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Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 1 Maria Paula Serra de Oliveira Candida de Oliveira Pereira CADERNO DE EXERCÍCIOS DE ANÁLISE INFINITESIMAL III 2010 Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 2 1 Algumas noções topológicas em IRn ⋆ Resultados Teóricos Sejam D ⊂ IR2, (x0, y0) ∈ IR2 e r > 0. � Designa-se por bola aberta centrada em (x0, y0) e de raio r o conjunto B ((x0, y0) , r) = { (x, y) ∈ IR2 : ‖(x, y)− (x0, y0)‖ < r } . Designa-se por bola fechada centrada em (x0, y0) e de raio r o conjunto B ((x0, y0) , r) = { (x, y) ∈ IR2 : ‖(x, y)− (x0, y0)‖ ≤ r } . Diz-se que U é vizinhança de (x0, y0) , e escreve-se U ∈ V(x0,y0), em que V(x0,y0) representa o conjunto das vizinhanças de (x0, y0), se ∃ r > 0 : B ((x0, y0) , r) ⊂ U � Diz-se que (x0, y0) ∈ D é um ponto interior de D se ∃r > 0 : B ((x0, y0) , r) ⊂ D. Designa-se por interior de D, e representa-se por int (D), o conjunto dos pontos interiores a D. � Diz-se que D é um conjunto aberto se D coincide com o seu interior. � Diz-se que (x0, y0) é um ponto aderente a D se ∀r > 0 B ((x0, y0) , r) ∩D = ∅. Designa-se por aderência de D ou fecho de D, e representa-se por D, o conjunto dos pontos aderentes a D. � Diz-se que (x0, y0) é ponto de acumulação de D se ∀r > 0 (B ((x0, y0) , r) \ {(x0, y0)}) ∩D = ∅. Designa-se por derivado de D, e representa-se por D′, o conjunto dos pontos de acumu- lação de D. � Diz-se que (x0, y0) ∈ D é um ponto isolado de D se ∃r > 0 : B ((x0, y0) , r) ∩D = {(x0, y0)} . Note que um ponto de um conjunto é um ponto de acumulação do conjunto se e só se não for um ponto isolado. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 3 � Diz-se que (x0, y0) é um ponto fronteiro deD se (x0, y0) é aderente aD e ao complementar de D, ∁D, ou seja, ∀r > 0 B ((x0, y0) , r) ∩D = ∅ ∧ B ((x0, y0) , r) ∩ ∁D = ∅. Designa-se por fronteira deD, e representa-se por fr (D), o conjunto dos pontos fronteiros a D. � Diz-se que D é um conjunto fechado se contém todos os seus pontos fronteiros. � Diz-se que D é um conjunto limitado se ∃r > 0 : D ⊂ B ((x0, y0) , r) . � Diz-se que D é um conjunto compacto se for fechado e limitado. 1. Verifique se cada um dos seguintes conjuntos é ou não vizinhança dos pontos P indicados: (a) { (x, y) ∈ IR2 : (x− 3)2 + (y − 1)2 < 1} e P = (3, 1) . (b) { (x, y) ∈ IR2 : (x− 3)2 + (y − 1)2 ≤ 1 2 } e P = (3, 1) . (c) {(3, 1)} e P = (3, 1) . (d) Uma recta que contenha o ponto (3, 1) e P = (3, 1) . (e) { (x, y) ∈ IR2 : y ≥ 1} e P = (3, 1) . (f) { (x, y) ∈ IR2 : y > 1− ε, ε > 0, fixo} e P = (3, 1) . (g) Uma bola fechada de centro em (2, 1, 5) e P = (2, 1, 5) . (h) Uma recta que contenha (2, 1, 5) e P = (2, 1, 5) . (i) Um plano que contenha (2, 1, 5) e P = (2, 1, 5) . 2. Represente geometricamente cada um dos seguintes subconjuntos de IR2 e determine os respectivos interior, fecho, derivado e fronteira.Verifique ainda se são abertos, fecha- dos ou compactos: A = {(x, y) : 0 < x ≤ 2} ∪ {(3, 4)} B = {(x, y) : x = y} C = {(x, y) : x = 0 ∧ 2 < y < 4} D = {(x, y) : 0 � xy � 1} Qn = {( 1 n , 0 ) : n ∈ IN} Pn = {( 1n , 1n) : n ∈ IN} G = {(n,m) : n,m ∈ IN} H = {( 1 n , 1 m ) : n,m ∈ IN} I = { (x, y) : y = 1 n , n ∈ IN} J = {(x, y) : 0 < x2 + y2 < 4} K = { (x, y) : 0 < √ x2 + y2 ≤ 9 } L = {(x, y) : x, y ∈ Q ∧ ‖(x, y)‖ < 1} Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 4 2 Funções Vectoriais de Variável Vectorial 2.1 Domínio, representação gráfica e curvas de nível ⋆ Resultados Teóricos Sendo f : D ⊂ IR2 −→ IR, a curva de nível de cota α da função f é definida pelo conjunto Cα = {(x, y) ∈ D : f (x, y) = α} . Por exemplo, consideremos a função f : IR2 −→ IR tal que f (x, y) = ( x2 − y2)2 com a seguinte representação gráfica: A representação geométrica de Cα é a projecção, no plano xOy, da curva que se obtém quando se intersecta o gráfico da função com o plano de cota α. Ilustração geométrica da construção de C5000 Representação gráfica de C5000 Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 5 Na figura seguinte estão representadas várias curvas de nível que constituem um "mapa topográfico" da função f : 1. Descreva, analítica e geometricamente, o domínio das seguintes funções: (a) f (x, y) = xy y−2x (b) f (x, y) = √ x+1√ 1−x2−y2 (c) f (x, y) = √ x x−y (d) f (x, y, z) = √ 4− x2 − y2 − z2 (e) f (x, y) = √ x2+y2+2x x2+y2−2x (f) f (x, y) = ln [(16− x2 − y2) (x2 + y2 − 4)] (g) f (x, y) = ln (4− x2 − y2) + x y2−4x (h) f (x, y, z) = √ ln (x2 + y2 − 2z2) (i) f (x, y) = { sin(x4+y6) x4+y6 se x > 0 y + √ 1− x se x ≤ 0 (j) f (x, y) = x 3 3 + arcsin (y + 3) (k) f (t) = ( t2, √ t+ 1, 1 4−t2 ) (l) f (x, y) = ( ln (x− y) , xy √ x2 − y, 3x+2y√ 9−x2−y2 ) 2. Para cada uma das seguintes funções, faça a correspondência entre a expressão designatória, a representação gráfica e o mapa topográfico. Apresente razões para a sua escolha: Expressões Designatórias (a) f (x, y) = 2x+ 3y (b) f (x, y) = |x|+ |y| (c) f (x, y) = xy (d) f (x, y) = e 1 x2+y2 (e) f (x, y) = y x (f) f (x, y) = (x2 − y2)2 (g) f (x, y) = (x− y)2 (h) f (x, y) = cos (y) (i) f (x, y) = sin (|x|+ |y|) (j) f (x, y) = y6 x3+y6 (k) f (x, y) = log (1 + x2) , x ≥ 0 (l) f (x, y) = cos (x) sin (y) Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 6 Representações Gráficas A B C D E F G H I J K L Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 7 Mapas Topográficos I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 8 Notas: - As representações gráficas apresentadas foram feitas com recurso ao programa Mathematica. - As curvas de nível representadas correspondem a uma sequência de valores de z com espaçamentos iguais. Os gráficos são representados com um sombreado, em que as regiões de maior valor de z são mais claras. 3. Para cada uma das seguintes funções, determine o domínio, identifique as curvas de nível e faça um esboço da superfície que corresponde ao gráfico da função: (a) f (x, y) = 1− x− y (b) f (x, y) = y − 1 (c) f (x, y) = 1− x2 (d) f (x, y) = x2 + 9y2 (e) f (x, y) = √ x2 + y2 (f) f (x, y) = − √ x2 + y2 − 1 (g) f (x, y) = √ 1− x2 (h) f (x, y) = √ 36− 9x2 − 4y2 (i) f (x, y) = 2− 4x2 − 2y2 4. Uma placa fina de metal ocupa uma região D do plano xOy. A placa foi aquecida e, em cada ponto (x, y), a temperatura T é dada por T (x, y) = 100 1+x2+y2 . (a) Identifique e esboce as linhas isotérmicas da placa. (b) Uma formiga, localizada no ponto (1, 4), anda sobre a placa de modo que a temper- atura ao longo da sua trajectória permanece constante. Qual é a trajectória tomada pela formiga e qual é a temperatura ao longo da trajectória? * Questões de Exames *5. Considere a função f : D ⊂ IR2 −→ IR definida por f (x, y) = ln √ xy + 1 x2 − y2 . (a) Represente, analítica e geometricamente, o conjunto D. (b) Considere a sucessão Pn = ( (−1)n (2− 1 n ) , (−1)n (−2 + 1 n )) n∈IN . Determine o interior, o fecho, o derivado e a fronteira do conjunto D ∪ {Pn, n ∈ IN}. *6. Considere a função f : D ⊂ IR2 −→ IR definida por f (x, y) = ln (−y + x2 + 2)√y − sin x tan x (a) Represente, analítica e geometricamente, o conjunto D. (b) Considere a sucessão de termo geral Pn = { ( π, π 2+2 n ) se n ímpar (π, 100) se n par . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 9 i. Diga se (Pn)n∈IN é convergente e limitada. Justifique. ii. Determine o interior, o fecho, o derivado e a fronteira do conjunto D ∪ {Pn, n ∈ IN} . *7. Seja f a função real definida por: f (x, y) = ln (1− y2 9 − x2 4 )√ 1− y2 y2 + (y − x2 + 1)2 . (a) Determine o domínio D de f e represente-o geometricamente . (b) Seja A = D ∪ {(−1 + 6 n , 0 ) , n ∈ IN} . Indique o interior, o fecho, o derivado e a fronteira de A. *8. Seja f a função real definida por: f (x, y) = ln (y2 − yx) √ 4− x2 − y2 (y − 1)2 + (x+ 1)2 . (a) Determine o domínio D de f e represente-o geometricamente. (b) Seja A = D ∪ {(0, 3− 2 n ) , n ∈ IN} . Indique o interior, o fecho, o derivado e a fronteira de A . 2.2 Limites e Continuidade ⋆ Resultados Teóricos A. Definição de Limite Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR e (x0, y0) ∈ D′.Diz-se que lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = L se ∀ε > 0 ∃δ > 0 : ∀ (x, y) ∈ D 0 < ‖(x, y)− (x0, y0)‖ < δ =⇒ |f (x, y)− L| < ε. B. Álgebra de Limites Sejam f, g : D ⊆ R2 → R e (x0, y0) ∈ D′. lim (x,y)−→(x0,y0) (f (x, y)± g (x, y)) = lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y)± lim (x,y)−→(x0,y0) g (x, y) lim (x,y)−→(x0,y0) (f (x, y)× g (x, y)) = lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y)× lim (x,y)−→(x0,y0) g (x, y) lim (x,y)−→(x0,y0) f(x,y) g(x,y) = lim (x,y)−→(x0,y0) f(x,y) lim (x,y)−→(x0,y0) g(x,y) (desde que g não se anule numa vizinhança de (x0, y0)). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 10 C. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR e (x0, y0) ∈ D′. Então lim (x,y)−→(x0,y0) x = x0 e lim (x,y)−→(x0,y0) y = y0. D. Sejam f, g : D ⊆ R2 → R e (x0, y0) ∈ D′. Suponha-se que existe uma vizinhança V de (x0, y0) tal que g é limitada em (V \ {(x0, y0)}) ∩D e que lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = 0. Então lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) g (x, y) = 0. Note que este resultado significa que "o produto de um infinitésimo por uma função limi- tada é um infinitésimo". E. Limite da Função Composta Sejam f : D ⊆ R2 → R e g : E ⊆ R→ R duas funções com f(D) ⊆ E e seja (x0, y0) ∈ D′. Suponha-se que lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = u0, em que u0 ∈ E′ e que lim u−→u0 g (u) = L. Então lim (x,y)−→(x0,y0) (g ◦ f) (x, y) = L se uma das condições seguintes for verificada: (a) ∃r > 0 : ∀ (x, y) ∈ D, 0 <‖ (x, y)− (x0, y0) ‖< r⇒ f(x, y) = u0; (b) g é contínua em u0. F. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR, (x0, y0) ∈ D′ e lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = L. Então, para todo o conjunto A tal que (x0, y0) ∈ (A ∩D)′, tem-se lim (x,y)−→(x0,y0) f (x,y)∈A∩D (x, y) = L. Note que este resultado pode ser utilizado para provar a não existência de limite. Com efeito, se tivermos dois conjuntos A e B, tais que lim (x,y)−→(x0,y0) (x,y)∈A∩D f (x, y) = lim (x,y)−→(x0,y0) (x,y)∈B∩D f (x, y) , concluímos que não existe lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y). O mesmo podemos concluir se não existir um daqueles limites. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 11 G. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR, (x0, y0) ∈ D′. Suponhamos ainda que existe V , vizinhança de (x0, y0), tal que lim (x,y)−→(x0,y0) (x,y)∈V ∩D f (x, y) = L. Então lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = L. H. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR, com D = D1 ∪D2 e (x0, y0) ∈ D′1 ∩D′2. Se lim (x,y)−→(x0,y0) (x,y)∈D1 f(x, y) = lim (x,y)−→(x0,y0) (x,y)∈D2 f(x, y) = L então lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = L. Note que este resultado pode ser generalizado ao caso em que D é a reunião de um número finito de conjuntos. I. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR e (x0, y0) ∈ D ∩D′. A função f é contínua em (x0, y0) se e só se lim (x,y)−→(x0,y0) f (x, y) = f (x0, y0) . Seja A ⊆ D. A função f é contínua em A se for contínua em todos os pontos de A. 9. Prove, usando a definição, que: (a) lim (x,y)−→(x0,y0) x = x0. (b) lim (x,y)−→(1,3) 2x+ 3y = 11. (c) lim (x,y)−→(0,0) x4y4 x4+y2 = 0. (d) lim (x,y)−→(1,1) xy x+y = 1 2 . 10. Seja f a função definida por f (x, y) = { (x+ y) sin 1 x sin 1 y se x = 0 ∧ y = 0 0 se x = 0 ∨ y = 0 . Mostre, por definição, que f é contínua no ponto (0, 0). 11. Para cada uma das seguintes funções, indique o seu domínio e estude a existência de limite nos pontos indicados: (a) x 2 x2+y2 em P0 = (1, 2) (b) ln ( sinx 2 + (yz) 2 3 ) em P0 = ( π 2 , √ 2 2 , 1 2 ) (c) 2xy (x+y)2 em P0 = (1,−1) (d) x4−4y42x2+4y2 em P0 = (0, 0) (e) xy−2x−y+2 (x−1)(y2−4y+4) em P0 = (1, 3) Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 12 12. Para cada uma das seguintes funções, indique o seu domínio e estude a existência de limite no ponto P0 = (0, 0): (a) (x2 + 2y2) sin 1 xy (b) x 3+2xy+3y2√ x2+y2 (c) x 2y (x2+y2) √ 1−x2−y2 (d) x3y7+x sin y√ x2+y2 13. Calcule os seguintes limites, depois de escrever cada função como composição de duas: (a) lim (x,y)−→(0,0) ln(1−x2−y2) x2+y2 (b) lim (x,y)−→(0,0) x2+y2√ x2+y2+1−1 (c) lim (x,y)−→(2,0) sin(xy) xy 14. Para cada uma das seguintes funções, indique o seu domínio e estude a existência de limite nos pontos indicados: (a) x 2 x2+y2 em P0 = (0, 0) (b) xy(x2−y2) x4+y4 em P0 = (0, 0) (c) 2xy−2y (x−1)2+y2 em P0 = (1, 0) (d) xy(x−y) x2+y4 em P0 = (0, 0) (e) 3x 3y x6+y2 em P0 = (0, 0) (f) (x−1)yz (x−1)3+y3+z3 em P0 = (1, 0, 0) 15. Determine o domínio das seguintes funções e estude a existência de limite nos pontos indicados; caso os pontos pertençam ao domínio da função, estude também a continuidade nesses pontos. (a) f (x, y) = { 2xy x2+y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) em P0 = (0, 0) . (b) f (x, y) = x 2−y2 x+y em P0 = (−1, 1) (c) f (x, y) = { x2−y2 x+y se x = −y 0 se x = −y em P0 = (0, 0) e P1 = (−1, 1) . (d) f (x, y) = x 2−2xy+y2 x2y−y3 em P0 = (0, 0), P1 = (−1, 1) e P2 = (1, 1) . (e) f (x, y) = ( x|y| |x|+|y| , x x2−y ) em P0 = (0, 0) e P0 = (2, 2) . (f) f (x, y, z) = x 2yz x8+y4+z2 em P0 = (0, 0, 0) . (g) f (x, y) = { x se x = y x2 se x = y em P0 = (1, 1) e P1 = (2, 2) . (h) f (x, y) = { |y| x2 e− |y| x2 se x = 0 0 se x = 0 em P0 = (0, 0). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 13 (i) f (x, y) = { x2 ln(y+1) x2+y2 se x2 + y2 < 1 ∧ (x, y) = (0, 0) 0 se x2 + y2 � 1 em P0 = (0, 0) e P1 = (1, 0) . (j) f (x, y) = { y2 sinx x2+y2 se x2 + y2 < 1 ∧ (x, y) = (0, 0) 1 se x2 + y2 � 1 em P0 = (0, 0) e P1 = (0, 1) . (k) f (x, y) = x2 sin y x2+y2 se x = 0 ∧ y = 0 1− y2 se x = 0 1− x2 se y = 0 em P0 = (0, 0) e P1 = (−1, 0) . 16. Determine a região de continuidade das seguintes funções: (a) f (x, y) = { xy2 x2+y4 se x < y2 0 se x ≥ y2 . (b) f (x, y) = { x+y√ x2+y2+1 se x2 + y2 > 1 x+ y se x2 + y2 � 1 . (c) f (x, y) = { |y| x2 e− |y| x2 se x = 0 0 se x = 0 . * Questões de Exames *17. Considere a função f : D ⊂ IR2 −→ IR definida por f(x, y) = (y − x) ln (x+ 1)√ y2 + (y − x)2 . (a) Determine D, domínio de f . (b) Considere a função g : IR2 −→ IR definida por g(x, y) = { f(x, y) , (x, y) ∈ D ∧ x = y2 sin(π4 xy) π 4 xy + α , (x, y) ∈ D ∧ x = y2 , com α ∈ IR. i. Determine α de forma a que lim (x,y)−→(0,0) g(x, y) não exista; ii. Determine α de forma a que lim (x,y)−→(1,1) g(x, y) exista. *18. Considere a função f : D ⊂ IR2 −→ IR definida por f(x, y) = ln [ x ln ( y − x2)] . (a) Determine D, domínio de f . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 14 (b) Sendo X = D ∪ { ( 1 n , 1 n ), n ∈ IN } indique int (X) , X e fr(X). (c) Considere a função g : IR2 −→ IR definida por g(x, y) = f(x, y) , (x, y) ∈ D (x−1) cos(π 2 x+y−1)√ (x−1)2+(y−1)2 , (x, y) /∈ D ∧ x = y 4 x = y . Determine lim (x,y)−→(1,3) g(x, y) e lim (x,y)−→(1,1) g(x, y). 2.3 Diferenciabilidade ⋆ Resultados Teóricos A. Definições de Derivada Parcial e de Vector Gradiente Sejam f :D ⊆ IR2 −→ IR, D aberto e (x0, y0) ∈ D. Derivada parcial de f em relação a x, no ponto (x0, y0), ∂f ∂x (x0, y0) = lim t−→0 f (x0 + t, y0)− f (x0, y0) t . ∂f ∂x (x0, y0) representa a taxa de variação de f , em relação a x, no ponto (x0, y0). Derivada parcial de f em relação a y, no ponto (x0, y0), ∂f ∂y (x0, y0) = lim t−→0 f (x0, y0 + t)− f (x0, y0) t . ∂f ∂y (x0, y0) representa a taxa de variação de f , em relação a y, no ponto (x0, y0). As derivadas parciais também se podem notar por fx (x0, y0) e fy (x0, y0), respectivamente. O vector das derivadas parciais designa-se por gradiente ou vector gradiente e representa- se por ∇f (x0, y0). Assim, ∇f (x0, y0) = ( ∂f ∂x (x0, y0) , ∂f ∂y (x0, y0) ) . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 15 B. Definição de Derivada Direccional Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR, D aberto, (x0, y0) ∈ D, v ∈ IR2, v = 0. Derivada direccional de f , no ponto (x0, y0) e na direcção v, ∂f ∂v (x0, y0) = lim t−→0 f ((x0, y0) + tv)− f (x0, y0) t . Se ‖v‖ = 1, ∂f ∂v (x0, y0) representa a taxa de variação de f , no ponto (x0, y0), na direcção e sentido do vector v. Tem-se ∂f ∂v (x0, y0) = ∂f ∂x (x0, y0) se v = (1, 0) e ∂f ∂v (x0, y0) = ∂f ∂y (x0, y0) se v = (0, 1). C. Definição de Derivada de uma Função num Ponto Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR e (x0, y0) ∈ (D ∩D′). A função f diz-se diferenciável em (x0, y0) se existir uma aplicação linear de IR2 em IR, Df (x0, y0), tal que lim h−→0 |f ((x0, y0) + h)− f (x0, y0)−Df (x0, y0)h| ‖h‖ = 0. A aplicação Df (x0, y0) designa-se por derivada de f em (x0, y0). D. A definição anterior pode generalizar-se ao caso em que f é uma função vectorial de variável vectorial, f = (f1, f2, · · · , fm) : D ⊂ IRn −→ IRm. A aplicação Df (P0), com P0 = (x01, x 0 2, · · · , x0n), representa-se matricialmente pela matriz das derivadas parciais, chamada matriz jacobiana de f em P0. Esta matriz denota-se por Jf (P0) podendo também, no caso de f ser diferenciável, ser denotada por Df (P0). Assim, Jf (P0) = ∂f1 ∂x1 (P0) ∂f1 ∂x2 (P0) · · · ∂f1∂xn (P0) ∂f2 ∂x1 (P0) ∂f2 ∂x2 (P0) · · · ∂f2∂xn (P0)· · · · · · · · · · · · ∂fm ∂x1 (P0) ∂fm ∂x2 (P0) · · · ∂fm∂xn (P0) m×n . Se f for uma função diferenciável de contradomínio real, a sua derivada é dada pelo gra- diente, ∇f (P0) = ( ∂f ∂x1 (P0) , ∂f ∂x2 (P0) , · · · , ∂f ∂xn (P0) ) . E. Condição suficiente de diferenciabilidade Sejam f : D ⊂ IR2 −→ IR, D aberto, (x0, y0) ∈ D. Se existirem as derivadas parciais, ∂f ∂x e ∂f ∂y , numa vizinhança de (x0, y0), e forem contínuas em (x0, y0), então f é diferenciável em (x0, y0). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 16 F. Condições necessárias de diferenciabilidade Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR, D aberto, (x0, y0) ∈ D. Se f é diferenciável em (x0, y0) então: � f é contínua em (x0, y0). � Existem as derivadas parciais de f em (x0, y0), ∂f ∂x (x0, y0) e ∂f ∂y (x0, y0). � Existe a derivada direccional de f em (x0, y0), segundo qualquer vector v ∈ IR2� {0} e ∂f ∂v (x0, y0) = (∇f (x0, y0) | v) . 2.3.1 Derivadas Parciais de 1aOrdem 19. Usando a definição de derivada parcial, determine: (a) fx (0, 0) e fy (1, 2), sendo f (x, y) = x2y. (b) as derivadas parciais da função f(x, y) = exy + 1, num ponto qualquer de IR2. (c) fx (1, 1), fy (0, 0) e fx (1, 2), sendo f (x, y) = { x se x < y y se x ≥ y . 20. Calcule as derivadas parciais das seguintes funções: (a) e2xy 3 (b) ex sin y + cos (z − 3y) (c) f (x, y, z) = ln (ex + zy) (d) f (x, y, z) = cos ( y √ x2 + z2 ) (e) f (x, y) = { x3y x6+y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) (f) f (x, y) = { xy x+y se x+ y = 0 x se x+ y = 0 21. Um estudo efectuado sobre uma certa marca de pasta dentífrica concluiu que o montante V (x, y) de vendas diárias do produto é função do número x de vezes em que ele é publicitado diariamente na televisão, e função do número y de milhões de pessoas que vêem, também diariamente, o anúncio. Assim, o número de unidades do artigo vendidas diariamente é caracterizado através do seguinte modelo V (x, y) = 5000xy + 1000 (a) Interprete ∂V ∂x quando y = 5. (b) Interprete ∂V ∂y quando x = 2. 22. A taxa A de absorção de uma substância química por uma bactéria é dada por A = a S V , em que a é uma constante positiva, e S e V representam, respectivamente, a área da superfície e o volume da bactéria. Suponhamos que esta tem a forma de um cilindro com duas ”tampas” semi-esféricas, sendo r o respectivo raio da base e l a altura lateral do cilindro. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 17 (a) Exprima A em função de r e l. (b) Explique qual o efeito em A de um aumento na altura l e qual o efeito em A de um aumento no raio r. 23. De acordo com a lei dos gases ideais, a pressão P , a temperatura T e o volume V de um gás estão relacionados por P = k T V , em que k é uma constante de proporcionalidade. Suponha que V é medido em decímetros cúbicos (dm3), T é medido em kelvins (K), P é medido em atmosferas (atm) e que para um certo gás a constante de proporcionalidade é k = 10. (a) Determine a taxa de variação instantânea da pressão em relação à temperatura se a temperatura for 80K e o volume permanecer fixo em 50dm3. (b) Determine a taxa de variação instantânea do volume em relação à pressão se o volume é 50dm3 e a temperatura permanece fixa em 80K. 24. Mostre que a função f(x, y) = { 2xy x2+y2 , (x, y) = (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0) possui derivadas parciais em (0, 0), embora seja descontínua nesse ponto. 2.3.2 Definição de Função Diferenciável 25. Prove que Df(0, 0) = 0 (função nula), onde f : IR2 −→ IR é definida por f(x, y) = x2 sin(x2+y2)√ x2+y2 , (x, y) = (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0) . 26. Usando a definição, verifique se as seguintes funções são diferenciáveis nos pontos indicados: (a) f(x, y) = x2 − y2 em P0 = (0, 0) (b) f(x, y) = (x+ y, x− y), em todo o seu domínio. (c) f(x, y) = (x, y2), no ponto P0 = (1, 0). (d) f(x, y) = { x2y x2+y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) , no ponto P0 = (0, 0) . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 18 2.3.3 Derivada Direccional 27. Usando a definição, calcule as derivadas direccionais das funções seguintes nos pontos P0 dados e segundo o vector v indicado. (a) f (x, y) = x2 − xy em P0 = (0, 1) e v = (3, 4) . (b) f (x, y) = xyz2 em P0 = (0, 1, 0) e v = (2, 1, 1) . 28. Usando a definição, determine os vectores v para os quais ∂f ∂v (P0) existe, sendo (a) f (x, y) = √ x2 + y2, P0 = (0, 0). (b) f (x, y) = √|xy|, P0 = (0, 0). (c) f (x, y) = { xy2 se y ≥ 0 x3 se y < 0 , P0 = (0, 0). 29. Calcule as derivadas direccionais das seguintes funções nos pontos indicados e segundo as direcções v indicadas: (a) f(x, y) = ex tg y + 2x2y, P0 = (0, π4 ), v = (− √ 2 2 , √ 2 2 ). (b) f(x, y, z) = x2z + y exz, P0 = (1,−2, 3), v = (1,−2, 3). 2.3.4 Condições Necessárias ou Suficientes de Diferenciabilidade 30. Usando condições necessárias ou suficientes para a diferenciabilidade de uma função num dado ponto, verifique se as seguintes funções são diferenciáveis nos pontos dados: (a) f(x, y) = ex 2+y2, P0 = (2, 1) . (b) f(x, y) = { sin(xy−y) (x−1)2+y2 se (x, y) = (1, 0) 2 se (x, y) = (1, 0) , P0 = (1, 0) . (c) f(x, y, z) = cos ( y √ x2 + z2 ) , P0 = (0, 1, 0) . (d) f(x, y) = { |x| y se y > 0 0 se y ≤ 0 , P0 = (2, 0) . (e) f(x, y) = { x2 + y2 se x = 0 y4 se x = 0 , P0 = (0,−1) e P1 = (0, 0) 31. Seja f : IR2 −→ IR definida por f(x, y) = { x3+y3 x2+y2 , (x, y) = (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0) . Mostre que: (a)f é contínua em (0, 0). (b) f possui derivada em (0, 0) segundo qualquer vector não nulo. (c) f não é diferenciável em (0, 0). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 19 32. Seja f : IR2 → IR definida por f(x, y) = x3y x6 + y2 , (x, y) = (0, 0) 0 , (x, y) = (0, 0). (a) Prove que ∂f ∂v (0, 0) = (gradf(0, 0) | v) para todo o v ∈ IR2. (b) Estude f quanto à continuidade em (0, 0). (c) Estude f quanto à diferenciabilidade em IR2. 33. Considere f : IR2 → IR definida por f(x, y) = { x3, x < 0 x(x+ y), x ≥ 0. (a) Mostre que f é contínua em IR2. (b) Mostre que f não é diferenciável em pontos da forma (0, b), b = 0. (c) Prove que f é diferenciável em (0, 0). 34. Seja h : IR2 → IR definida por h(x, y) = { (x2 + y2) sin 1√ x2+y2 , se (x, y) = (0, 0) 0 , se (x, y) = (0, 0) . (a) Determine os vectores v de IR2 para os quais existe a derivada de h segundo v no ponto (0, 0). (b) Estude ∂h ∂x quanto à continuidade em (0, 0). (c) Prove que h é diferenciável em (0, 0). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 20 * Questões de Exames *35. Considere a função f definida por f(x, y) = sin2(y − x) se y > x 0 se y = x y2√ y2+x2 se y < x . (a) Estude f quanto à continuidade. (b) Determine ∂f ∂v (0, 0), com v = (1, 0). (c) Estude f quanto à diferenciabilidade. *36. Considere a função f : IR2 −→ IR definida por f(x, y) = sin(y − x) se y < |x| 0 se y = |x| x−y√ x2+y2 se y > |x| . (a) Determine Dc, domínio de continuidade de f . (b) Determine Dc, int(Dc) e fr(Dc). (c) Estude f quanto à diferenciabilidade. *37. Considere a função f : IR2 −→ IR definida por f(x, y) = { xy se xy ≥ 0 x2√ x2+y2 se xy < 0 . (a) Determine o domínio de continuidade de f . (b) Estude f quanto à diferenciabilidade. *38. Seja f : IRn −→ IRm tal que ∃M > 0 : ‖f (P )‖ ≤M ‖P‖2 , ∀P ∈ IRn. Prove que f é diferenciável em P0 = 0 e que Df (P0) = 0. *39. Sejam A : IRm −→ IRn uma transformação linear e f : IRm × IRn −→ IR tal que f (x, y) = (Ax | y) , em que (· | ·) representa um produto euclidiano qualquer. Mostre que f é diferenciável e que Df (x, y) (v, w) = (Av | y) + (Ax | w) , ∀ (x, y) , (v,w) ∈ IRm × IRn. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 21 *40. Seja f : IR2 −→ IR tal que: f(x, y) = |x| y se y ≥ 0 ex(y+1)−y−1√ x2+y2 se y < 0 . (a) Estude f quanto à continuidade em (0, 1) e em (0, 0). (b) Determine os vectores v para os quais existe ∂f ∂v (0, 1). (c) Estude f quanto à diferenciabilidade em (0, 1) e em (0, 0). (d) Indique, justificando, o valor lógico da seguinte proposição: ”O conjunto C = { (x, y) ∈ IR2 : f é diferenciável em (x, y)} é fechado”. *41. Sejam f e g funções definidas em IR2 tais que: g (x, y) = ex 2y f(x, y) = { xy sin(xy) x2+y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) . (a) Estude f quanto à continuidade. (b) Estude f quanto à diferenciabilidade. (c) Sendo H (x, y) = (f(x, y), g(x, y)), estude H quanto à diferenciabilidade e calcule, caso possível, DH (x, y). *42. Considere as funções f : D ⊂ IR2 −→ IR e g : IR2 −→ IR definidas, respectivamente, por f (x, y) = y − 2√− ln (1− x2) (y − |x|) e √ y2−x e g (x, y) = { f (x, y) se (x, y) ∈ D 2 se (x, y) /∈ D . (a) Determine analiticamente e represente geometricamente o conjunto D, domínio da função f . Determine int (D), D e fr (D). (b) Estude a continuidade e a diferenciabilidade de g no ponto (0, 0). (c) Usando a alínea anterior diga, justificando, qual o valor lógico da seguinte afirmação: ”Existe uma vizinhança de (0, 0) na qual ∂g ∂x e ∂g ∂y são funções contínuas”. *43. Seja ϕ : D ⊂ IRn −→ IR uma função diferenciável, em que D representa um aberto. (a) Prove que existe a derivada direccional, ∂ϕ ∂v (P0) , ∀v ∈ IRn, P0 ∈ D. (b) Suponha que ∂ϕ ∂vi (P0), i = 1, 2, . . . , n, representam derivadas direccionais segundo n vectores linearmente independentes, v1, v2,. . .,vn. Diga se é possível definir a aplicação Dϕ (P0) em função destas derivadas direccionais. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 22 (c) Sendo ϕ (x, y) = x 2−y2 x2+y2 , determine em que direcção a derivada direccional de ϕ no ponto (1, 1) é igual a zero. *44. Considere a função f : IR2 → IR, definida por f (x, y) = { y2 cos(x+π2 ) y2+(y−x)2 se xy = 0 4 sin ( π 4 y ) se xy = 0 . (a) Estude a continuidade de f no conjunto A = {(x, y) : x = 0 ∧ 0 ≤ y ≤ 1}. (b) Determine, se possível, ∂f ∂v (0, 0), para v = 0. (c) Estude a diferenciabilidade de f no conjunto A. *45. Seja f a função real definida por f (x, y) = ln (|x|+ 1− y) √ 2− x2 − (y − 1)2√ y + x2 − 1 (a) Determine o domínio D de f e represente-o geometricamente. (b) Considere a função real g definida em IR2 por g (x, y) = { f (x, y) se (x, y) ∈ D |x+ 1| y se (x, y) /∈ D . i. Estude a continuidade de g nos pontos (0, 0) e (1, 0). ii. Verifique que ∂g ∂v (0, 0) = (∇g (0, 0) | v), ∀v ∈ IR2 \ {(0, 0)} iii. Estude a diferenciabilidade de g nos pontos (0, 0) e (1, 0). *46. Considere a função h definida por h (x, y) = { (y−1)2√ x2+(y−1)2 se y < x+ 1 sin2 (y − 1− x) se y ≥ x+ 1 e o conjunto C = {(a, b) : b = a+ 1} . (a) Estude a continuidade de h no conjunto C. (b) Determine, caso existam, as derivadas parciais de h no ponto (0, 1). (c) Analise a diferenciabilidade de h no conjunto C. *47. Considere a função f , definida em R2 por f (x, y) = { x2 sin y x2+2y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) . Usando a definição, estude a diferenciabilidade de f no ponto (0, 0). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 23 *48. Seja f a função real definida por f (x, y) = (b−1) sin(x2+y2−1) x2+y2−1 se x 2 + y2 < 1 3 se x2 + y2 = 1 a+ e − 1|x2+y2−1| se x2 + y2 > 1 Determine os números reais a e b de forma que f seja contínua no conjunto C = { (x0, y0) : x 2 0 + y 2 0 = 1 } . 2.3.5 Derivada da Função Composta ⋆ Resultados Teóricos Derivada da Função Composta Sejam f : A ⊆ IRn −→ IRm e g : B ⊆ IRm −→ IRk com A e B abertos e f (A) ⊆ B. Se f é diferenciável em P0 e g é diferenciável em f (P0) então g ◦ f é diferenciável em P0 e D (g ◦ f) (P0) = Dg (f (P0))×Df (P0) . 