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CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA Campus Buritis ELEMENTOS DE MÁQUINAS II AULA 04 ELEMENTOS FLEXÍVEIS Correntes de Transmissão Prof. Luiz Brant CORRENTES DE TRANSMISSÃO Conceito: As correntes são elementos de transmissão metálica, e por isso com capacidade proporcional ao seu tamanho, de transmitir maiores potências que as correias, porém com menor capacidade de absorção de choques. Assim como as correias, as correntes são capazes de vencer grandes distancias entre eixos, com a vantagem de que a transmissão ocorre sem deslizamento CORRENTES DE TRANSMISSÃO Princípio de Funcionamento: A corrente se acopla à engrenagem motora/motriz (pinhão) e movida/conduzida (coroa) que transmitem o movimento. CORRENTES DE TRANSMISSÃO Aplicações: Características (Fatores Positivos): Transmitem grande quantidade de energia; Muito utilizado em sistemas “pesados”; Possuem bom sincronismo; Possuem bom rendimento: 0,95 a 0,99 (quando bem dimensionados); Adequada para grandes distâncias entre eixos; Opera em condições severas de operação (correias são inadequadas sob umidade, alta temperatura ou ambiente agressivo). Possui longa vida útil se bem selecionadas ou dimensionadas. Permite grandes reduções; CORRENTES DE TRANSMISSÃO Fácil montagem e manutenção; Razão constante, uma vez que nenhum escorregamento nem fluência estão envolvidos; Capacidade de acionar vários eixos a partir de uma única fonte de potência. Nesse caso, todas as rodas dentadas devem pertencer ao mesmo plano. CORRENTES DE TRANSMISSÃO Características (Fatores Positivos): Sofrem desgaste devido a fadiga e a tensão superficial; Geram ruídos, choques e vibrações; Demanda lubrificações; Custo intermediário entre as correias e as engrenagens; Opera em situações de menor velocidade. CORRENTES DE TRANSMISSÃO Características (Fatores Negativos): Esticador Flexível Principais Tipos: Corrente de Rolos ou Roletes CORRENTES DE TRANSMISSÃO As correntes de rolos são as mais utilizadas, tanto para transmissão de potência como para esteira transportadora. São fabricadas com diversos elos sendo cada um deles composto de placas, roletes, grampos ou anéis e pinos. Os dentes das engrenagens se acoplam com os roletes rotativos, onde o desgaste é reduzido, pois acontecem contatos do tipo deslizante e rolante. Estas correntes estão disponíveis em diversas formas padronizadas e materiais, tais como aço, aço inox, plásticos (para autolubrificação). Permitem velocidade de até 11 m/s, porém a faixa recomendada é de 3 a 5 m/s. Elo Externo Elo Interno Pino Bucha Rolo ou Rolete Placa ou Tala Principais Tipos: Corrente de Buchas Corrente de Dentes Correntes Transportadoras CORRENTES DE TRANSMISSÃO sem roletes, compostas apenas por placas laterais e pinos maciços. placas laterais fabricadas em forma de dentes invertidos que se acoplam com os dentes da engrenagem qualquer tipo de corrente que possua dispositivo de fixação de esteiras para apoio e transporte de material Corrente de Rolos CORRENTES DE TRANSMISSÃO Largura Diâmetro do Rolo Passo p Espaço entre fileiras Dimensionamento e Seleção: Correntes de roletes raramente falham porque careçam de resistência de tração; elas falham muito mais frequentemente porque foram submetidas a um número excessivo de horas de trabalho. A falha real pode ser devida tanto ao DESGASTE dos roletes nos pinos quanto à FADIGA das superfícies dos roletes e das placas. CORRENTES DE TRANSMISSÃO DESGASTE FADIGA Dimensionamento e Seleção: RECOMENDAÇÕES GERAIS CORRENTES DE TRANSMISSÃO 1) Várias seleções de correntes podem ser feitas para uma determinada aplicação.Considerações relativas a: a) Expectativa de vida útil b) Limitações de espaço c) Velocidade d) Custos e) Outras variáveis Direcionam a melhor seleção Dimensionamento e Seleção: RECOMENDAÇÕES GERAIS CORRENTES DE TRANSMISSÃO 2) Usar sempre o menor passo possível que seja capaz de transmitir a potência e a carga na velocidade exigida pela aplicação. 