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apostila sistematica_2004

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19
IMPORTANTE...
Esta apostila foi elaborada a partir de várias publicações, sendo que a parte da taxonomia propriamente dita foi extraída principalmente do Cronquist (1981) e Barroso (1991).
A apostila não substitui o estudo do livro o qual é muito mais abrangente. 
Este trabalho não está salvo de erros ortográficos!!! Lembre-se disto!
Uma outra advertência é que ele não está completo pois falta a descrição de algumas famílias.
As espécies citadas na utilização econômica são na maioria espécies sul-brasileiras, sendo que tem-se que atualizar estes dados para a região dos cerrados, principalmente do estado de Goiás.
Revisão Morfologia
Raiz
	Orgão responsável pela fixação do vegetal no solo e absorção e condução da água e sais minerais, armazenamento de reservas nutritivas e aeração.
Distingue-se, em geral, na extremidade de uma raiz, as seguintes partes: coifa, zona lisa, zona pilífera e zona de ramificações (fig pg 134)
	Coifa-Reveste o ápice radicular, protegendo o meristema que origina os tecidos da raiz. Secreta mucilagens que auxilia na penetração da raiz no solo.
	Região lisa ou de alongamento – ocorre o alongamento e o início da diferenciação dos tecidos primários da raiz.
	Região pilífera- os pêlos absorventes representam as estruturas através das quais a maior parte da água e dos nutrientes são absorvidos do solo
	Acima da região pilífera, aparece a região das ramificações. Nas dicotiledôneas e nas gimnospermas, nesta região são encontrados tecidos secundários.
	Tipos fundamentais:
Axial ou pivotante- Ocorre em dicotiledôneas e gimnospermas
Sistema fasciculado- Ocorre em monocotiledôneas
	Tipos de sistemas radiculares:
Raízes tuberosas- Acúmulo de substâncias de reserva (cenoura, beterraba, nabo)
raízes suporte- milho,
raízes tabulares Flamboyant, Ficus
raízes respiratórias- Avicenia- Verbenaceae, ocorre em espécies de manguezais. Neste solo há muita concorrência pelo oxigênio, devido a grande quantidade de microorganismos e os pneumatóforos afloram a superfície em busca de OXIGÊNIO.
Raízes grampiformes- Hera (Hedera helix- Araliaceae), hera miúda (Ficus repens- Moraceae), Aechmea e Vriesea Bromeliaceae, Philodendron – Araceae.
Raízes sugadoras ou haustórios- em plantas parasitas os haustórios penetram no eixo do hospedeiro para dali tirar sua nutrição. Ex: cipó-chumbo (convolvulaceae) planta quase aclorofilada, heterótrofa, é um holoparasita (pode matar o hospedeiro). Já a erva de passarinho é uma hemiparasita que retira água e sais, pode Ter um bom convívio com o hospedeiro.
Micorrizas- Associação simbiótica entre a raiz e algum fungo.
Nódulos radiculares- associação com as bacterias fixadoras de nitrogênio (Leguminosas)
Epífita- planta autótrofa, que vivem sobre algum suporte, em geral outra planta, sem retirar nada desta.
CAULE
	O caule é o órgão responsável pela condução da água, sais minerais, açúcares, hormônios e outros metabólitos, suporte mecânico para folhas, flores e frutos, acúmulos de reservas ou água.
	A organização básica de um caule consiste num eixo com nós e entrenós, nos nós existem folhas e gemas (apical, lateral ou axilares)
Tipos de ramificações e crescimento:Sistema monopodial e simpodial
Caules aéreos:
Haste: não lenhoso, ervas.
Tronco: caule da maioria das árvores, lenhoso- Bombacaceae
Estipe: cilíndrico, não ramificado- Palmeiras
Colmo: bem dividido em nós e entrenós. Ex: cana de açúcar e milho (poaceae) colmo cheio, bambu (poaceae) colmo vazio.
