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1. ESTRESSE SALINO As plantas superiores terrestres encontram, sob condições naturais, altas concentrações de sal nas costas marítimas e estuários. Já no interior, a infiltração salina natural de depósitos geológicos marinhos pode avançar em áreas adjacentes, tornando essas áreas inutilizáveis para agricultura. A área salinizada continua aumentando em função da utilização dos sistemas de irrigação e desmatamento. Os processos de evaporação e transpiração removem água pura do solo, de modo que esta perda água resulta numa concentração de solutos no solo. Se a água utilizada na irrigação contém uma alta concentração de solutos, e esses sais não podem ser descarregados, eles podem atingir um nível prejudicial às plantas sensíveis ao sal. Primeiramente, é necessário diferenciar dois conceitos. Quando há altas concentrações de sódio, refere-se a sodicidade, e quando há altas concentrações de sais totais, refere-se a salinidade. No campo, a salinidade da água do solo ou da água da irrigação é medida através da condutividade elétrica. A água pura é um condutor elétrico muito pobre, enquanto que quanto mais alta a concentração salina na água, maior é a sua condutividade elétrica, e mais baixo é o seu potencial osmótico. Com base nas respostas às altas concentrações de sais, as plantas podem ser divididas em 2 grupos: Halófitas: são nativas de solos salinos e completam seu ciclo de vida naquele ambiente. Ou seja, se desenvolvem naturalmente em ambientes com elevadas concentrações salinas (geralmente Na+ e Cl-). Muitas halófitas apresentam mecanismos de exclusão de Na+ e Cl- em estruturas morfológicas como glândulas secretoras e pêlos vesiculares (FERNANDES et al., 2010). As glândulas secretoras são estruturas presentes na epiderme e consistem de células basais altamente cutinizadas, enquanto que, as células excretoras propriamente ditas se apresentam, praticamente, livres de cutina. Glicófitas: não têm a mesma resistência aos sais no mesmo grau que as halófitas. A alface, o milho, a cebola e o feijoeiro são exemplos de espécies cultivadas que são altamente sensíveis ao sal. Já o algodão e a cevada são moderadamente tolerantes, e a beterraba, por exemplo, é altamente tolerante ao sal. Os solutos que estão disponíveis na região das raízes geram um potencial osmótico baixo, o que diminui o potencial hídrico do solo. Desta forma, o balanço hídrico das plantas é afetado, pois as folhas precisam de um potencial hídrico muito mais baixo para se desenvolverem, a fim de manter um gradiente “para baixo” de potencial hídrico entre o solo e as folhas. A elevada concentração de solutos no solo provoca um déficit hídrico, devido a redução do potencial osmótico. A diferença entre os ambientes de baixo potencial hídrico devido a salinidade versus dessecação do solo é a quantidade de água disponível. Durante o processo de dessecação do solo, a planta pode obter uma quantidade limitada de água, e isso causa um decréscimo no seu potencial hídrico. Na maioria dos ambientes salinos, a quantidade de água disponível é grande, mas o potencial hídrico é baixo e constante. Efeitos de toxicidade iônica: são efeitos específicos que ocorrem nas plantas, quando concentrações prejudiciais de íons, como Na+ e Cl- , se acumulam nas células. Por exemplo, sob condições não salinas, o citosol das células de plantas superiores contém de 100 a 200 mM de K+ e de 1 a 10 mM de Na+, ou seja, é um ambiente iônico onde muitas enzimas encontram o seu ponto ótimo. Porém, numa razão alta de Na+ para K+, além de concentrações altas de sais totais, as enzimas são inativadas e a síntese proteica é inibida. Estratégias para evitar os danos pelo sal: as plantas conseguem minimizar os danos pelo sal ao excluí-lo dos meristemas, em particular da parte aérea, e das folhas que estão se expandindo e fotossintetizando. Em plantas que são sensíveis ao sal, a resistência a níveis moderados de sal vai depender da capacidade