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PROCESSO CIVIL - 860 DISCURSIVAS.pdf

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860-320 
 
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PROVAS REALIZADAS A PARTIR DE MARÇO DE 2016 
Procurador do Município - PGM-Campinas/SP - Ano: 2016 - Banca: FCC - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Ação Popular - PEÇA PROCESSUAL - Determinado Estado e Município celebraram convênio para promover melhorias em 
viário urbano local de jurisdição municipal que se interliga, para além dos limites do Município, com rodovia estadual de 
grande fluxo de veículos, de carga e de passeio. Foi estabelecido no convênio que o Estado repassaria 200 milhões de reais 
ao Município. A contrapartida do entre municipal era a execução de obras, incluindo as desapropriações e a licitação para a 
contratação da execução dos serviços, de acordo com modelagem desenvolvida no âmbito do próprio Município. Referido 
Município, então, licitou uma concessão patrocinada para as obras, autorizando que o particular realizasse as 
desapropriações necessárias para a ampliação da via e explorasse integralmente o modal de transporte em trecho 
determinado, facultada a instituição de receitas acessórias no perímetro objeto da concessão. O critério de julgamento da 
licitação foi o menor valor de contraprestação. No contrato de concessão patrocinada ficou estabelecido que caberia ao 
Municipio o licenciamento ambiental das obras junto ao órgão licenciador competente, no caso, estadual, mas os projetos, 
custos e demais atos materiais seriam de responsabilidade do concessionário. Quando o contrato já estava em execução, 
foi ajuizada ação popular em face do Município em questão, pela associação de moradores da região, irresignada com as 
obras e a solução viária projetada, requerendo a anulação do contrato e da licitação, com devolução, pelo concessionário e 
pelo Poder Público, dos valores dispendidos em razão do contrato firmado. A autora fundamentou o pedido formulado, 
alegando serem irregulares os seguintes aspectos da modelagem adotada pelo Município: a. promoção das 
desapropriações pelo concessionário, tendo em vista que se trata de uma concessão patrocinada; b. a ausência de 
competência municipal para promover a intervenção no viário, porque interligado a rodovia estadual; c. responsabilidade 
do licenciamento a cargo do entre público, por ser dever do concessionário; d. a impossibilidade de agregar receitas 
acessórias num contrato de parceria público-privada; e e. o critério de julgamento para a licitação, tendo em vista que, por 
se tratar de concessão patrocinada, deveria ter sido instituído pedágio, cujo menor valor deveria decidir o certame, em 
obediência ao princípio da modicidade tarifária. Na qualidade de Procurador do Município e considerando a legislação 
federal pertinente, elabore a contestação para a ação popular ajuizada, refutando todos pontos em que se fundamenta a 
causa de pedir, sem prejuízo de agregar outros argumentos que reputar relevantes, tanto de cunho processual, quanto 
material. (Elabore sua resposta definitiva em até 120 linhas). 
- Resposta: Abordagem Esperada - I. Preliminares: a. Ilegitimidade Ativa: Não cabe ação popular movida por 
associação, somente por cidadão. (art. 5o, LXXIII, CRFB e art. 1o, Lei no 4.717/1965). b. Polo passivo: litisconsórcio 
passivo necessário do contratado e do Estado (art. 6o , Lei no 4.717/1965). II. Mérito - a. a promoção das 
desapropriações pelo concessionário, tendo em vista que se trata de uma concessão patrocinada. Competência para 
promoção das desapropriações passível de delegação para concessionários de serviço público (art. 3o , Dec-Lei no 
3.365/41; art. 18, XII c/c art. 29, VIII, da Lei no 8.987/95; e art. 3o § 1o , Lei no 11.079/2004). b. a ausência de 
competência municipal para promover a intervenção no viário, porque interligado a rodovia estadual. Viário urbano 
sob gestão e administração do Município, que pode explorá-lo de forma direta ou indireta. Responsabilidade e domínio 
do viário se apuram por sua destinação e exploração. Convênio celebrado com o Estado viabilizou liberação de recursos 
para a intervenção viária pelo Município e disciplinou os interesses convergentes na melhoria do modal de transportes. 
c. a ilegalidade do licenciamento ficar a cargo do ente público, sendo dever do concessionário. Lei de PPP´s estabelece 
parâmetros mínimos para transferir ao parceiro privado o licenciamento (licença prévia ou ao menos diretrizes), mas não 
impede que a competência fique com o poder público (art. 10, VII, Lei no 11.079/2004). d. a impossibilidade de agregar 
receitas acessórias num contrato de parceria público-privada; Previsão aplicável às concessões patrocinadas (arts. 11 e 
18, VI da Lei no 8.987/95) c/c art 3o , § 1o , da Lei no 11.079/2004. e. a ilegalidade do critério de julgamento para a 
licitação, tendo em vista que foi instituído pedágio, cujo menor valor deve decidir o certame, em obediência ao princípio 
da modicidade tarifária. Art. 12, II, Lei no 11.079/2004, estabelece os critérios de julgamento que, a critério do 
adŵiŶistƌadoƌ,à podeŵà seƌà adotadosà paƌaà aà liĐitaçĆoà visaŶdoà ăà ĐoŶtƌataçĆoà deà PPP͛s,à deŶtƌeà osà Ƌuaisà estĄà pƌevistoà
expressamente o de menor valor da contraprestação a ser paga pela Administração Pública. III. Conclusão: - refutar 
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pedido de anulação do contrato e da licitação, em virtude da regularidade do procedimento adotado e da contratação 
deste decorrente; - refutar pedido de devolução dos valores dispendidos, tanto em razão da regularidade da contratação, 
quanto devido à vedação do enriquecimento ilícito, considerando os serviços prestados pela concessionária (aplicável 
norma do art. 3o , § 1o, Lei no 8.987/95) e a ausência de demonstração de prejuízo; requerer a extinção do feito sem 
resolução do mérito, com fundamento no artigo 485, VI, do Código de Processo Civil; requerer seja determinada a 
citação dos litisconsortes necessários, na forma do artigo 115, parágrafo único, do Código de Processo Civil; requerer 
seja julgada improcedente a ação. 
Magistratura do Trabalho - TRT15 - Campinas - Ano: 2013 - Banca: TRT15 - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Audiência - Dissertar, em até 40 linhas, sobre a conduta ética do magistrado e as prerrogativas do advogado sob a ótica dos 
conflitos que podem, entre eles, ocorrer em audiências. 
Analista - TRT8 - Ano: 2016 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Citação - Em ação indenizatória 
ajuizada na justiça comum, determinado município foi condenado a pagar ao autor a quantia de duzentos mil reais. A 
sentença foi confirmada pelo tribunal e transitou em julgado. Em decorrência da inércia do município para pagar a quantia, 
o autor da ação deseja tomar medida judicial para receber o pagamento referente à condenação. Considerando a situação 
hipotética apresentada, redija um texto dissertativoatendendo ao que se pede a seguir. 1- Indique o procedimento a ser 
utilizado pelo particular para receber o valor da condenação e informe o modo como deve ser feito o pagamento ao credor, 
bem como a forma pela qual o ente público deve realizar sua eventual defesa se discordar dos valores apresentados pelo 
particular. [valor: 13,00 pontos] 2- Apresente a(s) modalidade(s) de citação que pode(m) ser utilizada(s) para a citação da 
pessoa jurídica de direito público no procedimento mencionado, indicando o rol de modalidades de citação previstas no 
Código de Processo Civil. [valor: 15,00 pontos] 3- Discorra sobre a possibilidade de o particular receber os valores 
incontroversos no caso de a pessoa jurídica de direito público, em sua defesa, alegar apenas existir excesso do valor 
pretendido pelo particular (como, por exemplo, excesso nos juros e correção monetária). [valor: 10,00 pontos] 
- Resposta: 1- O particular deve ajuizar ação de execução por quantia certa contra a fazenda pública fundada em título 
executivo judicial, procedimento previsto para execução de quantia certa nos artigos 730 e 731 do CPC. Proposta a 
execução por quantia certa, o ente público será citado para opor embargos (à execução) em trinta dias (Lei n.º 
9.494/1997, art. 1º-B, acrescentado pela MP n.º 2.180-35/2001), e a fazenda pública, caso deseje alegar excesso na 
execução, deverá opor embargos à execução no prazo de trinta dias. O pagamento será realizado por meio da expedição 
de precatório (art. 731, CPC e art. 100, CF) porque os bens pertencentes à fazenda pública são, por força de lei, 
iŵpeŶhoƌĄveisà eà iŶalieŶĄveisà e,à justaŵeŶteàpoƌàesseàŵotivo,à edžisteà ͞uŵàpƌoĐediŵeŶtoàespeĐialàpaƌaàasà edžeĐuçƁesàpoƌà
ƋuaŶtiaàĐeƌtaàĐoŶtƌaàaàfazeŶdaàpúďliĐa͟.ààϮ- No processo civil, a citação pode ser realizada pelas seguintes modalidades 
(art. 221, CPC): (a) por correio; (b) por oficial de justiça (incluída a citação com hora certa); (c) por edital; (d) por meio 
eletrônico. No caso, a citação não poderá ser feita pelo correio (regra geral no processo civil) porque o CPC (art. 222) 
dispõe que as citações serão feitas pelo correio, para qualquer comarca do país, exceto (entre outras hipóteses): (i) 
quando for ré pessoa de direito público e (ii) nos processos de execução. Portanto, a citação deve ser feita por oficial de 
justiça ou, se possível, por meio eletrônico. De acordo com regra existente sobre a citação eletrônica (art. 6.o da Lei n.º 
11.419/2006), as citações, inclusive da fazenda pública, excetuadas as dos direitos processuais criminal e infracional, 
poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a íntegra dos autos seja acessível ao citando. 3 No processo de 
execução proposto por particular contra a fazenda pública, caso sejam opostos embargos parciais pelo ente público 
demandado, será possível a expedição de precatório da parte incontroversa na execução. No que diz respeito à execução 
contra a fazenda pública, doutrina e jurisprudência são pacíficas no sentido de que é possível a expedição de precatório 
da parte incontroversa em sede de execução contra a fazenda pública, porque inadmitir a expedição de precatórios para 
aquelas parcelas que se tornaram preclusas e, consequentemente, imodificáveis é atentar contra a efetividade e(ou) 
celeridade do processo. De fato, ainda que se esteja diante de procedimento executório contra a fazenda, disciplinado 
pelos artigos 730 e 731 do CPC, em relação à parcela não embargada, está-se diante de execução definitiva, não se 
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admitindo o argumento de que não cabe execução provisória, para as obrigações de pagar quantia certa, contra a 
fazenda pública. 
