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O ESTADO E A ORDENAÇÃO DOS TIPOS DE SANÇÃO Breve Perfil do Conceito de Estado Sanção e Coação Ordenações Jurídicas não Estatais ACEPÇÕES DA PALAVRA COAÇÃO Coação é termo técnico que é empregado pelos juristas em duas acepções bastante diferentes: Como sinônimo de violência física ou psíquica, que pode ser feita contra uma pessoa ou um grupo de pessoas; Como força organizada para fins do Direito mesmo. COAÇÃO COMO VIOLÊNCIA Viola a licitude de um ato jurídico, pois corrompe um dos seus elementos, que é a manifestação livre da vontade; Um ato jurídico praticado sob coação pode ser anulado: tem existência jurídica, mas de natureza provisória, até que o ofendido prove que agiu compelido, sob ameaça física ou psíquica; Coação é um dos possíveis vícios dos atos jurídicos. COAÇÃO COMO FORÇA ORGANIZADA O Direito implica em uma organização do poder, a fim de que sejam cumpridos seus preceitos; As normas jurídicas visam preservar o que há de mais essencial na convivência humana, não podendo ficar à mercê da simples boa vontade, da adesão espontânea dos obrigados. Portanto, é preciso prever- se a possibilidade do seu cumprimento obrigatório – é a coação que garante tal observância das normas, sendo a força organizada em defesa do Direito; DA SANÇÃO Regras: Toda regra, seja ela religiosa, moral, jurídica ou de etiqueta, são emanadas e formuladas pela sociedade para serem cumpridas; A obediência e o cumprimento são da essência da regra, é natural que todas se garantam de algum modo. Assim, Sanção é a forma de garantia do cumprimento das regras. DA SANÇÃO Conceito: Sanção é todo e qualquer processo de garantia daquilo que se determina em uma regra. Como podem ser as sanções? Podem ser de tantas formas de garantia quantas são as espécies das diversas regras. Ex: regras morais – quando violadas, ensejam sanções morais, que podem ser: o remorso, o arrependimento. O exame da consciência é uma forma imediata de sanção dos ditames morais, é a sanção do foro íntimo. Ainda, há a sanção extrínseca, advinda da sociedade, pelo mérito ou demérito do ato praticado. DA SANÇÃO Sanções morais: quando não incidem, o que fazer? Indivíduos que não sentem remorso; Pessoas que não se importam com a reação social às suas condutas, por se considerarem superiores ao meio em que vivem, ou porque na própria “psique” não haverá repulsa àqueles motivos de conduta imoral, que atuam sobre o homem médio; Organização das sanções Nesses casos, o fenômeno jurídico representa uma forma de organização da sanção, predeterminando-a. DA SANÇÃO Sanção Moral X Sanção Jurídica A sanção moral é uma sanção difusa, já a jurídica é organizada e predeterminada; O Estado se organiza para instituir sanções para a prática de determinadas condutas, sejam para inibi- las, seja para puni-las. Ex: direito de ação para a reparação do dano, instituição de penas administrativas ou criminais. O ESTADO COMO ORDENAÇÃO OBJETIVA E UNITÁRIA DA SANÇÃO Estado É a organização da Nação em uma unidade de poder, com o fim de que a aplicação das sanções se verifique segundo uma proporção objetiva e transpessoal; Detém o monopólio da coação quanto à distribuição da justiça; A coação é exercida pelos órgãos do Estado, em virtude da competência que lhes é atribuída; O Estado, como ordenação do poder, disciplina as formas e os processos de execução coercitiva do Direito. Ex: penhora, prisão, multas etc. ORDENAÇÕES JURÍDICAS NÃO ESTATAIS Só o Estado é detentor da coação incondicionada. Há outros organismos internos com análogo poder? Direito Canônico; Direito das organizações esportivas; ONGs – representam diversos interesses coletivos; Teoria da pluralidade das ordens jurídicas positivas Entende que há todo um Direito “grupalista” que surge ao lado ou dentro do Estado. ORDENAÇÕES JURÍDICAS NÃO ESTATAIS Teoria da pluralidade das ordens jurídicas positivas Pode-se escapar à coação grupalista? Pode-se escapar à coação estatal? Estado é instituição da qual não se abdica – sua sanção possui caráter de universalidade.
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