49. Sejam f : IR2 → IR diferenciável e F : IR2 → IR definida por F (x, y) = f(sinx, cos y). Sabendo que ∂f ∂x (0, 1) = ∂f ∂y (0, 1) = 1, calcule DF (0, 0). 50. Seja f uma função real de variável vectorial, diferenciável. Sendo h (x, y) = f (x2 + y2, x+ y), calcule ∂h ∂y (x, y) em função das derivadas parciais de f . 51. Seja f uma função real de variável real positiva e diferenciável, e h(x, y) = y f(x2 − y2) Mostre que y2 ∂h ∂x (x, y) + xy ∂h ∂y (x, y) = xh(x, y). 52. Sendo f uma função real de duas variáveis reais diferenciável, prove que a função F (x, y, z) = x3f (y x , z x ) , verifica no seu domínio a condição x ∂F ∂x (x, y, z) + y ∂F ∂y (x, y, z) + z ∂F ∂z (x, y, z) = 3F (x, y, z). 53. Seja h : IR3 → IR diferenciável em (0, e, 0), onde a matriz de Dh(0, e, 0) relativamente às bases canónicas de IR3 e de IR é [ e −1 e ] . Mostre que a aplicação H definida, para (x, y) ∈ IR2, por H(x, y) = h ( sen(xy2), ey, log(1 + x2) ) , é diferenciável em (0, 1) e que ∂H ∂x (0, 1) + ∂H ∂y (0, 1) = 0. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 24 54. Sejam H : IR3 → IR3 diferenciável em (0, 0, 0) com DH(0, 0, 0)(h1, h2, h3) = (h1 + h2, h2 − h3, h1 + 2h3), e S : D ⊂ IR3 → IR3 definida por S(x, y, z) = (x+ y, cosx− z2, log(x+ y − z)). Calcule: (a) A matriz de DH(0, 0, 0) relativamente às bases canónicas de IR3. (b) A matrizde D(H ◦ S)(0, 0,−1) relativamente às bases canónicas de IR3. (c) D(H ◦ S)(0, 0,−1)(0, 0, 2). 55. Sejam g : IR2 → IR2 definida por g(x, y) = (exy, x2y) e f : IR4 → IR2 definida por f(r, s, t, u) = (r2 + t2, 2su). Utilize o teorema da derivada da função composta para con- cluir que g ◦ f é diferenciável em IR4 e calcular D(g ◦ f)(1, 1, 1, 1). 56. Duas estradas intersectam-se em ângulo recto. O automóvel A, movendo-se numa das estradas, aproxima-se da intersecção a 100 km/h e o automóvel B, movendo-se na outra estrada, aproxima-se da intersecção a 120 km/h. Com que taxa varia a distância entre os carros, quando A está a 3 km da intersecção e B está a 8 km da intersecção? 57. Suponha que a parte de uma árvore que é utilizável como madeira é um cilindro circular recto. Se a altura utilizável da árvore cresce a uma taxa de 6dm por ano e o diâmetro utilizável cresce a uma taxa de 8dm por ano, com que velocidade cresce o volume da madeira utilizável quando a altura utilizável da árvore for 60dm e o diâmetro utilizável for de 80dm? * Questões de Exames *58. (a) Considere as funções G : IRm −→ IRn e H : IRn −→ IR. Seja x0 ∈ IRm. Estabeleça condições que lhe permitam garantir a diferenciabilidade de H ◦G em x0 e escreva uma expressão para D(H ◦G)(x0). (b) Seja H : IR2 −→ IR diferenciável. Sabendo que H(x+y+xy2, log(x+1)) = 3x calcule DH(0, 0). *59. Seja f : IR −→ IR uma função de classe C1 tal que f(1) = f ′(1) = 2 e f(2) = f ′(2) = 1. Considere as funções h : IR2 −→ IR e g : IR3 −→ IR2 definidas por h(x, y) = e8−x 2+y3, g(x, y, z) = [ f(x2) + f(x2 + y2) f 2(yz) ] . Prove que h ◦ g é diferenciável e determine as matrizes jacobianas Dg(x, y, z) e D (h ◦ g) (1, 1, 2). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 25 *60. Seja ϕ : IR −→ IR uma função de classe C1 tal que ϕ (1) = ϕ′ (1) = 2. Considere ainda as funções f : IR2 −→ IR e g : IR3 −→ IR definidas, respectivamente, por f (u, v) = eu 2−v e g (x, y, z) = f ( ϕ ( x2 + y2 ) , ϕ2 (xz) ) . Determine ∂g ∂x (1, 0, 1). *61. Sejam ϕ : IR3 −→ IR2 e ψ : IR2 −→ IR3 tais que: - ϕ é diferenciável em IR3; - ψ (x, y) = ( exy 2 , ex 2y, y ) ; - ϕ (1, 1, 0) = (1, 0) ; - Dϕ (1, 1, 0) (h1, h2, h3) = (h2 + h3, h1 + h2) . Justifique que ϕ ◦ ψ é diferenciável e determine a aplicação D (ϕ ◦ ψ) (1, 0). *62. A temperatura, em graus Celsius, num ponto (x, y), T (x, y) , é tal que Tx (2, 3) = 4 e Ty (2, 3) = 3, representando T uma função diferenciável. Um insecto desloca-se de modo que a sua posição, depois de t segundos, é dada por x = √ 1 + t e y = 2 + 1 3 t. Determine a taxa de variação da temperatura no caminho do insecto, depois de 3 segundos. *63. Sejam f uma função real de classe C1 em IR2 e G a função definida por G (u, v) = f ( u2 + v2, u v ) . Mostre que para w = (u, v), com v = 0, a derivada direccional ∂G ∂w (u, v) existe e é dada por ∂G ∂w (u, v) = 2 ( u2 + v2 ) ∂f ∂x ( u2 + v2, u v ) . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 26 2.3.6 Plano Tangente e Recta Normal a uma Superfície ⋆ Resultados Teóricos A. Sejam f : D ⊆ IR3 −→ IR, D aberto e (x0, y0, z0) ∈ D. Suponhamos ainda que ∇f (x0, y0, z0) = 0 e que S é a superfície de IR3 definida por S = {(x, y, z) ∈ D : f (x, y, z) = k, k constante} . A equação cartesiana do plano tangente a S, em (x0, y0, z0), é dada por (∇f (x0, y0, z0) | (x− x0, y − y0, z − z0)) = 0. B. Como caso particular, consideremos que a superfície S é definida pela equação z = g (x, y). Então a equação (1) toma a seguinte forma: ((gx (x0, y0) , gy (x0, y0) ,−1) | (x− x0, y − y0, z − z0)) = 0. (2) A equação (2) pode ser reescrita da seguinte maneira: z = g (x0, y0) + gx (x0, y0) (x− x0) + gy (x0, y0) (y − y0). A aproximação g (x, y) ≈ g (x0, y0) + gx (x0, y0) (x− x0) + gy (x0, y0) (y − y0), é chamada aproximação linear de g em (x0, y0) (ou aproximação pelo plano tangente). C. O vector gradiente, ∇f (x0, y0, z0), é perpendicular à superfície S, em (x0, y0, z0). Assim, a equação vectorial da recta normal a S, em (x0, y0, z0), é dada por (x, y, z) = (x0, y0, z0) + λ∇f (x0, y0, z0) , λ ∈ IR. 64. Determine o plano tangente às seguintes superfícies nos pontos indicados: (a) z = x2 + y2 no ponto P0 = (1,−2, 5) (b) (x− 1)2 + (y − 2)2 + z2 = 3 no ponto P0 = (0, 1,−1) (c) x 2 16 + y 2 9 = z 2 8 no ponto P0 = (4, 3, 4) (d) x2 + y2 = 25 no ponto P0 = (3, 4, 2) 65. Determine os pontos do parabolóide z = 4x2 + 9y2 onde a normal à superfície é paralela à recta que passa por P (−2, 4, 3) e Q (5,−1, 2). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 27 66. Considere a superfície S definida por x2 + y2 − z2 − 2x = 0. Determine os pontos de S nos quais o plano tangente a S é paralelo aos planos coordenados. 67. Seja G (u, v, w) uma função de classe C2 em IR3, tal que G (0, 1, 1) = 0, ∂G ∂u (0, 1, 1) = −2, ∂G ∂v (0, 1, 1) = 2, ∂G ∂w (0, 1, 1) = −1. Considere a superfície S definida por F (x, y, z) = 0 com F (x, y, z) = G (xy, x+ y, z2). Determine uma equação do plano tangente a S no ponto (1, 0,−1). 68. De acordo com a lei dos gases ideais, a pressão, a temperatura e o volume de um gás estão relacionados por P = 8, 31 T V . Suponha que V é medido em decímetros cúbicos (dm3), T é medido em kelvins (K) e P é medido em atmosferas (atm). Determine a variação aproximada da pressão se o volume aumenta de 12 dm3 para 12, 3 dm3 e a temperatura diminui de 310K para 305K. 69. Suponha que T (x, y) é a temperatura, em Fahrenheit, num ponto (x, y) sobre uma placa de metal. Sabendo que T (1, 3) = 93◦F , Tx (1, 3) = 2◦F/cm e Ty (1, 3) = −1◦F/cm, use uma aproximação linear local para estimar a temperatura no ponto (0.98, 3.02). * Questões de Exames *70. Sejam f, g : IR2 −→ IR , diferenciáveis, tais que g(x, y) = f(3ex − ey, xy + 2) e Df(2, 2)(h1, h2) = h1 − h2, para todo (h1, h2) ∈ IR2. (a) Determine uma expressão para Dg(x, y) em função das derivadas parciais de f . (b) Seja S a superfície definida pela equação z = g(x, y) e suponha que (0, 0,−1) ∈ S. i. Determine o plano tangente a S no ponto (0, 0,−1). ii. Uma partícula é ejectada a partir de (0, 0,−1), na direcção normal. Determine em que ponto encontra a superfície definida por x2 + y2 + z2 = 100. (c) Sejam f e F funções diferenciáveis em que f : IR2 −→ IR e F : IR −→ IR. Defina-se G(x, y) = F (f(x, y)). Prove que o gradiente de G é paralelo ao gradiente de f . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 28 *71. Seja G : IR2 −→ IR diferenciável numa vizinhança do ponto (4, 8). Sabendo que G(4, 8) = 1 e DG(4, 8)(5h2 − 2h1 − 3, 12h2 − 8h1 − 4) = h2 − h1, determine a equação do plano tangente à superfície z = x y G(1− x2 + 3y + y2, (1 + y) 3 x ) no ponto (1, 1, 1). *72 Considere f, g,H : IR2 −→ IR, tais que f (1, 1) = 2 e g (x, y) = H ( f (x, y) , x2 ) . ~Sabendo ainda que ∇g (1, 1) = (3, 4) e DH (2, 1) (h1, h2) = −2h2 − h1, (a) Estabeleça condições que garantam a diferenciabilidade de g em (1, 1). (b) Determine uma equação do plano tangente a Gf no ponto (1, 1, 2). *73. Considere a função F : IR2 −→ IR, de classe C1 e tal que F (2, 1) = 2 e DF (2, 1) = [1 1] . (a) Determine a taxa de variação da função F , no ponto (2, 1) e na direcção do vector (2, 3) . (b) Determine a equação do plano tangente à superfície S = { (x, y, z) : (z − y)F (z2 + 2y, zx+ y) = −2} no ponto (0, 1, 0). *74. (a) Considere as superfícies de equações f (x, y, z) = 0 e g (x, y, z) = 0, em que f e g representam funções diferenciáveis. Indique, justificando, uma condição necessária e suficiente para que as duas superfícies sejam perpendiculares num ponto P pertencente à sua intersecção. (b) Determine os pontos do elipsóide x2+ 2y2 + z2 = 1 nos quais o plano tangente é paralelo ao plano x− y + z = 1. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 29 *75. Seja φ : IR3 → IR uma função definida por φ (x, y, z) = g (x, sin x) f2 (yz) em que g e f são funções de classe C1 e tais que: f (2) = 1, f ′ (2) = 2, g (π, 0) = 2 e ∂g ∂v (π, 0) = 3v1 + 2v2, v ∈ IR2. Determine uma equação do plano tangente à superfície S = { (x, y, z) ∈ IR3 : φ (x, y, z) = 2} no ponto (π, 1, 2). *76. Considere a função g definida por g (x, y) = 1− x2 − y2 e seja π o plano tangente ao gráfico de f no ponto (a, b, 1− a2 − b2). (a) Identifique as curvas de nível e faça um esboço do gráfico de g. (b) Determine uma equação do plano π. *77. Considere a função g : R2 (u,v) → −→ R g(u,v) , de classe C1, tal que g (1, 0) = 2 e ∂g ∂v (1, 0) = 4. Sendo S a superfície definida pela equação xy2 + g ( ex+z, xy ) = 2, determine ∂g ∂u (1, 0) de modo que o plano tangente a S no ponto (1, 0,−1) seja paralelo ao plano de equação x+ 2y + z + 4 = 0. 2.3.7 Direcções de Maior e de Menor Variação de uma Função ⋆ Resultados Teóricos Sejam f : D ⊂ IR2 −→ IR, D aberto e (x0, y0) ∈ D. Seja ainda S a superfície de IR3 definida pela equação z = f (x, y). A partir do ponto (x0, y0), a superfície S tem o sua inclinação máxima na direcção do vector gradiente ∇f (x0, y0): - O valor máximo de ∂f ∂v (x0, y0) é ‖∇f (x0, y0)‖, quando v = ∇f(x0,y0)‖∇f(x0,y0)‖ . - O valor mínimo de ∂f ∂v (x0, y0) é −‖∇f (x0, y0)‖, quando v = − ∇f(x0,y0)‖∇f(x0,y0)‖ . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 30 Assim, a função f cresce mais rapidamente na direcção e sentido do vector gradiente, e decresce mais rapidamente na direcção e sentido contrários aos do vector gradiente. A função f não varia na direcção perpendicular à do vector gradiente. 78. Seja f : IR2 −→ IR definida por f (x, y) = x2 + y2 cosx. Indique todos os vectores v̂ onde a derivada direccional atinge os seguintes valores: (a) valor máximo de ∂f ∂v̂ (0, π) ; (b) valor mínimo de ∂f ∂v̂ (0, π) ; (c) ∂f ∂v̂ (0, π) = 0. (d) Resolva as alíneas anteriores para o ponto P (π, 2π) . 79. A temperatura num ponto (x, y) de uma placa de metal é dada, em graus Celsius, por T (x, y) = xy 1 + x2 + y2 . (a) Determine a direcção e sentido nos quais uma formiga, saindo do ponto (1, 1), se deve deslocar, para que a temperatura baixe mais rapidamente. (b) Considerando o seguinte "mapa topográfico" da função T , verifique geometricamente o resultado que obteve na alínea anterior. 80. Num mapa topográfico de uma região montanhosa, faça coincidir a Rosa dos Ventos com o referencial ortonormado usual xOy, por forma a que o semi-eixo positivo Oy tenha a "direcção Norte". A altitude, em cada ponto (x, y) representado no mapa é dada, em metros, pela função h (x, y) = 3000− 2x2 − y2. Suponha que o alpinista se encontra no ponto (30,−20, 800). Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 31 (a) Se o alpinista se mover na direcção sudoeste, estará a subir ou a descer? (b) Em que direcção e sentido deverá o alpinista mover-se por forma a i. ascender mais rapidamente; ii. percorrer um caminho plano. (c) Considerando o seguinte "mapa topográfico" da função h, verifique geometricamente os resultados que obteve na alínea anterior. 81. Suponha que numa certa região do espaço o potencial eléctrico V seja dado por V (x, y, z) = 5x2 − 3xy + xyz. (a) Determine a taxa de variação do potencial em P (3, 4, 5) na direcção do vector v = i+ j − k. (b) Em que direcção a função V varia mais rapidamente no ponto P? (c) Qual a taxa máxima de variação em P? 2.3.8 Derivadas Parciais de Ordem Superior à Primeira ⋆ Resultados Teóricos A. Seja f : D ⊆ IR2 −→ IR, com D aberto.Suponhamos que ∂f ∂x e ∂f ∂y existem. As derivadas parciais de 2aordem da função f , ∂ 2f ∂x2 , ∂ 2f ∂y2 , ∂ 2f ∂x∂y e ∂ 2f ∂y∂x , são as derivadas parciais das derivadas parciais de 1aordem. Assim, ∂2f ∂x2 = ∂ ∂x ( ∂f ∂x ) , ∂2f ∂y2 = ∂ ∂y ( ∂f ∂y ) , ∂2f ∂x∂y = ∂ ∂x ( ∂f ∂y ) , ∂2f ∂y∂x = ∂ ∂y ( ∂f ∂x ) . As derivadas parciais ∂ 2f ∂x2 , ∂ 2f ∂y2 , ∂ 2f ∂x∂y e ∂ 2f ∂y∂x notam-se também por fx2 , fy2 , fyx e fxy, respectivamente. De modo análogo se definem as derivadas parciais de ordem superior à segunda. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 32 B. A função f diz-se uma função de classe Ck num conjunto A ou, simplesmente, f ∈ Ck (A), se f admitir derivadas parciais até à ordem k, contínuas em A. C. Teorema de Schwarz Seja f : D ⊆ IR2 −→ IR uma função de classe C2em que D representa um conjunto aberto e (x0, y0) ∈ D. Então ∂2f ∂x∂y (x0, y0) = ∂2f ∂y∂x (x0, y0) . 82. Calcule as derivadas de 2aordem das seguintes funções: (a) f (x, y) = ln (x+ y) + ln (x− y) (b) f (x, y, z) = x2eyz + y ln (z) 83. Sejam u e v funções de classe C2 em IR2 tais que ∂u ∂x (x, y) = ∂v ∂y (x, y) e ∂u ∂y (x, y) = −∂v ∂x (x, y). Prove que ∂2u ∂x2 (x, y) + ∂2u ∂y2 (x, y) = ∂2v ∂x2 (x, y) + ∂2v ∂y2 (x, y) = 0. 84. Seja f(x, y) = { xy3 x2+y2 se (x, y) = (0, 0) 0 se (x, y) = (0, 0) . Mostre que ∂ 2f ∂x∂y (0, 0) = 0 e ∂ 2f ∂y∂x (0, 0) = 1. 85. Seja f de classe C2 num aberto de IR2 e g(t) = f(3t, 2t+1). Expresse g′′ (t) em função das derivadas parciais de f . 86. Considere a função g(t) = t∂f ∂y (2t, t3), em que f é uma função de classe C2 num aberto de IR2. Verifique que g′ (t) = ∂f ∂y ( 2t, t3 ) + t [ 2 ∂2f ∂x∂y ( 2t, t3 ) + 3t2 ∂2f ∂y2 ( 2t, t3 )] . 