Volúvel: se enrola em um suporte: trepadeiras e cipós
Sarmento, prostrado ou rastejante: cresce rastejando pela superfície do solo abóbora (Cucurbitaceae)
Estolho: rasteja sobre a superfície do solo, tem entrenós bem alongados e em cada nó apresenta gemas e raízes. Ex: morango (rosaceae)
Caules subterrâneos
Associam as funções de armazenamento de reservas e de propagação vegetativa
Rizoma: bananeira, espada de são Jorge
Tubérculo: batata inglesa (solanaceae)
Bulbo: o caule é reduzido a um disco basal do qual partem muitos catáfilos. Bulbo escamoso- Lírio, Bulbo tunicado- cebola; bulbo composto- alho
Pseudobulbo- orquídeas- base do caule ou folha
Xilopódio sistema subterrâneo muito espessado, geralmente lignificado e duro, comum em diversas espécies de cerrado e campos, cuja estrutura anatômica não é ainda bem conhecida.
Modificações caulinares
Cladódio: caule modificado com função de reserva de água ou fotossintetizante. Ex: Cactos, carqueja- Baccharis spp 
Gavinhas: se enrolam em um suporte. Ex: Uva, Maracujá
Espinhos: gemas desenvolvidas com função de proteção- limão (Rutaceae)
Não confundir com acúleos- roseira, não há vascularização.
Domáceas- modificação caulinar que permite o alojamento regular de animais. Ex: Embaúba- Cecopiaceae, Melastomataceae, Leguminosae
Estelo: conjunto de tecidos vasculares do eixo da planta
Plantas astélicas: feixes difusos- mono
Plantas eustélicas- dico- feixes organizados no caule
Folha
Partes constituintes: lâmina, pecíolo, base (bainha), estípulas
Lâmina ou limbo foliar: Superfície achatada e ampla, possibilitando a maior área possível para a captação da luz solar e do gás carbônico. Tem grande importância nos trabalhos de taxonomia. Podem ser classificados quanto ao tipo, forma, tipo de margem, base, ápice, tricomas.
Pecíolo: serve para unir o limbo ao caule. Folha peciolada, séssil, peltada (quando o pecíolo está preso ao meio da lâmina foliar)
Base foliar: quando bem desenvolvida é denominada de BAINHA- Monocotiledôneas.
Estípulas: são estruturas laminares, geralmente em número de dois, presentes na base das folhas. Rubiaceae, Moraceae (estípula terminal)
Venação foliar: Esqueleto para sustentação
Modificações estruturais: 
Cotilédones: são as primeiras folhas do embrião.
Escamas ou catáfilos: função de proteger as gemas
Gavinhas: prender a planta em um suporte
Espinhos: Estruturas geralmente lignificadas, que apresentam tecido vascular
Brácteas ou hipsófilos: Estruturas que protegem a flor e /ou são atrativas a polinizadores
Filódio: o pecíolo adquire a forma e função do limbo: Leguminosae
Pulvino: Leguminosae- intumescimentos na base das folha e fofíolos, são responsáveis pelos movimentos násticos. Ex: Mimosa pudica
Folhas insetívoras: Drosera sp.
Folhas coletoras: Um tipo de heterofilia que ocorre em plantas epífitas, as quais desenvolvem folhas especiais que servem como reservatório de substância húmica e detritos de onde as raízes absorvem água e sais minerais. Chifre- de- veado (samambaia epífita) 
FILOTAXIA
É o arranjo ou disposição das folhas no caule. Alternas, opostas, decussadas, verticiladas.
FILOGÊNESE
A folha está intimamente relacionada com o caule, o que evidencia é a interligação entre os tecidos vasculares do pecíolo e da nervura principal com o caule.
	Folha simples e de margem lisa é considerada mais primitiva que a folha composta e com reentrâncias (Magnoliidae)
	A venação peninérvea é a mais primitiva (Pteridófitas, Gimnospermas, Magnoliidae); reticulada, paralelinérveas.
	Folha alterna é mais primitiva que oposta.
Mostrar a anatomia foliar
Flor
	A evolução da flor foi seguramente um dos principais fatores que determinaram o sucesso e a grande diversidade das angiospermas. Portanto, o estudo da estrutura e evolução da flor é de importância capital na elucidação da filogenia e classificação deste grupo de plantas. Infelizmente, o registro fóssil de flores, frutos e sementes é escasso.
	A flor é um órgão constituído por um eixo caulinar de crescimento limitado (receptáculo), apêndices estéreis (sépalas e pétalas) e apêndices férteis (estames e carpelos). A flor é sustentada pelo pedicelo, que é um eixo caulinar.
