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MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E TIPOS DE MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA A aprendizagem Todos os ambientes oferecem uma discriminação entre comportamentos desejáveis e comportamentos indesejáveis; Os ambientes também tendem a recompensar os comportamentos adequados e a punir os comportamentos inadequados; Os seres humanos tendem a se comportar de modo a se aproximar do prazer (tendências hedonistas) e a evitar o desprazer (sofrimento). O processo de internalização/socialização mostra aos seres humanos quais os comportamentos que geram a recompensa e quais os que são punidos. 2 Motivação Intrínseca Refere-se à propensão interna da pessoa, que surge espontaneamente, em se comprometer com seus próprios interesses, exercitar suas próprias capacidades. Vinculada às necessidades psicológicas de autonomia e competência. Quando as necessidades psicológicas são satisfeitas, geram sensação de bem-estar e alimentam a MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA. Vinculada à satisfação de realização da atividade em si. Ex.: leitura, pintura, resolver um desafio, etc. 3 Motivação Extrínseca Nem sempre as pessoas conseguem gerar a sua motivação a partir de si mesmas; As pessoas voltam-se para o ambiente em busca de uma motivação externa (EXTRÍNSECA): Incentivo externo com o objetivo de viabilizar um determinado comportamento; Exemplos: notas, elogios, remuneração, risco de desemprego, etc. Surgem de alguma consequência proveniente do meio e distinta da atividade em si. Ex.: “Faça aquilo e receberá isto”; “O que eu ganho com isto?” 4 Motivação intrínseca ≠ Motivação extrínseca Diferença na fonte que energiza e direciona o comportamento. Motivação intrínseca: surge das necessidades psicológicas e da satisfação espontânea que a atividade oferece; Motivação extrínseca: surge dos incentivos e das consequências do comportamento. 5 Funcionamento da Motivação Extrínseca Condicionamento operante: modo como a pessoa aprende a operar de modo eficiente no seu ambiente. Adotar comportamentos que PRODUZEM consequências atrativas; Adotar comportamentos que PREVINEM/EVITAM consequências desagradáveis. 6 Tipos de motivação extrínseca INCENTIVOS – precedem o comportamento; excitam ou inibem a iniciação do comportamento. CONSEQUÊNCIAS – sucedem o comportamento; aumentam ou diminuem a persistência do comportamento. 7 INCENTIVOS Evento ambiental que atrai para um comportamento ou a repele para longe; POSITIVO: sorriso, companhia de amigos, aroma atraente, pagamento, etc; NEGATIVO: careta, presença de inimigos, aroma desagradável, etc. NÃO causam o comportamento, mas AFETAM a PROBABILIDADE de sua ocorrência. PISTA SITUACIONAL que assinala se o comportamento terá consequências compensadoras ou punitivas (que á aprendida através da experiência no mundo). 8 CONSEQUÊNCIAS Tipos: Positivo Reforço Negativo Punição 9 REFORÇO POSITIVO Estímulo ambiental que, quando apresentado, aumenta a probabilidade futura de ocorrência do comportamento desejado. Exemplos: dinheiro, elogio, atenção, notas da escola, bolsas de estudos, comida, troféu, reconhecimento público e privilégios. 10 REFORÇO POSITIVO Definições: (segundo a análise motivacional) Estímulo que diminui o impulso. Ex. FOME; Estímulo que diminui a excitação. Ex. ansiolítico para acalmar a ansiedade; Estímulo que intensifica a excitação. Ex. concerto de Rock; Objeto ambiental atraente. Ex. dinheiro; Estimulação cerebral hedonicamente prazerosa. Oportunidade de realizar um comportamento habitual. Ex. realizar o dever de casa para depois ver televisão. 11 REFORÇO NEGATIVO Estímulo ambiental que, quando removido, aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento desejado. São caracterizados como estímulos AVERSIVOS e IRRITANTES. Motivam os comportamentos de FUGA e EVITAÇÃO. Exemplos: barulho do despertador, lamúrias, reclamações, choro de bebê, policiamento, prazos a serem cumpridos, dor, latidos e miados incessantes. 12 PUNIÇÕES Estímulo ambiental que, quando apresentado, diminui a probabilidade de ocorrência do comportamento indesejado. Tem como objetivo CONTROLAR o comportamento do indivíduo. Exemplos: críticas, encarceramentos, exposição ao ridículo público. 13 Motivos para a utilização da punição Para impedir a ocorrência de comportamentos indesejáveis no futuro; Para que o indivíduo obedeça imediatamente e não repita os comportamentos indesejáveis; Para fazer com que alguém “receba o que merece” – servindo como uma espécie de justiça; Para exprimir um estado emocional negativo (raiva, frustração, etc); Para fazer alguma coisa a respeito do comportamento indesejável (e na impossibilidade de fazer algo melhor) 14 14 A Punição Funciona? Pesquisas mostram que a punição é ineficiente no objetivo de retirar o comportamento indesejável; A punição pode gerar “efeitos colaterais”: Emocionalidade negativa: choro, gritaria, medo; Danos na relação entre que pune e quem é punido; Modelagem inadequada para o enfrentamento de comportamento indesejável em outras pessoas. O castigo físico (surra) traz mais efeitos negativos que positivos 15 Castigo físico Consequência Pretendida (curto prazo) Obediência Imediata Consequência Indesejada (Longo prazo) Na infância: Agressividade exacerbada; Comportamento anti-social: roubo, consumo de drogas; Saúde Mental deficiente: depressão, falta de própósito na vida; Internalização moral deficiente; Qualidade deficiente na relação entre pais e filhos; Vítimas de abuso físico 16 Castigo Físico Consequências indesejadas (longo prazo) Adultos: Agressividade exacerbada; Saúde Mental deficiente: depressão, alcoolismo; Autoria de abusos na criação dos próprios filhos; Comportamento criminoso e anti-social. 17 Custos ocultos das recompensas A imposição de uma recompensa extrínseca em uma atividade motivada intrinsecamente, enfraquece a motivação intrínseca. Ou seja, a recompensa não é positiva quando há uma motivação intrínseca com relação a um determinado comportamento. O Lócus de causalidade deixa de ser percebido como interno e gradativamente tende a ser percebido como externo. Diminuem a capacidade a longo prazo da auto-regulação autônoma de um comportamento. Ex. comportamento autônomos, se recompensados, aos poucos deixam de ser autônomos e passam a ser condicionados pela recompensa. 18 Recompensas esperadas – enfraquecem a motivação; Recompensas inesperadas – não possuem este efeito; Recompensas tangíveis (dinheiro, brinquedo, etc.) – tendem a enfraquecer a motivação intrínseca; Recompensas verbais (elogio), simbólicas ou abstratas – não diminuem a motivação intrínseca. 19 Teoria da Avaliação Cognitiva Eventos externos como incentivos e consequências (motivação extrínseca) tem como objetivo: MOLDAR, INFLUENCIAR ou CONTROLAR o comportamento do outro, ou seja, estimular comportamentos desejáveis; (afeta a necessidade de autonomia) Servem de FEEDBACK que informa à pessoa sua competência na tarefa que realizou. (afeta a necessidade de competência) 20 Proposição 1 – O evento externo tem o objetivo de controlar comportamento da pessoa? Não – a autonomia e a motivação intrínseca permanecem intactas; Sim – a autonomia e a motivação intrínseca serão afetadas à medida que a motivação extrínseca for substituindo a motivação intrínseca. Proposição 2 – O evento extrínseco tem o objetivo de informar a pessoa a competência que ela sente? Eventos que aumentam a competência percebida aumentam a motivação intrínseca e o contrário enfraquecem a motivação. 21 Proposição 3 – O propósito de apresentação de um evento externo é controlar o seu comportamento ou informar-lhe sobre sua competência? Os incentivos e as consequências devem focalizar a tenção não só em como o evento extrínseco afeta o COMPORTAMENTO, mas em como afeta as NECESSIDADES PSICOLÓGICAS das pessoas 22 Motivação intrínseca diminui Controlar o Comportamento Motivação extrínseca aumenta Evento externo Informação POSITIVA: a competência e a Motivação intrínseca aumentam Informar sobre A competência Informação NEGATIVA: a competência e a Motivação intrínseca diminuem 23 Um mesmo evento externo pode aplicado de maneira controladora ou informativa. Elogio: Controladora: “excelente trabalho, você fez como deveria ter feito”; “você fez o que era bom que você fizesse”; Informativa da competência: “excelente trabalho”; “sua produtividade melhorou 10%”. Competição: Quando o importante é a vitória: diminui a motivação intrínseca; Quando o importante não é a consequência da vitória (troféu, bolsas de estudo): o evento serve como informativo da competência e aumenta a motivação intrínseca. 24 Os Benefícios dos Facilitadores da Motivação Intrínseca A promoção da motivação intrínseca acarreta em: Persistência; Criatividade; Melhoria da compreensão conceitual/ aprendizagem de alta qualidade; Bem-estar. 25 Teoria da Auto-determinação Existem três tipos de motivação que variam gradativamente na sua auto-determinação e no lócus de causalidade percebido: Falta de motivação: Motivação intrínseca Motivação extrínseca 26 Falta de motivação Lócus de causalidade: Impessoal Não há motivação intrínseca ou extrínseca; Sensação de falta de controle sobre o meio/ incompetência 27 Tipos de Motivação Extrínseca Regulação Externa: os comportamentos são regulados pela recompensa recebida. Ex. “eu estudo para tirar nota boa na prova, e não porque gosto”; Regulação Introjetada: implica em obedecer, mas não necessariamente aceitar ou aprovar por si próprio as demandas situacionais. Ocorre em função da culpa ou da “Tirania do dever”; Regulação Identificada: representa a motivação extrínseca internalizada e autodeterminada. A pessoa aceita voluntariamente uma determinada forma de comportamento porque acredita ser importante ou útil; Regulação Integrada: transferência completa dos valores e comportamentos identificados para dentro do SELF. 28 Motivação Extrínseca Lócus de causalidade Processos Regulatórios Externo Externo: obediência, punição, recompensa Pouco externo Introjetado: autocontrole, envolvimento do ego, punição e recompensas internas Pouco Interno Identificada: importância pessoal, valorização consciente Interno Integrada: congruência, preocupação, síntese com o SELF 29 Motivação Intrínseca Lócus de causalidade: Interno Regulação: intrínseca Processos regulatórios: interesse, alegria, satisfação inerente 30
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