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03/02/2015 1 Docência e Gestão Pedagógica do Ensino Superior Disciplina: História e Política do Ensino Superior CORRESPONDE AOS CONTEÚDOS ON LINE DAS AULAS 3 E 4. VÍDEO AULA 2 03/02/2015 2 Entendam as políticas orientadoras do ensino superior no Brasil, na Era Vargas (1930 a 1960), - Uma distinção de orientações políticas no governo dos anos 1930 e período pós 1945. Aula 3: Dos anos 1930 aos anos 1960: um histórico da materialização do projeto do ensino superior no Brasil. • Política de caráter centralizador1930 • Política de caráter democrático1945 OBJETIVOS . ENTÃO, NO QUE SE REFERE AO ENSINO SUPERIOR VAMOS OBSERVAR QUE... formação profissional 1930 - regras para o crescimento das instituições de ensino superior, resistindo ao projeto de autonomia universitária pós 1945 – investimento no projeto de autonomia universitária . 03/02/2015 3 PANORAMA DA DÉCADA 1930 Quadro de desenvolvimento do país, dependente do capital internacional (importação de bens industrializados e combustíveis e exportação de alimentos e de matérias primas). Poder concentrado nas mãos dos grandes proprietários de terras (oligarquias paulista e mineira). Entretanto com a crise de 1929 Entrada de Getúlio Vargas no poder, num projeto de centralização em diversos setores da sociedade DÉCADA 1930: POR QUE A EDUCAÇÃO GANHA DESTAQUE? O papel exercido pela educação em um governo autoritário assume que “a educação escolar é um dos meios pelos quais os intelectuais fazem ‘irradiar’ sobre todo o povo as ideias e aspirações [...] é um dos mecanismos [...], pelo menos o mais sistemático, de inculcação da ideologia do Estado autoritário” (CUNHA, 2000, p.252). 03/02/2015 4 O ENSINO SUPERIOR NO ANO DE 1931 • Decreto-lei nº 19.851/31 1931 - Estatuto das Universidades Brasileiras • Decreto-lei, nº 19.852/31 1931- Estrutura da URJ • Decreto lei nº 19.850/31 Conselho Nacional de Educação OBJETIVOS DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: Elevar o nível da cultura geral; estimular a investigação científica em quaisquer domínios dos conhecimentos humanos; habilitar ao exercício de atividades que requerem preparo técnico e científico superior; concorrer, enfim, pela educação do indivíduo e da coletividade pela harmonia de objetivos entre professores e estudantes e pelo aproveitamento de todas as atividades universitárias, para a grandeza da Nação e para o aperfeiçoamento da Humanidade ( ROMANELLI, 2006, p.133). 03/02/2015 5 ENTRETANTO... desde sua criação a universidade “corre atrás” dos objetivos ligados à formação profissional, em detrimento da pesquisa, seja por fatores ligados ao modelo de nossa sociedade, de caráter estratificado Motivos... 1) herança cultural que mantém suas bases numa estrutura arcaica de ensino que tem no modelo industrial 2) na omissão de nossas leis no que se refere às atividades de pesquisa. ORGANIZAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR: 1) cursos do currículo normal; 2) cursos equiparados, ministrados pelos livres-docentes; 3) cursos de aperfeiçoamento e especialização. 03/02/2015 6 CRIAÇÃO DE DUAS IMPORTANTES UNIVERSIDADES: -1934: Universidade de São Paulo (USP) -1935: Universidade do Distrito Federal (UDF) A UDF é criada fundamentando-se no propósito de assumir a atividade científica e livre produção cultural desinteressada (extinta em 1930 para se unificar a URJ). FIM DA ERA VARGAS: O ENSINO UNIVERSITÁRIO NO BRASIL A PARTIR DE 1945 Constituição de 1946 Neste período universidades + faculdades isoladas 1) Universidade do Brasil, antiga Universidade do Rio de Janeiro (1920); 2) Universidade de Minas Gerais (1927); 3) Universidade de Porto Alegre resultante da Escola de Engenharia de Porto Alegre (1934); 4) Universidade de São Paulo (1934) 5) As Faculdades Católicas (1940), reconhecidas pelo estado em 1946, que resultaria na Pontifícia, como a primeira universidade privada que se consolida no país. 03/02/2015 7 FIM DA ERA VARGAS: O ENSINO UNIVERSITÁRIO NO BRASIL A PARTIR DE 1945 No ano de 1945, por meio do Decreto-Lei nº 8.393, a UB ganha sua autonomia administrativa, financeira, didática e disciplinar. O predomínio da formação profissional é a tônica