	A típica flor das Angiospemas é monóclina, com carpelos e estames inseridos no mesmo receptáculo e protegidos por apêndices estéreis tendo as sépalas a função de proteção e as pétalas as de atração de polinizadores. 
	Perianto- os apêndices florais mais externos são estéreis (sépalas e pétalas) e constituem o perianto.
	Cálice- conj. Sépalas, geralmente verde(ver classificação)
	Corola- conj. Pétalas, textura mais delicada e diferentes cores (ver classificação).
	Prefloração- é a disposição que as sépalas ou pétalas tem no botão floral.
Prefloração valvar- as sépalas podem apenas se tocar
Prefloração imbricativa- quando uma sépala pode recobrir a outra
Prefloração imbricativa contorcida- se cada sépala recobre a seguinte e é recoberta pela anterior.
Prefloração imbricativa imbricativa- quando uma das sépalas é totalmente interna e outra totalmente externa.
	A tendência geral na evolução do perianto foi passar do ancestral com perigônio de tépalas numerosas, indiferenciadas, para flores com perianto composto por dois ciclos distintos: cálice e corola.
Ao longo da evolução verificou-se a tendência da redução do número de elementos do perianto, indefinido na flor primitiva, regular nas flores avançadas). Flores trímeras ocorrem principalmente nas monocotiledôneas e dicotiledôneas primitivas (anonnaceae, magnoliaceae, lauraceae); flores dímeras, tetrâmeras e pentâmeras são mais comuns em dicotiledôneas.
	A tendência à fusão dos elementos levou ao aparecimento de flores com cálice gamossépalo e /ou corola gamopétala. As corolas gamopétalas iniciais eram provavelmente de simetria actinomorfa e a partir delas evoluíram as flores zigomorfas.
	Existem várias teorias para explicar os padrões florais. A teoria euantial proposta por Arber & Parkin (1907), seguido por Cronquist (1988) que considera a flor primitiva como possuindo numerosas partes livres (cálice, corola, androceu, gineceu), distribuídos espiraladamente sobre um receptáculo alongado, perianto vistoso e polinização entomófila. As magnoliales representam este tipo mais primitivo.
	Apesar da existência de flores aclamídeas serem muito antigas no registro fóssil, consideramos que o padrão plesiomórfico das flores das angiospermas atuais é o definido pela teoria euantial.
	A partir do modelo de flor primitiva, as tendências evolutivas gerais se deram aos seguintes sentidos: redução do número dos elementos, disposição espiralada dos elementos passando à disposição cíclica, tépalas indiferenciadas passando à diferenciação de cálice e corola, adnação e união zigomorfa, formação de um hipanto que gradualmente se funde no ovário com passagem de ovário súpero para ovário ínfero e reunião de flores em inflorescências.
ANDROCEU
	Estames –número por flor é variável, existindo flores com um só estame como no gênero Euphorbia até flores com mais de 100 como nas myrtaceae.
	Filete- parte estéril do estame, geralmente de forma alongada
	Antera- forma globosa que contém no seu interior com sacos polínicos.
	Conectivo- porção estéril que se situa entre as duas tecas.
Podem ser livres ou unidos (adelfia).
Tendências evolutivas- anteras rimosas originaram anteras valvares e as poricidas mais especializadas.
Redução do número de estames ocorreu várias vezes, 4 ciclos, 3, 2, 1, união do androceu, monoadelfo (Malvaceae, Bombacaceae, Meliaceae) e diadelfo (leguminosae).
Estaminódios- estames não férteis com diversas funções.
POLÉN
	Podem estar livres nos sacos polínicos sendo estes grãos denominados mônades, tétrades (ericaceae), união de tétrades formando as políades (mimosaceae) e reunião de todos os grãos de pólen formando as polínias (orquidaceae e asclepiadaceae).
	Internamente é rodeado por uma fina camada de celulose, a intina e externamente a exina que confere a resistência ao grão de pólen e o seu principal componente é a esporopolenina que consiste numa porção esculturada. Ornamentação variada.
	O estudo do pólen, especialmente da exina, fornece importantes características para identificação:
Forma: simetria radial (dicot); simetria bilateral (monocotiledôneas)
Abertura: podem ser circulares (poro), alongado (colpo, sulco) ou em forma de anel.
