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APOSTILA CURSO DE ESTABILIDADE

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Capítulo 1 
TIPOS DE TALUDE 
 MOVIMENTOS DE MASSA 
TIPOS DE TALUDES 
 Talude é a denominação que se dá a qualquer superfície 
inclinada de um maciço de solo ou rocha. 
 Naturais (encostas) ou construídos pelo homem 
 
Encostas Naturais: Avaliar necessidade de 
medidas de estabilização 
 
Cortes ou escavações : Definir inclinação do corte / 
Avaliar a necessidade de medidas de estabilização 
 
Barragem de Terra: Definir seção da 
barragem e configuração economicamente 
mais viável 
 
Barragem de rejeito (alteamento a montante). Definir 
seção dos diques e configuração economicamente 
mais viável 
 
Aterros:sobre solos compressíveis : Definir 
geometria da seção economicamente mais 
viável 
 
 Retro-análise da ruptura para reavaliação dos 
parâmetros de projeto 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
2 
TIPOS DE TALUDES 
 
Tipo de Talude Superfície 
Condição da encosta com 
relação à água superficial 
 
 
Plana - 
 
 
Convexa 
Coletora 
 
 
Difusora 
 
 
Côncava 
Coletora 
 
 
Difusora 
 
 Forma do Talude – Respostas geodinamicas diferentes. 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
u
lo
 1
 
3 
TIPOS DE TALUDES 
ENCOSTAS 
 Constituídos por solo residual e/ou 
coluvionar, além de rocha. 
 Sujeitos a problemas de 
estabilidade, já que as ações das 
forças gravitacionais naturalmente 
contribuem para a deflagração do 
movimento. 
 A instabilização de encostas naturais é conseqüência da própria 
dinâmica de evolução das encostas: i) avanço dos processos físico-
químicos de alteração das rochas; ii) infiltração 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
4 
Movimentos de Massa 
ORIGEM 
 MECANISMOS DEFLAGRADORES 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Movimento de massa pode ser definido como qualquer 
deslocamento de um determinado volume de solo 
 
 A literatura em geral trata movimentos de massa como 
processos associados a problemas de instabilização de encostas 
 Os Movimentos de Massa devem ser vistos à luz de 
 Do meio físico 
 Natural e, 
 Antropizado 
 Da ocupação e do uso do solo 
 Das mudanças climáticas 
 Não é possível, porém, colocá-las como causas principais 
dos Movimentos de Massa 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
6 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 Geologia e Geologia estrutural 
 Hidrologia e Hidrogeologia 
 Manto de intemperismo 
 Biodiversidade 
 Clima, etc. 
RELEVO 
VEGETAÇÃO 
CLIMA 
 
GEOLOGIA 
Meio Urbano 
José Camapum (UNB) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
7 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 
José Camapum (UNB) 
Talude côncavo 
Talude convexo 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
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lo
 1
 
8 
TIPOS DE MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 Geologia e Geologia estrutural 
 O grau de intemperização do perfil e a geologia 
estrutural podem ser definidores dos Movimentos 
de Massa. 
 A intemperização depende, dentre outros, do tipo 
de rocha; 
 A estrutura geológica pode favorecer ao 
deslizamento 
José Camapum (UNB) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
9 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 Geologia e Geologia estrutural 
 Hidrologia e Hidrogeologia 
 
José Camapum (UNB) 
A ocupação e uso do solo altera as condições 
hidrológicas locais, intervindo diretamente no 
balanço hídrico (capilaridade/sucção, no nível 
d’água etc). 
A hidrogeologia é importante, pois muitas 
vezes a alimentação da água na encosta tem 
origem em outro local e se deve ao 
artesianismo. 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
ap
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 1
 
10 
Processo de infiltração 
Grão Grão 
Capilar 
Adsorvida 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
MOVIMENTOS DE MASSA 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
11 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
MOVIMENTOS DE MASSA 
Processo de infiltração 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
12 
Ocorrências de chuvas e deslizamentos (78-88) 0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mes
Pr
ec
ip
ita
çã
o
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
 
