ligação conectados de tal modo que a corrente elétrica circulasse acima da agulha magnética (figura 3) e abaixo da agulha magnética (figura 4). Antes de ligar a chave que faria a corrente fluir, giramos o conjunto até que a agulha da bússola ficasse paralela ao condutor. Fazendo passar uma corrente no fio, observou que a agulha sofria um desvio em sua orientação, e que esse desvio era perpendicular a esse fio. Ao interromper a passagem de corrente elétrica, a agulha voltou a se orientar na direção norte-sul. Assim, conclui-se que a corrente elétrica no fio se comporta como um ímã colocado próximo à agulha magnética. Ou seja, a corrente elétrica estabeleceu um campo magnético no espaço em torno dela, e esse campo foi o agente responsável pelo desvio da agulha magnética. Podemos concluir que as cargas elétricas em movimento criam, numa região do espaço próximo a ela, um campo magnético. (Ponta vermelha aponta para o sul e ponta azul para o norte). Em outras palavras, quando a corrente está desligada o Bterra está apontado para direita, ao ligar a corrente, o Bfio fica perpendicular ao Bterra, a agulha age como a resultante de Bterra e Bfio. 3.1 – O equipamento foi montado como na figura 5, utilizando a bobina plana montada em acrílico sobre uma folha de papel branco. Ao ligarmos a fonte, salpicamos limalha de ferro sobre a superfície de acrílico, em volta da bobina e observou-se a formação de linhas de indução de forma circular em volta da bobina. Em um ímã, as linhas de indução saem do polo norte e chegam ao polo sul. Uma espira percorrida por corrente elétrica origina um campo magnético análogo ao de um ímã, e então atribui-se a ele um polo norte, do qual as linhas saem, e um polo sul, no qual elas chegam. Como a corrente está saindo do polo positivo (cabo preto) e indo para o polo negativo (cabo vermelho) pela regra da mão direita, temos que o campo fica em volta da bobina, fazendo linhas de indução circulares em volta dela, como mostrado na figura 5. Figura 5: Linhas de indução por uma bobina transportando corrente Figura 4: Experimento de Oersted (corrente passando por baixo) Figura 3: Experimento de Oersted (corrente passando por cima) 3.2 – Após limpar a limalha de ferro usada na parte anterior do experimento, aproximamos uma bússola da bobina, ao fazer isso o ponteiro não parou de girar tentando encontrar onde estava o polo norte e o polo sul e só conseguiu encontrar quando a colocamos no centro da bobina, como pode se observar na figura 6. 4 – A montagem do experimento foi feita usando a mesma fonte do experimento anterior, porém dessa vez foi usado um solenoide no lugar de uma bobina. Com a corrente passando do polo positivo (cabo preto) para o polo negativo (cabo vermelho). Ao ligarmos a fonte e jogar limalha de ferro por dentro do solenoide, pôde-se observar a formação de linhas de indução. No interior do solenoide, o campo é praticamente uniforme e tem direção de seu eixo geométrico. Na região externa o campo é praticamente nulo. Se no interior do solenoide for introduzido um núcleo de ferro, a intensidade do vetor indução magnético aumentará. No interior do solenoide, o vetor indução magnética B tem a direção do eixo geométrico do solenoide e sentido perpendicular a corrente. Nas extremidades do solenoide formam-se dois polos: norte, de onde saem as linhas de indução; sul, por onde entram. 5.1 – O equipamento foi montado como mostrado na figura 8, com um ímã em forma de U sendo colocado ao centro, com seu polo azul para cima e o polo vermelho para baixo. Corrente indo do polo positivo (fio preto) para o polo negativo (fio vermelho). Foi observado no experimento que ao aplicar a fonte C.C. nos devidos terminais, o balanço se projetava um pouco para fora, como mostrado na figura 8. As linhas de campo magnético têm o seu sentido do polo norte do ímã para o sul (de baixo para cima). O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o mesmo sentido delas. A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da esquerda para direita de acordo com a figura. Figura 6: Montagem 3, usando uma bússola Figura 7: Linhas de indução usando solenoide F igura 8: Comportamento da balança polo norte para cima 5.2 – O ímã foi invertido, como mostrado na figura 9, com seu polo vermelho para cima e o polo azul para baixo. Corrente indo do polo positivo (fio preto) para o polo negativo (fio vermelho). Foi observado no experimento que ao aplicar a fonte C.C. nos devidos terminais, o balanço se projetava um pouco para dentro, como mostrado na figura 9. devido à força magnética: As linhas de campo magnético têm o seu sentido do polo norte do ímã para o sul (de cima para baixo). O vetor indução magnética é tangente às linhas de campo magnético e com o mesmo sentido delas. A corrente elétrica através do condutor, percorre o campo magnético da esquerda para direita de acordo com a figura. 6 – Usando a mesma montagem do experimento anterior, tiramos a balança, colocamos a bobina do motor elementar nos suportes e invertemos o ímã em U de forma que ele ficasse virado para cima, como mostrado na figura 10. Ao ligar a fonte, a bobina começou a girar continuamente. O estímulo à rotação é dado pelo campo magnético existente na bobina. Quando a corrente passa na bobina ela gera um campo magnético constituindo assim um ímã. O movimento ocorre pela indução eletromagnética com uma segunda forma de ímã que é denominada de ímã permanente. Conclusão: Os testese análises realizados neste experimento ratificam as leis físicas estudadas anteriormente. De uma maneira geral, pôde-se comprovar na prática a regra da mão direita, aplicada às mudanças de sentido da corrente ou do campo magnético e estimar o sentido da força eletromagnética gerada pela passagem dos elétrons pelo fio condutor. Conhecendo-se duas destas três grandezas, torna-se possível estimar a direção e o sentido da terceira. Portanto, a experiência atendeu às expectativas. Figura 9: Comportamento da balança polo norte para baixo Figura 10: Motor de corrente contínua
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