Abertura simples ou os colpos podem estar associados aos poros, originando aberturas compostas (colporos). Geralmente dicotiledôneas tem pólen com tres aberturas, monocotiledôneas pólen com uma abertura.
O pólen é importante para a taxonomia (palinotaxonomia), geologia, medicina.
GINECEU
Partes: ovário, estilete e estigma
O ovário é a porção basal dilatada e a cavidade interna é o lóculo.
Estilete
Estigma- recebe o grão de pólen
Classificação
Placentação- região onde se inserem os óvulos. Figuras 21 e 22.
Número de óvulos, posição de ovário são importantes caracteres taxonômicos.
Hipanto: estrutura em forma de urna ou taça que circunda o ovário. Flor hipógina- ovário súpero, flor perígina, flor epígina- ov. Ínfero
Tendências evolutivas- flor hipógina- perígina- epígina
Flores andróginas- flores unissexuais
Diagrama floral e fórmula floral
O diagrama floral mostra a flor em corte transversal.
Fórmula floral: K, C, A [ ] partes adnatas, G ( ) partes unidas G ovário súpero
INFLORESCÊNCIAS
CIMOSA OU DETERMINADA- cada eixo termina numa flor
RACEMOSA OU INDETERMINADA- cada eixo termina numa gema e portanto crescimento ilimitado. (figuras 3 a 6)
Nomenclatura Floral
Quanto ao pedunculo : 	pedunculada -com pedúnculo.
				séssil -sem pedúnculo.
Quanto à disposição das peças florais : 
	cíclica : peças florais dispostas em circulos concêntricos no receptáculo, formando verticilios.
	acíclica : peças florais dispostas em espiral, em torno do receptáculo.
Quanto ao número de peças do perianto :
	aclamídea, aperiantada - ausência dos dois verticilos protetores.
	monoclamídea, monoperiantada - ausência de um deles.
	diclamídea, diperantada - presença de cálice e corola.
Quanto à homogeneidade do perianto : 
	homoclamídea - sépalas e pétalas iguais em número, cor e forma, sendo chamadas de tépalas.
	heteroclamídeas - sépalas e pétalas diferentes entre si.
Quanto ao sexo : 
	unissexuada feminina - presença de gineceu e ausência de androceu.
	unissexuada masculina - presenca de androceu e ausência de gineceu.
	andrógina ou hermafrodita - presença de androceu e gineceu na mesma flor.
	estéril ou neutra - ausência de gineceu e androceu.
Quanto ao número de estames em relação ao número de pétalas : 
	oligostêmone - número de estames menor que o de pétalas.
	isostêmone - número de estames igual ao de pétalas.
	diplostêmone - número de estames em dobro ao de pétalas.
	polistêmone - número de estames superior (exceto o dobro) ao de pétalas.
Quanto à soldadura das sépalas : 
	gamosépala ou sinssépala - quando as sétalas estão soldadas entre si, em maior ou menor extensão.
	dialisépala - quando as sépalas estão livres entre si.
Quanto à soldadura das pétalas : 
	gamopétala ou simpétala - quando as pétalas estão soldadas entre si, em maior ou menor extensão.
	dialipétala - quando as pétalas estão livres entre si.
Quanto à duração : 
	caduca - de curta duração, cai espontaneamente.
	persistente - não cai espontaneamente.
Quanto à simetria : 
	actinomorfa ou radial - vários planos de simetria.
	zigomorfa ou bilateral - um só plano de simetria.
	assimétrica - sem plano de simetria.
ANDROCEU -	Verticilio reprodutor masculino formado por um conjunto de estames.
	Estames : órgãos masculinos produtores de grãos de pólen, onde se originam os gametas masculinos.
	Estaminóides : são estames estéreis, geralmente de tamanho reduzido, sem anteras ou com anteras em 
	pólen, por vezes se assemelham a pétalas;
Morfologia do estame : 
	filete - haste, geralmente filamentosa, encimada pela antera.
	conectivo - tecido pouco ou muito desenvolvido, que une as tecas da antera.
	antera - porção dilatada, geralmente com duas tecas onde são formados os grãos de pólen.
Quanto ao tamanho relativo de estames :
	heterodínamos ou anisodínamos - estames de diferentes tamanhos.
	didínamos - 4 estames sendo 2 maiores e 2 menores.
	tetradínamos - 6 estames sendo 4 maiores e 2 menores.
	isodínamos - estames do mesmo tamanho.
Quanto à soldadura dos estames :
	dialistêmones - estames livres entre si.
	gamostêmones - estames soldados entre si formando adelfia.
	epipétalos - quando soldados às pétalas, em maior ou menos extensão.
Quantoà soldadura dos filetes (adelfia) : 
	monadelfo - filetes soldados em maior ou menos extensão em un único feixe, formando um tubo.
	diadelfo - filetes soldados em dois feixes ou um feixe e um estame livre.
	triadelfo - filetes soldados em 3 feixes.
	poliadelfo - filetes soldados em mais de 3 feixes.
Quanto à soldadura da antera : 
	livres - anteras livres entre si.
	sinanteros ou singenéticos - estames soldados pelas anteras, sendo livres os filetes.
	coniventes - filetes livres e as anteras enconstam-se umas às outras.
Quanto à posição dos estames em relação à corola :
	inclusos - estames que não aparecem na garganta da corola.
	exsertos - estames que sobressaem na garganta da corola.
	epipétalos - estames adnados às pétalas.
Antera. Quanto à inseção da antera no filete : 
	apicefixa - inserção do filete no ápice da antera.
	dorsifixa - inserção do filete na região dorsal da antera.
	basifixa - inserção do filete na base da antera.
Tipos de deiscência : 
	longitudinal - por meio de uma fenda longitudinal em cada teca, é a mais comum.
	valvar - por meio de pequenas valvas.
	poricida - por meio de poros apicais.
Posição de acordo com a deiscência :
	introrsa - abertura da antera voltada para o interior da flor.
	extrorsa - abertura da antera voltada para fora.
Quanto ao número de tecas :
	monoteca - com uma só teca.
	diteca - com duas tecas.
	tetrateca - com 4 tecas.
GINECEU - Verticilo reprodutor feminino formado por um conjunto de carpelos, órgãos femininos da flor, que formam 1 ou mais pistilos.
Ginóforo : eixo que eleva o gineceu acima do receptáculo.
Morfologia do Pistilo :
	Ovário - porção basal dilatada, delimitando 1 ou mais lóculos, onde se encontram os óvulos.
	Estilete - porção tubular, mais ou menos alongada, em continuação ao ovário.
	Estigma - parte superior que recebe o pólen.
Quanto à soldadura dos carpelos :
	dialicarpelar ou apocárpico - constituido de carpelos livres entre si, formando outros tantos pistilos.
	gamocarpelar ou sincárpico - gineceu constituido de carpelos concrescentes, formando um só pistilo.
Quanto ao número de carpelos e de lóculos delimitados :
	unicarpelar - com um carpelo.			unilocular - 1 só lóculo, vindo de um carpelo ou mais.
	bicarpelar - 2 carpelos.				bilocular - com 2 lóculos
	tricarpelar - 3 carpelos.				trilocular - com 3 lóculos
	pluricarpelar - com vários carpelos.		plurilocular - com vários lóculos.
Quanto à inserção do estilete no ovário : 
	terminal - quando sai do ápice do ovário.
	lateral - quando sai lateralmente ao ovário.
	ginobásico - quando sai aparentemente da base do ovário.
Quanto à divisão do estigma :
	indiviso - estigma único.
	ramificado - com divisões (bífido, pentatífido, bigloboso ...).
Quanto à posição do ovário em relação ao receptáculo floral :
	súpero - ovário livre, os demais verticilos florais com inserção inferior ao ovário.
	ínfero - ovario aderente ao receptáculo, demais verticilos acima do gineceu.
	semi-ínfero - ovário semi-aderente ao receptáculo, demais verticilos em torno do gineceu.
Classificação da flor segundo a posição do ovário :
	hipógina - diz-se da flor com ovário súpero.
	perígina - diz-se da flor com ovário semi-ínfero.
	epígina - diz-se da flor com ovário ínfero.
INFLORESCÊNCIAS 
Definição : é a disposição dos ramos florais e das flores sobre eles.
Quanto à posição : 	axilares - inflorescências na axila das folhas.
				terminais - inflorescências no ápice do ramo. 