N
º d
es
liz
am
en
to
Chuva
Desliz.
MOVIMENTOS DE MASSA 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
ap
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 1
 
13 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
dia
po
rc
en
ta
ge
m
%acidente
% chuva
MOVIMENTOS DE MASSA 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Correlação acidentes x chuvas (abril/85) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
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es
 -
 C
ap
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u
lo
 1
 
14 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 Geologia e Geologia estrutural 
 Hidrologia e Hidrogeologia 
 Manto de intemperismo 
José Camapum (UNB) 
 Solos intemperizados favorecem a infiltração; solos 
pouco intemperizados são menos permeáveis 
 o solo intemperizado pode desagregar-se com a presença 
de águas 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
u
lo
 1
 
15 
MOVIMENTOS DE MASSA 
 Aspectos relevantes do meio físico natural: 
 Geomorfologia 
 Geologia e Geologia estrutural 
 Hidrologia e Hidrogeologia 
 Manto de intemperismo 
 Biodiversidade 
José Camapum (UNB) 
Gonzalez (2009) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
u
lo
 1
 
16 
Movimentos de Massa 
COMO IDENTIFICAR O RISCO? 
Trincas 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
18 
Rachaduras em 
paredes 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
19 
Inclinação de 
muro 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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 1
 
20 
Inclinação de 
árvores 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
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 1
 
21 
Inclinação de 
postes 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
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lo
 1
 
22 
Surgência de 
água no talude 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
23 
Existência de 
minas de água 
no talude 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
24 
Imóveis na 
crista do talude 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ade 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
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lo
 1
 
25 
Aterros no 
talude 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
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lo
 1
 
26 
Lançamento de água e 
esgoto à céu aberto 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
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lo
 1
 
27 
Construções às 
margens de canal 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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lo
 1
 
28 
Movimentos de Massa 
CONDIÇÕES DE AGRAVAMENTO DE RISCO 
Presença de 
Entulho 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Disposição de 
lixo 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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 1
 
30 
Vazamentos 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Fossas mal 
executadas 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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 1
 
31 
Construções em 
área de risco Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
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 1
 
32 
Cortes irregulares 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Es
ta
b
ili
d
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e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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lo
 1
 
33 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Construção 
sobre aterros 
(inadequados) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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 1
 
34 
Vegetação 
inadequada 
Luis Edmundo Campos (UFBA) 
Remoção da 
cobertura vegetal 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
u
lo
 1
 
35 
Movimentos de Massa 
CLASSIFICAÇÃO 
A maioria das classificações tem aplicabilidade 
regional e está baseada nas condições geológicas e 
climáticas locais. 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
DENOMINAÇÃO 
Tipo de movimento 
Tipo de material 
Rocha 
Solo (engenharia) 
Grosseiro Fino 
Quedas De rocha De detritos De terra 
Tombamentos De rocha De detritos De terra 
Escorrega-
mento 
Rotacional 
Poucas 
unidades 
Abatimento 
e rocha 
De blocos 
rochosos 
De rocha 
Abatimento 
de detritos 
de Blocos de 
detritos 
De detritos 
Abatimento 
de terra 
De blocos 
de terra 
de Terra 
Translacio-
nal 
Muitas 
unidades 
Expansões laterais De rocha De detritos De terra 
Corridas/escoamentos 
De rocha 
(rastejo 
profundo) 
De detritos De terra 
(Rastejo de solo) 
Complexos: combinação de dois ou mais dos principais tipos de movimentos 
 Varnes (1978) 
Aceita Internacionalmente 
Es
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37 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
Velocidade do movimento de massa 
 Varnes (1978) 
Aceita Internacionalmente 
Nomenclatura Velocidade 
Extremamente rápido > 3m/s 
Muito rápido 0,3m/min a 3m/s 
Rápido 1,5m/dia a 0,3m/min 
Moderado 1,5m/mês a 1,6m/dia 
Lento 1,5m/ano a 1,6m/mês 
Muito lento 0,06m/ano a 1,6m/ano 
Extremamente lento < 0,06m/ano 
Es
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b
ili
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d
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 C
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 1
 
