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MATERIAL DE APOIO ÉTICA EMPRESARIAL SLIDES 01 A 04

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Ênfase Profissionalizante – Ética na Administração - 9º PERÍODO
ADEMP0694 – TIANGUÁ ADEMP0685 – GBA. DO NORTE
t
Ementa: ROTEIRO PARA AULAS
AULAS 1 e 2 - Conceitos de Ética Empresarial; 
AULAS 3 e 4AB - Critérios para a Tomada de Decisões Éticas.
AULA 4CD - REVISÃO PARA AP1
AULA 05 AP1 (Tianguá – 14/08) (Gba. do Norte – 23/08) 
AULA 06 - A vocação para administrador: a caminho da Ética.
AULA 07 - Abordagem Utilitária;
AULA 07 - Abordagem do Individualismo; 
AULA 08 - Abordagem dos Direitos Morais; 
AULA 08 - Abordagem de Justiça. 
AULA 09 - REVISÃO PARA AP2 
AULA 10 AP2 (Tianguá – 27/08) (Gba. do Norte – 13/09)
AULA 11 - Fatores que afetam as escolhas éticas.
AULA 12 - Gerenciamento de Éticas. 
AULA 13 - Código de Ética do administrador. 
AULA 14 - REVISÃO GERAL 
AULA 15 AP 3 - SEMINÁRIO (Tianguá – 05/09) (Gba. do Norte – 04/10)
NAF - (Tianguá – 19/09) (Gba. do Norte – 11/10)
AULA 01 AB
APRESENTAÇÃO PESSOAL: Nome, Formação, Especialização, Naturalidade, Profissão e Cargo.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: 9º Período - Ênfase Profissionalizante – Ética na Administração:
Conceitos de Ética Empresarial; Critérios para a Tomada de Decisões Éticas; A vocação para administrador: a caminho da Ética; As abordagens principais para a tomada de uma decisão ética; Fatores que afetam as escolhas éticas; Gerenciamento de Éticas; Código de Ética do administrador. 
15 ENCONTROS E A CADA 5 ENCONTROS TEREMOS UMA AVALIAÇÃO 
	TIANGUÁ
	GUARACIABA DO NORTE
	AP1 - AULA 05 – 14/08
	AP1 - AULA 05 – 23/08
	AP2 - AULA 10 – 27/08
	AP2 - AULA 10 – 13/09
	AP3 - AULA 15 SEMINÁRIO - 05/09
	AP3 - AULA 15 SEMINÁRIO - 04/10
	NAF - 19/09
	NAF - 11/10
Antes de adentrar no contexto da ética empresarial, eu queria discutir com vocês alguns conceitos para que a gente possa entender a importância dessa disciplina, tanto para a nossa vida profissional, quanto para a pessoal.
CONCEITOS GERAIS: 
Pergunta para a sala: ÉTICA E MORAL – Conceitos iguais ou diferente???
	ÉTICA E MORAL cuidam da mesma temática, mas não é a mesma coisa.
A palavra MORAL - Vem do Latim – Moris (Costume)
Moral – Habito de condutas ou de comportamentos instituídos por uma sociedade em condições históricas determinadas. 
É importante que no momento em que se pense no conceito de moral, se remeta o pensamento à SOCIADADE (SOCIAL) – COLETIVIDADE.
Moral é um conjunto de normas, regras e convenções sociais que regulam as ações e o comportamento do homem em sociedade. Estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano.
A moral existe desde os primórdios, quando o homem começou a fazer parte de grupamentos sociais.
É muito comum se confundir a utilização do termo moral com autoridade ou com a falta dela. Ex... ESPOSA OU NAMORADA LIGA QUANDO ESTÃO COM OS AMIGOS...
Mas, vocês acham que existe alguém que não tenha moral??
Todo ser humano possui CONSCIÊNCIA MORAL que é o que faz distinguir o bem do mal, dentro do contexto cultural e social em que ele vive.
O ideário de MORAL existe da mesma forma para todos... a definição dos princípios e valores é a mesma universalmente (exemplificar), mas a forma como esses princípios e valore são assimilados e postos em prática é que se modifica de acordo com as regras e costumes que regem determinada sociedade. 
Ou seja, o conceito do que é moral é diferente de acordo com cada cultura, cada região, cada povo.
Por exemplo: Levando em conta os preceitos morais praticados pela sociedade brasileira:
O que vocês acham de um homem casar com várias mulheres?
Ou de mulheres serem obrigadas a andar com roupas que mostrando só os olhos (burqa ou niqab)?
Ou de serem apedrejadas em praça pública, caso cometam adultério?
Ou de homossexuais serem considerados criminosos?
Existe uma regra moral no Brasil que diz que não se pode beber e dirigir
Existem municípios que proíbem a andar de moto sem capacete 
No Brasil, as leis de trânsito dizem os veículos devem transitar do lado direito da pista, enquanto na Inglaterra, o lado direito é a contramão de direção.
CONCEITOS PARALELOS
IMORAL – Aquele ou aquilo que não segue as regras do seu grupo social. 
AMORAL – Indivíduo que não tem compreensão, capacidade de entendimento acerca das regras sociais.
 SOBRE ÉTICA
Vocês sabem o que e ética??? 
A Ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que é, mas não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta.
Existem duas abordagens acerca do conceito de ética
ÉTICA é uma disciplina, do campo das ciências sociais que estuda os fatos morais (que são as decisões tomadas pelos indivíduos que afetam, impactam as outras pessoas positiva ou negativamente). Esses fatos morais são inúmeros e mudam no tempo e no espaço.
Essa abordagem diz que é importante não se confundir ética com um valor, tal como a honestidade, a integridade... Ética também não pode ser confundida com o CÓDIGO DE CONDUTA PROFISSIONAL das classes profissionais... 
DO PONTO DE VISTA FILOSÓFICO, conceitualmente, a Ética é o ramo da filosofia que se dedica aos assuntos morais. 
Ética vem do grego Ethos – Caráter, jeito de ser de uma pessoa – e está relacionado à atitude individual, prática do indivíduo.
Ética é a reflexão do indivíduo com base na compreensão e no entendimento dos sistemas morais presentes na sociedade na qual está inserida.
A partir do entendimento, da compreensão e absorção desses sistemas, o indivíduo, então, norteia as suas AÇÕES e CONDUTAS (ÉTICAS) por um conjunto de VALORES E PRINCÍPIOS (MORAIS) (como respeito, dignidade, igualdade, direitos...) 