Analista - TJGO - Ano: 2014 - Banca: TJGO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Citação - Elabore um mandado de 
citação de acordo com o que prescreve o Código de Processo Penal. Dados a serem utilizados: a - Comarca de Crixas-GO; b - 
aĐusado:à )efeƌiŶoà “ilvaà “ouza,à vulgoà "Tƌipaà “eĐa͟,à ďƌasileiƌo,à gaƌiŵpeiƌo,à ŶasĐidoà eŵà ϭϯàdeà dezeŵďƌoà deà ϭϵϳϬ,à filhoà deà
Maria Madalena Silva e de José Aparecido Sousa Silva, residente na Rua 10, Qd. 324, Lt. 21, n ° 18, Setor Morada do Sol, 
Crixas-GO.; c - vítima: António Fernandes de Melo, brasileiro , casado , comerciante , nascido em 23 de março de 1965 , 
filho de Agenor Fernandes de Melo e de Suzana Martins de Melo, residente na Av. das Oliveiras, Qd.10, Centro, Crixas-GO; 
d - infração penal: estelionato (artigo 171 , caput , CP); e - nome do escrivão: Luiz Bueno Vidigal; f - nome do juiz: Joaquim 
Barbosa da Silva; g - nome do promotor: Enrico Ferri; h - nome do advogado do acusado: Valdivino Dantas; i - data: 
18/05/2014. Obs: 1 - só podem ser utilizados os dados fornecidos acima, sob pena de eliminação; 2 - os dados fornecidos 
poderão ser utilizados integralmente ou não. caberá ao candidato avaliar os dados necessários para elaboração da peça. 
Oficial de Justiça - TRF4 - Ano: 2014 - Banca: FCC - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Citação - Na qualidade de 
Oficial de Justiça, José, encarregado do cumprimento de mandado de citação da empresa ´´A Ltda.´´, expedido em ação de 
execução fiscal, encontrou, em um domingo, às 19h, em sua residência, Alfredo sócio administrador da referida empresa. 
Após a leitura do mandado, Alfredo confirmou que é o sócio administrador da empresa ´´A Ltda.´´ mas disse que era 
domingo e estava em sua residência, não podendo a diligência ser realizada naquele local, nesse dia, nem após às 18h, por 
afrontar a Constituição Federal. Afirmou que nada devia ao Erário e que o Oficial de Justiça, querendo, se dirigisse à sua 
empresa para citá-lo e que lá se entendesse com sua secretária, retirando-se do local. Responda, fundamentalmente: a. se 
a citação pode ser realizada em um domingo; b. se pode ser efetiva após às 18h; c. se é válida a citação na residência do 
representante legal ou se deve comparecer à sede da empresa para concluir a diligência; d. como deve o Oficial de Justiça 
proceder nessa situação. 
 - Resposta: A citação poderá ser realizada em domingos e feriados, desde que ocorra expressa autorização do juiz (CPC, 
art. 172, §2º). Nada impede que a citação seja efetivada às dezenove horas, pois a lei estabelece que os atos processuais 
realizar-se-ão das seis às vinte horas (CPC, art. 172, caput). O Oficial de Justiça deve citar o executado onde o encontrar, 
mesmo fora da sede da empresa, posto que o endereço indicado pelo exequente é meramente indicativo, podendo o 
mesmo ser procurado em qualquer outro logradouro de que tenha ciência, inclusive em sua residência. Todavia, deverá 
ser observado o disposto no art. 5º, XI, da Constituição Federal. Na situação proposta, o Oficial de Justiça não poderia 
realizar a citação nessa ocasião, por tratar-se de um domingo e por inexistir a autorização expressa do juiz, na forma do 
art. 172, §2º, do CPC. Deve voltar a procurar o executado em dia útil, das seis às vinte horas, na sede da empresa, na sua 
residência ou onde o encontrar, certificando o ocorrido. 
Ministério Público Estadual - MPE-AM - Ano: 2015 - Banca: FMP - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Coisa 
Julgada - Disserte sobre alimentação territorial da coisa julgada na sentença proferida em ação civil pública, com base na 
abordagem existente na doutrina e na jurisprudência sobre o tema. 
- Resposta: Desempenho técnico-jurídico I: conhecimento da doutrina sobre o tema. Pontuação máxima: 3,0 pontos. a) 
Exposição suficiente do panorama da doutrina sobre a aplicação do art. 16 da Lei n. 7.347/85, apoiada por indicação de 
autores ou fontes, com a reprodução de seus argumentos centrais – 3,0 pontos. Alternativamente:b) Exposição 
suficiente do panorama da doutrina sobre a aplicação do art. 16 da Lei n. 7.347/85, sem indicação de autores ou fontes, 
mas esclarecendo a tendência majoritária, com a reprodução de seus argumentos centrais – 1,5 ponto. Desempenho 
técnico-jurídico II: conhecimento da jurisprudência sobre o tema. Pontuação máxima: 3,0 pontos. a) Exposição suficiente 
sobre as tendências na jurisprudência do STJ sobre a aplicação do art. 16 da Lei n. 7.347/85, assim como os seus recentes 
desenvolvimentos, a partir de 2011 (ver notas explicativas), com indicação de julgados específicos e/ou de seus relatores, 
bem como de seus argumentos básicos – 3,0 pontos. Alternativamente: b) Exposição suficiente de apenas um dos 
entendimentos existentes na jurisprudência do STJ, ou, também, de outros aspectos da jurisprudência sobre o art. 16 da 
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Lei n. 7347/85 (ver notas explicativas) – 1,5 ponto. Clareza do raciocínio. Pontuação máxima: 1,0 ponto. a) Texto com 
boa estruturação, contendo apresentação clara de ideias e conceitos – 1,0 ponto. Alternativamente: b) Presença de 
frases sem sentido, texto excessivamente sintético, redação desorganizada, presença de argumentos equivocados ou 
insuficientemente desenvolvidos – zero (0,0). Referências legais (citação dos dispositivos legais e da legislação). a) 
Referência direta e expressa ao art. 16 da Lei n. 7.347/85 – 1,0 ponto.Pontuação máxima: 1,0 ponto. Alternativamente: 
b) Referência indireta ao art. 16 da Lei n. 7.347/85, por meio de menção apenas ao art. 2º da Lei n. 9.494/97 – 0,5 ponto. 
Alternativamente: c) Ausência de referência direta ou indireta ao art. 16 da Lei n. 7.347/85 – zero (0,0) ponto. 
Legibilidade da resposta. Pontuação máxima: 1,0 ponto. a) Texto minimamente legível – 1,0 ponto. Alternativamente: b) 
Texto ilegível, com letra de grafia incompreensível ou redação excessivamente rasurada, impedindo a leitura – zero (0,0) 
ponto. Ortografia, gramática e acentuação. Pontuação máxima: 1,0 ponto. Texto correto, sem erros de ortografia ou 
acentuação – 1,0 ponto. Observação: cada erro de gramática, ortografia ou acentuação desconta 0,5 ponto. 3. Notas 
explicativas: 3.1. Conhecimento das posições doutrinárias básicas A avaliação da doutrina sobre a redação do dispositivo 
legal é majoritariamente negativa,pois, conforme crítica doutrinária, a redação do dispositivo confunde um fenômeno do 
mundo jurídico (circunscrição territorial) com um fenômeno do mundo jurídico ou conceptual (juízo de certeza sobre 
existência, inexistência ou modo de ser de relação jurídica). Sobre o tema, seguem algumas referências, em caráter 
meramente exemplificativo: DIDIER JR. Fredie. ZANETI JR. Hermes. Curso de direito processual civil. Vol. 4. 8ª ed. 
Salvador: Editora Jus Podivm, 2013. LENZA, Pedro. Teoria geral da ação civil pública. 3ª edição revista, atualizada e 
ampliada. São Paulo: RT, 2008. MAZZILLI, Hugo Nigro. A defesa dos interesses difusos em juízo: meio ambiente, 
consumidor, patrimônio cultural, patrimônio público e outros interesses. 23ª ed. rev. ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 
2010. ROMANO, Ricardo Grandisolli. O limite territorial das sentenças coletivas: a discussão entre doutrina e 
jurisprudência e a recente mudança de paradigma. In: Revista Jurídica da Escola Superior do Ministério Público de São 
Paulo. Ano 3, n. 6, julho-dezembro 2014, p. 175-198. 3.2. Jurisprudência sobre o tema - De forma sumária, pode-se dizer 
que a jurisprudência do STJ inicialmente aderiu à aplicação literal do dispositivo, não encampando as críticas da doutrina 
(como exemplos: o Recurso Especial n. 1.307.178/CE e o Recurso Especial n. 293.407/SP). No entanto, há uma tendência 
recente de revisão deste entendimento inicial, a partir de 2011, para afastar a limitação territorial prevista no artigo. O 
aĐſƌdĆoàpaƌadigŵĄtiĐoàdessaà͞viƌadaà juƌispƌudeŶĐial͟àĠàoà‘eĐuƌsoàEspeĐialàϭ.Ϯϰϯ.ϴϴϳ/P‘,àdeàƌelatoƌiaàdoàMiŶistƌoàLuís 
Felipe Salomão, julgado no âmbito da Corte Especial do STJ. Essa nova tendência não se encontra completamente 
consolidada, recebendo interpretações moduladas e distintas em vários julgados recentes. Nesse sentido, será valorizado 
o conhecimento de julgados recentes, publicados nos Informativos do STJ, com exposição dos argumentos e das soluções 
adotadas. Da mesma forma, outros aspectos da jurisprudência sobre o art. 16 da Lei n. 16 da Lei n. 7347/85, como o 
eventual juízo sobre a sua constitucionalidade, também serão valorizados. O importante é demonstrar conhecimento 
suficiente do panorama da jurisprudência sobre a temática proposta, ainda que, eventualmente, a resposta não esteja 
perfeitamente ajustada à exposição do desenvolvimento do assunto no âmbito do STJ. 
Ministério Público Estadual - MPE-AM - Ano: 2015 - Banca: FMP - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Competência - O procurador da república dos direitos do cidadão, com atribuições em Manaus, instaura o inquérito Civil 
para investigar fato em que havia interesse da União Federal, tendo em vista a defesa de direitos humanos fundamentais 
de Multidões de pobres com o iminente perigo de violação de seu direito à moradia por força dos megaeventos da Copa do 
Mundo em 2014. Durante o curso de sua investigação, ele passa a atender que cessou o interesse da União e encaminha os 
autos do inquérito civil para promotor de justiça de Manaus, que, em tese, teria atribuições para dar continuidade da 
apuração desse fato. Ocorre que, de forma oposta ao entendimento do procurador da república, o promotor de justiça 
concluir que o fato ofende interesse da União e, portanto, não é de sua atribuição. como deve proceder o promotor de 
justiça? Que providências jurídicas deve ele tomar? Para que órgão ou poder deve encaminhar sua manifestação? Qual o 
fundamento constitucional? Explique e justifique sua resposta. 
- Resposta: O Promotor de Justiça deverá representar ao Procurador-Geral de Justiça do Estado do Amazonas para que 
ele suscite o conflito negativo de atribuições perante o STF, com competência para dirimi-lo, com fundamento no art. 
ϭϬϮ,àI,à͞f͟,àdaàCoŶstituiçĆoàFedeƌal.àáàƌespostaàdeve abordar a discussão sobre o conflito de atribuições entre o Ministério 
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Público Federal e o Estadual, já que há uma divergência jurídica e institucional sobre o tema. O Procurador-Geral da 
República tem decidido esses conflitos. Contudo, os Ministérios Públicos Estaduais não aceitam a decisão, sustentando 
que deve ser dirimido o conflito pelo STF. A resposta deve trazer a discussão sobre a competência para dirimir o conflito, 
a previsão da Lei nº 8.625/93 e da Lei Complementar nº 75/93 acerca da matéria, a questão constitucional da autonomia 
funcional e administrativa dos Ministérios Públicos e da ausência de subordinação entre as instituições ministeriais. (1) O 
desempenho técnico-jurídico será avaliado até 4,0 pontos; (2) a clareza do raciocínio até 1,0; (3) as referências legais-
citação até 3,0; (4) a legibilidade da resposta até 1,0; (5) e a gramática, ortografia e acentuação até 1,0. 
Advocacia Geral da União - Advogado da União - Ano: 2016 - Banca: CESPE - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Contestação - PEÇA JUDICIAL - Firmado convênio entre a União, por intermédio do Ministério da Educação, e a prefeitura 
de determinado município do estado do Maranhão, por intermédio de seu prefeito, Lucas Souza, em 20/10/2012 foram 
transferidos ao município recursos federais no valor de R$ 10 milhões para a implantação de creches em determinadas 
localidades do município. Nos autos detomada de contas especial instaurada em decorrência da omissão na prestação de 
contas referente a tal transferência, o Tribunal de Contas da União (TCU), mediante a Decisão n.º XXX/2015, indeferiu o 
requerimento de oitiva de testemunhas feito por Lucas Souza, que era nesse momento ex-prefeito do município, e julgou 
irregulares as contas, tendo-o condenado ao pagamento da quantia de R$ 10 milhões. Nos autos, ficou comprovado que a 
totalidade dos recursos foi sacada um dia após seu recebimento, para que se efetuasse pagamento à empresa que vencera 
a licitação cinco dias antes; que o termo de aceitação da obra foi assinado cinco dias após a transferência dos recursos, 
estando prevista, no Plano de Trabalho, a realização em cento e oitenta dias; que inexiste registro da empresa prestadora 
do serviço no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC). Contra a decisão do TCU, o ex-prefeito opôs embargos de declaração, 
fundados na existência de obscuridade e contradições na decisão. Os embargos foram rejeitados (Decisão n.º YYY/2015). 
Notificado dos termos dessa decisão, o ex-prefeito apresentou recurso de reexame, que foi recebido pelo TCU como 
elementos adicionais de defesa, e foi devidamente apreciado, na forma regimental, quando do julgamento definitivo, 
consubstanciado no Acórdão n.º ZZZ/2015, que julgou irregulares as contas apresentadas, ante a comprovação documental 
das irregularidades constatadas e a improcedência dos argumentos de defesa apresentados. Manteve-se a aplicação de 
multa e autorizou-se, desde logo, a cobrança judicial da dívida. Inconformado, Lucas Souza ajuizou contra a União ação 
anulatória do Acórdão n.º ZZZ/2015, com pedido de antecipação da tutela. Na ação, ele alegou não ser parte legítima para 
figurar na tomada de contas especial — sendo o município a parte legítima —, além de ter alegado que a decisão do TCU 
fora fundada em meros indícios e suposições, uma vez que as testemunhas por ele arroladas não foram ouvidas e que o 
TCU não realizara fiscalização in loco. Alegou ainda violação do seu direito ao contraditório e à ampla defesa durante o 
julgamento, pela desconsideração dos argumentos da defesa e pela negativa de oitiva das testemunhas, além de ter 
sustentado que a decisão do TCU não possui força de título executivo. Não apresentou documentos. A ação foi distribuída 
ao juiz da XX Vara da Justiça Federal, que determinou a citação da União para apresentar resposta. O mandado foi juntado 
aos autos em 16/11/2015. Em face da situação hipotética acima apresentada e considerando a legislação em vigor na data 
da publicação do edital, 13/7/2015, elabore, na qualidade de advogado da União, a peça processual cabível à defesa dos 
interesses da União. Analise toda a matéria de direito processual e material pertinente e fundamente suas explanações. 
Dispense o relatório e não crie fatos novos. 
- Resposta: 1- Contestação dirigida ao juiz. Art. 297 do CPC. Deverá o candidato apresentar contestação dirigida ao juiz 
da causa. CPC Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, 
contestação, exceção e reconvenção. (...) Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, 
expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende 
produzir. 2.2 Não cabimento de antecipação da tutela - Deverá o candidato apontar que não há fundamento para o 
deferimento da antecipação de tutela, pois inexiste prova inequívoca e verossimilhança da alegação (art. 273 do CPC). 