38 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
PROFUNDIDADE do movimento de massa 
 GeoRio (1999) 
Nomenclatura Profundidade 
Superficial < 1,5m 
Raso 1,5m a 5m 
Profundo 5m a 20m 
Muito profundo > 20m 
Es
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b
ili
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d
e 
Ta
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 -
 C
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 1
 
39 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
Queda Escorregamento 
Rastejo ou fluência Corrida 
Augusto Filho (1992) : 
 revisou a proposta de classificação de Varnes (1978) 
 ajustou as características dos principais grandes grupos de processos 
de escorregamento à dinâmica ambiental brasileira . 
Es
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 C
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 1
 
40 
Movimentos de Massa 
DESCRIÇÃO DOS TIPOS DE MOVIMENTOS 
 SUBSIDENCIA 
 ESCOAMENTO 
 EROSÃO 
 ESCORREGAMENTO 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
 Movimento de massa essencialmente vertical, que envolve o colapso 
da superfície. 
 Pode ser contínuo ou instantâneo (colapso da superfície). 
 Dependendo do mecanismo deflagrador, pode ser classificado como 
 recalque, produzido pelo rearranjo das partículas, 
 desabamento ou queda (deslocamento finito vertical) ou 
 afundamento, em que ocorre deformação contínua. 
 
 SUBSIDÊNCIA Quedas (ou desabamentos) 
Afundamento de Camadas e Recalques 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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 1
 
42 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
•Quedas (ou 
desabamentos) 
 
são subsidências 
bruscas, em alta 
velocidade. 
 
 envolvem blocos 
rochosos, que se 
deslocam livremente 
em queda livre ou ao 
longo de um plano 
inclinado . 
 
 
(b) Grajaú, Rio de Janeiro (2009) 
Exemplos de queda de blocos rochosos e lascas 
(a) Escorregamento em Rocha, 
Blumenau (2008) 
SUBSIDÊNCIA 
Quedas (ou desabamentos) 
Afundamento de Camadas e Recalques 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
43 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
•Quedas (ou desabamentos) 
 
 
 
 
  mecanismos de quedas de blocos, 
em que o colapso ocorre por 
descalçamento e tombamento . 
 
 
 (a) desmoronamento 
(b) tombamento 
 SUBSIDÊNCIA 
Quedas (ou desabamentos) 
Afundamento de Camadas e Recalques 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
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ít
u
lo
 1
 
44 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
• Afundamento de Camadas e Recalques 
 O colapso por afundamento das camadas se origina pela remoção de uma 
fase sólida, liquida ou gasosa, cujas causas mais comuns são: 
i) ação erosiva das águas subterrâneas; 
(ii) atividades de mineração; 
(iii) efeito de vibração em sedimentos não consolidados; 
(iv) exploração de petróleo e 
(v) bombeamento de águas subterrâneas. 
 Os recalques são movimentos verticais, causados pela variação no estado 
de tensões efetivas, como decorrência de sobrecargas, escavações, 
rebaixamento do lençol d’água, etc. 
SUBSIDÊNCIA Quedas (ou desabamentos) 
Afundamento de Camadas e Recalques 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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u
lo
 1
 
45 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCOAMENTO 
Rastejo 
Corrida 
 
 Movimentos contínuos, com ou sem superfície de deslocamento definida, 
não sendo associados a uma velocidade específica. 
 Mecanismo de deformação semelhante à movimentação de um fluido 
viscoso 
 As causas são atribuídas à ação da gravidade + efeitos causados pela variação 
de temperatura e umidade. 
 O início do deslocamento ocorre quando se atinge a tensão de fluência 
(menor que resist. Cisalhamento - f). Caso haja se atinja f , torna-se um 
processo de escorregamento, com superfície de ruptura bem definida. 
 Tipos 
 