Desta forma, concluímos que a conduta ética dos indivíduos tem a sua fundamentação nas regras, costumes e ações (sejam certas ou erradas) transmitidas de geração em geração pelas pessoas que compõem a sociedade da qual esse individuo faz parte. 
A ética é a forma como o homem deve se comportar no seu meio social, a partir do seu entendimento acerca das regras sociais.
O AGIR ÉTICO é uma decisão EXCLUSIVAMENTE HUMANA. (Porque??) 
A ação humana é diferente da do animal pelo fato de que o ser humano age deliberadamente, racionalmente. 
A liberdade que o homem tem pra agir como quiser de maneira consciente implica em responsabilidade diante das suas escolhas.
Então, partindo dessa premissa, Ética não é somente não fazer o errado; é além disso... é ESCOLHER FAZER O QUE É CERTO.
Mário Sergio Cortella, um dos palestrantes mais requisitados do Brasil sobre este assunto, falou numa entrevista pra revista MIX que o debate em torno da questão ética traz, em si, um pressuposto básico: a possibilidade de escolha, a possibilidade de opção. 
Recentemente, Cortella, escreveu com Clóvis de Barros Filho, o livro Ética e Vergonha na Cara! e ele chama a atenção para o nosso comportamento no dia a dia e, por consequência, para os dilemas éticos pelos quais passamos:
- Ética ... é a "reflexão prévia" que dá sustentação à resposta pessoal e livre para as três grandes questões que devem anteceder qualquer ação: Quero? Devo? Posso? 
Há coisas que quero, mas não devo; outras, eu devo, mas não posso; outras ainda, eu posso, mas não quero. A decência está na escolha e no resultado. 
Por isso, por exemplo, não é a ocasião que faz o ladrão; esta apenas o revela, dado que a decisão de ser ladrão ou não é anterior à decisão.
Existe um princípio que, muitas vezes, é citado, em conexão com alguns procedimentos: 
“O fim justifica os meios”
O bom motivo modifica o erro básico de um ato?
É ou Não é ilícito assassinar ou prejudicar uma pessoa inocente por motivo algum? 
Uma boa intenção justifica ou não um ato que é moralmente mau?
SÃO ESSAS DECISÕES QUE SE BASEIAM NA CONDUTA ÉTICA DO INDIVÍDUO, TOMANDO POR BASE AS RESPOSTAS PARA AS PERGUNTAS MÁGICAS 
A ética serve para que haja um equilíbrio e a sociedade funcione da melhor maneira, possibilitando que ninguém saia prejudicado.
Embora não possa ser confundida com as leis, a ética está sempre relacionada com o SENTIMENTO de justiça social.
Geralmente umaconduta ANTIÉTICA está infringindo uma lei, um estatuto ou regulamento escrito ou não (que são as regras morais que regem aquela sociedade).
Maior exemplo de lei moral que rege a ética das pessoas é a Constituição.
De acordo com o senso comum, a ética tem a ver com o caráter dos indivíduos, mas ela tem muito mais a ver com a forma como esse indivíduo assimila as regras sociais. 
Existe um senso comum de que o ser humano não nasce moralmente bom ou mal, mas cresce tornando-se bom ou mau, capaz de ações boas ou más, dependendo de vários fatores, e de diferentes motivações. 
Mas é importante que se entenda que a ética de um indivíduo pode ser influenciada com o passar do tempo, inclusive por questões abordadas e trabalhadas pela indústria cultural (a mídia). *Lei do Gerson (comercial do cigarro Vila Rica); *propagandas de cigarro; *propagandas de bebida alcóolica...
ÉTICA é minha relação com as minhas atividades; MORAL é a relação que travo com os outros. 
É como uma piscina. Dentro da minha raia, devo agir com ética, sem sacanear. E para trocar de raia, só posso fazer isso para ajudar e não para impedir a vitória do outro. 
Mas nós somos éticos? Somos morais? Respeitamos o outro? Ou achamos que o errado é sempre o outro... Cada um de nós se julga o melhor em tudo. O melhor motorista, o melhor juiz, o melhor promotor, o melhor médico. 
Mas por que o trânsito é um caos, a justiça não funciona, o sistema de saúde é uma tragédia para os mais pobres? Simples: Porque a sociedade não é soma de indivíduos. Indivíduo é igual a "não dividido". Indivíduo não é cidadão. Só com cidadãos faremos uma sociedade.
A ética situacional e o “mea culpa”
Paulo Kramer, do Instituto de Ciência Política (Ipol) da Universidade de Brasília (UnB), diz que o brasileiro sofre de uma patologia crônica: a ética dupla. Ele traduz a teoria ao parafrasear a máxima "para os amigos tudo, para os inimigos a lei". Para Kramer, o cidadão é adepto de uma ética situacional. Ou seja, varia conforme o contexto e o interesse. Ele acredita que é do caráter do brasileiro o jeitinho e a malandragem e, por consequência disso tudo, a perpetuação da corrupção no país: - Mesmo que se concorde com valores morais universais, o brasileiro age de forma desonesta. A mesma pessoa que critica o politico não hesita em se valer sua influência para passar na frente na fila de um posto de saúde. Hoje, ser honroso e digno virou exceção.
O especialista recorda que a democracia brasileira é representativa, ou seja, os políticos eleitos são invariavelmente um reflexo do todo da sociedade.
Colocar a mão na consciência é um começo, e o professor destaca que é importante fazer um “mea culpa”. Ele lembra a obra Júlio César, de William Shakespeare, especialmente onde há uma passagem em que o romano Cassius diz a Brutus: "A culpa, meu caro Brutus, não é de nossas estrelas, mas de nós mesmos."
Os conceitos e princípios morais são os mesmos impostos para todos os indivíduos que fazem parte de uma mesma sociedade, enquanto a ÉTICA, cabendo a cada um “escolher” SER OU NÃO ético. 
 Curiosidade
 Uma lição de Ética!!!
Em 2003, num jogo entre Dinamarca x Irã o atleta Iraniano, quase no final do segundo tempo, confundiu um apito da torcida com o do juiz e pegou a bola com a mão. O juiz marcou pênalti. Dinamarca perdia de 1x0. O jogador da Dinamarca, Morten Hieghorst, foi consultar o treinador da Dinamarca, e depois de receber a determinação do técnico, chutou deliberadamente a bola pra fora, e a Dinamarca perdeu o jogo. Daí você começa a entender porque a Dinamarca é o país com menor corrupção no mundo... 
