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Contabilidade Nacional Slides 40 a 45

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CONTABILIDADE NACIONAL E A MENSURAÇÃO DA ATIVI​DADE ECONÔMICA
A Contabilidade Nacional é o ramo da Macroeconomia que estuda as técnicas de mensuração da atividade econômica como um todo.
MACROECONOMIA
Estuda o funcionamento da economia como um todo e seu objetivo é identificar e medir as variáveis que determinam o volu​me da produção total de bens e serviços, o nível de emprego e o nível geral de preços do sistema econômico.
Trata do somatório das transações que são rea​lizadas pelas entidades que intervêm no processo produtivo da economia. Esses somatórios são denominados de AGREGADOS e as entidades que realizam as tran​sações, de AGENTES ECONÔMICOS.
MICROECONOMIA: lida com as decisões individuais de produtores e consumidores.
AGENTES ECONÔMICOS: entidades que realizam transações econômicas: EMPRESAS, FAMÍLIAS, GOVERNO E O RESTO DO MUNDO.
EMPRESAS: Entidades produtoras de bens e serviços. 
Para efetuar suas atividades produtivas, as empresas compram os serviços dos fatores de pro​dução (terra, trabalho e capital), pagando uma remuneração. 
Numa eco​nomia de mercado, o objetivo das empresas é a obtenção de lucros.
FAMÍLIAS: Entidades que fornecem os serviços dos fatores de pro​dução às outras entidades, recebendo em troca uma remuneração pelo seu uso. 
EMPRESA OU FAMÍLIA?
A empresa (unidade produtora) é um agente econômico distinto do capitalista (seu proprietário, sócio ou acionista), que faz parte das Famílias. 
Os proprietários de empresas individuais e os profissionais liberais autônomos participam simultaneamente dos dois grupos; enquanto uni​dades produtoras fazem parte das Empresas e enquanto proprietários do fator de produção capital, das Famílias.
GOVERNO: É constituído pelos órgãos da Administração Direta, federal, estadual e municipal, que prestam serviços que são consumi​dos pela coletividade em conjunto, tais como os referentes à defesa da soberania nacional, à administração da justiça, à educação gratuita, etc. 
O Governo não tem por objetivo auferir lucro ao proporcionar estes serviços e, por isso, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, das quais o Governo seja sócio ou acionista, por visarem lucro, são incluídas entre as Empresas.
RESTO DO MUNDO: Engloba todas as entidades que praticam atos eco​nômicos com o país para o qual se está elaborando a Contabilidade Nacional e que tenham sua residência fora das fronteiras geográficas.
TRÊS AGREGADOS MACROECONÔMICOS: PRODUTO, REN​DA E DESPESA.
O PRODUTO corresponde ao valor total de bens e serviços finais que foram produzidos pela sociedade num determinado intervalo de tempo (ano, semestre, trimestre, mês. A medida usual é o ano).
Não são consideradas no cálculo do Produto as transações que envolvam troca de ativos que não tenham sido produzidos no período corren​te, como, por exemplo, prédios ou automóveis usados.
POR PRODUÇÃO, entende-se qualquer atividade que aumente o valor de um bem ou serviço já existente. 
Considera-se produção não somente a transformação de uma matéria-prima num produto novo, mas também as ativi​dades comerciais e de prestação de serviços em geral, inclusive as de interme​diação financeira.
BENS E SERVIÇOS FINAIS são aqueles que irão satisfazer diretamente as neces​sidades de seus usuários (finais), não sendo utilizados como insumos na produção de outros bens. 
BENS INTERMEDIÁRIOS, utilizados como matérias-primas na produção de outros bens. 
RENDA: corresponde ao somatório das remunerações recebidas pelos pro​prietários dos fatores de produção como retribuição pela utilização de seus servi​ços nas atividades produtivas.
DESPESA: total dos gastos efetuados pelos agentes econômicos na aqui​sição dos bens e serviços finais produzidos pela sociedade.
Uma identidade na Contabilidade Nacional é a de que:
A Contabilidade Nacional, na economia real, lida com milhares de transações entre os agentes econômicos. Para visualizar os agregados, recorre-se a simplificações da realidade.
HIPÓTESES
Inexistência de Governo e de transações econômicas com outros países: a economia é fechada e sem governo;
Existência de apenas três empresas na economia: A, B, C;
As empresas vendem toda a sua produção aos consumidores ou a outras empresas: tudo que é produzido é vendido; não há variação do nível de estoques da economia;
Os proprietários dos fatores de produção gastam toda a sua renda na aquisição de bens de consumo: não há poupança.
Demonstração contábil onde são comparadas as receitas e despesas de uma empresa. Se as receitas forem maiores que as despesas, a empresa auferiu lucro. Caso ocorra o contrário, incorreu em prejuízo.
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DAS EMPRESAS
	EMPRESA A
	DESPESAS
	RECEITAS
	Pagamentos a fatores de produção:
	
	Vendas à empresa B 200
	Salários
	100
	
	Juros 
Aluguéis
Lucro
	30
20 
50
	
	Total
	200
	Total 200
A empresa A não compra nenhum bem intermediário para efetuar sua pro​dução. 
Toda sua produção é vendida para a empresa B. 
Dos $ 200 de receita obtida, $ 150 são utilizados para pagamento de salários, juros e aluguéis e $ 50 constituem o lucro da empresa. 
Embora esse lucro não constitua necessaria​mente um pagamento (desembolso monetário) aos fatores de produ​ção, pois pode não ser distribuído aos sócios, tem-se a hipótese de que o seja na totalidade.
	EMPRESA B
	DESPESAS
	RECEITAS
	Compras da Empresa A
Pagamentos a fatores de produção 
Salários 
Juros 
Aluguéis
 Lucro
	200 
90 
10 
15 
65 180
	Vendas à empresa C 
Vendas aos consumidores finais
	220
160
	Total
	 380
	Total
	380
A empresa B utiliza os bens que adquire da empresa A para fabricar os seus produtos. 
Efetua vendas à empresa C no valor de $ 220 e aos consumidores finais no valor de $ 160, perfazendo um total de $ 380. 
Descontado o valor das compras junto à empresa A, da receita de vendas sobram $ 180, que constituem pagamento aos proprietários dos fatores de produção ($ 90 de salários, $ 10 de juros, $ 15 de aluguéis e $ 65 de lucros).
�
	EMPRESA C
	DESPESAS
	RECEITAS
	Compras da Empresa B 
Pagamentos a fatores de produção:
Salários 
Juros 
Aluguéis
 Lucro
	220 
160
20
5
115 300
	Vendas aos consumidores finais 520
	Total
	 520
	Total 520
A empresa C obtém uma receita da ordem de $ 520, vendendo seu produto totalmente aos consumidores finais. 
Paga $ 220 pelas compras efetu​adas da empresa B e $ 300 aos proprietários dos fatores de produção ($ 160 de salários, $ 20 de juros, $ 5 de aluguéis e $ 115 de lucros).
SOMANDO-SE OS RESULTADOS DAS TRÊS EMPRESAS OBTEM-SE A DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO AGENTE ECONÔMICO EMPRESAS:
CONSIDERANDO-SE QUE AS COMPRAS E VENDAS ENTRE AS EMPRESAS FIGURAM SI​MULTANEAMENTE A DÉBITO (DESPESA) E A CRÉDITO (RECEITAS) DA CONTA DAS EMPRESAS PODE-SE ELIMINÁ-LAS, OBTENDO-SE:
Embora as pessoas físicas integrantes do agente econômico Famílias não tenham contabilidade, fazendo-se a demonstração de suas receitas e despesas e somando-as, o resultado é uma demonstração simétrica à da apresentada para as Empresas:
	CONTA DAS FAMÍLIAS
	DÉBITO (DESPESAS)
	CRÉDITO (RECEITAS)
	