do ensino universitário. A pesquisa e a produção de conhecimentos são deixadas de lado, com exceção das atividades realizadas pela USP. SEGUNDA METADE DOS ANOS 1950 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Discussão da relação do ensino público X ensino privado. Um começo de conversa sobre os anos 1960 É com a criação da Universidade de Brasília (UnB) em 1961, que o movimento de renovação do ensino superior no Brasil se evidencia. Caracterizada como a mais moderna instituição de ensino superior do país naquele momento, ela assume o papel relevante da atividades acadêmico-científica, a UnB se torna o palco do movimento estudantil, através da União Nacional dos Estudantes (UNE). 03/02/2015 8 OBJETIVOS Entender a Reforma Universitária e o papel do Estado no empreendimento do referido projeto de modernização do ensino superior brasileiro. - O conteúdo da Reforma favoreceu a criação da instituição universitária no país, de modelo acadêmico, em contraposição às faculdades isoladas que existiam até então, mantendo seu caráter conservador. Aula 4: Reforma Universitária: o ano de 1968 OS ANOS DE CHUMBO: 1964 O período da ditadura militar no país, se define pela repressão política, limitando drasticamente a liberdade de opinião e expressão, de imprensa e organização no país a fim de controlar qualquer pensamento que se opõe ao poder. O novo governo, caracterizado por uma ditadura, se alinha à política econômica dos Estados Unidos. A entrada de capital externo recupera a economia do país, sendo traduzida pelo que se convencionou chamar “milagre econômico”, com significativo aumento da concentração de renda e também da pobreza. 03/02/2015 9 A LDB que trouxe uma discussão publicada em 1961 aquece o debate em torno da Reforma Universitária E os estudantes como atuavam? Em tempos de “ordem” a UnB se torna o palco do movimento estudantil, através da União Nacional dos Estudantes (UNE), e provoca a des”ordem” ao oferecer espaço para este grupo reivindicar a Reforma Universitária. Com o propósito de “combater o caráter arcaico e elitista das instituições universitárias” (FÁVERO, 2006, p.29), a disputa entre governo e estudantes é acirrada. OS ANOS DE CHUMBO: 1964 UM GOVERNO PRECAVIDO E CONTROLADOR Final dos anos 1960: preocupação do governo com a capacidade “subversiva” dos estudantes - também por esta razão o projeto de Reforma é encampado A UNE se articula a outros movimentos sai às ruas e permanece aquecendo o debate no interior das universidades. A universidade “em crise” passa a ser problema de caráter nacional. Ganhos 1968 o Decreto nº 62.937 institui o Grupo de Trabalho, que assume como objetivo estudar a reforma da universidade brasileira, “visando à sua eficiência, modernização, flexibilidade administrativa e formação de recursos humanos para o desenvolvimento do país” (RELATÓRIO DE GRUPO DE TRABALHO, 1968, p. 15 apud FÁVERO, 2006, p.32- 33). 03/02/2015 10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O RELATÓRIO DO GT: As universidades se apresentam ainda inadequadas para atender ao desenvolvimento do país em consequência de sua organização: criadas a partir da superposição de faculdades tradicionais, uma proposta da década de 1950, este modelo não acompanhou as mudanças ocorridas no Brasil; A falta de organicidade dos projetos das universidades; A universidade não está preparada para a investigação científica e tecnológica. A partir destas considerações algumas medidas em torno da eficiênciae da produtividade são efetivadas na universidade. Sobre o novo modelo de universidade Romanelli (2006, p.232) sustenta que “teoricamente ele pretende agregar à racionalidade administrativa à universidade para torná-la mais moderna e adequada às exigências do desenvolvimento”, entretanto, adverte que como efeito colateral, esta racionalidade administrativa, no âmbito político, acaba aumentando tanto o controle interno, no que se refere ao acompanhamento dos órgãos centrais da vida acadêmica; quanto externo, no que se refere ao controle da universidade pelos órgãos de administração federal de ensino. UM GOVERNO PRECAVIDO E CONTROLADOR 03/02/2015 11 BOM ESTUDO!
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