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Resumo da Modernização Autoritária no Estado Novo

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Modernização autoritária no Estado Novo: 
A modernização tem como princípio fundamental o “liberal-individualismo”, em que a 
ordem jurídica é voltada para atender as vontades individuais, dando prioridade à igualdade 
dos atores sociais e à liberdade. Dessa forma, era necessário que o direito fosse emanado por 
uma lei “abstrata”, “geral” e “impessoal”, o que poderia, de certa forma, mascarar as 
desigualdades existentes. 
Essa abstração da lei é que vai proporcionar o desdobramento da modernização para 
um âmbito autoritário, porque a norma passaria a ter um caráter de indeterminação e estaria a 
mercê do legislador. A partir disso instituiu-se a coerção como forma de garantir o poder 
político, visto que o cidadão era forçado a atender às normas e regras existentes
1
. 
Em vista do que foi exposto, na formação dos códigos modernos, a constituição toma 
característica de norma suprema, que visa garantir direitos sociais, em tese, por meio de um 
poder limitado. Dessa forma, o Brasil, sofrendo influência da constituição alemã de 1919, e 
também prevenindo-se do “perigo comunista” elabora em 1934, uma constituição que busca o 
desenvolvimento econômico e o bem estar social. 
Em 1937, marco da modernização brasileira, é criada a carta do Estado Novo, que 
representava um rompimento com o constitucionalismo antigo, tinha traços autoritários e uma 
forte influência polonesa, sendo denominada “Polaca”. O Estado Novo foi marcado pela 
instauração de uma ditadura, que fechou o congresso nacional (estado de sítio, após a 
descoberta do que seria chamado “Plano Cohen”) e concentrou o poder na mão do executivo, 
representado pela figura de Vargas. 
A modernização da Era Vargas se mostrou ambivalente, pois a Constituição de 
Getúlio era extremamente autoritária, entretanto trouxe alguns avanços em matéria 
constitucional, que são ensaiados desde a Constituição de 1934. Entre os progressos podem 
ser destacados o desenvolvimento da Codificação Processual Penal, a instituição de um júri, 
pelo Decreto-Lei 167, o julgamento dos crimes contra a economia popular, a Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT) entre vários outros. 
 
 
1
 Informações retiradas do livro de Wolkmer, História do Direito no Brasil, p. 24 – 34.

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