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Teoria de Sistemas e as Organizações

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Teoria de Sistemas e as Organizações 
Um conceito já bastante difundido sobre os sistemas é o que os define como um 
conjunto de partes interconectadas e interdependentes para se alcançar um objetivo. 
Uma outra abordagem considera sistema um conjunto de elementos interdependentes 
– ou um todo organizado ou partes – que interagem formando um todo unitário e 
complexo. 
Já as organizações podem ser vistas como resultado da combinação de 
pessoas, equipamentos e outros recursos orientados a atingir um determinado propósito 
ou como um sistema planejado de esforço cooperativo no qual cada participante tem 
um papel definido a desempenhar e deveres e tarefas a executar. São também definidas 
como uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos 
coletivos. Todas as organizações têm uma estrutura de gestão que determina as 
relações entre as suas diferentes atividades e os seus membros, que subdivide e atribui 
funções, responsabilidades e autoridade para realizar tarefas. 
Entre as maneiras de se identificar um sistema está a verificação do objeto de 
análise, examinando se possui partes, se elas possuem funções e se estão integradas. 
Assim, é possível perceber semelhança entre as duas definições: da mesma forma que 
os sistemas, as organizações agregam componentes para alcançar um fim específico. 
Portanto, sem dificuldade conclui-se que as organizações podem ser tratadas como 
sistemas. 
É possível, além disso, constatar que as organizações são sistemas abertos, 
pois estão em constante interação com o ambiente e atuam como variável independente 
e dependente, ou seja, afetam e são afetadas por esse ambiente. E ainda apresentam 
relações de troca de matéria e energia regularmente, por meio de entradas e de saídas, 
têm capacidade de crescimento, de mudança, de adaptação, até de autorreprodução 
sob certas circunstâncias ambientais e competem com outros sistemas. O seu estado 
atual, final ou futuro não está condicionado ao seu estado original ou inicial, pois elas 
têm como característica a reversibilidade. São todos traços de sistemas abertos. 
Os parâmetros utilizados no estudo dos sistemas abertos, especificamente no 
seu modelo genérico, também são importantes para o entendimento de como funcionam 
as organizações. Existe uma entrada ou insumo ou input, representada pela força ou 
impulso de arranque ou partida do sistema, que fornece o material ou a informação para 
a operação do sistema. Então, ocorre o processamento ou transformacão ou throughput, 
que é o fenômeno que produz mudanças e é o mecanismo de conversão das entradas 
em saídas. Há a saída ou resultado ou output – a consequência da reunião de elementos 
e das relações do sistema – e a retroalimentação ou realimentação ou feedback – a 
reintrodução de uma saída sob a forma de informação –, além do ambiente – que é o 
meio que envolve externamente o sistema e que tem influência sobre ele. 
A definição das características das organizações como sistemas abertos é outra 
contribuição para a sua compreensão. Merecem destaque o comportamento 
probabilístico e não determinístico – as organizações, como sistemas abertos, são 
afetadas por mudanças em suas variáveis externas desconhecidas e são incontroláveis 
em seu comportamento –, a interdependência das partes – as organizações são 
sistemas sociais com partes independentes, mas inter–relacionadas –, a homeostase 
ou estado firme – a organização alcança um estado de equilíbrio quando satisfaz os 
requisitos de unidirecionalidade, (os mesmos resultados são atingidos, apesar de 
mudanças na organização ou no ambiente) e de progresso –, as fronteiras ou limites – 
a linha que demarca e define o que está dentro e o que está fora do sistema ou 
subsistema –, a morfogênese – o sistema organizacional tem a capacidade de modificar 
a si próprio e a sua estrutura básica – e a resiliência – a capacidade de superar o 
distúrbio imposto por um fenômeno externo. 
Na verdade, a teoria de sistemas tem sido amplamente aplicada no estudo das 
organizações. No seu enfoque moderno, os sistemas são explicados como uma técnica 
para lidar com grandes e complexas empresas. Esta abordagem é sintética e tem o todo 
como contexto, ou seja, o todo é mais do que a soma das partes. Inclusive, no agregado 
encontramos características muitas vezes não encontradas nos componentes isolados. 
No ambiente organizacional, essa resultante vem sendo comumente denominada de 
sinergia. Significa que a ação conjunta de diversos componentes ou entidades podem 
obter desempenho melhor do que aquele obtido isoladamente. Em suma, os conceitos 
de sistemas permitem uma variedade de reflexões úteis para o entendimento das 
organizações. 
 
 
Referências 
http://admgroup.blogspot.com.br/2012/05/teoria–dos–sistemas.html 
https://books.google.com.br/books?id=z4DtNAgG7xwC&pg=PA328&lpg=PA328&dq=or
ganiza%C3%A7%C3%A3o+unidirecionalidade&source=bl&ots=e63EZd8WqO&sig=a8
QonEbaYKTdmr0Vz6n0-FbTGyA&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwjt1_v1k4XMAhWIjz4KHdhKAXwQ6AEIMTAF#v=onepage&q
=organiza%C3%A7%C3%A3o%20unidirecionalidade&f=false 
http://www.administradores.com.br/artigos/tecnologia/organizacoes-conceito-e-
classificacao/25629/ 
http://warrington.ufl.edu/centers/purc/purcdocs/papers/0018_corlett_systems_theory_a
pplied.pdf 
http://www.businessdictionary.com/definition/organization.html 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAex3kAC/conceito-sistema-enfoque-sistemico 
http://www.gerenco.com.br/page3.html 
http://www.infoescola.com/filosofia/sintese–teoria–geral–dos–sistemas 
http://www.profdamasco.site.br.com/TeoriaSistemas.pdf 
http://www.uky.edu/~drlane/orgcomm/325ch04.ppt 
https://www.youtube.com/watch?v=qm_YHtsAggI&nohtml5=False

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