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Técnicas de amostragem FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU DISCIPLINA: BIOESTATÍSTICA Profa. Dra Cynthia Faro Por que se usam amostras? • Custo e demora dos censos • Populações muito grandes • Impossibilidade física de examinar toda a população • Comprovado valor científico da informações coletadas por meio de amostras Após definimos a população da pesquisa é preciso estabelecer a técnica de amostragem, isto é, o procedimento que será adotado para escolher os elementos que irão compor a amostra Tipos de amostras Amostra aleatória ou probabilística: • SIMPLES • ESTRATIFICADA Amostra semiprobabilistica: • SISTEMÁTICA • CONGLOMERADOS Amostra não probabilística ou por conveniência Prof. Msc Higor César Menezes Calasans Tipos de amostras Amostra aleatória ou probabilística: é formada por várias unidades retiradas ao acaso da população. “SORTEIO”. • SIMPLES • ESTRATIFICADA • Amostra aleatória simples: população constituída por unidades homogêneas para a variável que você estuda. É composta por elementos retirados ao acaso da população. Dessa forma todo elemento da população tem igual probabilidade de ser escolhido para uma amostra. 835 alunos Sorteio Amostra População Amostra aleatória ou probabilística: • Amostra aleatória simples Exemplo: Pesquisa da estatura dos alunos de uma escola com 90 alunos (população: 90 alunos) usando uma amostra de 10% da população: 1. Numeram-se os alunos de 1 a 90; 2. Sorteiam-se 9 números (10% de 90) usando algum mecanismo aleatório ou através de uma Tabela de Números Aleatórios. Tem- se: 14 35 30 19 66 27 77 45 38 3. Os alunos numerados de acordo com a lista acima são escolhidos e tomados os valores das suas estaturas, obtendo assim uma amostra da população dos 90 alunos. Amostra aleatória ou probabilística: • Amostra estratificada ➢ É usada quando a população é constituída por unidades heterogêneas para a variável que estuda ➢ É composta por elementos provenientes de todos os estratos da população. ➢ Devem ser obtidas amostras estratificadas sempre que a população for constituída por diferentes estratos. Amostra aleatória ou probabilística: • Amostra estratificada Exemplo: Imagine que você precisa obter uma amostra de 2% dos 500 pacientes de uma clínica para entrevista-los sobre a qualidade de atendimento na enfermaria. Você suspeita que homens sejam mais bem atendidos do que as mulheres. Aproximadamente metade dos pacientes é do sexo masculino. Você que obter dados dos dois sexo. Qual seria o procedimento? Comece separando homens e mulheres. Depois obtém uma amostra aleatória de cada estrato (homem e mulher) e reúne os dados dos dois estratos numa só amostra aleatória estratificada. Amostra aleatória ou probabilística: EXEMPLO: Suponha que no exemplo anterior, dos noventa alunos, 54 sejam meninos e 36 sejam meninas. Neste caso precisamos obter a amostra estratificada. Serão dois estratos (sexo masculino e sexo feminino) e queremos uma amostra de 10% da população. Assim: 1. Definimos a amostra em estratos: 2. Numeram-se os alunos de 1 a 90 sendo que 1 a 54 correspondem a meninos e de 55 a 90, a meninas. Procede-se então o sorteio. Por exemplo: 53, 05, 46, 74, 90, 17, 75, 63, 31. 3. Neste caso serão obtidas as características dos seguintes alunos: 53 05 46 17 31 - masculino 74 90 75 63 – feminino SEXO POPULAÇÃO 10% AMOSTRA M 54 5,4 5 F 36 3,6 4 TOTAL 90 9,0 9 Amostra semiprobabilística: é constituída por várias unidades retiradas da população por procedimento parcialmente aleatório. • Amostra sistemática Os elementos não são escolhidos por acaso e sim por um sistema preestabelecido. • Amostra sistemática ➢ Quando a população está organizada , é mais fácil obter uma amostra sistemática. ➢ É mais usada, mas exige uma maior preocupação na seleção. Por exemplo: se os elementos de uma população estão ordenados em fila, não se deve selecionar os “primeiros”, ou “os últimos”, nem mesmo “os do meio”. O ideal é selecionar de 10 em 10, ou a critério definido. Amostra semiprobabilística: • Amostra por conglomerados: é constituída por várias unidades tomadas de