De fato, a antecipação de tutela exige, além de prova inequívoca, que o juiz se convença da verossimilhança da 
alegação, o que não se vislumbra no caso. CPC Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou 
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e (...) 2.3 Ausência de violação do contraditório e da ampla defesa - Deverá o candidato 
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afirmar que não prospera a alegação de violação do direito ao contraditório e à ampla defesa, haja vista que, no 
processo de tomada de contas especial, o autor foi regularmente citado, tendo tomado conhecimento da instauração do 
processo e comparecido aos autos para apresentar suas alegações de defesa. Ademais, a sistemática de administração 
dos recursos federais não é fato que se prova por testemunhas, sendo matéria de direito. A administração de dinheiro 
público, por sua vez, é matéria a ser provada por documentos. 2.4 Pessoa física responsável - Deverá o candidato afirmar 
que é assente na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que o dever de prestar contas é da pessoa física 
responsável por bens e valores públicos, seja ele agente público ou não. Também é entendimento da Suprema Corte que 
quem gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade deve contas ao órgão competente para a 
fiscalização, que, no caso presente, é o Tribunal de Contas da União, a teor do art. 71, incisos II e VI, da Constituição 
Fedeƌal.àáàesseàƌespeito,àdispƁeàoàaƌt.àϳϬ,àpaƌĄgƌafoàúŶiĐo,àdaàCoŶstituiçĆo:à͞PƌestaƌĄàĐoŶtasàƋualƋueƌàpessoaàfísiĐaàouà
jurídica pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou 
pelosà Ƌuaisà aà UŶiĆoà ƌespoŶda,à ouà Ƌue,à eŵà Ŷoŵeà desta,à assuŵaà oďƌigaçƁesà deà Ŷatuƌezaà peĐuŶiĄƌia͟.à “TFà - PREFEITO 
MUNICIPAL. CONVÊNIO COM GOVERNO FEDERAL. PRESTAÇÃO DE CONTAS. CONDENAÇÃO IMPOSTA PELO TRIBUNAL DE 
CONTAS DA UNIÃO. ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5.º E 37 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A Corte de Contas, levando em 
consideração o montante das verbas federais repassadas ao Município de Aquidabã - SE durante a gestão do impetrante, 
concluiu por sua responsabilidade na administração de tais recursos, não havendo falar em contrariedade aos princípios 
da isonomia, legalidade, moralidade e impessoalidade pelo simples fato de o convênio em questão haver sido firmado 
pelo Prefeito antecessor. Mandado de segurança indeferido. (MS 24328, relator(a): min. Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, 
julgado em 24/10/2002, DJ 6/12/2002 PP-00053 EMENT VOL-02094-02 PP-00307.) 2.5 Título executivo. Art. 71, § 3.º, da 
CF. Deverá o candidato afirmar que as decisões adotadas no julgamento das contas dos administradores e demais 
responsáveis têm eficácia de título executivo, também por expressa disposição constitucional (art. 71, § 3.º, da CF). 2.6 
Atos administrativos. Presunção de legitimidade. Ônus da prova. Deverá o candidato aduzir que os atos administrativos 
gozam de presunção de legitimidade, pelo que caberia ao autor provar que o acórdão do TCU padece de ilegalidade, 
assim como provar a correta aplicação dos recursos aos fins a que se destinavam, segundo o convênio celebrado, ônus do 
qual não se desincumbiu (CPC, art. 333, I). CPC - Art. 333. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato 
constitutivo do seu direito; 2.7 Decisão do TCU. Legalidade. Deverá o candidato aduzir que não se verifica irregularidade 
formal ou manifesta ilegalidade na decisão do TCU discutida pelo autor. Por força de disposições constitucionais (arts. 70 
e 71), o TCU é o órgão legitimado para a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da 
União e das entidades da administração direta e indireta, mediante controle externo. A tomada de contas é instrumento 
imprescindível para a apuração de irregularidades na gestão de dinheiro público, em obediência aos princípios 
constitucionais da legalidade e da moralidade na administração pública, e visa coibir o mau uso da verba pública. Dessaforma, tendo o julgamento decorrido com a observância das regularidades formais e estando a decisão proferida pelo 
TCU revestida de legalidade, não há de se falar em anulação. CF - Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso 
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, 
bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza 
pecuniária. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.º 19, de 1998.) Art. 71. O controle externo, a cargo do 
Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: II - julgar as contas 
dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, 
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem 
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; VI - fiscalizar a aplicação de 
quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a 
Estado, ao Distrito Federal ou a Município; VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou 
irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa proporcional ao 
dano causado ao erário; § 3.º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de 
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título executivo. 2.8 Conclusão - Deverá o candidato requerer que o juiz negue o pedido de antecipação de tutela e julgue 
improcedente (rejeite) o pedido do autor e que o processo seja extinto com resolução de mérito (art. 269 do CPC). 
Procurador Municipal - PGM-Itupeva/SP - Ano: 2016 - Banca: BIORIO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Execução - Gilmar é citado, como representante legal da empresa T LTDA., na qualidade de sócio-gerente a responder aos 
termos de execução fiscal proposta pelo município X. São sócios, mas não participam da administração, sua esposa Eva e 
seus filhos Gilmar Junior e Ester. O Município pretende cobrar dívida decorrente de Imposto Predial e Territorial Urbano do 
terreno e acessões onde está sediada a empresa. A dívida inscrita é superior ao valor venal do imóvel. Após contratar 
advogado é apresentada defesa antes da penhora incidir sobre o patrimônio da ré. Tal defesa vem a ser rejeitada. 
Posteriormente ocorre a penhora do imóvel que gerou a divida do IPTU, bem como os bens pessoais do sócio-gerente e dos 
demais sócios da executada. Com base no exposto, responda ao que se pede a seguir. a) Indique a fundamentação no 
primeiro ato de defesa apresentado e suas características b) É possível a penhora dos bens tanto da executada como dos 
sócios? c) Qual seria o meio de defesa da esposa do sócio-gerente, para defender seus interesses e seus fundamentos? 
Advocacia Geral da União - Procurador da Fazenda Nacional - Ano: 2015 - Banca: ESAF - Disciplina: Direito Processual Civil 
- Assunto: Execução - A BD Participações Ltda., empresa de considerável patrimônio e que tem entre seus objetos sociais o 
de administração de bens, adquiriu de terceiros um apartamento, realizando o devido registro imobiliário. Em seguida, o 
cedeu gratuitamente a seus empresários, um casal sem bens imóveis, que passaram a utilizá-lo como residência. A penhora 
desse bem em execução movida contra a empresa BD pode ser afastada pelo casal alegando que o apartamento serve de 
residência para a família e que a compra na verdade se deu integralmente com recursos dos cônjuges? Por quê? . A 
garantia protege, em regra, apenas as pessoas naturais que destinam seus imóveis a residências suas ou a de suas famílias 
(art. 1° da Lei n° 8.009/90 e Súmula 364/STJ). Portanto, como o patrimônio das pessoas naturais não se confunde com o das 
pessoas jurídicas por elas titularizadas, o benefício não alcança o casal. Para o STJ, a penhora sobre imóvel de empresa 
podeàseƌàafastadaàeŵàfavoƌàdoàsſĐioàƋueàŶeleàƌesidaàŵasàapeŶasàƋuaŶdoàeŶvolveà͞eŵpƌesasàĐoŵàĐoŶotaçĆoàfaŵiliaƌàeŵà
que, muitas vezes, o local de funcionamento confunde-seà Đoŵà aà pƌſpƌiaà ŵoƌadia͟à ;vide,à p.ex., REsp n° 470.893/RS e 
621.399/RS), hipótese, portanto, diversa da tratada na questão, observado o porte indicado da empresa. No caso da 
pergunta, o bem pertence à pessoa jurídica, que o adquiriu de terceiros e os emprestou aos empresários. Para se admitir a 
propriedade do imóvel como sendo realmente do casal, ter-se-ia de atribuir validade a negócio dissimulado (a compra do 
bem pelo casal), o que não poderia resultar em benefícios aos participantes do conluio. Ainda, de acordo com a teoria dos 
atos prſpƌios,à ͞aà ŶiŶguĠŵà Ġà líĐitoà fazeƌà valeƌà uŵà diƌeitoà eŵà ĐoŶtƌadiçĆoà Đoŵà aà suaà ĐoŶdutaà aŶteƌioƌà ouà posteƌioƌà
iŶteƌpƌetadaàoďjetivaŵeŶte,à seguŶdoàaà lei,àosàďoŶsàĐostuŵesàeàaàďoaà fĠ͟à ;‘EspàŶ°àϭ.ϭϵϮ.ϲϳϴ/P‘Ϳ.àEdžpliĐaçĆoàƋuaŶtoàaosà
critérios adotados na correção das provas. As respostas que trouxeram a argumentação acima receberam as notas a elas 
atribuídas, variando, contudo, conforme o grau de completude e consistência. Quando a resposta abordou apenas parte 
dos tópicos, registrou-se a sigla DI (desenvolvimento incompleto), avaliando-se também para baixo quando as 
fundamentações trazidas se apresentaram insuficientes. As respostas apoiadas na ocorrência de fraude contra credores ou 
à execução partiram de premissa não estabelecida na hipótese, lembrando que o enunciado indicava que a BD detinha 
elevado patrimônio. Nesse caso registrou-se a sigla AI (argumentação inexata). Da mesma forma se procedeu em relação 
aos que tomaram a informada cessão gratuita do imóvel pela BD ao casal de sócios como se se tratasse de transferência da 
propriedade, o que não procede, haja vista tratar-se de comodato. Ainda, a defesa que a penhora não poderia ser afastada 
porquanto a simulação praticada autorizava a desconsideração inversa da personalidade jurídica recebeu avaliação a 
menor. O argumento detém relevância secundária porque, estando o imóvel registrado em nome da devedora seria 
desnecessário recorrer-se à desconsideração para viabilizar sua penhora. As respostas que entenderam que a penhora 
poderia ser agastada também receberam avaliação positiva desde que não tenham justificado na possibilidade da 
substituição da penhora exclusivamente no princípio da menor onerosidade da execução. Afinal, tal argumento dizia 
respeito à executada e não ao casal, fugindo ao objeto da pergunta. O ͞siŵ͟àfoiàavaliadoàpositivaŵeŶteàƋuaŶdo,àŵesŵoà
reconhecendo-se a autonomia das pessoas, a simulação e a vedação de atos contrários à boa-fé, justificou-se tratar-se na 
hipótese de um direito fundamental à moradia, que deveria prevalecer na ponderação de valores em contraponto na 
hipótese, entre o direito à moradia e a legalidade e a proteção da boa-fé. Por fim, as respostas que afirmaram a 
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necessidade do levantamento da penhora sem reconhecer a simulação e a prática de condutas contraditórias pelo casal 
também receberam avaliação a menor, registrando-se nesse caso a sigla DPP (desconhecimentoparcial da problemática). 
Procurador Municipal - PGM-Itupeva/SP - Ano: 2016 - Banca: BIORIO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Execução - Gilmar é citado, como representante legal da empresa T LTDA., na qualidade de sócio-gerente a responder aos 
termos de execução fiscal proposta pelo município X. São sócios, mas não participam da administração, sua esposa Eva e 
seus filhos Gilmar Junior e Ester. O Município pretende cobrar dívida decorrente de Imposto Predial e Territorial Urbano do 
terreno e acessões onde está sediada a empresa. A dívida inscrita é superior ao valor venal do imóvel. Após contratar 
advogado é apresentada defesa antes da penhora incidir sobre o patrimônio da ré. Tal defesa vem a ser rejeitada. 