SOBRE OS CONCEITOS:
	MORAL
	ÉTICA
	Princípio
	Conduta
	Universal
	Cultural
	Regra
	Conduta a partir da regra
	Teoria
	Prática
AGORA EU PERGUNTO: A ÉTICA E A MORAL SÃO IMUTÁVEIS e ESTÁTICAS???
Os valores morais mudam ao longo do tempo, de acordo com o contexto histórico social e cultural. Exemplo disso é a situação das mulheres que até cerca de 50 anos atrás não deveriam sequer pensar em trabalhar, deveriam viver pra cuidar da casa e dos seus filhos. Já hoje, a sociedade vê com outros olhos as mulheres que vivem dependendo de seus maridos e não trabalham ou estudam.
(CICLO DAS MUDANÇAS) 
A partir do senso ético de cada indivíduo vai passar a existir um conjunto de éticas – que são convenções do que as pessoas costumam interpretar acerca da moral. 
Quando a ética individual se altera, a consciência moral tende a se modificar e vice-versa.
Ex. fumar; usar o cinto de segurança; uso do capacete. 
Então – RESPONDENDO À PERGUNTA INICIAL: ÉTICA E MORAL não é a mesma coisa, mas estão interligadas e dependem uma da outra.
A moral tem a ver com os costumes praticados pela sociedade, que são ligados à cultura dessa sociedade. E a cultura é mutável no tempo e no espaço.
Dessa forma, sendo a cultura fator de modificação dos valores morais no tempo e no espaço, e devendo ser o agir ético de acordo com os preceitos morais da sociedade... então, a ética também se modificará. 
E nós, agindo como cidadãos, e não somente como indivíduos, temos o poder de “forçar” esta mudança, nos comprometendo a começarmos de dentro pra fora. A mudança tem que partir de cada um de nós, fazendo a nossa parte e cumprindo com nossos compromissos éticos a cada dia e em todas as ações do nosso cotidiano.
Conceituação*
Ética - Qualquer dicionário fornece vários sinônimos para o substantivo Ética. Predomina o entendimento de que se trata de um conjunto de princípios morais que devem ser observados para um comportamento, para o exercício de uma atividade ou função, seja pública, seja privada. Nesses termos, a moralidade administrativa é um princípio constitucional de obediência a todos aqueles que estão na atividade.
Corrupção - É uma palavra formada por dois elementos, ruptura e co. Para que a primeira ocorra, é necessário que haja pelo menos dois sujeitos. O mesmo se diz de co-habitação, co-presença, etc. De maneira ampla, pode-se dizer que a corrupção é uma transgressão das normas legais e de convivência, daquelas do cotidiano.... Corruptor e corrupto prejudicam a coletividade e a democracia. 
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SLIDE 02 - ÉTICA EMPRESARIAL 
Mas, afinal, porque é tão importante discutirmos sobre ética na administração de uma empresa??
Ouve-se muito falar em falta de ética... em problema ético... por parte de algumas instituições dos mais diversos setores da sociedade, da ciência, da política, até mesmo nos meios religiosos, esportivos e culturais. E não poderia ser diferente no meio empresarial. 
A conduta ética perpassa por todas as ações do indivíduo dentro da organização, mas apesar de ser uma decisão exclusiva do individuo, em se tratando de ética empresarial, ela pode impactar positiva ou negativamente na vida dos outros que fazem parte daquela instituição. 
Por isso não se pode perder de vista questões como:
- O que deve ser levado em consideração antes de tomar uma decisão que envolva a organização?
- Como saber se estamos agindo de acordo com o esperado?
Toda empresa tem suas normas, manuais e códigos que norteiam a conduta dos seus membros. 
Mas existem algumas situações ocorridas no ambiente organizacional que não estão descritas em nenhuma norma, regulamento ou manual e a forma como cada um vai agir, assim como as decisões que vai tomar diante dessas situações, não podem e nem devem depender somente do que a pessoa aprendeu ou do ela que considera certo. Mas, acima disso, essa decisão: 
Deve ser pautada nos valores da organização. 
Deve ser a decisão que a organização tomaria diante daquela situação. 
Porque é por meio das pessoas que a organização toma corpo e se expressa. 
Diante de uma tomada de decisão que pode afetar a vida de muitas pessoas, se nenhuma das alternativas disponíveis pra essa decisão satisfaz nossos desejos ou vão de encontro ao nossosenso moral, cria-se um dilema... como agir e decidir sem nenhum conhecimento sobre ética??? 
Dilema – quando você precisa decidir ente duas coisas que você quer, mas uma delas é eticamente aceitável e outra não.
Conflito – é quando você tem que decidir entre duas coisas boas. 
Na hora de resolver um dilema, é preciso ter muita cautela pra não confundir NATURAL (natureza - uma mulher poder gerar um filho), NORMAL (está nas normas sociais ou escritas – a mulher cuidar da casa e dos filhos) e COMUM (usual, costumeiro – homem ficar em casa cuidando da casa e dos filhos enquanto a esposa trabalha pra sustentar a família) 
As situações que se encaixam nesses conceitos vão mudando com o passar do tempo, algumas se tornando mais ou menos comuns ou normais.
Ex.: o que os psicólogos chamam de Disforia de gênero - Cisgêneros e Transgêneros, casamento (relacionamento) homo afetivos). 
... por isso, a gente tem que estar sempre atento, pra não nos pegarmos com atitudes antiéticas para com as pessoas que nos cercam no nosso meio profissional... 
Atualmente, nós convivemos com constantes situações de mudanças no que diz respeito ao comportamento ético por parte de todos os membros que convivem nas organizações, em decorrência do repensar a realidade das organizações e dos seres humanos em relação a estas organizações, quanto aos direitos e deveres como indivíduos e como participantes do mundo dos negócios...(Filme Estrelas além do tempo – racismo e misoginia). 
Voltando para a administração, é muito complexo se pensar se este ou aquele ato cometido no desenrolar de alguma negociação ou relação é ou não uma conduta antiética... porque, pode ser unicamente o resultado de aspectos culturais da sociedade em que possam estar inseridos ou das quais fazem parte os administradores, empresários e outros responsáveis pela condução das organizações. 
Ex. trabalhar de bermudas, chinelos, dormir no ambiente de trabalho (maior exemplo dessa cultura: Google!
Por isso é extremamente importante que a gente procure sempre assumir uma postura ética, nas nossas relações profissionais, mas, que essa postura seja de acordo com os valores morais da organização; isso tanto sendo entre chefe e subordinado, ou entre colegas do mesmo setor, ou com os clientes. Porque agindo dessa forma, pode-se evitar graves problemas com relação a assédio moral... assédio sexual... brincadeiras racistas...
Mas, e aí? Com base no que a gente acabou de ver, quando ocorre algo assim, é porque uma das partes envolvidas NÃO TEM ética??? 
Existe alguém que não tem ética?? 
Já que a Ética é a reflexão, a compreensão, o entendimento do indivíduo com base nos sistemas morais presentes na sociedade na qual está inserida – todas as pessoas tem esse senso, mas ele pode escolher ser ANTIÉTICO.
É quando se rompe as barreiras da ética. Quando se infringe regras de convivência social.
Quando se tem um mal comportamento profissional.
É quando não se respeita a necessidade do todo para proteger a sua.
E principalmente, quando se rompe valores que significam muito para as pessoas. 
Como já foi falado no início do conteúdo, a consciência moral existe desde que os indivíduos começaram a viver em grupos. E desde o início do mundo dos negócios e da história da administração convive-se também com a crise de idoneidade e de comportamentos éticos dos indivíduos. Primeiro grande exemplo disso foi a atitude de Judas 
É preciso que o mundo empresarial se conscientize cada vez mais de que a ética empresarial é imprescindível para o seu desenvolvimento e seu crescimento e manutenção moral no campo dos negócios. O comportamento ético é a única maneira de se obter lucro com respaldo moral.
Possivelmente, este desconhecimento cultural ou acadêmico seja uma das razões que têm provocado uma série de problemas éticos nas organizações quanto à tomada de decisões; realização de negociações; postura moral inadequada nos negócios ou nos relacionamentos humanos. 
E as Consequências dessas posturas são: 
Perda de capital financeiro e Perda de credibilidade (capital de reputação).
A sociedade tem exigido cada vez mais que as empresas sempre tenham comportamento e atitudes éticas com todos os stakeholders, que são todos aqueles com os quais ela se relacione: seus clientes, fornecedores, competidores, empregados, governo, etc... enfim, aquelas pessoas que estão associadas direta ou indiretamente à organização ou que sofrem algum de seus efeitos, que são os clientes internos e externos.
QUE TIPO DE IMPACTO SUA EMPRESA ESTÁ PRODUZINDO COM AS ATITUDES, DECISÕES E AÇÕES QUE COMETE?
Do ponto de vista de uma empresa que pretende ser duradoura e sustentável e quer ter uma boa presença no mercado, ela precisa ser capaz de desenhar políticas de responsabilidade social bem elaboradas, que sejam capazes de valorizar sua marca; e permitam bolar estratégias de negócios que tenham alto impacto social e repercussão positiva.
A chave da sustentabilidade empresarial está na união entre pensar um negócio que seja rentável e que vá ao encontro do bem comum, impactando positivamente a sociedade. E para isso, o empresário precisa de ferramentas competentes, que são adquiridas por meio da ética, partindo do conceito científico da palavra, que diz que ÉTICA é ciência que estuda os fatos morais (que são as decisões tomadas pelos indivíduos que afetam, impactam as outras pessoas positiva ou negativamente
É imprescindível que haja coerência entre o que se prega (valores organizacionais) e o que se vive na organização diariamente (conduta ética dos que fazem a organização). Porque a coerência ou não entre esses pontos vão tornar o gestor responsável, não somente pelas suas ações, mas, também, pelas CONSEQUÊNCIAS dessas ações. 
A resposta efetiva a essas questões no âmbito da ética é refletida nos clientes externos, passando segurança dos serviços e/ou produtos que a empresa oferece no mercado, já que os consumidores estão a cada dia, mais exigentes. 
A ética empresarial também tem esse importante objetivo de fidelizar clientes, gerando credibilidade e confiança aos laços da empresa. As pessoas que ali circulam estão em constante percepção do clima organizacional.
É a partir da unificação entre os valores da empresa e os valores morais do administrador que ele vai agir de forma que sua conduta ética possa ser expressa por meio de uma proposta que vai se tornar o código de conduta daquela empresa, documento que vai nortear a ação da instituição. 
Nem sempre os membros de uma organização, no dia-a-dia, atêm-se aos aspectos éticos de seus atos e a verificar, avaliar, se os mesmos podem vir a prejudicar o outro, o cliente, interno ou externo. 
Se alguns empresários não tomassem decisões pensando apenas em interesses próprios, em lucro imediato, mas, pensando, também, em todos os membros envolvidos no processo da organização seria o ideal, se o empresário buscasse resultados que favorecessem, IMPACTASSEM POSITIVAMENTE todos os “stakeholders”.
Temos que enfrentar e ter muito cuidado com os 4 RISCOS ÉTICOS: 
Cinismo – quando se fala em ética, há muito cinismo. Aquele que prega muita ética, mas no dia a dia dele, a lei dele é que seja cada um por si... vale tudo!
Narcisismo – eu estando bem, o resto que se exploda!
Delinquência – Pequenos delitos cometidos no cotidiano, que se nós começarmos a aceitar determinado tipo de comportamento vai-se abrindo portas pra outros e aquela pequena fagulha vira um grande incêndio.
Violência – Além da física, a simbólica (discriminação de qualquer tipo – não se pode tratar o outro como menos)
E duas coisas, dois valores, devem ser essenciais para se preservar uma ética de respeito à vida, aos negócios e à nossa capacidade coletiva: 
A sinceridade – ética sem sinceridade não funciona!!
A integridade - Evangelho der Mateus: e disse Jesus, “De nada vale a um homem ganhar o mundo, se ele perder sua alma.”
“A vida é muito curta pra ser pequena” – e o que mais apequena a vida de um homem é a falta de dignidade (Disraeli – Político britânico do Sec. XIX,que foi 1º Ministro da Rainha Vitória).
Encerro esse tópico com uma frase de Francois(Françoá) Rabelais(Rabelé), um monge beneditino, da Renascença francesa do sec. XVI, que disse:
“Conheço muitos que não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam.”
Isso vale pra ética, pra vida e pra integridade de cada um. 
**************************************************************************************************************
SLIDE 03 - CRITÉRIOS PARA A TOMADA DE DECISÕES ÉTICAS – acrescentar notas
Eu queria fazer uma breve explanação sobre o PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO...
O que é tomar uma decisão?? É escolher entre alternativas ou possiblidades. 
Toda hora, todos nós estamos tomando decisões no nosso cotidiano. No âmbito organizacional, essas decisões são mais importantes, porque os problemas são bem maiores do que a roupa que vamos usar ou que vamos comer no almoço.
