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1 Profa. Dra. Isabel C. N. Sacco MFT0103 LOCOMOÇÃO Toda ação que move o corpo de um animal através do espaço aéreo, aquático ou terrestre (CAPOZZO, 1991). 2 MARCHA HUMANA • Transporte seguro e eficiente no espaço terrestre (ALLARD, 1995). • Mais comum de todos os movimentos humanos. O padrão de variabilidade de uma passada no dia-a- dia é moderadamente baixo (WINTER, 1991). • O ciclo da marcha é uma seqüência maravilhosamente orquestrada de eventos elétricos e mecânicos que culminam na propulsão coordenada do corpo através do espaço (LIEBER, 1992). Sob o ponto de vista da Biomecânica ... • A marcha humana é um dos movimentos mais comuns. Nela estamos expostos a forças externas constantes e, portanto, o estudo dessas forças nos leva a entender mecanismos dinâmicos da marcha. 3 Sob o ponto de vista da Neurofisiologia ... • Na marcha humana é uma seqüência de eventos reflexos, compondo movimentos altamente complexos, que uma vez aprendido torna-se subconsciente. Vários mecanismos de controle motor atuam na geração/controle deste padrão de movimento. Sob o ponto de vista da Fisioterapia ... • O entendimento dos mecanismos dinâmicos e reflexos da marcha, permite-nos a intervenção para a reeducação da marcha, um dos objetivos terapêuticos mais importantes. 4 Lembrete histórico • IRMÃOS WEBER (1836): estudo da marcha humana a partir de leis mecânicas: comparações com pêndulo, estudos com cronofotografia. • MAREY (1882): quantificou o estudo da locomoção através de seus inventos, pioneiro da cinematografia (cronociclo). • MUYBRIDGE (1877) • BRAUNE & FISCHER (1889, 1906): Análise matemática 3D da marcha, centro de gravidade e momento de inércia de cadáveres. 5 • A descrição da marcha humana envolve a medição da variáveis que possam ser identificadas como padrões característicos no andar. • Estas variáveis de interesse podem ser divididas nas que refletem a causa do padrão andar e as que descrevem o efeito. VARIÁVEIS • Os sinais EMG, momentos de força e potências se aproximam das causas do movimento. • As variáveis cinemáticas (velocidades, comprimento da passada, ângulos articulares) e forças reação do solo refletem o produto de muitos efeitos integrados 6 Retirada dos dedos Aceleração Balanço médio Desaceleração FASE BALANÇO 40% FASE DE APOIO 60% Retirada dos calcanhar Fase de apoio médio Aplainamento do pé Toque do calcanhar C ic lo d a M ar ch a CICLO DA MARCHA 7 Variáveis CINEMÁTICAS Espaciais Descrição Cinesiologia 8 Ciclo marcha - Controle X OA X Avascular necrose Va riá ve is C IN EM Á TI C A S Allard (1995) 9 ÂNGULOS ARTICULARES - LESADOS LCA Devita et al., 1997 FORÇA REAÇÃO DO SOLO (Vaughan, 1998) 10 FORÇA REAÇÃO DO SOLO FORÇA REAÇÃO DO SOLO (Winter, 1991) 11 0 20 40 60 80 100 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 GC15 Pé direito CV=11% Fo rç a ve rt ic al (P C ) Tempo(% apoio) 0 20 40 60 80 100 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 GC15 Pé esquerdo CV=10,5% Fo rç a ve rt ic al (P C ) Tempo (% apoio) 0 20 40 60 80 100 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 GD07 Pé direito CV=6,6% Fo rç a ve rt ic al (P C) Tempo(% apoio) 0 20 40 60 80 100 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 GD07 Pé esquerdo CV=7,9% Fo rç a ve rt ic al (P C ) Tempo (% apoio) Marcha Hemiplégico • Instabilidade: > variabilidade (CV) e assimetrias • Baixa velocidade de deslocamento • Diminuição de mobilidade articular (dificuldade em levantar o pé na fase de balanço) • Diminuição do comprimento da passada • Descontrole na fase de contato do membro inferior com o solo (posição pé na fase de contato) • Hiperatividade de extensores de quadril • Co-contração de agonistas e antagonistas (Wall & Ashburn, 1979; Gage, 1993, Gage & Koop, 1995; Winter, 1991) 12 Marcha PC - Hemiplegia 0 20 40 60 80 100 0 100 200 300 400 500 PC Direita (afetado) Esquerdo Fo rç a Ve rti ca l ( N) Tempo de apoio (%) 0 20 40 60 80 100 -100 -80 -60 -40 -20 0 20 40 60 80 Direita (afetada) Esquerda Fo rç a Ho riz on ta l ( N) Tempo de apoio (%) Jakobovistsch & Serrão (1998) Distribuição de Pressão Plantar - contato inicial 13 DPP - aplainamento do pé DPP - médio apoio 14 DPP - retirada do calcanhar DPP - retirada dos dedos 15 D is tr ib ui çã o Pr es sã o Pl an ta r A rt rit e re um at ói de D is tr ib ui çã o Pr es sã o Pl an ta r A rt rit e re um at ói de 16 D is tr ib ui çã o Pr es sã o Pl an ta r N eu ro pa tia D ia bé tic a Diabético neuropata, 43 anos, deformidade de charcot, úlcera 2o metatarso D is tr ib ui çã o Pr es sã o Pl an ta r N eu ro pa tia D ia bé tic a 17 Rab (1994) ATIVIDADE MUSCULAR Fa se A po io 18 Fa se B al an ço A tiv id ad e m us cu la r 19 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 Tempo (% apoio) E M G (U .A .) GRUPO CONTROLE m.vasto lateral D m.tibial anterior D m.gastrocnêmio lateral D 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 Tempo (% apoio) E M G (U .A .) GRUPO CONTROLE m.vasto lateral E m.tibial anterior E m.gastrocnêmio lateral E 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 Tempo (% apoio) E M G (U .A .) GRUPO DIABÉTICO m.vasto lateral D m.tibial anterior D m.gastrocnêmio lateral D 0 20 40 60 80 100 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 Tempo (% apoio) E M G (U .A .) GRUPO DIABÉTICO m.vasto lateral E m.tibial anterior E m.gastrocnêmio lateral E MOMENTOS DE FORÇA JOELHO LESADOS LCA (Wexler et al., 1998)
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