Buscar

construcao-da-nocao-de-subjetividade-2

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Psicologia 2013 
Prof. Dr. Nadir Lara Junior
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
 Uma (nova) introdução 
Uma visão histórica da psicologia como ciência
Educ, São Paulo, 2009 
Luís Claudio M. Figueiredo
Pedro Luiz Ribeiro de Santi
História da Psicologia
Com o passar do tempo a Mitologia parecia não satisfazer mais. Insuficiente para a quantidade de questões e dúvidas.
Século VI antes de Cristo, nasce a Filosofia, que significa "Amizade pelo Saber" e define uma forma característica de pensar (pensamento racional) = viagens marítimas; invenção da moeda; vida urbana; invenção da escrita alfabética; calendário; leis; pensamento coletivo = reorganização das ideias. 
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Filosofia Grega: possível conhecer as bases e os princípios fundamentais de conceitos (racionalidade; razão; ética; política; técnica; arte; física; pedagogia; medicina; ciência).
Pitágoras; Parmênides; Heráclito = contribuíram para encerrar a visão mítica e religiosa da natureza - a partir daí foi adotada uma forma racional de pensar. Sócrates; Platão; Aristóteles... Revolucionando as ideias através da Filosofia.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Até o século XVII os filósofos estudavam a natureza humana mediante a especulação, a intuição e a generalização. 
Contudo, ocorreu uma transformação substancial nos seus estudos, apoiado em observações e experimentações cuidadosamente controladas para estudar a mente humana, fizeram com que a Psicologia alcançasse uma identidade que a distinguiria das suas raízes filosóficas.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
A observação e a experimentação, seguidos pela medição eram marcas distintivas da ciência e começou a ficar evidente que todos os fenômenos poderiam ser descritos e definidos por um número, ou seja, eram quantificáveis.
Os mesmos eficazes métodos experimentais e quantitativos, utilizados para revelar os segredos do universo físico, podiam ser aplicados na exploração e previsão dos processos e condutas humanas.
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
Essa necessidade de medição era vital para o estudo do universo como máquina e fez surgir diversos aparelhos de medição como termômetros, réguas, barômetros, relógios de pêndulo, etc. 
Fato, que se deu aproximadamente 200 anos antes do estabelecimento da Psicologia como ciência.
Se todo universo era agora como uma máquina, ordenado, previsível, observável, mensurável, por que é que o homem não pode ser visto sob a mesma luz?
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA
História da Psicologia = filosofia ocidental; físicos , fisiólogos e filósofos = psicologia científica.
Projeto Psicologia = Ciência – é recente (segunda metade do séc. XIX) – homens que pretendiam reservar aos estudos psicológicos um território.
Discípulos e espaços em instituições universitárias.
Psicologia como ciência independente: uma visão panorâmica e crítica
Criar uma nova ciência é muito complexo: mostrar qual seu objeto próprio de estudo e os métodos adequados = firmar-se independente. 
Outras ciências já tratavam de diversos aspectos do comportamento humano (Filosofia; Física; Medicina; Fisiologia, etc.).
E também as ciências sociais tratavam das ações humanas (Economia; Sociologia; Antropologia, etc.)
Psicologia como ciência independente
Os temas da Psicologia estavam dispersos entre especulações filosóficas; ciências físicas e biológicas e ciências sociais.
O que restaria para a Psicologia? Nada! (Auguste Comte) – entre as ciências biológicas e as sociais não caberia uma Psicologia.
Principal empecilho: o objeto (mente, a psique não se apresenta como observável) – não se enquadra nas exigências do Positivismo.
Psicologia como ciência independente
A situação da Psicologia é realmente curiosa: por um lado, reivindica uma lugar à parte entre as ciências (universidades, laboratórios, conselhos federais e regionais, etc.)
Ao mesmo tempo, não consegue se desenvolver sem estabelecer relações cada vez mais estreitas com as ciências biológicas e sociais. 
Daí a importância de conhecermos suas origens e implicações históricas.
Psicologia como ciência independente
A experiência da subjetividade privatizada: experiência de sermos sujeitos de decisões, sentimentos e emoções privados, só se desenvolve numa sociedade com determinadas características.
Situações de crise social; desagregação das velhas tradições; proliferação de novas alternativas – homem se vê obrigado a recorrer ao seu foro íntimo.
Homem se vê construindo referenciais internos. Esse é o espaço da subjetividade privatizada (quem sou eu? Como sinto? O que desejo?) = reflexão moral.
Precondições socioculturais para o aparecimento da Psicologia como Ciência no Século XIX
Nas artes surge o gênero tragédia (conflito); poesia lírica (sentimentos e desejos expressos).
Nas pinturas, esculturas e artes plásticas – subjetividades dos artistas afloram.
A experiência da subjetividade privatizada
Surgem novos sistemas religiosos (enfatiza-se a responsabilidade individual e as intenções).
A experiência da subjetividade privatizada
Força atual: A crença na liberdade dos homens é um dos elementos básicos da democracia e da sociedade de consumo e não estamos dispostos, a pôr em risco nossos valores.
Essa liberdade pode ser ilusória. 
Cabe a psicologia revelar 
 essa ilusão.
A experiência da subjetividade privatizada
Nossa noção de subjetividade data de aproximadamente dos últimos 3, 4 séculos.
No Renascimento tivemos um tipo de perda de referências – falência do mundo medieval (misticismo) e abertura do ocidente.
Na idade média o homem se sentia parte de uma ordem superior que o amparava. Perda desse sentimento = liberdade e insegurança.
Deus e a religião dão lugar ao antropocentrismo – homem deve conhecer a si mesmo e a natureza e controlá-la em seu benefício.
Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na Modernidade
R
Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na Modernidade
O mundo passou a ser considerado cada vez menos como sagrado e mais como objeto de uso – movido por forças mecânicas – a serviço dos homens. 
Grande valorização e confiança no Homem = Humanismo moderno.
Surgimento da imprensa - Personagens literários (Cervantes, Hamlet) – difusão da leitura silenciosa = contribuíram para a construção da interioridade dos leitores – diálogo interno.
Descrença cética somada ao individualismo = racionalismo e empirismo = estabelecer novas e mais seguras bases para as crenças e para as ações humanas.
 