Quanto ao número : 	unifloras - uma flor na extremidade do pedúnculo.
				plurifloras - várias flores no mesmo pedúnculo. 
Plurifloras :		simples - pedúnculo principal produz pedicelos com uma flor.
				compostas - pedúnculo principal produz pedicelos que se ramificam.
Tipos de Inflorescências : 
		Indefinida, racemosa, centrípeta ou monopodial - as flores laterais ou basais amadurescem primeiro, sem afetar o crescimento do eixo principal da inflorescência. 
		Definida, cimosa, centrífuga ou simpodial - o eixo principal termina em uma flor que amaderece antes das flores laterais.
Indefinidas ou racemosas : 
	cacho ou rácimo (racemo) : inflorescência com um eixo central e flores pediceladas, geralmente indefinida. Flores situadas em pedicelos, saindo de diversos níveis do pedúnculo principal e atingindo diferentes alturas.
	corimbo : agrupamento indefinido de flores com pedicelos de diferentes tamanhos que alcançam uma mesma altura. Pode ser simples ou composta. 
	espiga : flores sésseis ou subsésseis, situadas em diversas alturas sobre o eixo principal. 
	espádice : variação da espiga em que o eixo principal é carnoso, as flores são geralmente unissexuadas e o conjunto é envolvido por uma grande bráctea chamada espata.
	amentilho : variação da espiga em que o eixo principal geralmente é flexível e pendente, e em geral, apresenta flores unissexuadas.
	umbela : inflorescências pedunculadas cujos pedicelos se originam de um só ponto.
	capítulo : flores sésseis numa ráquis transformada em receptáculo discóide ou ovóide.
Definidas ou cimosas : 
As inflorescências cimosas dividem-se em monocásios, dicásios e pleiocásios, de acordo com o número dos eixos secundários predominantes em cada ponto de ramificação. Os tipos principais são :
	ripídio : monocásio que apresenta flores e pedicelos em forma de leque. As ramificações dirigem-se alternadamente para ambos os lados. Vistas de cima, as flores formam linha reta. 
	drepânio : monocásio cujos eixos secundários vão todos para o mesmo lado, apresentando a forma de uma foice. Vistas de cima, as flores ficam em linha reta.
	cima escorpióide ou cicínio (cicinus): o eixo principal enrola-se tipicamente e suporta os eixos secundários elevados. Vistas de cima, as flores reproduzem uma linha em zig-zag.
	cima helicóide ou helicóide (bostryx): parecido com o cicínio. Vistas de cima, as flores formam uma espiral quadrangular. A flor mais nova aproxima-se do centro.
	cima bípara ou dicásio : sob a flor terminal do eixo principal, partem 2 secundários, também terminados por uma flor, que podem igualmente, originar vários outros, e assim sucessivamente.
	cima multípara ou pleiocásio : eixo principal termina por uma flor, do qual partem vários secundários, também terminados por uma flor, que podem igualmente, originar vários outros, e assim sucessivam.
	glomérulo : flores subsésseis, muito próximas entre si, aglomeradas, de configuração ± globosa.
	ciático : formado por uma flor femenina, nua, pedicelada, rodeada por várias masculinas, constituídas por um estame e todo o conjunto envolvido por um envólucro caliciforme de brácteas, alternando-se com glândulas.
Diagrama e Fórmula Floral
Diagrama Floral : é a representação esquemática de um corte transversal do botão floral, projetada num plano e representando o número, disposição das peças florais e simetria floral. Costuma-se representar as sépalas e pétalas por arcos de círculo, sendo que as sépalas têm uma saliências dorsal. Quando temos tépalas, ambas as estruturas são representadas do mesmo modo. Os estames são representados pelo corte transversal da antera e o gineceu pelo corte transversal do ovário. Um ponto acima do diagrama indica a situação do ramo principal.
Fórmula Floral : é o modo abreviado de se representar a organização de uma flor através de letras, números e símbolos. 
Pode-se expressar as relações de simetria, assim como a ordenação dos órgãos florais ( * radial, / simetrial bilateral, zigomorfo), o número dos órgãos das diferentes formações (P = perigônio; K = cálice; C = corola; A = androceu; G = gineceu) e também as concrescências simbolizadas por ( ).