87. No estudo de infiltração do congelamento determinou-se que a temperatura T no instante t (medido em dias), a uma profundidade x (medida em pés), pode ser modelada pela função T (x, t) = T0 + T1e −λx sin (ωt− λx) , onde ω = 2π 365 e λ é uma constante positiva. (a) Determine ∂T ∂x . Qual o seu significado físico? Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 33 (b) Determine ∂T ∂t . Qual o seu significado físico? (c) Mostre que T satisfaz a equação do calor, Tt = kTx2 , para uma certa constante k. * Questões de Exames *88. Seja F : IR2 → IR tal que F ∈ C1 (IR2) e ∂F ∂x (x, y)× ∂F ∂y (x, y) = 0, ∀(x, y) ∈ IR2. Seja u : IR2 → IR outra função tal que u ∈ C2 (IR2) e F ( ∂u ∂x (x, y) , ∂u ∂y (x, y) ) = k, ∀(x, y) ∈ IR2 (k ∈ IR) . Mostre que ( ∂2u ∂x∂y (x, y) )2 = ∂2u ∂x2 (x, y) ∂2u ∂y2 (x, y) , ∀(x, y) ∈ IR2. *89. Seja g : IR→ IR uma função de classe C1 e tal que g (1) = 1. Diga, justificando, se existirá uma função f : IR2 → IR, diferenciável, que verifique Df (x, y) = [ (x2 − y2) g (ex−y) g (x2y − x2) ]T , ∀ (x, y) ∈ IR2. *90. Seja ψ : IR2 → IR uma função de classe C1 tal que(x a )n + (y a )n + ( ψ (x, y) a )n = 1. Mostre que ∂ 2ψ ∂x∂y (x, y) = − (n− 1) (xy)n−1 ψ2n−1(x,y) . *91. Seja g (u, v)= f (u− 2v, v + 2u), em que f é uma função de classe C2 num aberto D ⊂ R2. (a) Diga, justificando, se ∂g ∂u e ∂g ∂v são funções diferenciáveis. (b) Expresse ∂ 2g ∂u2 (u, v) em função das derivadas parciais de f . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 34 2.3.9 Extremos ⋆ Resultados Teóricos EXTREMOS LOCAIS A. Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR , D aberto e (x0, y0) ∈ D. � f atinge um máximo local (ou relativo) em (x0, y0) se ∃U ∈ V(x0,y0) : ∀ (x, y) ∈ U , f (x, y) � f (x0, y0) . Neste caso, (x0, y0) diz-se um maximizante local e f (x0, y0) um máximo local. � f atinge um mínimo local (ou relativo) em (x0, y0) se ∃U ∈ V(x0,y0) : ∀ (x, y) ∈ U , f (x,y) � f (x0, y0) . Neste caso, (x0, y0) diz-se um minimizante local e f (x0, y0) um mínimo local. � f atinge um extremo local (ou relativo) em (x0, y0) se f atinge um máximo local ou um mínimo local em (x0, y0), o qual se designa por extremante local. � f atinge um máximo global (ou absoluto) em (x0, y0) se ∀(x, y) ∈ D, f (x, y) � f (x0, y0) . Neste caso, (x0, y0) diz-se omaximizante global (ou absoluto) e f (x0, y0) omáximo global. � f atinge um mínimo global em (x0, y0) se ∀(x, y) ∈ D, f (x, y) � f (x0, y0) . Neste caso, (x0, y0) diz-se o minimizante global e f (x0, y0) o mínimo global. � f atinge um extremo global em (x0, y0) se f atinge ummáximo global ou ummínimo global em (x0, y0). � Se f é diferenciável em (x0, y0), diz-se que (x0, y0) é um ponto crítico ou ponto estacionário de f se Df (x0, y0) = 0, isto é, ∂f ∂x (x0, y0) = 0 ∂f ∂y (x0, y0) = 0 condições de 1aordem. � Sendo f é diferenciável em (x0, y0), diz-se que (x0, y0) é um ponto sela de f se é um ponto crítico mas não é um extremante local. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 35 B. Teste da Primeira Derivada (Condição Necessária de Existência de Extremo Local) Seja f : D ⊆ IR2 −→ IR , uma função diferenciável em (x0, y0), com D aberto e (x0, y0) ∈ D. Se f tem um ex- tremo local em (x0, y0) então Df (x0, y0) = 0. C. Teste da Segunda Derivada (Condições Suficientes de Existência de Extremos Locais ou Ponto Sela) Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR , com D aberto, uma função de classe C3, (x0, y0) ∈ D um ponto crítico de f e H = ∂2f ∂x2 (x0, y0) ∂2f ∂y2 (x0, y0)− ( ∂2f ∂x∂y (x0, y0) )2 . Então: (a) Se ∂ 2f ∂x2 (x0, y0) > 0 e H > 0, f atinge um mínimo local em (x0, y0). (b) Se ∂ 2f ∂x2 (x0, y0) < 0 e H > 0, f atinge um máximo local em (x0, y0). (c) Se H < 0, f tem um ponto sela em (x0, y0). Se H = 0, o "Teste da Segunda Derivada" é inconclusivo, devendo então ser estudado o comportamento da função nas vizinhanças do ponto (x0, y0). Obs. Este estudo pode ser estendido a IRn : Seja P0 = (x01, . . . , x 0 n) um ponto crítico de f e H = |aij|i,j=1,...,n , com aij = ∂2f ∂xi∂xj (P0), i, j = 1, . . . , n. Sendo Ak = [aij]i,j=1,...,k , k = 1, . . . , n, então: (a) Se |Ak| > 0, ∀k, f atinge um mínimo local em P0. (b) Se { |Ak| > 0 se k par |Ak| < 0 se k ímpar , f atinge um máximo local em P0. (c) Se |A2k| < 0, f tem um ponto sela em P0. Em qualquer outro caso (por exemplo, se H = 0), o "Teste da Segunda Derivada" é inconclusivo, devendo então ser estudado o comportamento da função nas vizinhanças do ponto P0. D. Fórmula de Taylor com Resto de 2aOrdem Sejam f : D ⊆ IR2 −→ IR Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 36 com D aberto, uma função de classe C3 e (x0, y0) ∈ D. Então f (x, y, z) = f (x0, y0, z0) +Df (x0, y0, z0) ((x, y, z)− (x0, y0, z0))+ +Hf (x0, y0, z0) ((x, y, z)− (x0, y0, z0)) +R2 em que Df (x0, y0, z0) ((x, y, z)− (x0, y0, z0)) = [ ∂f ∂x ∂f ∂y ∂f ∂z ] (x0,y0,z0) x− x0y − y0 z − z0 . e Hf (x0, y0, z0) ((x, y, z)− (x0, y0, z0)) = = 1 2 [ x− x0 y − y0 z − z0 ] ∂2f ∂x2 ∂2f ∂x∂y ∂2f ∂x∂z ∂2f ∂y∂x ∂2f ∂y2 ∂2f ∂y∂z ∂2f ∂z∂x ∂2f ∂z∂y ∂2f ∂z2 (x0,y0,z0) x− x0y − y0 z − z0 . EXTREMOS LIGADOS D. Considere-se um problema do tipo { opt f(x, y) g(x, y) = k , em que se pretende optimizar (maximizar ou minimizar) a função f , sujeita à condição g(x, y) = k. Esta condição denomina-se restrição ou condição de ligação do problema e a função f designa-se por função objectivo. Considerando S = {(x, y) : g(x, y) = k} , o que se pretende é optimizar f|S. O problema de optimização com restrições também se designa por problema de extremos ligados ou condicionados. Método dos Multiplicadores de Lagrange (Condição Necessária de Existência de Extremos Ligados) Sejam f, g : D ⊆ IR2 −→ IR , funções de classe C1, D aberto, (x0, y0) ∈ D com g(x0, y0) = k e ∇g(x0, y0) = 0, e S = {(x, y) ∈ D : g(x, y) = k} . Suponhamos ainda que f|S tem um máximo ou um mínimo local em (x0, y0). Então ∃λ ∈ IR : ∇f (x0, y0) = λ∇g (x0, y0) . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 37 E. Consideremos agora problemas do tipo opt f(x1, . . . , xn) g1(x1, . . . , xn) = k1 g2(x1, . . . , xn) = k2 ... gm(x1, . . . , xn) = km , em que se pretende optimizar a função objectivo no conjunto S definido por S = {(x1, . . . , xn) : gi(x1, . . . , xn) = ki, i = 1, 2, . . . ,m} , designando-se as condições gi(x1, . . . , xn) = ki, i = 1, . . . ,m, por restrições. Problemas deste tipo poderão ser resolvidos através da seguinte Generalização do Método dos Multiplicadores de Lagrange Sejam f, gi : D ⊆ IRn −→ IR , com i = 1, 2, . . . ,m, funções de classe C1, D aberto, P0 ∈ D com gi(P0) = ki e∇gi(P0) = 0, e S = {P ∈ D : gi(P ) = ki, i = 1, 2, . . . ,m} . Suponhamos ainda que f|S tem um máximo ou um mínimo local em P0. Então ∃λi ∈ IR,i = 1, . . . ,m : ∇f(P0) = m∑ i=1 λi∇gi(P0). F. Teorema de Weierstrass Sejam D ⊆ IR2 compacto e f : D −→ IR contínua. Então f é limitada e admite, pelo menos, um máximo e um mínimo, ou seja, ∃ (x1, y1) , (x2, y2) ∈ D : f (x1, y1) ≤ f (x, y) ≤ f (x2, y2) , ∀ (x, y) ∈ D. 92. Determine os pontos estacionários e depois, mediante o estudo do comportamento da função nas vizinhanças desses pontos, os máximos, os mínimos locais ou os pontos sela de cada uma das