 
 Rastejo (lento) 
 Corrida (rápido) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
46 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCOAMENTO 
Rastejo 
Corrida 
 
Exemplo de Rastejo (Sharpe, 1938 apud Guidicini e 
Nieble, 1983) 
•Rastejo 
  movimentos lentos 
e contínuos, 
  não existe superfície 
de ruptura bem 
definida, 
  pode englobar 
grandes áreas, 
 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
47CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCOAMENTO 
Rastejo 
Corrida 
 
•Rastejo 
 
 Causa : ação da 
gravidade + efeitos 
causados pela variação 
de temperatura e 
umidade. 
 
 
 
(a) escorregamento 
 (b) misto (c) rastejo 
Distribuição de velocidade em função do tipo de 
movimento (modificado de Lacerda, 1966) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
48 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCOAMENTO 
Rastejo 
Corrida 
 •Corrida 
 
  movimentos de alta 
velocidade ( 10km/h), 
 perda completa da resistência 
do solo 
 processo de fluidificação 
pode ser originado por : 
i) adição de água em solos 
predominantemente 
arenosos; 
ii) esforços dinâmicos 
(terremoto, cravação de 
estacas, etc); 
iii) amolgamento em 
argilas muito sensitivas. 
 
 
 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
49 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCOAMENTO 
 
 
(a) Jacarepaguá, Rio de Janeiro (1996) (b) Nova Friburgo (2011) 
Exemplos de corrida 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
50 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
EROSÃO 
Ravina 
Voçoroca 
 
 
 Principal agente deflagrador: água 
 Processos erosivos decorrentes de: 
Ação antrópica : principalmente 
associada a desmatamentos e 
construções de vias de acesso, 
Processos de evolução natural: por 
exemplo, erosões costeiras 
 Processos erosivos são subdivididos em 
dois tipos: 
 ravina 
 voçoroca - há a participação da água 
subterrânea 
 
(a) ravinas (sem surgência de água) 
(b) voçorocas (com surgência de água) 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
51 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
EROSÃO 
Ravina 
Voçoroca 
 
 
A potencialidade do 
desenvolvimento de 
processos erosivos 
Fatores 
externos 
Potencial de erosividade da chuva 
Condições de infiltração 
Escoamento superficial 
Topografia (declividade e comprimento da 
encosta) 
Fatores 
internos 
Fluxo interno 
Tipo de solo 
Desagregabilidade 
Erodibilidade 
Características geológicas e geomorfológicas 
Presença de trincas de origem tectônica 
Evolução físico-química e mineralógica do solo 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
52 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
EROSÃO 
Ravina 
Voçoroca 
 
 
 Na gênese e evolução os mecanismos podem atura de modo isolado ou em 
conjunto, fenômenos tais como: erosão superficial, erosão subterrânea, 
solapamento, desmoronamento e instabilidade de taludes 
 Torna-se complexo o conhecimento dos mecanismos que comandam o 
processo erosivo ao longo do tempo. 
 Em muitos casos, as tentativas de contenção de sua evolução são vezes 
infrutíferas. 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
53 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
EROSÃO 
Ravina 
Voçoroca 
 
 
 
 Ação conjunta: 
Escorregamentos sucessivos + Processos 
erosivos = Resultado da dinâmica de 
evolução de voçorocas 
1. Redução da resistência do talude 
por infiltração da água de chuva 
2. Ruptura do talude 
(escorregamento) 
3. Transporte do material coluvionar 
que surge no pé da voçoroca 
4. Aumento da resistência do talude 
na época de estiagem 
0 5 10 15 20 25
Tempo (dias)
0
0.5
1
1.5
2
Fa
to
r 
de
 s
eg
ur
an
ça
E
sc
or
re
ga
m
en
to
 e
m
ud
an
ça
 d
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ge
om
et
ria
Ganho de
resistência após 
ressecamento
N
ov
o
es
co
rr
eg
am
en
to
Chuvas
Chuvas
se
ca
Es
ta
b
ili
d
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d
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Ta
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 -
 C
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u
lo
 1
 
