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Resumo Semelhanças entre Ditadura e Estado Novo

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Juridicamente quais os aspectos comuns entre a ditadura de Getúlio e o período 
Militar? 
 
 Em termos jurídicos, as ditaduras do século XX no Brasil tiveram muitas 
semelhanças, entre elas a tortura institucionalizada, a propaganda nacionalista e 
ufanista, os órgãos de censura, e a inflação nacionalista. Os regimes ditatoriais citados 
são conhecidos como o Estado Novo (1937), de Vargas e a Ditadura Militar que foi 
instaurada em 1964 e durou até 1985. 
Em ambas experiências repressivas era notória a perseguição política, sendo que 
no Regime Militar ocorreram milhares de prisões, acusações, banimentos e exílios. 
Foram instaurados vários inquéritos e processos judiciais contra aqueles que “atentavam 
contra a segurança nacional” e o ápice da opressão pode ser encontrado nas 
condenações a pena de morte. No Estado Novo, as perseguições eram evidenciadas nas 
estimativas de prisões de políticos e cidadãos comuns que rondavam em torno de 10 mil 
presos. 
Várias atitudes eram consideradas contrárias ao governo, sendo que no Estado 
Novo ocorreu a perseguição à partidos considerados comunistas, a estrangeiros e 
também integralistas. Na Ditadura Militar, por sua vez, aqueles indivíduos que eram 
considerados ameaças políticas eram perseguidos pelo governo. 
“Havia uma semelhança institucional com fins persecutórios entre os regimes, 
em que as estratégias militares de legitimação junto a setores populares foram inspiradas 
em Vargas e buscavam despertar no povo um sentimento de nação de caráter 
desenvolvimentista, nomeando como inimigos internos, os comunistas”.1 Entre os fins 
persecutórios ram praticados em ambos os regimes os violentos interrogatórios, 
exposições cruéis, repressão de civis nos presídios e a tortura institucionalizada que 
revelavam um desprezo pela vida dos cidadãos. 
Outro ponto de destaque dos dois períodos é a forte censura , que no Regime 
Militar submetia os meios de informação e de artes a um exame seletivo do que poderia 
ser publicado. No Estado Novo a figura do Departamento de Imprensa e Propaganda 
(DIP) era extremamente forte, no sentido de regulamentar os meios de comunicação, 
como o rádio, os jornais, as revistas e o cinema, sendo usado também para uma forte 
propaganda nacionalista e exaltadora da figura presidencial. 
Por fim é de suma importância destacar a “inflação legislativa” que ocorreu nos 
dois períodos, de forma que na Ditadura Militar foram baixados vários Atos 
Institucionais (AI), reforçando o executivo. Já no Estado Novo eram frequentes os 
Decretos-Leis, publicados pelo presidente, tendo força de lei e dispondo sobre questões 
econômicas, fiscais, sociais e de segurança. 
 
 
1
 Segundo a historiadora Tânia Nunes Davi

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