das raízes de evitar que esses íons prejudiciais cheguem às partes aéreas. Por exemplo, as estrias de Caspary oferecem uma restrição ao movimento dos íons para o xilema, pois ao desviarem das estrias de Caspary, os íons devem se mover do apoplasto para a rota simplástica, atravessando as membranas celulares, e essa transição é um mecanismo para excluir parcialmente os íons prejudiciais. o Plantas de mangue: crescem em ambientes salinos com abundante suprimento hídrico. Necessitam realizar balanços osmóticos para obter água do ambiente externo com baixo potencial hídrico. As células vegetais podem ajustar seu potencial hídrico em resposta ao estresse osmótico, através do decréscimo do potencial de soluto. Dois processos intracelulares podem contribuir para esse decréscimo: acumulação de íons no vacúolo e síntese de solutos compatíveis (glicina, prolina, sacarose...) no citosol. o Além de ajustes no potencial hídrico, as plantas podem se submeter a outras mudanças, como reduzir a área foliar ou perder folhas por abscisão, principalmente em episódios de estresse osmótico. Além da aclimatação a ambiente com baixo potencial hídrico, as plantas sob estresse salino precisam fazer frente à toxicidade de altas concentrações iônicas nesses ambientes. Exclusão de íons: levando em consideração a energia metabólica, o uso de íons para o balanço do potencial hídrico em um ambiente salino tem um custo energético menor para a planta do que o uso de carboidratos ou aminoácidos, cuja produção tem um alto custo energético. Entretanto, altas concentrações de íons podem ser tóxicas para muitas enzimas citosólicas, de modo que esses íons devem ser armazenados no vacúolo, para minimizar essas concentrações tóxicas no citosol. o NaCl é o sal mais abundante encontrado por plantas sob estresse salino. Os sistemas de transporte de Na+ para o vacúolo são críticos. Tanto o Ca2+ quanto o K+ afetam as concentrações intracelulares de Na+. Sob as altas concentrações de Na+, a absorção de K+ é inibida (por meio de um transportador com alta afinidade a K+-Na+, o HKT1, e esse transportador opera como um sistema de absorção de Na+). O cálcio aumenta a seletividade K+/Na+ e, assim, aumenta a tolerância ao sal. Transporte de sódio: a atividade das bombas H+ (fornecem a força motora para o transporte secundário de íons) e ATPase são necessárias para o transporte secundário do excesso de íons, associado a resposta das plantas ao estresse salino. A atividade dessas bombas é aumentada pela salinidade, e parte dessa super regulação pode ser atribuída à expressão gênica induzida. O transporte de Na+ energia-dependente do citosol de células vegetais é mediado por um produto do gene SOS1, que funciona como um transportador de Na+-H+ do tipo antiporte. O transportador de SOS1 do tipo antiporte é regulado pelos produtos gênicos de, pelo menos, dois outros genes: SOS2 e SOS3. O SOS2 é uma serina/treonina quinase, aparentemente ativada por cálcio através da função de SOS3, que é uma fosfatase regulada pelo cálcio. Portanto, a compartimentação vacuolar de Na+ resulta, em parte, da atividade de uma família de transportadores. 2. DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO A deficiência de oxigênio é típica de solos inundados. Ela reduz o crescimento e a sobrevivência de muitas espécies. Por outro lado, plantas de pântanos e de cultivos, como o arroz, estão bem adaptadas a resistir deficiência de oxigênio no ambiente de suas raízes. A maioria dos tecidos de plantas superiores não pode sobreviver anaerobicamente, mas alguns órgãos, como o embrião e o coleóptilo do arroz, podem sobreviver por semanas sob condições anóxicas. Em geral, as raízes obtém oxigênio para respiração aeróbica diretamentedo espaço gasoso no solo. Os poros preenchidos por gás, em um solo bem estruturado e drenado permitem a difusão do oxigênio gasoso para profundidades de vários metros, portanto a concentração de O2 profunda no solo é semelhante à do ar úmido. Porém, o solo