Posteriormente ocorre a penhora do imóvel que gerou a divida do IPTU, bem como os bens pessoais do sócio-gerente e dos 
demais sócios da executada. Com base no exposto, responda ao que se pede a seguir. a) Indique a fundamentação no 
primeiro ato de defesa apresentado e suas características b) É possível a penhora dos bens tanto da executada como dos 
sócios? c) Qual seria o meio de defesa da esposa do sócio-gerente, para defender seus interesses e seus fundamentos? 
Procurador Municipal - PGM-Itupeva/SP - Ano: 2016 - Banca: BIORIO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Execução - Petra promoveu ação com pedido condenatório, para compor danos materiais e morais, utilizando o 
procedimento comum, postulando o pagamento de valores por parte do município TY por força de ato ilícito realizado por 
agente de trânsito que cobrou, indevidamente, multa já quitada. Requereu a citação da pessoa jurídica e do agente de 
trânsito, bem como arrolou o mesmo agente como testemunha. Não sendo possível a conciliação, foi apresentada defesa. 
Em seguida, a instrução foi realizada. Não restou comprovado o nexo causa e nem a culpa do servidor. O pedido foi julgado 
improcedente. Houve apelação que foi provida, condenando o município a pagar trinta salários mínimos em decorrência de 
danos. Os honorários foram fixados de acordo com as regras do Código de Processo Civil de 2015. Houve o transito em 
julgado. Foi iniciada a execução. Indique os itens relevantes referidos nesse relato. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2016 - Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Inquérito 
Civil - Promotor de Justiça de Tutela Coletiva recebe documento novo referente a inquérito civil cujo arquivamento fora 
recentemente promovido pelo Titular do órgão e unanimemente homologado pelo Conselho Superior. Diante de tal peça 
de informação, deverá reiniciar a investigação? Em caso negativo ou positivo, como deverá proceder? Resposta 
objetivamente fundamentada. 
Magistratura Estadual - TJRS - Ano: 2016 - Banca: FAURGS - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Julgamento 
Antecipado - O Novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) tentou concretizar, em diversos níveis, a concepção do 
processo como meio para obtenção da tutela adequada, efetiva e tempestiva dos direitos. Nesse sentido, houve uma 
importante alteração no que respeita à sistematização da tutela provisória, agora dividida em tutela de urgência e tutela da 
evidência. Ademais, o Novo Código de Processo Civil também disciplinou o julgamento antecipado parcial do mérito, 
detalhando os seus contornos gerais. Diante desse contexto, relacione a tutela da evidência e o julgamento antecipado 
parcial do mérito, destacando os seguintes aspectos em relação a cada um dos institutos em questão: A) o respectivo 
fundamento constitucional específico; B) a necessidade ou não do prévio contraditório; C) a profundidade da cognição 
judicial; D) a possibilidade ou não de revogação do provimento pelo órgão judicial que o concedeu. Adverte-se que as 
respostas devem ser fundamentadas, não se admitindo mera indicação de institutos, dispositivos legais e simples afirmação 
ou negação do enunciado. 
Defensoria Pública Estadual - DPE-RJ - Ano: 2015 - Banca: FESUDEPERJ - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Jurisprudência - À luz do ordenamento vigente, disserte sobre a força normativa dos precedentes judiciais após as reformas 
legislativas operadas nas duas últimas décadas. 
Procurador Legislativo - Câmra de Rio Branco/AC - Ano: 2016 - Banca: AOCP - Disciplina: Direito Processual Civil - 
Assunto: Mandado de Segurança - PEÇA PROCESSUAL - O servidor estatutário do Município de Rio Branco, José da Silva, 
detentor do cargo de auxiliar de serviços gerais, ingressou com Mandado de Segurança, autuado sob o nº 123/2016, em 
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face do Município de Rio Branco. No Mandado de Segurança, alega o servidor que, mesmo tendo exercido durante cinco 
anos as mesmas funções que o servidor João dos Santos, este recebeu promoção por merecimento que o elevou na 
carreira funcional. Em decorrência da promoção de João dos Santos, seus vencimentos mensais passaram ao montante de 
R$ 1.350,00 (um mil, trezentos e cinquenta reais), enquanto José da Silva, exercendo as mesmas atividades, percebe 
mensalmente R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais). Diante do exposto, José da Silva formulou pedido de equiparação 
funcional, pleiteando a condenação do Município de Rio Branco em proceder com a sua progressão na carreira, bem como 
com o pagamento da remuneração correspondente. Despachando a inicial do Mandado de Segurança, antes de proceder 
com a intimação para que o Município de Rio Branco se manifestasse, o Juízo da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de 
Rio Branco concedeu o pedido liminarmente, determinando ao Município de Rio Branco que procedesse com a progressão 
imediata de José da Silva na carreira, bem como com o pagamento da remuneração correspondente. Por força de tal 
decisão, foi o Prefeito Municipal notificado para prestar informações no prazo de 10 (dez) dias, ao mesmo tempo em que a 
Procuradoria do Município foi cientificada do feito. Produza a peça processual sem natureza recursal mais adequada para a 
solução do caso, atuando como Procurador do Município de Rio Branco. 
Analista - MPE-GO - Ano: 2014 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Ministério Público - 
PROVA PRÁTICA- I - Na 1a Promotoria de Justiça de Mineiros tramita um inquérito civil público que investiga a situação de 
risco de um idoso. As fls.45 o procedimento do PƌoŵotoƌàdeàJustiçaàlaŶçouàŵaŶifestaçĆoàŶosàseguiŶtesàteƌŵos:à͞DespaĐho:à
1 - Oficie-se a Secretaria Municipal de Assistência Social, requisitando abrigamento temporário Imediato do idoso em razão 
da situação de grave risco constatada em fotos e certidão de diligência realizada pelo Oficial de Promotoria, bem como 
acompanhamento psicológico para o idoso realização de estudo social para identificar possíveis curadores; 2 - resposta ao 
Ministério Público deve vir em 5 dias, dada a urgência e prioridade legal do caso; 3 - cumpra-se em 24 horas". Postas essas 
considerações, na qualidade de Secretária Auxiliar, elabore o ofício requisitório com menção expressa do fundamento legal 
daà ƌeƋuisiçĆoà ;aƌt.à ϰϳ,à iŶĐ.à Ià alíŶeaà ͞ď͟àdaà leià ĐoŵpleŵeŶtaƌà estadualà Ϯϱ/ϵϴͿ,à ateŶtando-se para a adequação vocabular, 
poder de síntese, coesão de ideias e estrutura técnica do documento. Atenção: não coloque nome ou assinatura ou sinal 
identificador. utilize a data de hoje e ao final simplesmente insira "Promotor de Justiça". 
Magistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2016 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Novo Código de 
Processo Civil - O Novo CPC ao mencionar, no artigo 489, §§1º, 2º e 3º, novos requisitos de validade para os provimentos 
decisórios, ajusta-se ăàĐhaŵadaà͞legitiŵidadeàaƌguŵeŶtativa͟?àMagistratura Estadual - TJRJ - Ano: 2016 - Banca: VUNESP - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Novo Código de 
Processo Civil - O negócio jurídico processual previsto no artigo 190 do Novo CPC permite às Partes convencionarem, com a 
concordância do juiz, que seja proferida uma sentença que reconheça uma inconstitucionalidade com efeito ablativo erga 
omnes? Tal ocorrendo, como juiz como procederia? 
Promotor de Justiça - MPE-SC - Ano: 2016 - Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Partes e 
Procuradores - Ava Gardner da Silva, perante a 1ª Vara da Família da Comarca de Hollywood, ajuizou, em 20.2.2016, ação 
de reconhecimento e dissolução de união estável, cumulada com arrolamento e partilha de bens e alimentos em face de 
James Dean de Oliveira Sauro, alegando que: a) vivia, em união estável, com James Dean de Oliveira Sauro, desde 1995, 
tendo a dissolução da sociedade de fato ocorrido em dezembro de 2015; b) da relação resultou a filha Marilyn Monroe da 
Silva Sauro, nascida em 23.1.1999; e 3 c) durante o período da convivência, adquiriram dois apartamentos e um terreno, 
ambos situados em Hollywood, e dois veículos. Informou ainda a existência de dívidas da empresa Cinema e Cia. ME, firma 
individual registrada, na Junta Comercial, em 2000, em nome do réu. Pleiteou o reconhecimento e a dissolução da 
sociedade de fato, com a partilha dos bens comuns em igual proporção, cujo valor deve ser apurado em avaliação judicial, 
excluindo-se o valor correspondente às dívidas da empresa Cinema e Cia. ME; a guarda unilateral da filha comum; o 
estabelecimento do direito de visitas do pai; e a fixação dos alimentos para a adolescente e para si, em valor 
correspondente a 50% dos rendimentos do réu, dos quais 25% para cada uma. Ao final, pugnou pela concessão dos 
benefícios da justiça gratuita, anexando declaração de hipossuficiência. Deferido o benefício da justiça gratuita, 
determinou-se a citação do réu, o qual, em sede de contestação, reconheceu a convivência durante o período informado, 
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esclarecendo, quanto ao patrimônio amealhado, que: a) em relação ao terreno, este não deve compor o monte partilhável, 
por ser incomunicável, em razão de ter sido recebido por doação de sua genitora anteriormente à união estável, em 1994, 
embora tenha sido registrado em nome da autora durante a sociedade de fato, em razão de encontrar-se, à época, com 
restrições de crédito, conforme escritura declaratória firmada por sua mãe e anexada aos autos; b) no tocante às dívidas da 
empresa Cinema e Cia. ME, alegou que elas foram realizadas em proveito comum da família, e não da empresa, razão pela 
qual devem também ser partilhadas; c) são descabidos os alimentos à autora, sob o argumento de que esta aufere 
rendimentos próprios, pois é representante comercial; e d) em relação à filha comum, pugnou pela guarda compartilhada e 
pela isenção da verba alimentar. Por fim, impugnou o requerimento de assistência judiciária gratuita sob a alegação de que 
a autora não é pobre e possui condições de arcar com as custas do processo, em razão de exercer atividade remunerada e 
em face do patrimônio do casal declarado nos autos. 4 Durante a instrução processual, foi noticiado o falecimento da 
autora e juntada a respectiva certidão de óbito, determinando-se a suspensão do processo e a abertura de vistas ao 
Ministério Público. Com base nos elementos descritos no caso relatado, na condição de Promotor de Justiça, responda: a) 
Como se efetivará a sucessão processual, inclusive em relação aos pedidos formulados pela parte falecida? b) 
Considerando, como hipótese, a emancipação voluntária da filha do casal na constância da união estável e anteriormente 
ao ingresso da ação, fundamente a intervenção do Ministério Público, em relação à possibilidade de celebração de acordo 
entre o réu e a filha, ainda que em prejuízo desta, quanto à partilha dos bens correspondentes à meação da autora. c) 
Considerando ainda a hipótese de emancipação voluntária da filha, manifeste-se quanto ao pedido de alimentos formulado 
pela autora em benefício daquela. d) Acerca da concessão dos benefícios da justiça gratuita à autora, justifique o seu 
posicionamento, apontando os fundamentos legais e o procedimento a ser adotado para impugnação e o recurso cabível. 