Subjetividade na Modernidade
Descartes – marco do início da Modernidade.
Fundador do Racionalismo Moderno.
Condições para obtenção de um conhecimento
 seguro da verdade.
Superar a dispersão do Renascimento e o Ceticismo – Utilizou um instrumento cético: a dúvida
Submeter toda e qualquer ideia, impressão ou crença a uma dúvida metódica: ideias erradas descartadas!
Subjetividade na Modernidade
Somente ideias claras e distintas poderiam servir a Filosofia e a Ciência! Mas tudo parece incerto! (mestres, livros, leis, sentidos). 
Enquanto duvido, existe a ação de duvidar: PENSO LOGO EXISTO! (Evidencia de um EU - fundamento de todo conhecimento).
 Marca o fim de um conjunto de crenças sobre o conhecimento. O homem moderno não busca a verdade num além. Ela é interna!
O sujeito do conhecimento (Eu) – sem desejo, sem corpo – fora do mundo – supostamente capaz de produzir um conhecimento
 puro e objetivo do mundo.
Subjetividade na Modernidade
Francis Bacon – fundador do Moderno Empirismo.
Para Bacon, a razão deixada em liberdade poderia tornar-se especulativa e delirante.
É necessário dar à razão uma base nas experiências dos sentidos.
Novo Organum: propostas de como se livrar do erro e encontrar a verdade tendo como base a experiência subjetiva.
Bacon / Descartes: 
 Preocupação com o Método!
Subjetividade na Modernidade
Iluminismo, séc. XVIII (movimento
filosófico que representava o progresso)– vai criticar essa verdade absoluta do Método.
A onipotência do EU, da razão universal e do método foi criticada. 
Consciência mais profunda da problemática do conhecimento.
Começou a se colocar em questão a SOBERANIA do EU!!!
 A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas 
DAVID HUME, um dos grandes filósofos chega a negar que o EU seria algo estável e que permanecesse idêntico a si mesmo. 
Ele seria muito mais efeito de suas experiências do que o senhor de suas experiências!!!
Não podemos nos conceber como base e sustentação dos conhecimentos.
A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna
EMANUEL KANT: o homem só tem acesso as coisas como ela se apresenta – fenômeno.
As coisas em si (independentes dos sujeitos) são incognoscíveis. 
A autonomia do Sujeito, sua soberania é desejável, mas, muito problemática, pois nossos impulsos e desejos, as vezes, são mais fortes que a razão.
A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna
ROMANTISMO: nasceu no final do século XVIII – Crítica ao Iluminismo/racionalismo.
A ideia do homem como ser racional foi deposta! A razão é destronada!
O homem é um ser passional e sensível! 
Individualismo e solidão como traços do homem no século XX 
Destacado a força do impulso e da natureza!
O barco é o empreendimento 
Humano de controle racional e metó-
dico do mundo. Homem a mercê
das forças naturais. 
 
A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna
A crise da Modernidade e da Subjetividade: Romantismo
Século XIX continua o processo de deposição do EU!
Karl Marx: comportamento do homem é determinado por leis que não pode controlar e que nem mesmo conhece! (Economia)
Charles Darwin: o homem é um ser natural como os demais! Não possui uma origem divina.
A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna
A CRIAÇÃO: Adão x Macaco 
Sigmund Freud – Inconsciente.
O homem não é senhor de si!
Sonhos, atos falhos e chistes demonstram a existência de um mundo interno desconhecido. 
A crise da Modernidade e da Subjetividade moderna

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais