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MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E TIPOS DE MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA

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MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E TIPOS DE MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA
A aprendizagem
Todos os ambientes oferecem uma discriminação entre comportamentos desejáveis e comportamentos indesejáveis;
Os ambientes também tendem a recompensar os comportamentos adequados e a punir os comportamentos inadequados;
Os seres humanos tendem a se comportar de modo a se aproximar do prazer (tendências hedonistas) e a evitar o desprazer (sofrimento).
O processo de internalização/socialização mostra aos seres humanos quais os comportamentos que geram a recompensa e quais os que são punidos.
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Motivação Intrínseca
Refere-se à propensão interna da pessoa, que surge espontaneamente, em se comprometer com seus próprios interesses, exercitar suas próprias capacidades.
Vinculada às necessidades psicológicas de autonomia e competência.
Quando as necessidades psicológicas são satisfeitas, geram sensação de bem-estar e alimentam a MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA.
Vinculada à satisfação de realização da atividade em si. Ex.: leitura, pintura, resolver um desafio, etc.
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Motivação Extrínseca
Nem sempre as pessoas conseguem gerar a sua motivação a partir de si mesmas;
As pessoas voltam-se para o ambiente em busca de uma motivação externa (EXTRÍNSECA):
Incentivo externo com o objetivo de viabilizar um determinado comportamento;
Exemplos: notas, elogios, remuneração, risco de desemprego, etc.
Surgem de alguma consequência proveniente do meio e distinta da atividade em si. 
	Ex.: “Faça aquilo e receberá isto”; “O que eu ganho com isto?”
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Motivação intrínseca 
≠
Motivação extrínseca 
Diferença na fonte que energiza e direciona o comportamento.
Motivação intrínseca: surge das necessidades psicológicas e da satisfação espontânea que a atividade oferece;
Motivação extrínseca: surge dos incentivos e das consequências do comportamento.
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Funcionamento da Motivação Extrínseca
Condicionamento operante: modo como a pessoa aprende a operar de modo eficiente no seu ambiente.
Adotar comportamentos que PRODUZEM consequências atrativas;
Adotar comportamentos que PREVINEM/EVITAM consequências desagradáveis.
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Tipos de motivação extrínseca
INCENTIVOS – precedem o comportamento; excitam ou inibem a iniciação do comportamento.
CONSEQUÊNCIAS – sucedem o comportamento; aumentam ou diminuem a persistência do comportamento.
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INCENTIVOS
Evento ambiental que atrai para um comportamento ou a repele para longe;
POSITIVO: sorriso, companhia de amigos, aroma atraente, pagamento, etc;
NEGATIVO: careta, presença de inimigos, aroma desagradável, etc.
NÃO causam o comportamento, mas AFETAM a PROBABILIDADE de sua ocorrência.
PISTA SITUACIONAL que assinala se o comportamento terá consequências compensadoras ou punitivas (que á aprendida através da experiência no mundo).
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CONSEQUÊNCIAS
Tipos: 
				Positivo
	Reforço
				Negativo
	Punição
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REFORÇO POSITIVO
Estímulo ambiental que, quando apresentado, aumenta a probabilidade futura de ocorrência do comportamento desejado.
Exemplos: dinheiro, elogio, atenção, notas da escola, bolsas de estudos, comida, troféu, reconhecimento público e privilégios.
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REFORÇO POSITIVO
 Definições: (segundo a análise motivacional)
Estímulo que diminui o impulso. Ex. FOME;
Estímulo que diminui a excitação. Ex. ansiolítico para acalmar a ansiedade;
Estímulo que intensifica a excitação. Ex. concerto de Rock;
Objeto ambiental atraente. Ex. dinheiro;
 Estimulação cerebral hedonicamente prazerosa. 
Oportunidade de realizar um comportamento habitual. Ex. realizar o dever de casa para depois ver televisão.
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REFORÇO NEGATIVO
Estímulo ambiental que, quando removido, aumenta a probabilidade de ocorrência do comportamento desejado.
São caracterizados como estímulos AVERSIVOS e IRRITANTES. 
Motivam os comportamentos de FUGA e EVITAÇÃO.
Exemplos: barulho do despertador, lamúrias, reclamações, choro de bebê, policiamento, prazos a serem cumpridos, dor, latidos e miados incessantes.
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PUNIÇÕES
Estímulo ambiental que, quando apresentado, diminui a probabilidade de ocorrência do comportamento indesejado.
Tem como objetivo CONTROLAR o comportamento do indivíduo.
Exemplos: críticas, encarceramentos, exposição ao ridículo público.
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Motivos para a utilização da punição
Para impedir a ocorrência de comportamentos indesejáveis no futuro;
Para que o indivíduo obedeça imediatamente e não repita os comportamentos indesejáveis;
Para fazer com que alguém “receba o que merece” – servindo como uma espécie de justiça;
Para exprimir um estado emocional negativo (raiva, frustração, etc);
Para fazer alguma coisa a respeito do comportamento indesejável (e na impossibilidade de fazer algo melhor)
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A Punição Funciona?
