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ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA233

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FORMULAÇÁO DA SITUAÇÃO-PROBLEMA
A quem pertence a administração da herança?
Objecivo Geral 
Conhecer o que é a herança, bem como saber como decorre o processo da sua dministração em caso de morte do autor da sucessão.
Objectivos Específicos
-Identificar e destinguir o regime jurídico da administração da herança.
-Dar a conhecer os poderes e deveres do administrador da herança, bem como as causas da sua escusa e remoçao do cargo..
Justificativa
Escolhemos o presente tema, porque o fundamento da sucessão mortis causa, é o de dar continuidade ao património deixado pelo decujos. E ao ser deixado tal património, tem legitimidade para a prática de tal acto, em princípio os sucessíveis legitimários, que apôs serem chamados, e não terem aceitado ainda, há a necessidade de o património ser administrado por alguém, que ao longo do trabalho será esclarecido. 
INTRODUÇÃO
No presente trabalho abordar-se-á a temática concernente à Administração da Herança, passamos desde já a conceituar a herança. Herança é o conjunto de direitos e obrigações transmitidos, para os herdeiros ou nomeados em testamento ou não, em virtude da morte do titular dos bens.
Não podemos assim, avançar com o nosso tema sem antes sabermos o que é de facto a admnistração. A administração é um acto de gerir negócios, governar, exercer autoridade e dispor de um conjunto de bens. Deste modo, os actos de administração da herança não são apenas os que respeitam a conservação dos bens, a produção e utilização dos rendimentos, mas também os que têm por objecto a venda dos frutos, deterioráveis e não deterioráveis, e outros bens deterioráveis.
ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA
Regime Jurídico da Administração da Herança
A administração da herança obedece a dois regimes; Um regime especial e um regime legal. 
Regime especial
Neste regime, vamos encontrar a herança jacente. Aberta a sucessão pode secorrer um lapso de tempo entre a delação e a aceitação, isto é, a sucessão fica pendente porque não tem titular ou porque está à espera do novo titular. Nesta ordem de ideias, entendemos a herança jacente aquela que está aberta mas ainda não foi aceita nem declarada vaga para o Estado nos termos do art. 2046ºCC.
No intervalo entre a abertura da herança e a aceitação é necessário providenciar quanto a administração dela. A lei permite ao chamado à título de herdeiro que providencie acerca da administração dos bens, caso se trate de um herdeiro, tratando-se de vários herdeiros, qualquer deles pode praticar actos urgentes de administração, mas havendo oposição de alguns deles prevalece a vontade da maioria, nos termos do art.2047ºCC. 
Quando não houver sucessível que providencie acerca da administração dos bens hereditários, ou quando torne necessário para evitar a perda ou deterioração dos bens, em qualquer dos casos pode o tribunal nomear curador à herança à pedido do Ministério Público, de qualquer interessado ou do próprio sucessível prioritário nos termos do art. 2048º nº1. É aplicável ao curador da herança com as necessárias adaptações, o que a lei dispõe sobre a curadoria do ausente( art.89ºCC) e só termina logo que as razões o determinem.
Se o sucessível chamado à herança, sendo conhecido, não aceitar nem repudiar dentro de 15 dias, pode o tribunal à requerimento do Ministério Público ou de qualquer interessado mandá-lo notificar para, no prazo que lhe for fixado declarar se aceita ou repudia nos termos do art.2049ºCC.
	
Regime Legal
É o regime pelo qual a lei designa de forma genérica ou abstrata o administrador da herança, tendo em conta a preferência ou a ordem estatuída no art. 2080º e seguintes. Este regime, para o cabeça de casal, cujo o cargo é deferido a uma categoria rigorosa de pessoas, imbuída que está a gestão do património por interesse de ordem pública.
Cabeça-de-Casal. Noção.