3) Normalmente as correntes simples satisfazem a maioria das exigências e tem custo menor 4) Correntes múltiplas de passo pequeno, devem ser usadas para transmitir potências a altas velocidades ou quando se desejar um baixo nível de ruído desde que possam ser usadas rodas dentadas com grandes números de dentes. Dimensionamento e Seleção: RECOMENDAÇÕES GERAIS CORRENTES DE TRANSMISSÃO 5) Relação de transmissão, determinada pelas velocidades das rodas motriz e conduzida, como regra geral podem ser: a) Normais – 6: 1 b) Máximo – 10: 1 Observação: o recurso do desdobramento em duas ou mais relações, é bastante válido, e é preferível em vez de se trabalhar com relações maiores. Além disso, encoraja-se o uso de esticadores flexíveis. Esticador Flexível Dimensionamento e Seleção: RECOMENDAÇÕES GERAIS CORRENTES DE TRANSMISSÃO 6) Para um máximo de vida útil da corrente, recomenda-se que a distância entre centros das rodas dentadas situe-se entre 30 e 50 passos; 7) Para distâncias menores que 30 passos, deve-se cuidar do arco de contato entre a corrente e roda dentada menor, no mínimo 120º. Dimensionamento e Seleção: RECOMENDAÇÕES GERAIS CORRENTES DE TRANSMISSÃO 8) É importante que a corrente trabalhe sempre com a tensão correta. Após as primeiras 100 h de trabalho é necessário fazer um ajuste na tensão visando eliminar as folgas proveniente do alongamento inicial. Atentar para a necessidade de se usar esticadores. Lubrificação: Tipo A - Lubrificação Manual ou por Gotejamento CORRENTES DE TRANSMISSÃO Lubrificação: Tipo A - Lubrificação Manual ou por Gotejamento CORRENTES DE TRANSMISSÃO Lubrificação: Tipo B - Lubrificação de Disco ou por Banho CORRENTES DE TRANSMISSÃO Lubrificação: Tipo C - Lubrificação por Corrente de Óleo CORRENTES DE TRANSMISSÃO Velocidades: CORRENTES DE TRANSMISSÃO Z / Z ) 000.60 .. Zpn V n rotacão [rpm] p passo [mm] Z número de dentes [m/s] Dimensionamento e Seleção: ROTEIRO 1) Definir o fator de serviço fs (Tabelas 1 ou 2) 2) Calcular a Potência Projetada Pp 3) Selecionar o número de dentes da roda dentada motora (pinhão): Zmotora (ímpar) > 17 4) Com base na rotação do pinhão e na potência projetada Pp, defina a Potência Simples Ps (potência considerando uma corrente simples com roda motora de 17 dentes), o número ANSI da corrente e o tipo de lubrificação (Tabela 3) smotorp fPP . CORRENTES DE TRANSMISSÃO Dimensionamento e Seleção: ROTEIRO 5) Definir o fator de correção k1 para o número de dentes do pinhão (Tabela 4) e o fator k2 para a correção do número de fileiras (Tabela 5) 6) Calcular a potência corrigida Pc com base na Potência Simples Ps , k1 e k2. 7) Certificar que senão, retornar ao item 4 e definir outra Pot. Simples Ps . 8) Identificar qual o passo p da corrente definida (Tabela 6) 9) Calcular o número de dentes da roda dentada movida (Zmovida) 10) Calcular o número de elos da corrente (par) L/p. 11) Calcular a nova distância entre centros: 21.. kkPP sc pc PP motora movida menor maior Z Z n ni C pZZZZ p C p L motoramovidamovidamotora . 42 2 2 2 2 2 2 .8 4 motoramovida ZZAA p C p LZZ A motoramovida 2 CORRENTES DE TRANSMISSÃO Dimensionamento e Seleção: EXEMPLO 01 Um misturador de argamassa deve ser acionado por meio de uma transmissão por corrente, por um motor de 13KW (735,5 W = 1 CV) que possui uma rotação efetiva de 1.160 rpm. Sabendo que a engrenagem do misturador deve girar com 290 rpm e que a distância estimada entre centros é de 600mm, dimensionar a transmissão. CORRENTES DE TRANSMISSÃO Dimensionamento e Seleção: EXEMPLO 02 Uma corrente de rolos no ANSI 60 de fileira dupla é utilizada para transmitir potência constante entre um pinhão de 13 dentes girando a 300 rpm e uma coroa de 52 dentes. a) Qual é a potência permissível (potência corrigida) dessa transmissão? b) Calcule a distância entre centros se o comprimento da corrente é de 82 elos. CORRENTES DE TRANSMISSÃO
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