54 
CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS DE MASSA 
ESCORREGAMENTOS 
 
 
 Movimentos de massa rápidos com 
superfície de ruptura bem definida. 
 A deflagração do movimento se dá 
quando as tensões cisalhantes 
mobilizadas na massa de solo atingem a 
resistência ao cisalhamento do material. 
 Tanto em solos como em rochas a 
ruptura se dá pela superfície que 
apresenta a menor resistência. 
Solo residual, área urbana, Blumenau (2008) 
Solo residual, área rural, Blumenau (2008) 
Es
ta
b
ili
d
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e 
d
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Ta
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 -
 C
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u
lo
 1
 
55 
Movimentos de Massa 
ESCORREGAMENTOS 
ESCORREGAMENTOS 
Elementos que caracterizam uma massa escorregada 
(NBR 11682) 
 
 
Es
ta
b
ili
d
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d
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Ta
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d
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 -
 C
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u
lo
 1
 
57 
Movimentos de Massa 
ESCORREGAMENTOS 
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA 
Translacional 
 
 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
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b
ili
d
ad
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d
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Ta
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 -
 C
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u
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 1
 
59 
 
 
Cunha 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
ta
b
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d
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e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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u
lo
 1
 
60 
 
 
Escorregamento rotacional 
(Salvador, 2005) 
Circular 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
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b
ili
d
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d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
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u
lo
 1
 
61 
 
 
Cilíndrica - 2D 
Forma de Colher - 3D 
Circular 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
62 
 
 
Múltiplo 
 Retrogressivo 
Progressivo 
Circular 
Múltiplo 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
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d
es
 -
 C
ap
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u
lo
 1
 
63 
 
 
 
rotacional 
translacional 
material com 
baixa 
resistencia 
 
plano 
translacional 
material mais 
resistente 
 
rotacional 
translacional 
1º. 
2º. 
 
rotacional 
translacional 
1º. 
2º. 
3º. 
material mais 
resistente 
Mista 
 
ESCORREGAMENTOS 
Classificação quanto à forma 
 
Es
ta
b
ili
d
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Ta
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 C
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lo
 1
 
64 
Movimentos de Massa 
ESCORREGAMENTOS 
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA 
 MECANISMOS DEFLAGRADORES 
 
 
1
mob
f
SegurançadeFator 

f = resistência ao cisalhamento  REDUÇÃO 
mob= tensões cisalhantes mobilizadas  AUMENTO 
ESCORREGAMENTOS 
Mecanismos Deflagradores 
Es
ta
b
ili
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Ta
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 C
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 1
 
66 
 
Ação Fatores Fenômenos geológicos / antrópicos 
A
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to
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so
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ta
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o
 
Remoção de massa 
(lateral ou da base) 
Erosão 
Escorregamentos 
Cortes 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES 
 
(a) erosão lateral ou da base 
 
Tendência a novos 
escorregamentos 
Remoção de suporte 
 
(b) escorregamentos anteriores 
 
 
(c) erosão subterrânea gerando o 
carreamento das partículas (piping) 
 
Es
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b
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d
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Ta
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 C
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 1
 
67 
 
Ação Fatores Fenômenos geológicos / antrópicos 
A
u
m
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n
to
 d
a
 s
o
li
ci
ta
çã
o
 
Sobrecarga 
Peso da água de chuva,neve, granizo etc. 
Acúmulo natural de material (depósitos) 
Peso da vegetação 
Construção de estruturas, aterros etc. 
Solicitações dinâmicas 
Terremotos, ondas, vulcões etc. 
Explosões, tráfego, sismos induzidos 
Pressões laterais 
Água em trincas 
Congelamento 
Material expansivo 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES 
Pressões laterais 
Es
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b
ili
d
ad
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d
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 C
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 1
 