e) No tocante ao mérito, responda justificadamente: e.1) em relação às dívidas da empresa Cinema e Cia. ME, devem elas 
ser excluídas do monte partilhável? e.2) o terreno recebido em doação pelo réu anteriormente à convivência, registrado 
em nome da autora, deve ser partilhado? f) O que é desconsideração inversa da personalidade jurídica e como ela se aplica 
ao Direito de Família? Não há necessidade da elaboração de peças, mas o/a candidato/a deverá apontar de forma 
minuciosa e fundamentada – inclusive mencionando dispositivos legais – as respostas às indagações. 
- Resposta: a) Sucessão processual: (a.1) Nomeação de curador especial à herdeira relativamente incapaz, (art. 72, I, do 
CPC) para proceder sua habilitação e responder à citação (art. 690, do CPC). (a.2) Pedido de alimentos em favor da 
autora - extinção sem resolução do mérito (art. 1707, CC e art. 485, IX, CPC) - direito personalíssimo. 0,075 (a.3) Pedido 
de dissolução de união estável - conteúdo declaratório e não personalíssimo (direito de assegurar o quinhão hereditário 
da sucessora da falecida autora, diante da quota patrimonial a ela atribuída a título de meação). 0,075 (a.4) Demais 
pedidos (arrolamento e partilha de bens) - conteúdo patrimonial transmissível aos herdeiros. 0,075 b) Emancipação 
voluntária e intervenção do Ministério Público: (b.1) Emancipação voluntária da filha/herdeira - cessação da 
incapacidade - Desnecessidade de intervenção do Ministério Público. 0,050 (b.2) - Direitos hereditários de caráter 
patrimonial - Disponibilidade pelo herdeiro capaz, ressalvadas a hipótese de nulidade ou anulabilidade do ato jurídico 
(arts. 166 e 171, CC). 0,050 c) Emancipação voluntária e pedido de alimentos: (c.1) Obrigação alimentar em relação à 
filha emancipada - Decorrente do parentesco e da necessidade da alimentanda (art. 1.696, CC). Entendimento 
jurisprudencial majoritário. 0,050 (c.2) Necessidade da alimentante figurar no polo ativo da ação, em razão da 
emancipação. 0,050 d) Justiça gratuita: (d.1) Fundamentos: art. 5º, inc. LXXIV, CF/88; art. 4º, caput, da Lei n. 1.060/50, 
art. 1º da Lei nº 7.115/83 e arts. 98 a 102, do CPC. 0,075 (d.2) Pedido: afirmação do pleiteante, na petição inicial, na 
contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso (art. 99, CPC), de que não possui condições 
de arcar as despesas processuais, sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Caso venha ser superveniente à 
primeira manifestação da parte, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo (art. 
99, § 1º, CPC). 0,075 (d.3) Presunção relativa (art. 4º, § 1º, da Lei n. 1.060/1950 e art. 99, § 3º, CPC), cabendo: a) à parte 
contrária impugnar a concessão do benefício, comprovando inexistirem ou terem desaparecido os requisitos ensejadores 
da benesse (art. 100, CPC); b) ao magistrado, se tiver fundadas razões, exigir esclarecimentos e documentação 
comprobatória e, não se satisfazendo, indeferir o pleito (art. 99, § 2º, CPC). 0,075 (d.4) Procedimento e recurso - 
Impugnação poderá ser oferecida na contestação, réplica, nas contrarrazões de recurso, ou, no caso de pedido 
superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, apresentada no prazo de 15 dias (art. 100, CPC), 
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nos autos do próprio processo, sem suspensão do seu curso. Recurso cabível: agravo de instrumento, exceto quando a 
questão for resolvida em sentença, caso em que caberá apelação. 0,075 e) Mérito: e.1) Dívidas da empresa: (e.1.1) Não 
devem ser excluídas, sendo necessário apenas que seja provado que tenham sido assumidas durante o período da 
convivência. Fundamentos: arts. 1.725, e 1.664, CC. (e.1.2) Confusão patrimonial da empresa individual em nome do réu 
– não tem personalidade jurídica distinta, apenas, excepcionalmente, para fins tributários. 0,050 (e.1.3) Independe de 
prova de que a autora também se beneficiou dos lucros do negócio, enquanto em sociedade de fato com o réu, devendo 
ambos dividirem o passivo da empresa individual registrada em nome deste, limitando-se a partilha às dívidas 
contraídas no período da relação mantida entre as partes. 0,050 e.2) Terreno recebido em doação: (e.2.1) Princípio 
jurídico da impossibilidade da alegação da própria torpeza para anular negócio jurídico (art. 167, § 2º, CC). 0,050 (e.2.2) 
Testemunho (escritura declaratória) da genitora não tem o condão de conferir à alegação de incomunicabilidade do bem 
a segurança jurídica necessária para a exclusão da partilha, devendo também ser provada a malícia por parte da autora 
na sua aquisição do aludido bem. 0,050 (e.2.3) Inexistência de qualquer prova do fato impeditivo, modificativo ou 
extintivo do direito da autora, ônus atribuído ao réu (art. 373, inciso II, do CPC). 0,050 f) Desconsideração inversa da 
personalidade jurírica: (f.1) Fundamentos - art. 50, CC e arts. 133, § 2º CPC. 0,050 (f.2) Afastamento da autonomia 
patrimonial da sociedade, para atingir a sociedade e seu patrimônio, de modo a responsabilizar a pessoa jurídica por 
obrigações do sócio controlador, nas hipóteses de desvio de finalidade (fraude) ou confusão patrimonial. 0,150 (f.3) 
Aplicação no Direito de Família - integrar partilha dos bens adquiridos na constância da relação e transferidos ao 
patrimônio da sociedade com a intenção de fraudar meação. 0,100 Nível de persuasão: Item 6.7.1 do Edital de Concurso 
n. 001/2016/PGJ e art. 30, § 2º, da Resolução n. 001/2016/CSMP. 0,300 Redação técnico-jurídica: Item 6.7.1 do Edital de 
Concurso n. 001/2016/PGJ e art. 30, § 2º, da Resolução n. 001/2016/CSMP. 
Magistratura Estadual - TJDFT - Ano: 2016 - Banca: TJDFT - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Partes e 
Procuradores - O promitente vendedor de imóvel objeto de compromisso de compra e venda, não averbado no cartório de 
registro de imóveis, possui legitimidade para figurar no pólo passivo de ação de cobrança de cotas condominiais em atraso 
proposta pelo condomínio? O que define a responsabilidade pelo pagamento das obrigações condominiais? Pode a 
penhora recair sobre o imóvel objeto do contrato por dívidas condominiais do promitente vendedor? 
Defensoria Pública Estadual - DPE-MT - Ano: 2016 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Peça 
Prática - PEÇA PRÁTICA - Em janeiro de 2007, Carlos da Silva é flagrado com 10 (dez) gramas de maconha. Após regular 
instrução processual, é prolatada sentença condenatória que fixou a pena de 2 (dois) anos de reclusão pelo cometimento 
de crime de tráfico de drogas (art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006). A sentença transitou em julgado em março de 2007. Em 
março de 2009, o executivo de pena foi extinto por sentença que reconheceu o integral cumprimento da sanção penal. Em 
janeiro de 2016, Carlos da Silva é contratado como estagiário do Município de Nortão/MT, exercendo suas funções na sede 
da Prefeitura. Em visita ao gabinete do Prefeito, o radialista Antônio visualiza e reconhece Carlos da Silva como autor de 
crime de tráfico ocorrido no ano de 2007. Surpreso ao ver Carlos da Silva como estagiário do Município, o radialista Antônio 
narra o fato em seu programa matinal, apresentado na Rádio Frequência. Após, passa a tecer comentários contra a 
administração municipal, afirmando haver um traficante a trabalhar na Prefeitura. Prossegue Antônio dizendo que o 
estagiário Carlos da Silva põe em risco a segurança de todos que trabalham na Prefeitura de Nortão-MT. De forma incisiva, 
sugere a imediata rescisão do contrato de estágio de Carlos da Silva, sob o argumento de que ali não é local de traficante. 