alguns conglomerados. ➢ Conglomerado é um conjunto de unidades que estão agrupadas, qualquer que seja a razão. Exemplo: Imagine que um dentista que levantar dados sobre a necessidade de aparelho odontológico em crianças de 12 anos. Ele pode sortear três escolas de primeiro grau (conglomerados) e examinar todas as crianças com 12 anos. Amostra semiprobabilística: EXEMPLO: Suponha uma rua que tenha 500 prédios e desejamos obter uma amostra de 40 prédios (8%). Como os prédios já estão ordenados na rua, podemos usar o seguinte procedimento: 1. Como 500:40 = 12,5, então temos de selecionar um prédio para a amostra a cada 12. 2. Sorteamos um número entre 1 e 12 inclusive, digamos que seja 5. 3. Vamos amostrando os prédios iniciando pelo 5º e pulando de 12 em 12. Assim, iniciamos pelo prédio 5, depois usamos o prédio 12+5, depois 12+12+5, e assim por diante. 4. No final teremos amostrado os 40 prédios. Amostra não probabilística ou por conveniência ➢ É composta por elementos que o pesquisador reuniu simplesmente porque dispunha deles. ➢ São comuns na área de saúde, onde se fazem pesquisas com pacientes de uma só clinica ou de um só hospital. Problema: Os dados podem ser tendenciosos. Avaliação das técnicas de amostragem As amostras aleatórias exigem que o pesquisador tenha a listagem com todas as unidades da população, porque é dessa listagem que serão sorteadas as unidades que comporão a amostra. A amostra sistemática não exige que a população seja conhecida, mas é preciso que esteja organizada em filas, em arquivos, ou mesmo em ruas, como os domicílios de uma cidade. Avaliação das técnicas de amostragem A amostra por conglomerados exige livre acesso aos conglomerados, o que nem sempre se consegue. As amostras de conveniência não invalidam a pesquisa, mas precisam ser muito bem descritas porque representam apenas a população de indivíduos semelhantes aqueles incluídos na amostra. INFERÊNCIA Estender os resultados da amostra para toda a população. É importante caracterizar bem a amostra e estender os resultados obtidos na amostra apenas para a população de onde a amostra proveio. Os prontuários dos pacientes de um hospital estão organizados em um arquivo, por ordem alfabética. Qual a maneira mais rápida de amostrar 1/3 do total de prontuários? Seleciona-se, para a amostra, um de cada 3 prontuários ordenados. Um pesquisador pretende levantar dados sobre o numero de moradores por domicílio, usando a técnica de amostragem sistemática. Para isso, o pesquisador visitará cada domicílio selecionado. Se nenhuma pessoa estiver presente na ocasião da visita, o pesquisador excluirá o domicílio da amostra. Esta última determinação introduz tendenciosidade a pesquisa. Por quê? Nos domicílios onde moram muitas pessoas, será mais fácil o pesquisador encontrar pelo menos uma pessoa. Então é razoável admitir que os domicílios com poucos moradores têm maior probabilidade de serem excluídos da amostra DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE UMA AMOSTRA O pesquisador social procura tirar conclusões a respeito de um grande número de sujeitos. Por exemplo, ele poderia desejar estudar: • Os 170.000.000 de cidadãos que constituem a população brasileira. • Os 1.000 pacientes internados. • Os 4.000 estudantes de enfermagem DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE UMA AMOSTRA Não existe um numero fixo para o tamanho de uma amostra a ser estuda. Há soluções para cada caso, dependendo: 1. Tipo de problema que se quer resolver. 2. Tipo de variável. 3. Quanto de erro estatísticoé aceito pelo pesquisador. 4. Tempo, verbas e pessoas disponível. DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE UMA AMOSTRA Erro Amostral é a diferença entre um resultado amostral e o verdadeiro resultado populacional; tais erros resultam de flutuações amostrais aleatórias DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE UMA AMOSTRA DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE UMA AMOSTRA n= tamanho da amostra α = nível de confiança (alfa) σ =Desvio padrão popupacional (sigma) E= margem de Erro OBRIGADA !
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