Na seguinte fórmula : K5 C5 A5+5 G(2), a expressão A5+5 significa que os estames situam-se em dois circulos de 5 elementos. O ovário aqui é mediano, se fosse súpero estaria indicado com um risco sob o número dos carpelos (2) e se fosse ínfero, o risco seria acima do número (2). O símbolo significa que os referidos órgãos aparecem em número grande e indeterminado.
Polinização : o transportedos grãos de pólen (polinização) pode ser :
Abiótica:
 Dois agentes principais, vento e água
A polinização feita pelo vento- anemofilia- é o tipo dominante de polinização abiótica, ocorrendo em muitas gimnospermas, e várias famílias de Angiospermas, especialmente gramíneas, ciperáceas e a subclasse hamamelidae. As flores anemófilas apresentam as seguintes características:
Flores unissexuais, espécies caducifólias, perianto inconspícuo ou ausente.
Hidrofilia: lemnaceae
Biótica:
Cretáceo- besouros
Os animais estão em busca de recompensa oferecida pelas flores (alimentar, sexual, e criação de ninho). As flores oferecem atração visual, odor, pólen, néctar e óleo.
Atração visual- cor e forma da corola 
Odor- repelente
Pólen- alimento rico em proteínas
Néctar- nectários florais e extra-florais – carboidratos
Óleo- lipídio- tricomas
Síndrome de polinização- reunião de características que desenvolveram-se em conjunto, provocado por um mesmo mecanismo e que caracterizam as flores e os insetos que os polinizam.
Borboletas- psicofilia; Mariposas- falenofilia; Abelhas- melitofilia; Moscas- miofilia; Besouros- cantarofilia; Morcegos- quropterofilia; Pássaros- ornitofilia
Síndrome de cantarofilia
flor
Besouro
1- Antese diurna
Vida diurna
2- Odor forte
Olfato desenvolvido
3- Colorido claro, flores brancas ou esverdeadas
Sentido visual pouco desenvolvido
4- Pétalas e sépalas geralmente carnosas, androceu e gineceu salientes
Alimentam-se das partes das flores e pólen
5- flores isoladas, geralmente grandes, actinomorfas
Geralmente penetra na flor, o corpo liso é mau adaptado ao transporte de pólen
6- Néctar e pólen acessíveis
Proboscide curta e aparelho bucal adaptado à mastigação
7- geralmente muito pólen e pouco néctar
Usa mais o pólen na alimentação
8- guias de néctar ausentes
Síndrome de melitofilia
flor
abelha
1- Antese diurna
Vida diurna
2- Odor não muito forte
Olfato não muito desenvolvido
3- Cores do amarelo ao azul
Sentido visual desenvolvido, principalmente às faixas amarelo ao azul e ultravioleta
4- flores actinomorfas ou zigomorfas, geralmente poucos estames
Voa em zigue –zague entre as flores, pode vibrar em alguns tipos de flores ou raspar glândulas de óleo
5- Néctar escondido
Proboscide curta
6- geralmente néctar em quantidade moderada
Adaptações ao transporte de pólen
7- guias de néctar geralmente presentes
Preferência por flores com guias de nectário
Síndrome de quiropterofilia
flor
morcego
1- Antese noturna
Vida noturna
2- Odor forte
Olfato desenvolvido
3- Colorido pardo, acinzentado ou esbarnquiçado, creme, raro rosa
Sentido visual bom para orientação próxima, daltônico
4- cheiro desagradável de restos fermentados
Glândulas com odor de coisa estragada, como atração
5- flores solitárias, grandes e rígidas ou inflorescências com pequenas flores
Metabolismo alto
6- grande quantidade de néctar
Pólen como fonte de proteína
7- posição das flores destacadas da folhagem 
Vôo no interior de folhagens difícil
Síndrome de ornitofilia
flor
Ave
1- Antese diurna
Vida diurna
2- cores vivas, frequentemente vermelhas ou com cores contrastantes
Visão sensível ao vermelho, não ao ultravioleta
3- flor tubulosa, pendente, zigomorfia desnecessária
Muito grande para pousar na flor
4- paredes das flores resistentes, filetes rígidos ou unidos
Olfato pouco desenvolvido
5- ausência de odor
Grande conumidor
6- Néctar abundante
Inteligente para encontrar a entrada da flor
7- algumas vezes os tubo da corola são profundos, ou possuem calcar
8- distância entre néctar e órgãos sexuais pode ser grande
Fruto
É a estrutura que representa o último estádio do desenvolvimento do gineceu fecundado ou partenocárpico; compreende o pericarpo e sementes.