Argumenta que os policiais do Município são sabedores da veracidade das informações propaladas e que Carlos de Silva, de 
fato, já fora condenado por atos de traficância, tendo, inclusive, cumprido pena. Carlos da Silva, envergonhado e com a 
estima claramente abalada, procura a Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso. Não houve qualquer movimento do 
Município de Nortão/MT em rescindir o contrato de estágio, mas Carlos da Silva deseja fazer cessar as notícias e, se 
possível, obter indenização pertinente, já que a população de Nortão/MT voltou a comentar o antigo crime de tráfico de 
drogas que havia praticado no ano de 2007. O Defensor Público responsável pelo caso, após obter gravação do programa 
noticiado, propõe ação de indenização por danos morais, cumulada com pedido de tutela inibitória (para impedir novas 
notícias acerca da condenação do autor), em face da Rádio Frequência e do radialista Antônio, alegando violação ao direito 
da personalidade. O MM. Juiz concedeu a tutela inibitória e determinou a citação dos réus para que comparecessem à 
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audiência de conciliação. Não houve acordo na audiência de conciliação. Os réus apresentaram a contestação patrocinados 
por um único advogado.Os autos foram conclusos ao M.M. Juiz, que, em relação à Rádio Frequência, proferiu o julgamento 
antecipado parcial de mérito. O MM. Juiz afirmou que não há ato ilícito praticado pela Rádio Frequência, vez que os fatos 
veiculados são verdadeiros, vigorando o princípio constitucional da liberdade de imprensa. Argumentou que não há ato da 
Rádio a justificar a propositura da demanda em face da pessoa jurídica, vez que não havia como prever as palavras do 
radialista. Na parte dispositiva, afirmou ͞diaŶteàdisso,àjulgoàiŵpƌoĐedeŶteàoàpedidoàeŵàƌelaçĆoàăà‘ĄdioàFƌeƋuġŶĐia,àsejaàeŵà
razão do princípio da liberdade de imprensa e da consequente ausência de ato ilícito na divulgação da notícia, seja em 
razão da impossibilidade de controlar as palavras do radialistaàeŵàpƌogƌaŵaàdeàƌĄdio͟.àEŵàƌelaçĆoàaoàƌadialistaàáŶtƀŶio,àoà
M.M. Juiz determinou o início da instrução processual, designando desde já audiência de instrução e julgamento, já que a 
questão fática efetivamente depende da produção de provas. Como Defensor Público de Carlos da Silva, interponha o 
recurso ou adote a providência judicial cabível contra a referida decisão. O candidato deve partir da premissa de que os 
fatos alegados na petição inicial dependem de produção de provas e de que a Defensoria Pública foi intimada da decisão 
em 12 de julho de 2016. O processo é regido pelo rito comum do Código de Processo Civil de 2015. 
Analista - TJGO - Ano: 2014 - Banca: TJGO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Principios - Discorra sobre o 
Princípio do Devido Processo Legal, devendo abordar: a - conceito e conteúdo; b - os sentidos formal e material; c - colisão 
de direitos fundamentais; d - eficácias vertical e horizontal dos direitos fundamentais. (máximo de 40 linhas). 
Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 2016 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Princípios - Discorra sobre o princípio da primazia da decisão de mérito, consagrado no Código de Processo Civil (lei 
13.105/2015), demonstrando quatro situações processuais em queo referido princípio se concretiza. (1,5 - máximo 30 
linhas) 
- Resposta: O princípio da primazia da decisão do mérito, consagrado no Código de Processo Civil/2015, está previsto, 
inicialmente, no art. 4º, ao lado da garantia da razoável duƌaçĆoàdoàpƌoĐesso:à͞ásàpaƌtesàtġŵàoàdiƌeitoàdeàoďteƌàeŵàpƌazoà
ƌazoĄvelàaàsoluçĆoàiŶtegƌalàdoàŵĠƌito,àiŶĐluídaàaàatividadeàsatisfativa.͟àEstĄàligadoàăàgaƌaŶtiaàĐoŶstituĐioŶalàdoàdevidoà
processo legal, aos princípios da boa-fé processual, do moderno contraditório e ao princípio da cooperação, este último 
pƌevistoàŶoàaƌtigoàϲºàdoàŶovoàCPC:à ͞Todosàosà sujeitosàdoàpƌoĐessoàdeveŵà Đoopeƌaƌà eŶtƌeà sià paƌaàƋueà seàoďteŶha,à eŵà
teŵpoàƌazoĄvel,àdeĐisĆoàdeàŵĠƌitoàjustaàeàefetiva͟.àCoŶfoƌŵeàesseàpƌiŶĐípio,àoàſƌgĆoàjulgador, na condução da demanda 
principal, de um recurso ou de uma demanda incidental, deve ter como objetivo final a decisão de mérito, viabilizando a 
superação de falhas formais. Analisando o artigo 4º do novo CPC, o Enunciado n. 372 do Fórum Permanente de 
ProĐessualistasà Civisà tƌazà oà seguiŶteà teoƌ:à ͞Oà aƌt.à ϰºà teŵà apliĐaçĆoà eŵà todasà asà fasesà eà eŵà todosà osà tiposà deà
procedimentos, inclusive em incidentes processuais e na instância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o 
saneamento de vícios para exaŵiŶaƌà oàŵĠƌito,à seŵpƌeà Ƌueà sejaà possívelà aà suaà ĐoƌƌeçĆo͟.à Oà pƌiŶĐípioà daà pƌiŵaziaà daà
decisão de mérito permeia, portanto, o novo processo civil pátrio, podendo ser citadas como exemplos de situações 
egundo o qual o juiz tem o dever de determinar o suprimento dos 
resolução de mérito, o juiz deverá conceder à parte oportunidade para, se poss
decretará a nulidade nem mandará repetir o ato, quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a 
 mérito, 
interposta apelação, o juiz poderá, no prazo de cinco dias, reexaminar a causa e exercer juízo de retratação (art. 485, § 
de 
suspendendo o processo, ordenar a correção da incapacidade processual ou da irregularidade de representação da parte, 
fixando prazo razoáve
não ser o responsável pelo prejuízo invocado, o juiz facultará ao autor a emenda à inicial, para alteração do polo passivo, 
com a substituição do réu (art. 338); Observação: poderá o candidato indicar situações processuais nas quais se 
concretize o princípio mencionado, além das elencadas neste espelho. 
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Procurador do Estado - PGE-MT - Ano: 2016 - Banca: FCC - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: Processo e 
Procedimento - a. Em que diferem pagamento indevido e enriquecimento sem causa? b. Qual é o prazo prescricional para 
exercício das respectivas pretensões de devolução e ressarcimento? C. Qual foro em que as ações devem ser propostas e 
qual é o procedimento a ser adotado? (Elabore sua resposta definitiva em até 40 linhas) 
 - Resposta: a. Distinção entre pagamento indevido e enriquecimento sem causa: nopagamento indevido, há um 
pagamento voluntário na suposição de existiruma dívida inexistente, devendo ser comprovado erro, salvo exceçõeslegais 
ou nos casos de abrandamento desse requisito pela jurisprudência;no enriquecimento sem causa, existe uma 
injustificada atribuiçãopatrimonial, não se admitindo, porém, a restituição por enriquecimento sea lei conferir ao lesado 
outro meio para se ressarcir do prejuízo.b. O prazo prescricional da repetição do indébito é o geral (dez anos) e o 
doressarcimento por enriquecimento sem causa é de três anos.c. O foro em que as ações devem ser propostas é, em 
regra, o do domicíliodo réu, por se tratar de ação pessoal, ressalvadas exceções legais. 
Procurador Municipal - PGM-Itupeva/SP - Ano: 2016 - Banca: BIORIO - Disciplina: Direito Processual Civil - Assunto: 
Processo e Procedimento - Petra promoveu ação com pedido condenatório, para compor danos materiais e morais, 
utilizando o procedimento comum, postulando o pagamento de valores por parte do município TY por força de ato ilícito 
realizado por agente de trânsito que cobrou, indevidamente, multa já quitada. Requereu a citação da pessoa jurídica e do 
agente de trânsito, bem como arrolou o mesmo agente como testemunha. Não sendo possível a conciliação, foi 
apresentada defesa. Em seguida, a instrução foi realizada. Não restou comprovado o nexo causa e nem a culpa do servidor. 
O pedido foi julgado improcedente. Houve apelação que foi provida, condenando o município a pagar trinta salários 
mínimos em decorrência de danos. Os honorários foram fixados de acordo com as regras do Código de Processo Civil de 
2015. Houve o transito em julgado. Foi iniciada a execução. Indique os itens relevantes referidos nesse relato. 
Procurador do Município - PGM-Teixeira de Freitas/BA - Ano: 2016 - Banca: - Disciplina: Direito Processual Civil - 
Assunto: Recursos - PEÇA PRÁTICA - Maria da Silva, brasileira, casada, professora, ajuizou ação de obrigação de fazer, com 
pedido de antecipação dos efeitos da tutela, face ao município de Teixeira de Freitas em 2 de setembro de 2015. A 
Procuradoria Geral do município foi intimada do feito em 15 de novembro de 2015 sendo que o mandado de citação foi 
juntado aos autos em 8 de outubro de 2015. Sucintamente, A autora alega que foi diagnosticada com diabetes mellitus tipo 
1, sendo recomendada a fazer o uso dos medicamentos insulina de ação rápida, e insulina de ação prolongada e 
ranibizumab (junta documentos médicos comprobatórios). Esclarece que estes medicamentos são de extrema urgência 
mas que os valores dos medicamentos somados totalizam R$ 850,00 (notas fiscais anexas), fato que impossibilita a autora 
de continuar com seu tratamento , Já que é hipossuficiente financeiramente com saúde debilitada , testando , portanto , 
impossibilitada de arcar com as despesas . Requer os benefícios da justiça gratuita e que o município forneça os 
medicamentos. O magistrado concedeu o benefício da justiça gratuita e liminar antecipação dos efeitos da tutela, sem 
ouvir o município. Diante desse caso, nas condições de procurador do município designado para tal em 25 de setembro de 
2015, redija a peça processual adequada, fundamentadamente. 