Porque é necessário tomar decisões? Para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. 
Existem alguns conceitos ligados à tomada de decisão na administração que devem ser levados em conta:
CERTEZA: Todas as informações estão disponíveis. Você sabe exatamente o que vai acontecer diante daquele seu comportamento. 
RISCO: Existem informações o suficiente para estimar uma probabilidade. 
Pode ser estimado por meio de dados, informações
INCERTEZA: Não dispõe de dados para avaliação da situação. Não lhe dá ideia da magnitude do problema, ou do resultado diante da decisão tomada. 
EXISTEM DOIS TIPOS DE DECISÕES:
Programada: é uma decisão comum, que já é rotineira, padronizada 
(é a aplicação do que já foi decidido).
NÃO PROGRAMADA: é a decisão incomum (efeito surpresa), uma situação que precisa ser analisada. É necessário pensar o problema, gerar as alternativas e aplicar uma decisão.
E é sobre essas decisões que o administrador vai precisar analisar os melhores critérios para toma-las. 
A tomada de decisões parte da premissa de que você tem um problema e que você tem opções e possiblidades de ações. O processo de tomada de decisões envolve uma sequência de etapas que vai desde a identificação do problema até a escolha e colocação em prática de uma ação ou solução.
Na tomada de decisão é extremamente importante ser claro e objetivo, além de demonstrar sinceridade ao passar informações, porque é a partir dessas características que o colaborador se sente parte viva da instituição, evitando, consequentemente, futuros problemas de interação e comunicação. No processo de tomada de decisões empresariais, é preciso levar em consideração algumas questões: 
O primeiro passo para a tomada de decisão é a identificação do problema – 
Qual o problema ou oportunidade?
O segundo passo é o diagnóstico da situação – 
Não basta saber sobre o problema, é preciso ter o máximo de informações possíveis sobre a situação - Quais as prioridades? Quais os objetivos da decisão?
Ferramentas de Diagnóstico: 
O Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe ou causa/efeito) – serve para entender e hierarquizar as principais causas que estão gerando o problema);
O Gráfico de Pareto – identifica quais são os itens mais e menos importantes em uma situação; e 
A Matriz GUT - prioriza os problemas a partir dos parâmetros: Gravidade, Urgência e Tendência) 
O terceiro passo é o desenvolvimento das alternativas – 
Gerar as alternativas a serem escolhidas). Quais as alternativas? Quais as suas vantagens e desvantagens?
O quarto e último passo é escolher a melhor alternativa e pôr em ação - 
Qual a alternativa é melhor? Como implantar a escolha? Como será feito o monitoramento?
Há quatro estilos de tomada de decisão por parte de um gerente. Isto porque existem diferenças entre as pessoas em relação a como elas percebem os problemas. 
O diretivo - é usado pelas pessoas que preferem soluções claras, bem definidas para os problemas. 
Elas tomam decisões rapidamente e gostam de contar com regras e procedimentos existentes para tomá-las. Normalmente são pessoas eficientes e racionais.
O analítico - é usado por pessoas que gostam de considerar as soluções complexas, baseadas no número de informações que elas conseguem reunir sobre este determinado assunto. 
Elas tomam suas decisões com dados objetivos e usando a racionalidade. E procuram buscar a melhor decisão possível baseadas nas informações disponíveis.
O conceitual - é usado por pessoas que também gostam de considerar uma quantidade ampla de informações. 
Porém, ao contrário das analíticas essas pessoas são mais sociais e preferem conversar com os outros sobre o problema e as alternativas possíveis para solucioná-los. 
O comportamental - é geralmente adotado por pessoas que se preocupam com as outras pessoas. 
Os gerentes que utilizam este estilo gostam de conversar com as pessoas uma por uma para compreender seus sentimentos sobre o problema.
A maioria dos gestores possui um estilo de decisão dominante, porém nada o impede que ele use os outros estilos. E independente do estilo usado o gerente deve sempre tomar uma decisão racional que seja melhor para sua organização. 
As ações e comportamentos éticos do líder são seguidos como exemplo para sua equipe e liderados. Por isso, como líder, é preciso estar em alerta e vigiar a si mesmo em toda e qualquer situação dentro da empresa, tornando possível uma liderança construtiva com todos os colaboradores.
É preciso observar se o ambiente está propício para o funcionário desenvolver suas funções, se existe diálogo aberto e sincero com seus subordinados, se as normas éticas estão realmente sendo seguidas. 
E, o mais importante, é preciso avaliar o momento certo para tomar decisões, tomar essas decisões com parâmetros éticos, de acordo com a situação. 
Assim essas decisões vão poder trazer benefícios, como a melhoria da imagem da organização diante da população e dos funcionários; maior comprometimento dos colaboradores e, o principal, prevenção em relação às ações e comportamentos antiéticos. 
Em se tratando da fidelização de clientes, a organização precisa: 
Sentir-se livre em relação a subornos e chantagens de governos, de fornecedores e de outros para tomar decisões; 
Assumir responsabilidades pelas tomadas de decisão; 
As decisões, conscientemente, não deverão ser abusivas em relação ao outro, dado considerarmos que ninguém é ético em relação a si mesmo, mas sempre em relação ao outro.
SLIDE 04
A VOCAÇÃO PARA ADMINISTRADOR: A CAMINHO DA ÉTICA.
Os desafios de ser Administrador (Marcelo de Elias – Portal RH)
Ser Administrador é uma vocação que precisa ser desenvolvida por aqueles que querem fazer diferença, não só na sua vida, mas na sociedade como um todo.
Seja você o Administrador de uma multinacional, de uma pequena empresa familiar ou de uma ONG, você precisa colocar excelência no trabalho que você desenvolve.
1. DESAFIOS
1. As mudanças que o mundo passa. 
Lidar com as incertezas (mudanças) do mundo - O mundo, antigamente, nos dava respostas imediatas e duradouras, que trazia com mais certeza quais caminhos seguir e as decisões tomadas faziam com que os modelos se perpetuassem por muito tempo. Hoje, as respostas que o mundo nos pede são mais complexas e, mesmo quando são encontradas, elas serão efêmeras. 
Então, lidar com as incertezas e as mudanças radicais é um grande desafio. Por isso o Administrador precisa aprender com o novo! Ou seja, o mundo de hoje não precisa mais de gestores que preservem, mas sim de gestores que inovem. 
E para inovar é preciso estar aprendendo sempre.
