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LABORATO´RIO DE MATERIAIS DE CONSTRUC¸A˜O MECAˆNICA: PROCEDIMENTO DE LIXAMENTO Guilherme Gazzinelli Rohrmann∗ ∗CEFET-MG, Divino´polis, Minas Gerais, Brasil Email: guilherme.gazzinelli@gmail.com Resumo— No presente relato´rio e´ apresentado o me´todo de lixamento de amostra como preparac¸a˜o para a ana´lise metalogra´fica, como tambe´m a visualizac¸a˜o do processo via microsco´pio. Palavras-chave— Amostra, Parafuso, Lixamento, Preparac¸a˜o 1 Introduc¸a˜o Este relato´rio aborda o procedimento inicial de desbaste. A camada superficial da amostra deve ser retirada a fim de eliminar poss´ıveis interfereˆn- cias que possam ter ocorrido nos processos pre´vios de preparac¸a˜o, ou tambe´m para se chegar a um ponto de interesse de ana´lise da pec¸a. Este pro- cedimento e´ realizado atrave´s de uma lixadeira de bancada, que possui um fluxo de a´gua. Sera´ abor- dado tambe´m o uso da lixadeira e procedimentos de seguranc¸a. 2 Procedimento O lixamento foi realizado em treˆs etapas trocando- se a lixa a fim de reduzir as trilhas de desbaste. O procedimento ba´sico e´ o seguinte: • Lixamento com uma lixa de gra˜os maiores. • Verificac¸a˜o de regularidade do lixamento. • Ana´lise no microsco´pio (a fim de observar as renhuras realizadas pelo procedimento). • Troca da lixa por uma de gra˜o menor. • Rotac¸a˜o da pec¸a em 90o para que as novas ranhuras estejam perpendiculares a`s anterio- res. • Retorno a` verificac¸a˜o e avanc¸o na densidade de gra˜o da lixa. Este procedimento ba´sico assegura que apo´s as lixas de 220, 400 e 1500 mesh se obtenha uma pec¸a ideal para se realizar o polimento e o ataque. Outras medidas intermedia´rias de lixa podem ser usadas a fim de obter uma superf´ıcie ainda mais regular. O que se busca neste procedimento de mudanc¸a de lixa e rotac¸a˜o da pec¸a em 90o e´ a re- tirada do ma´ximo poss´ıvel de linhas de desbaste. A seguir e´ discorrido sobre a realizac¸a˜o do proce- dimento supracitado. Na figura 1, podemos visua- lizar o precedimento com a alternaˆncia de sentido de desbaste. Figura 1: Processo de Lixamento 2.1 A lixadeira Esta ferramenta possui uma chave seletora de 3 posic¸o˜es como visto na figura 2 sendo elas: Desli- gada, Baixa e Alta velocidades. Ha´ tambe´m um controle do fluxo de a´gua por meio de um regis- tro (figura 3). Este fluxo e´ importante para que o material se mantenha frio e assim na˜o se alterar a estrutura do material que esta´ sendo preparado. A a´gua tambe´m e´ importante para a limpeza da lixa, fazendo a retirada do material acumulado nas porosidades que geram o desbaste. Figura 2: Lixadeira metalogra´fica 2.2 As lixas As lixas utilizadas tem diferentes tamanhos de part´ıcula. A medida utilizada e´ a Mesh. Se trata de uma folha com material abrasivo destinado a dar a` abrasa˜o a pec¸a. Sendo necessa´rio variar a granulac¸a˜o da mesma para ir melhorando o aca- bamento (rugosidade superficial). No lixamento o poder de desgaste e´ avaliado pela dureza do gra˜o e pela sua granulometria da lixa. Geralmente, para os trabalhos metalogra´ficos as lixas utilizadas teˆm Figura 3: Registro de a´gua com tubo de direcio- namento Figura 4: Lixa de 200 como gra˜o abrasivo o o´xido de alumı´nio, em casos especiais, sa˜o utilizados o diamante e o carbeto de boro. A granulometria e´ relatada em nu´meros. Quanto mais baixo o numero mais grossa sera´ a lixa, ou seja, maior os gra˜os abrasivos. 3 Realizac¸a˜o do procedimento Durante o procedimento foi utilizado o microsco´- pio para a identificac¸a˜o do desbaste. A lixa inicial visto em 4 produz uma ranhura profunda. A man- cha identificada pode ser proveniente da incorreta manipulac¸a˜o da amostra, permitindo que a a´gua secasse na superf´ıcie oxidando-a. Isto foi identifi- cado no procedimento e logo solucionado lavando a mostra e colocando um pouco de a´lcool e se- cando com um soprador de ar. A figura 5 ilustra como a mostra deve secar, pois o fluxo de ar retira o excesso de a´gua sobre a superf´ıcie evitando a oxidac¸a˜o. O procedimento de rotac¸a˜o da amostra ga- rante uma superf´ıcia mais homogenia. A figura 6 ilustra como a amostra fica se na˜o for respeitado o sentido de desbaste, ou quando este na˜o foi su- ficiente para retirar as ranhuras da lixa da etapa anterior. Esta figura e´ apo´s o uso da lixa de 400 Mesh Ao se alcanc¸ar a lixa de 1500 mesh podemos Figura 5: Maneira correta(1) e incorreta (2) de secar a amostra Figura 6: Amostra com ranhuras ainda em sentido incorreto. observar na figura que a superf´ıcie se encontra muito mais suave e sem linhas aleato´rias. Esta imagem indica que o procedimento chegou em seu momento final. Figura 7: Final do processo com a lixa de 1500 mesh E´ interessante uma boa atenc¸a˜o a`s bordas do elemento que vai ser analisado. Normalmente e´ onde se encontrara˜o as maiores irregularidades su- perficiais devido a` diferenc¸a de resisteˆncia entre os materiais de embutimento e o metal. 4 Concluso˜es Os procedimentos apresentados sa˜o essenciais para uma boa ana´lise metalogra´fica de uma pec¸a. Quesitos de seguranc¸a devem ser atentamente ob- servados para se garantir a integridade f´ısica do analista, bem como da pec¸a e do equipamento. Precedimentos de limpeza e secagem da mostra devem ser realizados evitando oxidac¸o˜es da super- f´ıcie. O bom lixamento da superf´ıcie e´ de suma im- portaˆncia para que se deˆ continuidade ao processo de ana´lise do material. Os procedimentos realiza- dos contribu´ıram com a visa˜o de que o processo deve ser bem feito uma vez para evitar que tenha que ser feito va´rias vezes. Refereˆncias Filho, E. L. M. (1992). Manual de Redac¸a˜o e Es- tilo, Maltese.
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