seguintes funções: (a)f(x, y) = x4 + y6 (b)f(x, y) = 3xy + 4 (c)f(x, y) = x2 − y2 (d)f(x, y) = ( 4− x2 − y2)4 (e)f(x, y) = x+ y (f)f(x, y) = 1− y2 93. Determine e classifique os pontos críticos das seguintes funções (a)f(x, y) = xyex−y (b) f(x, y) = (x− 2 + y2)(x− y2) (c) f(x, y) = x2 − 2xy2 + y4 − y5 (d) f(x, y) = (x− y)2 − x4 − y4 (e)f(x, y) = e2x(x+ y2 + 2y) (f) f(x, y, z) = 2x2 + y2 + 4z2 (g) f(x, y, z) = x3 − y3 + z3 (h) f(x, y, z) = x2 + y2 + 3z2 + yz + 2xz − xy (i) f(x, y, z) = xy + yz + xz + 1 4 (x2 + y2 + z2) (j) f(x, y, z) = xyz (8− x− y − z) Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 38 94. Em cada um dos casos, relacione os resultados que concluiu no exercício anterior, com os "mapas topográficos" das respectivas funções: (a) f (x, y) = (x− 2 + y2) (x− y2) (b) (c) f(x, y) = (x− y)2 − x4 − y4 95. Considere a função f : IR2 → IR definida por f(x, y) = x2 + (y − 2)2. (a) Determine, caso existam, os máximos e mínimos locais e os pontos sela de f em todo o seu domínio. (b) Seja D = {(x, y) ∈ IR2 : x2 + y2 = 1}. Utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange determine os extremos absolutos de f|D . (c) Considerando o seguinte "mapa topográfico" da função f e o gráfico do conjunto D, verifique geometricamente os resultados que obteve na alínea anterior. Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 39 96. Determine, caso existam, os extremos locais da função f definida por f(x, y, z) = x2 + y2 + z2, (a) no conjunto A = {(x, y, z) ∈ IR3 : x− y + z = 1}. (b) no conjunto B = {(x, y, z) ∈ IR3 : x− y + z ≥ 1}. (c) no conjunto C = {(x, y, z) ∈ IR3 : x− y + z ≤ 1}. 97. Considere a função f : IR2 → IR definida por f(x, y) = x4 − 2x2y2 + y4 + 1. (a) Mostre que f possui um mínimo absoluto. (b) Calcule, caso existam, os extremos absolutos da função f |S, onde S = {(x, y) ∈ IR2 : x4 + y4 ≤ 1}. 98. Considere a função real de duas variáveis reais definida por f(x, y) = x2 + x2y + y2 e o conjunto compacto em IR2 D = { (x, y) ∈ IR2 : −2 ≤ y ≤ −x 2 2 } . (a) Determine os extremos locais de f no interior de D e classifique-os; (b) Determine os extremos globais de f|D . 99. Utilizando o método dos multiplicadores de Lagrange, determine a distância do ponto (3, 1,−2) à recta de equação { x+ y −2z = −1 3x− y + 4z = 10 . 100. Numa certa região dois rios passam perto um do outro. Supondo, para simplificar, que a região é plana, verificou-se que, fixado um referencial cartesiano ortonormado, as trajec- tórias dos rios podem ser aproximadamente descritas pelas equações x2 − 2x + y = 2 e 2x− y+ 8 = 0. Pretende-se construir um canal, rectilíneo e o mais curto possível, ligando os dois rios. Entre que pontos dos dois rios deve ser construído e com que comprimento ficará? Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 40 101. Determine as dimensões do cilindro (circular recto) cuja área de superfície, 2πb2 + 2πab, é igual a 1 e cujo volume é máximo. 102. Uma companhia farmacêutica pretende produzir um novo medicamento para a gripe, de modo a que ele minimize a duração dos sintomas da doença. Se o medicamento for composto por x unidades do produto químico A e por y unidades do produto químico B, e se a duração dos sintomas, para a média dos pacientes, for dada, em dias, por d (x, y) = x2 − 20x+ 2y2 − 26y + 2xy + 113, que valores devem assumir x e y para minimizar a duração dos sintomas? Quanto tempo duram os sintomas para a média dos pacientes que tomem este medicamento? 103. De um estudo biológico acerca da dieta alimentar de um certa espécie animal concluiu-se que devem ser consumidas, diariamente, h calorias, obtidas pela ingestão de x unidades de alimento A, ao preço de 2 euros por unidade, e de y unidades de alimento B, ao preço de 5 euros por unidade. Sabe-se ainda que h (x, y) = 2x2 + 8xy + 17y2. Se h = 612, determine os valores de x e y que minimizam o custo total da dieta. 104. Um gerador eléctrico usa dois tipos de combustível. O número de toneladas de poluentes emitidos pelo aparelho é dado por p (x, y) = 0, 06x+ 0, 03y + 0, 0001x2y, em que x e y representam o número de toneladas de cada um dos combustíveis con- sumidos. Que quantidade de cada combustível deve ser usado de forma a minimizar a poluição emitida, se são utilizados 106 toneladas de combustível para gerar a quantidade de electricidade requerida? 105. Uma família dispõe de 2400 euros para as suas férias. Não têm limite de tempo e gastarão 200 euros por semana se forem acampar e 400 euros por semana se optarem por um hotel. Se x for o número de semanas de campismo e y for o número de semanas de permanência num hotel, e se o seu índice de satisfação for medido por s (x, y) = √ x+ √ y determine x e y de modo a que s (x, y) seja maximizado. * Questões de Exames *106. Seja f : D −→ IR, definida por f(x, y) = xy, onde D = {(x, y) ∈ IR2 : 3x2 − 1 ≤ y ≤ x2 + 1}. Determine os extremos absolutos de f . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 41 *107. Seja P um ponto de uma superfície S de IR3 definida por h(x, y, z) = 1 em que h é de classe C1. Suponha que P é tal que a distância da origem O a S é máxima. Prove que o vector −−→OP é ortogonal a S. *108. Seja u : D ⊂ IR2 → IR uma função de classe C3 tal que ∂ 2u ∂x2 + ∂2u ∂y2 > 0. Prove que u não atinge um máximo em D\FrD. *109. Determine, justificando, a cota máxima dos pontos do plano z = 6 − 4x − 3y que se encontram sobre o cilindro de equação x2 + y2 = 1. *110. Determine e classifique os pontos críticos da função f(x, y) = x2y2( 1 2 − x− y). *111. Seja f : IR2 −→ IR tal que f (x, y) = ( 4y2 − x) (x− y2) . Estude a existência de extremos locais da função f . *112. Seja f : IRp × IRq −→ IR definida por f (x, y) = (x | x)− (y | y) , em que (· | ·) representa um produto euclidiano, nos respectivos espaços vectoriais. (a) Prove que f é diferenciável. (b) Supondo que os produtos euclidianos considerados são os canónicos, analise a existên- cia de extremos locais da função f , em função dos valores p e q. *113. Sejam D = { (x, y) ∈ IR2 | 0 ≤ y ≤ 1− x2} e g : IR2 → IR definida por g(x, y) = x2 + 2y2 − 1. Determine os extremos absolutos de g|D . *114. Sejam h (x, y) = x2 + y2 − 2x e B = { (x, y) ∈ IR2 | y2 ≤ x ≤ 2− y} . Determine os extremos globais de h|B . Dep. de Matemática da F.C.T.U.C. - Análise Infinitesimal III 42 *115. (a) Seja g : IRn −→ IR uma função de classe C3 que admite um ponto crítico em P0. Suponha que Hg (P0) é definida positiva. Deduza que P0 é um extremo local e caracterize-o. (b) Considere a função u : IR2 −→ IR, de classe C2, tal que u (0, 0) = 1 e ∂u ∂x (x, t) = t u (x, t) , ∂u ∂t (x, t) = x u (x, t) , ∀ (x, t) ∈ IR2. Mostre que a origem é ponto crítico de u mas não é extremo local. *116. Considere a função h definida por h (x, y) = ( x2 − y2)2 + 2 (x2 − y2) . (a) Determine os pontos críticos de h. (b) Classifique, utilizando as respectivas definições, os pontos críticos determinados ante- riormente. (c) Utilizando o método dos Multiplicadores de Lagrange, determine os extremos abso- lutos de h|E, com E = { (x, y) : x2 + y2 ≤ 1} . Representação gráfica de h Ilustração geométrica de c)
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