pode se tornar inundado, quando é pobremente drenado ou quando a irrigação e chuvas são excessivas. A água preenche os poros e bloqueia a difusão de oxigênio gasoso. A difusão de O2 passa a ser tão lenta, que apenas poucos centímetros de solo próximos à superfície permanecem oxigenados. Quando as temperaturas estão baixas e as plantas estão dormentes, o esgotamento de O2 é lento e as consequências são praticamente inofensivas. Mas quando as temperaturas estão altas, o consumo de O2 pelas raízes, fauna do solo e microrganismos podem exaurir o O2 da água do solo rapidamente. Plantas sensíveis à inundação: são danificadas severamente em 24 horas de anoxia (falta de O2). O crescimento e sobrevivência de muitas espécies são bastante prejudicados. Por exemplo, a produtividade de ervilhas de jardim, pode ser reduzida pela metade em 24 horas de inundação. Plantas tolerantes à inundação: podem superar temporariamente a anoxia, mas não por períodos superiores a poucos dias. Vegetação em terras úmidas: a vegetação encontrada em terras úmidas como pântanos e charcos, e cultivos de arroz, estão bem adaptados a resistir à deficiência de O2 no ambiente das raízes. As plantas de terras úmidas crescem e sobrevivem durante períodos superiores a meses com seus sistemas de raízes em condições anóxicas. Grande parte destas plantas possuem adaptações especiais, que permitem que O2 disponível em ambientes próximos chegue aos tecidos mantidos sob condições anóxicas. Organismos anaeróbicos são ativos em solos saturados de água: os microrganismos de solo anaeróbico obtém sua energia da redução de nitrato a nitrito ou a óxido nitroso e nitrogênio molecular. O óxido nitroso e nitrogênio molecular são perdidos para a atmosfera, pelo processo de desnitrificação. Como as condições se tornam mais redutoras, os anaeróbios reduzem Fe3+ a Fe2+, e por ser mais solúvel, o Fe2+ pode elevar-se a concentrações tóxicas, quando alguns solos permanecem em condições anaeróbicas por muito tempo. Outros anaeróbios podem reduzir sulfato a sulfeto de hidrogênio, que é um veneno respiratório. Quando os anaeróbios possuem muito substrato orgânico, os metabólitos bacterianos, como o ácido acético, são liberados para a água do solo, que em conjunto com os compostos de enxofre reduzidos são responsáveis pelo odor desagradável de solo inundado. Todas essas substâncias em altas concentrações são tóxicas para as plantas. Raízes em ambientes anóxicos: o metabolismo e taxa de respiração das raízes são atingidos antes de o oxigênio ser esgotado do seu ambiente. Pressão de oxigênio crítica (COP): aquela em que a taxa de respiração é primeiro retardada devido à deficiência de O2. Por exemplo, a COP do ápice da raiz de milho que cresce em uma solução bem nutrida e ventilada é de cerca 0,20 atmosferas (20% de O2 por volume). Em zonas mais velhas da raiz, onde as células estão maduras e vacuoladas e a taxa de respiração é mais baixa, a COP pode se situar na faixa de 0,1 a 0,05 atmosferas. Quando as concentrações de O2 estão abaixo da COP, o centro da raiz se torna anóxico (completamente carente de oxigênio) ou hipóxico (parcialmente carente de oxigênio). A COP é baixa quando a velocidade da respiração é reduzida sob baixas temperaturas, mas também depende do volume do órgão e firmeza em que as células estão dispostas. Os frutos grandes e volumosos, por exemplo, são capazes de permanecer totalmente aeróbicos, por causa dos espaços intercelulares grandes que facilitam a difusão gasosa. Para células únicas, uma pressão parcial de 0,01 atmosferas pode ser adequada, pois a difusão por curtas distâncias permite um suprimento adequado das mitocôndrias, já que seria o suficiente para manter a fosforilação oxidativa. A grande diferença de valores de COP de um órgão ou tecido e as exigências de O2 pelas mitocôndrias acontecem devido a difusão lenta de O2 dissolvido no meio aquoso. o Na ausência de O2, o transporte de elétrons e a fosforilação oxidativa na mitocôndria cessam, o