68 
 
 
Ação Fatores Fenômenos geológicos / antrópicos 
R
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a
 
re
si
st
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n
ci
a
 a
o
 
ci
sa
lh
a
m
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n
to
 
Características inerentes 
ao material (geometria, 
estruturas etc.) 
Características geomecânicas do material 
Mudanças ou fatores 
variáveis 
 Ação do intemperismo promovendo 
alterações físico-químicas 
 Ciclos de umedecimento e secagem 
reduzindo a resistência 
 Variação das poropressões 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES 
 
NAoriginal 
NAfinall 
 
(a) elevação do nível piezométrico 
 
 
Diagrama de 
poropressão 
NA1 
NA2 
 
(b) rebaixamento lento do NA 
 
 
Diagrama de 
poropressão 
NA1 
NA2 
 
(c) rebaixamento rápido do NA 
 
Variação das 
poropressões 
Es
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b
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d
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e 
d
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Ta
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 C
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 1
 
69 
 
 
Ação Fatores Fenômenos geológicos / antrópicos 
R
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n
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a
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o
 c
is
a
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a
m
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n
to
 
Mudanças ou fatores 
variáveis 
 Elevação do lençol freático por 
mudanças no padrão natural de fluxo 
(construção de reservatórios, 
processos de urbanização, etc.) 
 Infiltração da água em meios não 
saturados, causando redução das 
pressões de água negativas (sucção) 
 Geração de excesso de poropressão, 
como resultado de implantação de 
obras 
 Fluxo preferencial através de trincas ou 
juntas, acelerando processos de 
infiltração 
 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES 
Es
ta
b
ili
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 C
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 1
 
70 
 
 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES 
Escorregamento do morro 
dos Cabritos (1988) 
 Fluxo preferencial através de trincas ou 
juntas, acelerando processos de infiltração 
Es
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b
ili
d
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e 
d
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 C
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lo
 1
 
71 
 
 
ESCORREGAMENTOS 
MECANISMOS DEFLAGRADORES AÇÃO ANTRÓPICA 
Ação Fatores 
A
u
m
e
n
to
 d
a 
so
lic
it
aç
ão
 
Execução de cortes com geometria (altura/inclinação) 
incorreta 
Execução deficiente de aterros 
(geometria, grau de compactação e problemas de 
fundação) 
Lançamento de lixo em encostas 
R
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ao
 
ci
sa
lh
am
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n
to
 Remoção da cobertura vegetal 
Lançamento e concentração de águais e/ou servidas 
Vazamentos na rede de abastecimento, de esgoto ou em 
fossas 
Es
ta
b
ili
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Ta
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 C
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lo
 1
 
72 
Movimentos de Massa 
ESCORREGAMENTOS 
 CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FORMA 
 MECANISMOS DEFLAGRADORES 
 PAPEL DA VEGETAÇÃO 
 
 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
 A cobertura vegetal pode produzir efeitos favoráveis ou 
desfavoráveis : 
 Há consenso de que o desmatamento promove condições mais 
favoráveis para a instabilização das encostas. 
Es
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b
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d
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 C
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lo
 1
 
74 
 
 
Ação das copas e caules das árvores 
 
 FAVORÁVEL 
 
1. Proteção da superfície da ação dos agentes 
climáticos (raios solares, vento, chuva, etc.) 
2. Redução das mudanças bruscas de 
temperatura e umidade  retarda a ação 
do intemperismo 
3. Redução do volume de água que incide 
sobre a superfície do talude 
 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Es
ta
b
ili
d
ad
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d
e 
Ta
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d
es
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 C
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u
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 1
 
75 
 
Ação das copas e caules das árvores 
 
 DESFAVORÁVEL 
1. Geração de caminho preferencial de escoamento de água; 
2. Aumento do peso sobre o talude. 
 Assumindo que a tensão exercida pela cobertura 
vegetal = peso da arvore  área de abrangência das 
raízes (Fiori e Carmignani, 2009): 
  = 2,5kPa e 5,0kPa 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Es
ta
b
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d
ad
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d
e 
Ta
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 C
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 1
 
