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www.quimica10.com.br
COLESTEROL E METABOLISMO DE ESTERÓIDES
O colesterol é o esteróide característico dos tecidos animais e desempenha várias funções essências 
ao organismo. Por exemplo, o colesterol é componente de todas as membranas celulares, 
modulando sua fluidez e, em tecidos especializados, é o precursor de ácidos biliares, hormônios 
esteróides e da vitamina D.
ESTRUTURA DO COLESTEROL
O colesterol é um composto hidrofóbico. Ele consiste em quatro anéis hidrocarbonados fundidos 
(A, B, C, D, chamados “núcleo esteróide”), mais uma ramificação constituída por uma cadeia 
hidrocarbonada de oito carbonos ligada ao anel D. O colesterol apresenta um único grupo hidroxila 
– localizado no C3 do anel A – ao qual pode ser ligado um ácido graxo, produzindo um éster de 
colesterol. A maior parte do colesterol plasmático está na forma esterificada (com um ácido graxo 
ligado ao C3), que é uma molécula ainda mais hidrofóbica que o colesterol livre. O colesterol é o 
principal esterol dos tecidos animais.
SÍNTESE DO COLESTEROL
Acetil-CoA→HMG-CoA HMG-CoA redutase→ Ácido mevalônico → C5 → C10 → C15 → C30 → C27 
(colesterol)
O colesterol é sintetizado por praticamente todos os tecidos humanos, embora fígado, intestino, 
córtex adrenal e os tecidos reprodutivos (ovários, testículos e placenta) contribuam com a maior 
porção do conteúdo de colesterol no organismo. Assim como os ácidos graxos, todos os átomos de 
carbono no colesterol são fornecidos pelo acetato, e o NADPH fornece os equivalentes redutores. 
A via obtém energia pela hidrólise da ligação tioéster de alta energia da acetil-CoA e da ligação do 
fosfato terminal do ATP. O colesterol é sintetizado no citoplasma, por enzimas que se encontram 
no citosol e na membrana do retículo endoplasmático. A velocidade da rota responde a mudanças na 
concentração de colesterol, sendo que mecanismos de regulação modulam a velocidade da síntese 
endógena em função de sua velocidade de excreção. 
Regulação da síntese de colesterol: A reação catalizada pela HMG-CoA redutase é a etapa 
limitante da biossíntese de colesterol. A insulina favorece o aumento da atividade da HMG-CoA 
redutase (aumentando a velocidade da síntese), sendo inibida por glucagon, colesterol intracelular, e 
sais biliares.
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Inibição por drogas: As estatinas, incluindo sinvastatina, lovastatina e mevastatina, são análogos 
estruturais da HMG-CoA, agindo como inibidores reversíveis, competitivos da atividade da HMG-
CoA redutase. Essas drogas são usadas para diminuir os níveis de colesterol plasmático em 
pacientes com hipercolesterolemia. 
DEGRADAÇÃO DO COLESTEROL
Em humanos, a estrutura cíclica do colesterol não pode ser degradada ate CO2 e H2O. O núcleo 
esterol é eliminado intacto pela conversão em ácidos e sais biliares, que são excretados nas fezes e 
pela secreção de colesterol na bile, a qual o transporta até o intestino para eliminação. 
Ácidos e Sais Biliares: A bile consiste de uma mistura aquosa de compostos orgânicos e 
inorgânicos. Fosfatidilcolina e sais biliares (ácidos biliares conjugados com a glicina e a taurina que 
são detergentes mais efetivos - natureza anfipática aumentada) e são os componentes 
quantativamente mais importantes da bile. Os sais biliares compõem 80% da bile. A bile é 
sintetizada no fígado e pode ser liberada diretamente no duodeno, pelo ducto biliar, ou pode ser 
armazenado na vesícula biliar quando não estiver sendo necessitada para a digestão. Os sais biliares 
são a única forma significativa de excreção do colesterol, sendo produtos do metabolismo do 
colesterol e agentes que solubilizam o colesterol para a excreção na bile. 
Fibras da dieta ligam-se a sais biliares e aumentam a sua excreção, senão os sais biliares são 
reabsorvidos e vão pela circulação entero-hepática parar no fígado e diminuem a degradação do 
colesterol a sais biliares. 
A passagem do colesterol do fígado para a bile deve ser acompanhado pela secreção simultânea de 
fosfolipídeos e de sais biliares. Se a relação entre estas substâncias for rompida e mais colesterol do 
que pode ser solubilizado passar para a bile, o colesterol precipita na vesícula biliar, iniciando a 
colelitíase – ou a formação das chamadas pedras na vesícula. Isso geralmente ocorre em 
conseqüência de problemas sérios na absorção dos sais biliares a partir do intestino ou disfunção 
hepática grave, levando a anormalidades na produção da bile ou dos sais biliares. A colecistectomia 
laparoscópica (remoção cirúrgica da vesícula biliar é o tratamento de escolha). Outra alternativa é a 
administração de ácidos biliares que leva a uma gradual (meses até anos) dissolução das pedras 
biliares.
LIPOPROTEÍNAS PLASMÁTICAS
São complexos macromoleculares esféricos de lipídeos e proteínas específicas (apolipoproteínas) e 
que tem como função transportar e regular o metabolismo de lipídeos no plasma. . As principais 
lipoproteínas plasmáticas são: Quilomícron, VLDL (Lipoproteína de Densidade Muito Baixa), LDL 
(Lipoproteína de Densidade Baixa) e HDL (Lipoproteína de Densidade Alta). Elas diferem na 
composição lipídica e protéica, no tamanho e na densidade. 
As lipoproteínas são importantes tanto para manterem solúveis seus componentes lipídicos, como 
por promoverem um eficiente mecanismo de transporte de lipídeos entre os tecidos.
Estrutura de uma lipoproteína: 
• Quilomícron – é a lipoproteína menos densa e é a maior lipoproteína.
• VLDL – é a segunda maior lipoproteína. 
• LDL – É a principal transportadora de colesterol; seus níveis aumentados no sangue 
aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio. 
• HDL – atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão 
associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio. 
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Estrutura de uma lipoproteína: 
LIPOPROTEÍNAS ORIGEM COMPOSIÇÃO FUNÇÃO
QUILOMÍCRON Intestino TAG muito alto
Colesterol baixo
Transporte de TAGs da dieta 
para os tecidos periféricos
VLDL Fígado TAG alto
Colesterol baixo
Transporte dos TAGs 
sintetizados de novo para os 
tecidos periféricos
LDL Intravascular 
VLDL
TAG baixo
Mais alto colesterol
Transporte de colesterol para 
os tecidos periféricos
HDL Fígado e intestino TAG muito baixo
Alto colesterol
Transporte do colesterol para 
a eliminação
COMPOSIÇÃO ESPECÍFICA DAS LIPOPROTEÍNAS
QUILOMÍCRON VLDL LDL HDL
90% TAGs,
5% C e EC,
3% Fosfolipídeos
2% Proteínas.
60% TAGs,
 20% C e EC, 
15% Fosfolipídeos, 
5% Proteínas.
50% C e EC,
22% Fosfolipídeos,
20% Proteínas,
8% TAGs.
40% Proteínas,
30% Fosfolipídeos,
25% C e EC,
5% TAGs.
O COLESTEROL NO SANGUE
O colesterol forma um complexo com os lipídeos e proteínas, 
chamado lipoproteína. A forma que realmente apresenta malefício, 
quando em excesso, é a LDL.
Nesta interação, a LDL pode acabar sendo oxidada por radicais livres 
presente na célula.
Esta oxidação aciona o mecanismo de defesa, desencadeando um 
processo inflamatório com infiltração de leucócitos. Moléculas 
inflamatórias acabam por promover a formação de uma capa de 
coágulos sobre o núcleo lipídico.
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Após algum tempo cria-se uma placa (ateroma) no vaso sanguíneo; 
sobre esta placa, pode ocorrer uma lenta deposição de cálcio, numa 
tentativa de isolar a área afetada.
Isto pode interromper o fluxo sanguíneo normal (aterosclerose) e vir a 
provocar inúmeras doenças cardíacas. De fato, a concentração elevada 
de LDL no sangue é a principal causa de cardiopatias.
HORMÔNIOS ESTERÓIDES
O colesterol é o precursor de todas as classes de hormônios esteróides: glicocorticóides (cortisol), 
mineralocorticóides (aldosterona) e hormôniossexuais – (andrógenos, estrógenos e progestógenos). 
A síntese, que utiliza principalmente oxidases de função mista, ocorre no córtex adrenal (cortisol, 
aldosterona e andrógenos), nos ovários e na placenta (estrógenos e progestógenos) e nos testículos 
(testosterona).
 TESTOSTERONA → ESTRADIOL
COLESTEROL → PREGNENOLONA → PROGESTERONA ALDOSTERONA
CORTISOL
Cortisol: Estimula a gliconeogênese, tem ação antiinflamatória.
Aldosterona: Captação de Na+ e excreção de K+. Aumenta a pressão sanguínea. 
Andrógenos: São convertidos em testosterona e estradiol nos tecidos periféricos.