O cabeça-de-casal não tem nada a ver com o casamento, ou com um dos cónjuges, menbro de um dado casal. Tão pouco o cabeça-de-casal se relaciona com o casal de família, mas uma deixa que consiste numa instituição de legados e nomeação de herdeiro atenta a situação jurídica em que se integra o beneficiário e o conteúdo da liberalidade.
Sua Designação
A administração da herança até à sua liquidação e partilha, pertence ao cabeça de casal conforme o disposto no art. 2079 C.C.
A lei defere o cargo de cabeça-de-casal pela ordem seguinte:
Ao cônjuge sobrevivo, não separado judicialmente de pessoas e bens, se for herdeiro ou tiver meação nos bens do casal;
Ao testamenteiro, salvo declaração do testador em contrário;
Aos parentes que sejam herdeiros legais;
Aos herdeiros testamentários nos termos do art. 2080 nº 1 al d).
De entre os herdeiros legais do mesmo grau de parentesco, ou de entre os herdeiros testamentários, preferem os que viviam com o falecido há pelo menos um ano à data da morte conforme o art.2080 nº 2.
Em igualdade de circunstâncias, prefere o mais velho segundo o nº 3 do art. Acima referido.
Tratando-se de herança toda ela distribuída em legados, servirá de cabeça-de-casal, em vez dos herdeiros, o legatário mais beneficiado; em igualdade de circunstâncias, preferirá o mais velho art.2081º
No caso de o cônjuge, o herdeiro ou o legatário preferente ser incapaz, exercerá as funções de cabeça-de-casal o seu representante legal (art.2082). Se o incapaz estiver inabilitado, é o seu curador quem exercerá essas funções conforme o nº 2 do art.2082.
De acordo com a lei o cabeça-de-casal pode ser:
Legal(art. 2080º CC); judicial( art.2083º); convencional(art. 2084º); testamenteiro (artigos 2320º,2326º al. c, e 2080 nº 1 al, b.).
Se o benefíciário da administração da herança for nascituro não concebido, filho de uma pessoa viva, será: a) o designado pelo testador; b) o co-herdiro condicional; c) ou o herdeiro legitimo presumido, nos termos do art.2240 nº1 CC. Caso o beneficiário da herança for um nascituro concebido, serão administradores os seus representantes legais (pai ou mãe), tal como estabelece o nº2 do mesmo artigo.
Escusa do Cabeça-de-Casal
O cabeça-de-casal pode, a todo tempo, escusar-se do cargo:
Se tiver mais de setenta anos de idade;
Se estiver impossibilitado, por doença, de exercer convenientemente as funções;
Se residir fora da comarca cujo tribunal é competente para o inventário;
Se o exercício das funções de cabeça-de-casal for incompatível com o desempenho de cargo público que exerça art. 2085.
Por consequência, o cabeça-de-casal designado pode a todo tempo escusar-se sempre que se verifique alguma das circunstâncias referidas. E a todo tempo pode ser antes de tomar posse do cargo: renúncia prévia. Como pode ser no exercício das funções: renúncia posterior.
Mas uma pessoa pode escusar-se do cargo de cabeça-de-casal e, no entanto, aceitar a testamentária, e, em consequência, exercer as funções de cabeça de casal. Art. 2085 nº 2.
Remoção do Cabeça-de-Casal
O cabeça-de-casal pode ser removido, sem prejuízo de outras sanções que no caso couberem:
Se dolosamente ocultou a existência de bens pertencentes à herança ou de doações feitas pelo falecido, ou se também dolosamente, denunciou doações ou encargos inexistentes;
Se não administrar o património hereditário com prudência e zelo;
Se não cumprir no inventário os deveres que a lei do processo lhe impuser; 
Se revelar incompetência para o exercício do cargo art.2086 nº 1.
Qualquer interessado ou o Ministério Público, quando tenha intervenção principal, tem legitimidade para pedir a remoção do cabeça-de-casal conforme o nº 2 do artigo acima referido.
