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Resenha crítica Direitos humanos e cidadania no Brasil

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FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS INSTITUIÇÃO
 CELER FACULDADES
DIREITO
TURMA 11
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA JURÍDICA E MULTICULTURALISMO 
PROFESSOR: ANNE MARGARETH KNAPP FAÉ 
ACADÊMICO: MONICA CRISTINA DE QUADROS NUNES
 Direitos humanos e cidadania no Brasil
 Fazendo algumas reflexões, de uma perspectiva antropológica, sobre uma questão que parece fundamental para a compreensão de nossas dificuldades no equacionamento dos direitos e da cidadania, em poucas palavras pode-se dizer a nossa tendência de transformar direitos em privilégios, através de uma orientação sistemática em direção à privatização do espaço público.
 Esta questão de direitos humanos e cidadania vem trazer à tona, algumas questões bastante complexas no Brasil hoje em dia, que são os direitos que cada cidadão possui, e deve fazer uso deles, mas por alguns privilegiados, estes direitos são banidos a uns e oferecidos a outros.
 A construção de uma cidadania sólida e efetiva é de extrema importância para concretizar os direitos humanos, capaz de construir no ser humano uma fonte de indignação diante dos desmandos políticos, da falta de competência de quem está no poder, a falta de aplicação das normas e princípios de direito e justiça pelo poder estatal ou mesmo, a ausência de vontade política para promover mecanismos eficientes de educação no sentido de programar verdadeiramente a prática da cidadania e possibilitar mudanças na realidade social, o que é uma situação preocupante.
 A forma com que alguns poucos assumem cargos públicos importantes, que deveriam ser disputados por competência e merecimento são ofertados de forma corrupta por relações pessoais que têm muito mais peso que a própria lei. Assim, entre a lei impessoal que diz não pode e o amigo do peito que diz “eu quero”, fica-se com o amigo do peito e dá-se um jeito na lei. É o conjunto das relações pessoais, nascidas na família e na casa, que tende a englobar de forma geral e com isso perverter o mundo público e não o contrário.
 A utilização de tais mecanismos pode ser identificada em praticamente todas as esferas da vida social e poderíamos citar inúmeros exemplos de situações onde a lógica da distinção prevalece. Desde situações sem maiores consequências em termos de justiça social como aquelas em que "furamos" a fila no banco, utilizando-nos dos favores de um amigo bem localizado na fila para fazer nossas transações bancárias, ou quando recorremos a um parente que trabalha numa repartição pública para agilizar o processo de resolução de nosso problema, são aquelas circunstâncias onde uma relação pessoal é acionada para a obtenção de benefícios cujo acesso privilegiado pode resultar em maiores iniquidades sociais como o empreguismo, o nepotismo, os subsídios não justificados, a contratação de obras públicas através de laços pessoais com o empreiteiro e por aí vai.
 Uma das perversidades do sistema é que, dado o sentido negativo da condição de cidadão, muitas vezes a utilização dos recursos pessoais é a única possibilidade de termos nosso problema resolvido em tempo hábil.
 Estas situações estão presentes de forma estagnados, apresentam-se de várias maneiras no nosso meio social, até mesmo nas instituições de ensino e vem como consequência prejudicar, a igualdade, os direitos constitucionais, cabidos a cada cidadão que trabalha, paga seus impostos e que sonha com um futuro melhor, numa sociedade em que tudo é relevante, desde que tenha relação pessoal, financeira ou que de alguma forma venha a trazer algum beneficio. 
 Em suma não podemos perder a esperança da construção de uma sociedade que impere a justiça e só será possível quando a educação, cidadania, direitos humanos e as forças reais do poder dirigir-se num mesmo sentido: o de consolidar a Constituição. Se a vontade política não afluir a Constituição, ela não passará de uma mera folha de papel, sem significância.
 Com a educação, prevista no art. 205 da Constituição, tarefa do Estado em parceria com os seus subordinados colocando em prática uma concepção sólida de cidadania capaz de propiciar cultura e conhecimento é que o homem poderá conscientemente se valer dos seus direitos. Ou seja, tendo a consciência crítica para o exercício da cidadania, envolvido com valores éticos e morais poderá garantir suas liberdades fundamentais e a norma.
 A massificação das ideologias dominantes proporciona pensamentos regulares, o que contribui para a permanência do estado das coisas. E o que se pode propor é justamente a indignação perante o real, buscando sempre caminhos para o encontro do ideal. Que a educação seja capaz de produzir seres pensantes capazes de se indignarem com o estado real das coisas, capazes de passarem da indignação à ação e então melhorando o estado estagnado e corrompido em que se encontra a sociedade. O objetivo é buscar incessantemente a justiça, a igualdade, o cumprimento dos direitos e também dos deveres.

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