2. A regra básica da Administração consiste em “Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar”. Mas, nos dias de hoje, essas regras poderiam ser complementadas, trocando o PLANEJAR por IDENTIFICAR AS OPORTUNIDADES PARA PLANEJAR. O planejamento, por si só, não basta. Nós precisamos planejar, mas com base em algo novo. Identificar oportunidades e, ao planejar, fazer aquilo acontecer de um jeito realmente inovador. Trocar o ORGANIZAR por ESTRUTURAR - pensar em novas arquiteturas organizacionais paraque aquela estrutura tradicional dê espaço para uma estrutura em rede na qual as pessoas se relacionam e participam de uma forma autônoma sobre suas responsabilidades. Trocar urgentemente a palavra DIRIGIR por INSPIRAR - Os Administradores precisam liderar e inspirar as pessoas para os resultados. E mudar o CONTROLAR por MEDIR E APRENDER COM OS RESULTADOS - É preciso acompanhar os resultados para aprender rapidamente e reinventar o que for preciso.
De uma forma resumida, penso que o conceito da Administração moderna deveria ser: Identificar as oportunidades para planejar, estruturar uma nova arquitetura organizacional, liderar e inspirar as pessoas e medir os resultados para aprender.
3. As principais competências que o Administrador deve possuir, além das tradicionais, como ser resiliente, saber trabalhar em equipe, ser um bom tomador de decisão, muitas competências novas fazem a diferença, como Inovar: o gestor precisa inovar, não sozinho, mas com outras pessoas; Liderar: a liderança, hoje, não significa ser chefe, em que as pessoas cumprem o que ele manda. Eu me refiro em liderar no sentido verdadeiro de liderar, de inspirar as pessoas para o seguir. Empreender: o Administrador precisa empreender internamente ou até mesmo externamente, seja buscando novos negócios, seja buscando novos processos dentro de seus negócios. Comunicar: o mundo é relacional e os bons relacionamentos se constroem com boas comunicações. Então se comunicar com o mercado e com as pessoas, buscando novas linguagens é essencial para o Administrador dos dias de hoje. Flexibilizar: o Administrador precisa ser flexível, pois o mundo muda muito rápido. Gerir as mudanças: não basta lidar com as mudanças, mas também geri-las, ou seja, um agente para as mudanças que percebe as oportunidades, criando novos projetos de forma que transforme a organização com foco nos resultados. 
Quando você faz uma pesquisa mais aprofundada sobre a área da administração, você descobre que precisa saber um mundo de coisas, pra ser um bom administrador. Coisas que você só vai saber(aprender) se você estudar e se dedicar... e principalmente, você só vai conseguir se abrir para esse conhecimento se tiver VOCAÇÃO.
Pra fazer a diferença você tem que tem o PLUS - CONHECIMENTO sobre todas as nuances que envolvem a profissão de administrador.
 Quando você coloca como meta que quer se tornar O profissional da área da administração, você precisa conhecer sobre como ser líder, precisa aprender a desenvolver essa liderança; precisa aprender a conhecer os conceitos e saber como funcionam as organizações, o processo de produção, como solucionar os conflitos que surgem, precisa, principalmente, saber lidar com as pessoas, sejam internas ou externas à sua empresa. 
E, acreditem! pouquíssimas pessoas tem vocação para trabalhar com pessoas, mas ainda assim, a administração e suas áreas afins é uma das áreas mais procuradas. 
Mas, acima de tudo, pra ser um bom administrador e pra executar todas essas tarefas e atividades que eu exemplifiquei acima, você precisa saber sobre ÉTICA. 
É essencial pra carreira de sucesso de um bom administrador que ele tenha uma postura ética, digna de respeito perante o mercado e perante o cliente. 
O contexto mais claro e amplo das grandes empresas para produtividade é a responsabilidade social, passando credibilidade, tanto para clientes internos, quanto externos. 
Com relação à questão do lucro, é confirmado nos estudos da ética empresarial que os negócios éticos têm uma visão concreta e correta quando indicam que para alcançar o lucro tem de haver bons fornecedores, com maior qualidade. E que, além de ser importante registrar tudo o que é usado durante todo serviço, os lucros têm que ser distribuídos e ser investidos.
Muitos casos acerca de dilemas da ética empresarial mostram como exemplo que não deve procurar somente os lucros para depois cair em ações não éticas ou imorais tão logo a organização consiga os lucros esperados. 
É necessário que tenha a expectativa de que o lucro será investido novamente tanto nos produtos/serviços, quanto nas pessoas que fazem a empresa girar, se transformando em um novo insumo. 
Deve haver, assim, uma preocupação em desenvolver o respeito e bom senso ao se falar de lucro. O foco do comércio deve ser conseguir o lucro como retorno da confiança naquilo que se faz, ao contrário de manter uma opinião de buscar o lucro como um único meio de encorajar e conseguir recompensa. 
O correto é investir na construção de um negócio, promover melhorias e servir com qualidade os serviços/produtos para a sociedade. 
Uma importante análise da ética empresarial é que existem três tipos de comércio empresarial voltados para ética: micro, macro e molar. Essas são regras que subdividem e classificam as atividades organizacionais empresariais.
A microética nos negócios é voltada e integrada para a ética tradicional, aos indivíduos, às ações e consequências, tendo seus diversos direitos individuais perante a empresa. O que é claro na microética é a troca justa nos negócios acompanhada com salários e tratamento justos.
A macroética está ligada ao contexto social e econômico, às questões de justiça, ao entendimento de como o mundo dos negócios tem suas próprias funções e fundamentos. 
Já a ética molar (MOLA MESTRA) define o ambiente coorporativo da empresa como o lugar das ações centrais da ética organizacional, que devem ser dirigidas pelos diretores das organizações que desejam acumular maior tempo de vida no mercado.
Para o nível molar, estas questões da ética empresarial estão claramente interligadas ao papel das organizações na ética da sociedade e ao papel das organizações na ética das pessoas dentro de empresas. Nele, o principal conceito da ética organizacional é a ideia e responsabilidade de melhorias para sociedade, refletindo isso nos lucros e confiança da empresa. 
Logo, os líderes das organizações éticas têm como foco maximizar os lucros com programas comunitários, tornando a empresa uma referência e proporcionando a preferência do cidadão de bem, levando em conta a sabedoria e o compromisso do cliente. 
A mídia é o maior fiscal das ações das empresas, promovendo críticas às práticas antiéticas nos negócios – e a defesa do mercado a isso é buscar ser ético e poder afirmar na publicidade que ele satisfaz a procura das pessoas.
Existem alguns tópicos que fazem a diferença, principalmente para os gestores, como, por exemplo, mostrar para os funcionários e para a população que a empresa tem práticas éticas, comprovar que a mesma possui parâmetros éticos. 
É preciso observar a questão da ética empresarial nos casos específicos, pontualmente... Cada caso é um caso. 
Segue-se, assim, uma possível esquematização da aplicação da ética empresarial:
 Ética na contratação de empregados: Ser o mais objetivo possível, mostrando as principais caraterísticas da empresa e do cargo almejado, conhecer o candidato e ser transparente com todas informações descritas.
 Ética e permanência dos empregados: Motivar e incentivar o colaborador a desempenhar suas funções, mostrando que o mesmo faz a diferença dentro da instituição, promovendo programas de remuneração, incentivos com cursos e palestras. 
 Ética no desligamento de empregados: Ser objetivo mostrando o motivo do desligamento sem faltar com respeito e cautela, incentivar a cumprir seus deveres de acordo com normas estabelecidas.
 Ética no relacionamento com estagiários: Desenvolver e auxiliar o estagiário de forma que o mesmo tome conhecimento e prática de suas atividades, lembrando que seu dever é de aprender a aprender.
 Profissional à procura da empresa ética: O candidato, antes de qualquer coisa, deve tomar conhecimento de informações importantes da empresa, tais como sua conduta ética.
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SLIDE 05 - TIPOS DE ABORDAGEM PARA UMA TOMADA DE DECISÃO
Existem quatro abordagens (critérios) principais para a tomada de uma decisão ética e muitasvezes são elas mesmo que acabam por nos colocar em situações de difícil escolha. 
Abordagem Utilitária
Na abordagem utilitária, na qual o conceito ético é de que os comportamentos morais produzem um bem maior para um número maior. 
Na abordagem utilitária o mais importante é fazer uma escolha que beneficie a maioria das pessoas. As decisões são tomadas apenas em função de seus resultados e consequências. A meta do utilitarismo é proporcional o melhor para o maior número. Esta tende a ser a visão dominante no mundo dos negócios. 
Os tomadores de decisões, especialmente em organizações com fins lucrativos, sentem-se confortáveis e seguros quando empregam o utilitarismo. Várias ações questionáveis podem ser justificadas quando são definidas como de interesse da “organização” e de seus acionistas. Mas muitos críticos argumentam que esta perspectiva precisa ser modificada.
Esta é uma abordagem coerente com objetivos como: eficiência, produtividade e alta lucratividade. 
Ao maximizar os lucros, por exemplo, um executivo pode argumentar que está garantindo o melhor para o maior número – ao mesmo tempo em que demite quinze por cento de seus funcionários.
Outro problema existente neste tipo de abordagem é que às vezes só são consideradas as pessoas afetadas diretamente e acabam por desconsiderar pessoas afetadas indiretamente, enquanto que o com mesmo era que todas as pessoas afetadas diretamente ou indiretamente fossem levadas em conta. 
Por exemplo: Uma empresa que inventa um estimulante para as vacas produzirem mais leite, proporcionando uma maior produção para os fazendeiros, porém, muitas vezes as vacas contraem doenças extremamente dolorosas e o leite sai contaminado, o que prejudicava indiretamente os consumidores. 
A crescente preocupação da sociedade com os direitos humanos e a justiça social acaba mostrando uma necessidade das empresas desenvolverem padrões éticos baseados em princípios não utilitaristas. 
E essa situação vira um grande desafio para os executivos, porque a utilização de critérios baseados na justiça social e nos direitos humanos traz uma carga muito maior de incertezas e inseguranças do que o uso de referências utilitárias, como as consequências baseadas na eficácia e a produtividade. 
E isso explica por que os executivos tem sido cada vez mais, alvo de críticas por suas atuações. 
Os aumentos de preços, as vendas de produtos que põem em risco a saúde dos consumidores; o fechamento de fábricas; as demissões em massa; as mudanças dos centros de produção para outros países, com finalidade única de reduzir custos... e outras tantas decisões desse gênero podem ser justificadas pela ótica da abordagem utilitarista.
 
Abordagem do Individualismo
Na abordagem individualista o conceito ético é de que as ações morais, quando promovem em longo prazo os melhores interesses ao individuo, levam a um bem maior. 
As bibliografias defendem como sendo muito boa em longo prazo, porem existem as discordâncias, porque, caso a pessoa tenha um pensamento individualista, mesmo sendo em longo prazo, isto pode vir a prejudicar muitos a sua volta. 
No século passado este pensamento foi totalmente aplicado na maioria das empresas que acabaram por virar as costas para as questões ambientais. Agora nós nos encontramos no meio de uma crise ambiental, sobre a qual, a boa parte dos especialistas, fala da possibilidade de ser irreversível. 
Por isso muitos acreditam que este tipo de abordagem, na qual só se leva em conta o bem estar individual não é ético quando aplicado ao mundo dos negócios.
Abordagem da Moral e do Direito
Na abordagem da moral e dos direitos o conceito ético é de que as decisões morais são aquelas que melhor mantém os direitos das pessoas afetados por elas. Ele leva os indivíduos a tomar decisões coerentes com os diretos e liberdades fundamentais dos cidadãos, de acordo com o que prescrevem documentos como a Constituição do país. 
Uma ênfase neste critério significa tomar decisões que vão levar em conta, vários direitos fundamentais, como os direitos de consentimento livre, o direito a privacidade, o direito a liberdade de consciência, os direitos de liberdade de expressão, o direito a um processo justo, e o direito a vida e a segurança. Mesmo sendo essa a mais sensata de todas, acredito ser uma das menos aplicadas no mundo de hoje, embora este cenário esteja mudando. 
Para alguns esta é a abordagem mais certa e ética, em virtude da garantia dos direitos, porém, para outros, ela tem suas desvantagens, como, por exemplo: o uso deste critério protegeria, com base no direito de livre expressão, os ‘dedos-duros’ que denunciassem à imprensa ou os órgãos governamentais as práticas ilegais ou antiéticas cometidas por suas organizações.
Abordagem da Justiça
Na abordagem da justiça o conceito ético de que as decisões morais precisam ser baseadas nos padrões de equidade, justiça e imparcialidade, os indivíduos devem estabelecer e apoiar regras justas e imparciais de maneira que exista uma distribuição equitativa de custos e benefícios. 
Essa abordagem tende a ser bastante justa e deve ser aplicada de acordo com um regulamento interno da empresa. 