CARÁCTERES DO CARGO
Gratuitidade
Segundo o estipulado na lei nos termos do disposto do artigo 2094º, o cargo de cabeça-de-casal é gratuito.
Mas, sendo exercido pelo testamenteiro, pode ele ser remunerado se o testador lhe assinar alguma retribuição art. 2333º nº 1.
Intransmissibilidade
O cargo de cabeça-de-casal não é transmissível em vida nem por morte conforme o art. 2095º. Sinal de que é intransmissível a atuação pessoal do cabeça-de-casal.Bens Sujeitos á Administração
	Conforme o art.2079º a administração da herança, até sua liquidação e partilha, pertence ao cabeça-de-casal, e todos os bens hereditarios, e ainda os bens comuns do falecido se o cónjeges meeiro se recusou ou foi removido do cargo art. 2087º nº 1.
Nos termos do mesmo artigo, nº2 os bens doados na vida do autor da sucessão continuam a ser administrado pelo donatario.
Principais Poderes do Cabeça-de-Casal
De acordo com o Código Civil, no exercício da administração da herança, o cabeça-de-casal tem amplos poderes, designadamente:
O de instaurar acções possessórias não só contra terceiros, mas até contra os próprios herdeiros, para obter a entrega de bens que estejam em poder deles, desde que a entrega material dos bens ao cabeça-de-casal seja realmente necessária ao exercício da administração que lhe compete (art. 2088.º do CC);
O de cobrar dívidas activas da herança, quando a cobrança possa perigar com a demora (art. 2089.º do CC);
O de vender frutos e outros bens deterioráveis (nos termos e com os fins definidos no art. 2090.º do CC).
Assim sendo, o cabeça-de-casal gere ou administra uma herança indivisa, portanto, aquela que foi aceite pelos seus sucessores, mas a qual ainda não foi sujeita a partilhas.
Outras Responsabilidades do Cabeça-de-casal
 Os encargos da herança vêm previstos no art. 2068º CC, onde fazem parte as despesas como o funeral, os encargos com a testamentária, os gastos com administração e liquidação, às dividas do falecido e os legados, bem como os encargos da administração, nos termos do art. 2090 do CC.
Sobre a herança o art.º 2069 do CC, fazem parte da herança os seguintes:
Os sub-rogados no lugar de bens de herança por meio de troca directa.
O preço dos alienados.
Os bens adquiridos com dinheiro ou valor da herança desde que a proveniência do dinheiro ou valor seja devidamente no documento da aquisição.
Os frutos percebidos até a partilha.
Entrega de Rendimentos
	E deve distribuir os rendimentos do caudal relicto pelos herdeiros e cônjuge meeiro, se estes o requererem até metade dos que lhes caibam, salvo se forem necessários, mesmo nessa parte, para satisfação dos encargos da administração art. 2092º.
Prestação de Contas
	O cabeça-de-casal deve prestar contas anualmente art.2093º nº 1.
	Nas contas entram como despesas os rendimentos porventura entregues pelo cabeça-de-casal aos herdeiros e cônjuge meeiro, bem como os juros do que haja pago à sua custa na satisfação dos encargos da administração art. 2093º nº 2.
	Havendo saldo positivo, é distribuído pelos interessados segundo o seu direito, depois de deduzida a quantia necessária para os encargos do novo ano conforme o nº 3 do referido artigo. 
CONCLUSÃO
Depois das investigações feitas em relação ao tema ora abordado, chegamos a conclusão de que a administração da herança merece atenção especial da lei e não só, pois a partir dela evita-se a deterioração, perda ou ocupação ilegítima dos bens deixados pelo de cujus. 
Portanto importa realçar também, que a figura do administrador tem uma função social já que com a sua presença os bens deixados pelo de cujus poderão ser distribuídos tendo em conta a classe sucessível ou a preferência do autor da sucessão(tratando-se de legado ou testamento), evitando deste modo que tais bens sejam res nullus.

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