É o ovário amadurecido de uma flor
A parede do fruto é formada pelo pericarpo na qual se destinguem três camadas: exocarpo (ou epicarpo), mesocarpo e endocarpo.
Fruto simples (derivado de um único ovário). Podem ser secos ou carnosos, unicarpelar a multicarpelar, deiscentes ou indeiscentes. Ex: cereja, tomate.
Fruto agregado ( derivado de muitos ovários) ex: morango, framboesa
Fruto multiplo (ovários amadurecidos de muitas flores de uma inflorescência) ex: abacaxi, figo, amora (Morus nigra)
Frutos simples
Deiscentes- secos
Folículo: um carpelo, se abre por uma fenda
Legume- um carpelo, se abre por duas fendas
Cápsula- gineceu sincárpico com muito carpelos
Capsula poricida; Cápsula circuncisa ou pixídio, c. loculicida (Kielmeyera sp)
Síliqua – ovário bicarpelar (crucíferas)
Esquizocarpo- gineceu sincárpico, cujos carpelos na maturidade separam-se uns dos outros em mericarpos (frutículos)
Lomento- um carpelo, fragmenta-se totalmente
Craspédios- fragmenta-se transversalmente em segmentos mas após a queda destes permanece preso ao receptáculo uma armação. Ex: Mimosa sp
Indeiscentes- secos
Aquênio- unilocular, uma semente ligada ao pericarpo por apenas um ponto (cada fruto do morango, compostas)
Cariópse- pericarpo unido à semente (adnato). Ex: gramíneas
Noz- pericarpo seco e muito duro, uma semente livre do pericarpo
Sâmara- expansões laterais em forma de asa (leguminosas, malpighiaceae)
Indeiscentes- carnosos
Baga- pericarpo carnoso, geralmente contendo várias sementes no interior. Ex: uva, maracujá, mamão, tomate. 
Nas curcubitáceas forma-se uma baga especial derivada de ovário ínfero denominada de pepônio.
Nas frutas cítricas a baga é denominada de hesperídeos (possuem glândulas oleíferas e bolsas de sucos).
Drupa- pericarpo carnoso a coriáceo ou fibroso com o endocarpo pétreo envolvendo a semente e formando um caroço. Ex: pêssego, cereja, manga, coco da bahia.
Partes acessórias do fruto:
A maioria dos frutos carnosos são derivados de um hipanto espessado.
Caju- porção carnosa é o pedúnculo da flor
Aspectos evolutivos:
	Os frutos são estruturas auxiliares no ciclo sexual das angiospermas e seu aparecimento representa um importante fator no grande sucesso da evolução deste grupo.
	Em suma, a evolução do fruto pode ser vista como uma transferência das funções de proteção e dispersão da semente sozinha para o fruto e semente juntos.
	Primeiramente, quando os óvulos foram encerrados pelos carpelos na flor das primeiras angiospermas, elas passaram a ser protegidos (de predadores por exemplo), mas por outro lado a dispersão de sementes ficou dificultada.
	Nas angiospermas primitivas, o fruto era deiscente, abrindo-se na maturidade para expor as sementes para a dispersão, sendo assim semelhantes às gimnospermas (isto é, a semente fica nua, exposta). Assim folículos e legumes estão entre os mais primitivos.
	Ao longo da evolução, o ovário passou a envolver e proteger não só os óvulos, mas permanecem envolvendo-os depois de fecundados. O fruto ficou indeiscentes e tornou-se um órgão importante que ajudava a proteger o embrião durante o seu desenvolvimento e dormência. Além disso o fruto desenvolveram secundariamente um exocarpo colorido, ou um pericarpo carnoso, que atraíam animais que deles se alimentavam dispersando depois as sementes.
Dispersão 
	É efetuada através das unidades de dispersão ou diásporos (do grego diásporo= dispersão) que podem ser sementes, frutos, a planta inteira etc.
Zoocoria- animais
a-	invertebrados- praticamente nulo à exceção das formigas, alguns besouros. Mimercoria- têm preferência por semente oleaginosas

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