ciclo de Krebs não pode operar e o ATP é produzido apenas por fermentação. Dessa forma, quando o suprimento de O2 é insuficiente para a respiração aeróbica, as raízes primeiramente começam a fermentar piruvato a lactato (através da enzima lactato desidrogenase: LDH). No ápice da raiz do milho, por exemplo, a fermentação do lactato é transitória, porque o pH intracelular é reduzido rapidamente, levando a mudança de fermentação do lactato para a fermentação do etanol (isso ocorre devido as diferentes ótimos de pH das enzimas citosólicas envolvidas no processo). Em um pH ácido, a LDH é inibida e a piruvato descarboxilase é ativada. Daí, o rendimento líquido de ATP na fermentação é de apenas 2 moles por mol de hexose respirada, sendo que na respiração aeróbica, o saldo é de 36 moles de ATP por mol de hexose. Assim, a deficiência de O2 causa um dano metabólico às raízes, que se origina pela falta de ATP para governar os processos metabólicos essenciais. Exemplo: em células saudáveis, os conteúdos vacuolares são mais ácidos que o citoplasma. Mas em condições de extrema deficiência de oxigênio, os prótons saem do vacúolo para o citoplasma, e essas mudanças no pH (acidose citosólica) estão associadas a morte celular. Esse gradiente normal de pH entre o citosol e o vacúolo não pode ser mantido, pois não há atividade da ATPases, já que o transporte ativo de H+ para o vacúolo pelas ATPases é lento devido a falta de ATP. O ritmo e grau que limitam a acidose citosólica são os fatores primários que distinguem as espécies sensíveis das tolerantes à inundação. Parte aérea: a falta de energia em raízes anóxicas ou hipóxicas impede a sustentação de processos fisiológicos dos quais dependem as partes aéreas. Exemplo: a deficiências das raízes de trigo em absorver íons de nutrientes e transportá-los para o xilema, e daí para a parte aérea, leva à escassez de íons nos tecidos em desenvolvimento e em expansão. As folhas velhas senescem prematuramente por causa da realocação de elementos móveis (N, P, K) no floema para as folhas jovens. o Em algumas espécies, como a ervilha, a inundação induz o fechamento dos estômatos, sem mudanças aparentes no potencial hídrico da folha. A escassez de O2 nas raízes, da mesma forma que o déficit hídrico ou altas concentrações de sais, pode estimular a produção de ABA (ácido abscísico) e o seu movimento para as folhas. Mas o fechamento estomático sob estas condições pode ser atribuído principalmente à produção adicional de ABA pelas folhas mais velhas, localizadas mais abaixo. Estas folhas murcham e exportam seu ABA para as folhas túrgidas mais jovens, levando ao fechamento estomático. Órgãos submersos: a vegetação de terra úmida está bem adaptada a crescer por longos períodos em solo saturado de água, mesmo quando as partes aéreas estão em parte submersas, suas espécies crescem vigorosamente e sem sinal de estresse. Exemplo: no nenúfar, a submersão captura etileno endógeno e o hormônio estimula o alongamento celular do pecíolo, se estendendo até a superfície da água, de modo que a folha é capaz de alcançar o ar. Na Potamogeton pectinatus, o alongamento do caule é insensível ao etileno, em vez disso, o alongamento é promovido por condições anaeróbias, por acidificação da água circunjacente causada pela acumulação de CO2 respiratório. Na maioria das plantas de terras úmidas e em muitas plantas que se aclimatam bem às condiçõesúmidas, o caule e as raízes desenvolvem canais preenchidos de ar que são interconectados longitudinalmente e oferecem uma rota de baixa resistência para o movimento do oxigênio e outros gases. Esses gases entram pelos estômatos ou lenticelas em caules e raízes lenhosos e se deslocam por difusão molecular ou convecção movida por pequenos gradientes de pressão. o Aerênquima: tecido constituído por espaços proeminentes preenchidos de ar presente em muitas plantas de terras úmidas, e é desenvolvido nas raízes independentemente de estímulos ambientais. Todavia, em plantas que