Assim ela é bastante similar ao pensamento subjacente ao domínio da lei. Neste caso acredito que este tipo de abordagem pode ser bastante útil caso o regulamento seja redigido corretamente, pois do que adiantam leis se elas não forem pensadas para o bem comum.
Os sindicalistas geralmente abraçam esse critério. Ele justifica o mesmo salário para uma mesma função, independentemente do desempenho do trabalhador, e determina o tempo no emprego como regra primária para decisões sobre dispensas.
CONCLUSÃO DO TÓPICO: Podemos observar que os tipos de abordagens são muito diferenciados e todos tem suas vantagens, desvantagens e utilidade, cabendo ao gestor saber escolher qual aplicar e qual não aplicar de acordo com seus valores. 
O enfoque no UTILITARISMO pode promover a eficiência e a produtividade, mas pode resultar também no desrespeito aos direitos de alguns indivíduos, especialmente pertencentes às minorias, dentro das organizações. 
O uso dos DIREITOS protege os indivíduos de atos ilegais e é coerente com a liberdade e a privacidade, mas pode acarretar uma sobrecarga de questões legais, sob o risco de prejudicar a eficiência e a produtividade. 
O enfoque na JUSTIÇA protege os interesses dos mais fracos e sub-representados, mas pode estimular um espírito de acomodação que reduz a propensão aos riscos, inovação e à produtividade.
O interessante seria que todos os critérios citados estivessem presentes, de maneira mesclada em cada empresa, com base na sua política, visão, missão, valores, objetivos... 
Cada empresa tem sua própria conduta ética, portanto, cabe aos funcionários buscarem uma empresa que esteja de acordo com seus preceitos e valores morais, e que tenha uma conduta ética que vá ao encontro de seus interesses. 
FATORES QUE AFETAM AS ESCOLHAS ÉTICAS.
O administrador - Influenciado por valores pessoais, familiares e religiosos, quanto mais consistente for a sua ética, mais consistentes serão suas decisões.
A organização - Influencia nas decisões dos colaboradores de acordo com suas regras, punições e recompensas.
O ambiente externo - Leis, regulamentações governamentais, normas e valores dentre outras condições.
Responsabilidade social - É a obrigação que uma organização tem de agir de maneira que sirva tanto aos interesses próprios como aos interesses da sociedade. 
É vista a partir de dois pontos de vista:
Visão socioeconômica - assegura que qualquer organização deve se interessar pelo bem estar social e não somente com os lucros corporativos. Os argumentos a favor são:
Lucros de longo prazo;
Melhor imagem publica;
Podem evitar mais regulamentações governamentais;
Organizações tem recursos;
Organizações tem obrigação ética;
Negócios devem prover melhores condições para cada um e para todos.
Visão clássica - afirma que única responsabilidade da administração é conduzir os negócios ao máximo de lucros.Usam como argumento contra a responsabilidade social:
Lucros reduzidos da atividade;
Custos maiores do negócio;
Diluição do propósito do negócio;
Poder social demasiado para os negócios.
          
Estratégias adotadas pelas empresas em relação à responsabilidade social:
Obstrucionista - evita a responsabilidade social;
Defensiva - protege a organização, fazendo o mínimo legalmente para satisfazer as expectativas sociais;
Acomodativa - aceita as responsabilidade social fazendo o mínimo eticamente requerido;
Proativa - preenche todos os critérios de desempenho social.
GERENCIAMENTO DE ÉTICAS 
OS TIPOS DE ÉTICA SÃO:
ÉTICA MORAL: consiste em respeitar os costumes, as escolhas, o modo de viver, enfim, a vida em sociedade.  Não ter ética moral é não proceder coerentemente com sua e com outras culturas, religiões ou costumes. 
ÉTICA AMBIENTAL: consiste em preservar o meio ambiente como ele nos foi entregue. Não ter ética ambiental: é não cuidar dos animais, Não preservar os rios e paisagens naturais.
ÉTICA POLÍTICA: é preservar os direitos individuais e coletivos de todos, tanto políticos quanto sociais. 
ÉTICA SOCIAL: Apresenta os deveres do homem para com seus semelhantes, ajudá-los e ensiná-las.  
ÉTICA PROFISSIONAL: É cumprir com os deveres com que implica sua profissão, seja ela qual for. 
CÓDIGO DE ÉTICA DO ADMINISTRADOR 
Quando uma empresa ou uma classe profissional pensa, constrói e aplica um Código de Postura Ética é importante que ele contemple iniciativas de conscientização dos gestores e colaboradores; e dos profissionais que fazem parte daquela classe, implantar uma comissão de pessoas responsáveis pelo documento e tornar possível o acesso de todos. Nele deve conter as definições de valores e estratégias da empresa. Não se deve esquecer que é importante promover o acompanhamento constante e fazer avaliações das práticas nele constantes.
O QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA EMPRESARIAL?
Conjunto de normas para orientar a as condutas e fornecer diretrizes para as decisões que necessitam do referencial do que é certo e do que é errado. 
Fundamenta-se nos princípios e valores éticos organizacionais, no que é certo e no que é errado, podendo prever ou não punições. Destina-se aos clientes, funcionários, fornecedores e demais stakeholders envolvidos como comunidade, governo, etc. É uma garantia dos padrões éticos e da consequente reputação e imagem da empresa perante os stakeholders.
QUESTÕES ABORDADAS NOS CÓDIGOS DE ÉTICA EMPRESARIAIS
Um empregado pode usar recursos da empresa em benefício pessoal mesmo que não gere custo ou prejuízo para ela? 
Uma empresa pode exigir uma aplicação extra não remunerada do empregado baseado em um relacionamento de comprometimento sob o argumento de que a recíproca seria verdadeira? 
Um empregado pode aceitar presentes de fornecedores? 
Um empregado deve usar o seu status na empresa para obter um benefício (desde que não seja ilícito)? 
Um empregado deve se beneficiar (licitamente) de informações privilegiadas que têm da empresa? 
UTILIDADES DE UM CÓDIGO DE ÉTICA
Fornece critérios e limites claros das ações das pessoas. 
Gera homogeneidade e coerência nas decisões empresariais. 
Gera comprometimento dos empregados.
Proporciona um adequado clima organizacional. 
Contribui para um comportamento ético e responsável dos empregados.
Garante os interesses de todos os stakeholders, além dos investidores e empregados.
Contribui para uma adequada imagem da empresa perante o mercado e de todos os seus stakeholders.

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