 - Resposta: O candidato deveria elaborar uma peça contestatória ou um agravo de instrumento, visto que serão 
avaliados quanto à adequação ao problema apresentado, ao domínio do raciocínio jurídico, a fundamentação e sua 
consistência, a capacidade de interpretação e exposição e a técnica profissional demonstrada, sendo que a mera 
transcrição de dispositivos legais, desprovida do raciocínio jurídico, não ensejará a pontuação. Segue abaixo modelos 
sintéticos das peças. Contestação - Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara de Fazenda Pública do 
Município de Teixeira de Freitas-Estado da Bahia (endereçamento correto: 0,5). Autos n(...) O município de Teixeira de 
Freitas, pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ nº (...), com sede à rua (...), através de seu procurador 
judicial que esta subscreve , vem respeitosamente perante Vossa Excelência, apresentar: (qualificação do polo passivo - 
0,5) Contestação (tipo de peça processual - 0,5) - Em face da ação de obrigação de fazer que lhe mova Maria da Silva, Já 
devidamente qualificada, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: (qualificação do tipo de ação e do polo 
ativo: 0,5). I- DOS FATOS: o candidato deveria descrever os fatos contidos na petição inicial (resumo dos fatos: 1,0). II- DA 
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TEMPESTIVIDADE (explicar que a contestação e tempestiva: 2,0) o candidato deveria explicitar o prazo finalpara 
interposição da contestação, exemplo município de Teixeira de Freitas foi citado na ação de obrigação de fazer em 
15/09/2015, mais uma dado de citação foi juntado aos autos somente em 08/10/2015, sendo que os outros já tinham 
sido entregues em carga ao procurador do município. Portanto, o prazo para a interposição da contestação teve início na 
data de 08/10/2015, e de acordo com as regras processuais, exclui-se o dia do início (08/10/2015) e inclui-se o dia final. 
De acordo com o artigo 188 do CPC, o município (Fazenda Pública) possui prazo em quádruplo para contestar (60 dias), 
sendo o prazo final para interposição da contestação era em 07/12/2015. III- DAS PRELIMINARES (arguir preliminares - 
4,0) o candidato deve alegar preliminarmente algumas das seguintes preliminares: a - chamamento ao processo da 
União e do Estado (artigo 77 do CPC); B- incompetência absoluta do juízo; c - ilegitimidade passiva do município de 
Teixeira de Freitas; d - a concessão da tutela antecipada encontra óbice no artigo 1 da lei 9.494/97; e - reexame 
necessário de acordo com o artigo 475 do CPC, para, ao final, requerer o acatamento do chamamento ao processo como 
inclusão do Estado e da União no polo passivo, a incompetência absoluta do juízo e a remessa do processo para a Justiça 
Federal e/ou em extinção do processo sem a resolução do mérito face a ilegitimidade passiva. IV- DO MÉRITO (arguir os 
fundamentos jurídicos: 8,0) no mérito, o candidato deveria aduzir alguns dos seguintes argumentos: a - a pretensão da 
autora firma-se em normas constitucionais e orgânicas de caráter programático, em afronta aos termos do artigo 195, § 
5º - CF/88; B - repartição de atribuições entre os entes federativos, pois cabe ao município assegurar igualdade de 
tratamento aos usuários do serviço de saúde, não podemos efetuar despesas vultosas específicas com determinados 
medicamentos, por quanto os recursos devem ser destinados ao atendimento geral da população; c - desenvolver tese 
sobre a reserva do possível; d - a ausência de previsão orçamentária para o fornecimento dos remédios; e - princípio da 
legalidade, alegando que não cabe ao município à responsabilidade em fornecer os medicamentos para os casos de 
doença de alta complexidade; f - alegar que a liminar deferida série todas as previsões orçamentárias efetuadas pela 
administração municipal e que não encontra-se presente o fumus boni iuris, requisito essencial para a pretensão 
cautelar; g - referir-se a Política Nacional de Medicamentos e ao RENAME, argumentando que o remédio deve ser 
prescrito pelo princípio ativo e não pelo nome/marca. V - DOS PEDIDOS (requerimento final/pedidos: 2,0) ante o exposto, 
requer digne-se V. Ex, acolher as preliminares levantadas para que seja acatado o chamamento ao processo com a 
inclusão do Estado e da União no polo passivo, o reconhecimento da incompetência absoluta do juízo e a remessa do 
processo para a Justiça Federal e/ou extinção do processo sem a resolução do mérito face a ilegitimidade passiva. Caso 
restarem superadas as preliminares, requer-se que no mérito, julgue totalmente improcedentes os pedidos do autor, na 
forma da fundamentação acima, bem como a revogação da medida liminar concedida. Requer-se ainda, a condenação 
do autor ao pagamento de custas, despesas processuais, honorários advocatícios e demais cominações a que der causa. 
VI - DAS PROVAS (alegar que produzirá as provas: 1,0) protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em 
direito. Data (a indicação da data deve observar o prazo do agravo de 60 dias para contestar, a qual será analisada 
juntamente com a tempestividade). Procurador Municipal - Também foi aceita, como peça processual adequada para a 
situação exposta no enunciado, à interposição de agravo de instrumento contra a decisão que recebeu a petição, que 
deve observar o seguinte modelo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do 
Egrégio Tribunal de Justiça da Bahia - O Município de Teixeira de Freitas, pessoa jurídica de direito público interno, 
inscrita no CNPJ n (...), com sede à rua (...), através de seu procurador judicial que esta subscreve , vem respeitosamente 
perante Vossa Excelência, interpor o presente: (qualificação do polo passivo: 0,5) AGRAVO DE INSTRUMENTO COM 
PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO (tipo de peça processual: 0,5) Em face da decisão proferida na ação de obrigação de 
fazer que lhe move Maria da Silva, já devidamente qualificada, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
(qualificação do tipo de ação e do polo ativo: 0,5). Em cumprimento ao que dispõe a norma do artigo 524, o agravante 
informa o nome e o endereço completo de ter divulgado os constantes do processo e registra que a presente petição 
encontra-se instruída com as peças obrigatórias referidas no artigo 525, I, do CPC (indicação dos requisitos: 1,0) Pede 
deferimento ... Egrégio Tribunal: Razões de recurso: I - DA DECISAO AGRAVADA: (resumo dos fatos: 1,0) o examinador 
deverá expor os detalhes trazidos pelo enunciado da questão, resumo dos fatos e da decisão que antecipou os efeitos da 
tutela sem ouvir o município. II - DA TEMPESTIVIDADE (explicar que o agravo é tempestivo: 2,0) o candidato deveria 
explicitar o prazo final para interposição do agravo, consoante o artigo 522,523 e 188 da legislação Processual Civil 
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vigente à época da prova do concurso, segundo o qual a fazenda pública dispõe de 20 dias para interpor agravo , em face 
das decisões interlocutórias, inclusive as que antecipa os efeitos da tutela. Por exemplo: município de Teixeira de Freitas 
foi citado na ação de obrigação de fazer em 15 de setembro de 2015, mas o mandado de citação foi juntado aos autos 
somente em 8 de outubro de 2015, sendo que os outros já tinham sido entregues em carga ao procurador do município. 
Portanto, o prazo para a interposição da contestação teve início na data de 8 de outubro de 2015, e de acordo com as 
regras processuais, exclui-se o dia do início (08/10/2015) e inclui-se o dia final, sendo o prazo final para a interposição do 
agravo era de 28/10/2015. III - DAS PRELIMINARES (arguir preliminares: 4,0) o candidato deve alegar preliminarmente 
algumas das seguintes: a - chamamento ao processo da União e do Estado (artigo 77 do CPC), B - incompetência 
absoluta do juízo; c - ilegitimidade passiva do município de Teixeira de Freitas; d - a concessão da tutela antecipada 
encontra óbice no artigo 1 da lei 9.494/97; e - reexame necessário de acordo com o artigo 475 do CPC, para, ao final, 
requerer o acatamento do chamamento ao processo como inclusão do Estado e da União no polo passivo, a 
incompetência absoluta do juízo e a remessa do processo para a Justiça Federal e/ou em extinção do processo sem a 
resolução do mérito face a ilegitimidade passiva. IV - RAZÕES DO PEDIDO RECURSAL (arguir os fundamentos jurídicos: 
8,0) ao desenvolver as razões do pedido de reforma da decisão agravada, deve o examinado sustentar alguns dos 
seguintes argumentos: a - a pretensão da autora firma-se em normas constitucionais e orgânicas de caráter 
programático, em afronta aos termos do artigo 195, § 5º - CF/88; B - repartição de atribuições entre os entes federativos, 
pois cabe ao município assegurar igualdade de tratamento aos usuários do serviço de saúde, não podemos efetuar 
despesas vultosas específicas com determinados medicamentos, por quanto os recursos devem ser destinados ao 
atendimento geral da população; c - desenvolver tese sobre a reserva do possível; d - a ausência de previsão 
orçamentária para o fornecimento dos remédios; e - princípio da legalidade, alegando que não cabe ao município

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