não ocorrem em ambientes úmidos, a deficiência de O2 pode induzir a formação de aerênquima na base do caule e em raízes novas. Exemplo: no ápice da raiz do milho, a hipóxia estimula a atividade da ACC sintase e ACC oxidase, fazendo com que ACC e etileno sejam produzidos mais rapidamente. O etileno provoca a morte e desintegração de células no córtex da raiz. Os locais que eram ocupados por essas células propiciam os vazios preenchidos de ar que facilitam o movimento de O2. Porém, essa morte celular causada pelo etileno é seletiva: as células da raiz não destinadas a morrer não são afetadas. Morte celular programada: morte celular etileno-dependente em resposta à hipóxia --- elevação da concentração de Ca2+ no citosol é considerada parte da rota de transdução de sinal do etileno, levando à morte celular. As substâncias químicas que elevam a concentração de Ca2+ no citosol promovem a morte celular sob condições não indutoras. Já as substâncias que diminuem essa concentração de Ca2+ bloqueiam a morte celular em raízes hipóxias que normalmente formariam aerênquima. Algumas plantas podem tolerar exposições a condições estritamente anaeróbicas por um longo período (semanas ou meses), antes de desenvolver aerênquima: embrião e o coleóptilo do arroz e do capim-arroz, rizomas do junco-gigante, etc. Os rizomas podem sobreviver por vários meses e expandir suas folhas em uma atmosfera anaeróbica. Na natureza, os rizomas hibernam na lama anaeróbica das margens dos lagos e na primavera, com as folhas já expandidas acima da lama, pelo aerênquima, o O2 se difunde para baixo em direção ao rizoma. Assim, o metabolismo passa de um processo anaeróbico para um aeróbico e as raízes começam a crescer usando o O2 disponível. Com a extensão da raiz em direção ao solo deficiente em O2, a formação subapical do aerênquima permite movimento do oxigênio no interior da raiz para suprir a zona apical. Em raízes de arroz, por exemplo, as barreiras compostas de células suberizadas e lignificadas impedem a difusão de O2 para fora, em direção ao solo, assim, o O2 retido supre o meristema apical e permite o crescimento avançar cerca de 50cm ou mais em direção ao solo anaeróbico. Já as raízes de espécies de ambientes não úmidos não conseguem atingir profundidades um pouco maiores em solo anaeróbico, pois há a saída de O2, de modo que o O2 disponível no ápice das raízes é insuficiente para respiração aeróbica. A maioria dos tecidos de plantas superiores não pode ter sobrevivência prolongada sob condições anaeróbicas. Sob anóxia, uma quantidade pequena de ATP é gerada lentamente por fermentação, mas o status energético das células declina durante a acidose citosólica. A aclimatação a uma condição anaeróbia está associada à expressão de genes que codificam muitas das proteínas de estresse anaeróbico. Também é melhorada a capacidade de realizar fermentação etanólica sob anóxia (produz ATP para manter algum metabolismo em funcionamento), de modo que há uma melhora na capacidade de transportar lactato do citosol para o meio externo, minimizando a acidose citosólica. Estratégias de órgãos para suportar anóxia crônica: controle do pH citosólico, geração continuada de ATP por meio da glicólise e fermentação, armazenamento suficiente de reserva para a respiração anaeróbica durante períodos prolongados. Sugere-se que a síntese de alanina e sucinato consome prótons e minimiza a acidose citosólica. Quando as raízes de milho são submetidas à anoxia, a síntese de proteínas cessa, exceto para a produção continuada de 20 polipeptídeos. Essas proteínas de estresse anaeróbico, na sua maioria, têm sido identificadas como enzimas das rotas da glicólise e da fermentação. O mecanismo envolvido na sensação de níveis de oxigênio reduzido ainda não são claros. Sabe-se que após o decréscimo dos níveis de O2, os níveis de Ca 2+ se elevam, sugerindo que o sinal do cálcio está envolvido na transdução do sinal de anoxia.
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