Consumo de bens e serviços adqui​ridos das empresas 680
	
Remuneração recebida das empresas: 
Salários 
Juros 
Aluguéis 
Lucros
	
350
60 
40 
230
	Total 680
	Total
	680
O PRODUTO: VALOR DA PRODUÇÃO DE TODOS OS BENS E SERVIÇOS DA ECONOMIA.
Entretanto, no total das ven​das da empresa B (S 380), estão computados $ 200 de compras de bens intermediá​rios vendidos pela empresa A. 
Idêntico fato ocorre na empresa C: no total de vendas de $ 520 estãoembutidas compras junto à empresa B no valor de $ 220.
Significa que, no total de valor da produção de $ 1.100, as vendas de bens intermediários, cujo valor foi de $ 420, estão computadas duas vezes:
Pela venda propriamente dita e pelo fato de seu valor estar embu​tido no valor do bem que ajudaram a fabricar.
O verdadeiro valor do PRODUTO é obtido diminuindo-se o va​lor das compras de insumos intermediários (Consumo Intermediá​rio) do VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO (somatório do valor da produção de todos os bens e serviços):
Uma forma alternativa de obter o Produto é o de computar apenas o valor da produção dos bens e serviços finais. 
Numa economia fechada e sem governo, os bens finais são os bens de consumo (usuário final = consumidor) e os bens de capital (usuário final = empresa).
Os bens finais são aqueles vendidos aos consumidores pelas empresas B ($160) e C ($ 520), totalizando $ 680. Este é o valor registrado a crédito na Conta das Empresas.
Há uma terceira forma para cálculo do Produto. Corresponde ao somatório dos valores adicionados pelas unidades produtoras. 
VALOR ADICIONADO OU VALOR AGREGADO é o valor que cada empresa adicionou ou agregou no processo produtivo sendo igual ao valor da produção de cada empresa e deduzidas suas compras de bens intermediários. 
	Unidades Produtoras
	Valor da Produção
	Compras de bens intermediários
	Valor Adicionado
	(1)
	(2)
	(3)
	(4) = (2) - (3)
	A
B 
C
	200
380
520
	-
200
220
	200
180
300
	Total
	1.100
	420
	680
 A RENDA: corresponde ao somatório das remunerações pagas aos proprietários dos fatores de produção. Fazendo-se a soma dessas remunerações tem-se:
	Remunerações
	Empresa A
	Empresa B
	Empresa C
	Total
	Salários 
Juros
Aluguéis Lucros
	100
30
20
50
	90
10
15
65
	160
20
5
115
	350
60
40
230
	Total = Valor Adicionado
	
200
	
180
	
300
	
680
O total das remunerações é de $ 680, valor idêntico ao do Produto. Conclui-se que todo Produto gera uma Renda de igual valor:
Essa igualda​de está assegurada pela inclusão do lucro na renda, já que o valor adicionado por cada empresa, com esta inclusão, fica exatamente igual aos pagamentos aos fato​res de produção.
A Renda corresponde ao valor regis​trado a crédito na Conta das Famílias.
A DESPESA: os gastos realizados pelos agentes econômicos com a aquisição dos bens e serviços finais produzidos por esta sociedade corresponderam
Corresponde ao dispêndio efetuado pelas Famílias para a compra dos bens de consumo fabricados pelas empresas B e C: $ 160 mais $ 520 = $ 680, valor que coincide com o do Produto e da Renda, assegurando a identidade:
O valor da despesa é encontrado na coluna do débito da Conta das Famílias e na coluna do crédito da Conta das Empresas, já que o valor das compras é igual ao das vendas e vice-versa.
FONTE:VICECONTI, P.E.V.; NEVES, S. Introdução à Economia -- 9ª ed.--São Paulo: Frase Editora, 2009. P.173-179.

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