76 
 
Ação das copas e caules das árvores 
 DESFAVORÁVEL 
1. A força do vento transmitida ao solo pode gerar tensão 
cisalhante adicional. 
 Estudos em tuneis de vento em modelos indicaram que o 
acréscimo na tensão cisalhante mobilizada é da ordem de 
• Considerando-se s =90km/h (relativamente alta) e Cmédio =0,2 
  = 1kPa considerado desprezível para fins práticos. 
• Por outro lado, ação do vento pode derrubar a árvore e, com 
isso, favorecer a infiltração de água (Fiori e Carmignani, 2009). 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
C é o coeficiente de arrasto (0,3 a 0,15),  é a densidade da massa de ar 
(1,23x10-3t/m3) e s a velocidade do vento (km/h). 
 
Es
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b
ili
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Ta
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 C
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 1
 
77 
 
 
Sistema Raticular 
 FAVORÁVEL 
1. Promove a redução de umidade do solo, a qual retorna para 
atmosfera por evapotranspiração 
2. Elemento de reforço favorecendo a estabilidade. 
Sua influencia depende do diâmetro da raiz; 
Raízes com menor diâmetro são mais eficientes no aumento 
de resistência do sistema solo-reforço 
 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Es
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b
ili
d
ad
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d
e 
Ta
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 -
 C
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 1
 
78 
 
 
Tipo Características Função 
Tipo H: Mais de 80% das raízes se desenvolve até 
uma profundidade de cerca de 60 cm; muitas raízes 
se estendem horizontalmente 
Indicadas para 
estabilização do talude 
Tipo V-H: O desenvolvimento máximo se dá a 
profundidades maiores, mas a maioria situa-se até 
60 cm de profundidade; a raiz central é forte e as 
laterais crescem horizontalmente, com 
comprimentos longos 
Tipo R: O desenvolvimento máximo atinge grandes 
profundidades e somente 20% situa-se nos 60 cm 
iniciais; muitas raízes se estendem obliquamente e 
sua abrangência lateral é extensa. 
Tipo V: Semelhante ao tipo V-H, mas as raízes 
horizontais são curtas. 
Benéfica para resistir ao 
vento 
Tipo M: Mais de 80% das raízes ocorrem na faixa 
dos 30 cm de profundidade, com extensão lateral 
pequena 
Aumento de resistência 
superficial do talude 
Sistema Raticular 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Es
ta
b
ili
d
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d
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Ta
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 -
 C
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 1
 
79 
 
 
R = resistência à tração da 
raiz. Componentes r e r 
 
 
i. Inicialmente a raiz é vertical 
ii. Com o cisalhamento, o 
ponto (d) é deslocado e a 
raiz passa a ser inclinada. 
 Tensão normal no plano de ruptura (V) 
 Resistência do sistema solo-raiz 
Sistema Raticular – Elemento de Reforço 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
R 
 
Es
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b
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d
ad
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d
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Ta
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d
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 -
 C
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lo
 1
 
80 
 
Raiz de área desmatada 
(6 anos) 
Raiz sã 
 3 tipos de vegetação 
 Corte das árvores reduz a resistênciada 
raiz e, conseqüentemente, a resistência do 
sistema solo-raiz. 
 Conclusão: o desmatamento atua como 
agente deflagrador da instabilidade do talude. 
Wu et at (1979) 
Sistema Raticular – Elemento de Reforço 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Ensaio de Resistência à tração da raiz 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
e 
Ta
lu
d
es
 -
 C
ap
ít
u
lo
 1
 
81 
 
 
 
 DESFAVORÁVEL 
 
1. Pode representar um caminho preferencial de infiltração, 
acelerando a variação da poropressão no solo. 
 
Sistema Raticular 
ESCORREGAMENTOS 
INFLUÊNCIA DA VEGETAÇÃO 
Es
ta
b
ili
d
ad
e 
d
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Ta
lu
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 C
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 1
 
82

Outros materiais