Pesquisas mostram que a punição é ineficiente no objetivo de retirar o comportamento indesejável;
A punição pode gerar “efeitos colaterais”:
Emocionalidade negativa: choro, gritaria, medo;
Danos na relação entre que pune e quem é punido;
Modelagem inadequada para o enfrentamento de comportamento indesejável em outras pessoas.
O castigo físico (surra) traz mais efeitos negativos que positivos
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Castigo físico
Consequência Pretendida (curto prazo)
Obediência Imediata
Consequência Indesejada (Longo prazo)
Na infância:
Agressividade exacerbada;
Comportamento anti-social: roubo, consumo de drogas;
Saúde Mental deficiente: depressão, falta de própósito na vida;
Internalização moral deficiente;
Qualidade deficiente na relação entre pais e filhos;
Vítimas de abuso físico
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Castigo Físico
Consequências indesejadas (longo prazo)
Adultos:
Agressividade exacerbada;
Saúde Mental deficiente: depressão, alcoolismo;
Autoria de abusos na criação dos próprios filhos;
Comportamento criminoso e anti-social.
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Custos ocultos das recompensas
A imposição de uma recompensa extrínseca em uma atividade motivada intrinsecamente, enfraquece a motivação intrínseca.
Ou seja, a recompensa não é positiva quando há uma motivação intrínseca com relação a um determinado comportamento.
O Lócus de causalidade deixa de ser percebido como interno e gradativamente tende a ser percebido como externo.
Diminuem a capacidade a longo prazo da auto-regulação autônoma de um comportamento.
Ex. comportamento autônomos, se recompensados, aos poucos deixam de ser autônomos e passam a ser condicionados pela recompensa.
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Recompensas esperadas – enfraquecem a motivação;
Recompensas inesperadas – não possuem este efeito;
Recompensas tangíveis (dinheiro, brinquedo, etc.) – tendem a enfraquecer a motivação intrínseca;
Recompensas verbais (elogio), simbólicas ou abstratas – não diminuem a motivação intrínseca.
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Teoria da Avaliação Cognitiva
Eventos externos como incentivos e consequências (motivação extrínseca) tem como objetivo:
MOLDAR, INFLUENCIAR ou CONTROLAR o comportamento do outro, ou seja, estimular comportamentos desejáveis; (afeta a necessidade de autonomia)
Servem de FEEDBACK que informa à pessoa sua competência na tarefa que realizou. (afeta a necessidade de competência)
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Proposição 1 – O evento externo tem o objetivo de controlar comportamento da pessoa?
Não – a autonomia e a motivação intrínseca permanecem intactas;
Sim – a autonomia e a motivação intrínseca serão afetadas à medida que a motivação extrínseca for substituindo a motivação intrínseca.
Proposição 2 – O evento extrínseco tem o objetivo de informar a pessoa a competência que ela sente?
Eventos que aumentam a competência percebida aumentam a motivação intrínseca e o contrário enfraquecem a motivação.
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Proposição 3 – O propósito de apresentação de um evento externo é controlar o seu comportamento ou informar-lhe sobre sua competência?
Os incentivos e as consequências devem focalizar a tenção não só em como o evento extrínseco afeta o COMPORTAMENTO, mas em como afeta as NECESSIDADES PSICOLÓGICAS das pessoas
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Motivação intrínseca diminui
Controlar o 
Comportamento		
Motivação extrínseca aumenta
Evento externo
Informação POSITIVA: a competência e a Motivação intrínseca
aumentam
Informar sobre
A competência
Informação NEGATIVA: a competência e a Motivação intrínseca diminuem
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Um mesmo evento externo pode aplicado de maneira controladora ou informativa.
Elogio:
Controladora: “excelente trabalho, você fez como deveria ter feito”; “você fez o que era bom que você fizesse”;
Informativa da competência: “excelente trabalho”; “sua produtividade melhorou 10%”.
Competição: 
Quando o importante é a vitória: diminui a motivação intrínseca;
Quando o importante não é a consequência da vitória (troféu, bolsas de estudo): o evento serve como informativo da competência e aumenta a motivação intrínseca.
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Os Benefícios dos Facilitadores da Motivação Intrínseca
A promoção da motivação intrínseca acarreta em:
Persistência;
Criatividade;
Melhoria da compreensão conceitual/ aprendizagem de alta qualidade;
Bem-estar.
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Teoria da Auto-determinação
Existem três tipos de motivação que variam gradativamente na sua auto-determinação e no lócus de causalidade percebido:
Falta de motivação:
Motivação intrínseca
Motivação extrínseca
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Falta de motivação
Lócus de causalidade: Impessoal
Não há motivação intrínseca ou extrínseca;
Sensação de falta de controle sobre o meio/ incompetência
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Tipos de Motivação Extrínseca
Regulação Externa: os comportamentos são regulados pela recompensa recebida. Ex. “eu estudo para tirar nota boa na prova, e não porque gosto”;
Regulação Introjetada: implica em obedecer, mas não necessariamente aceitar ou aprovar por si próprio as demandas situacionais. Ocorre em função da culpa ou da “Tirania do dever”;
Regulação Identificada: representa a motivação extrínseca internalizada e autodeterminada. A pessoa aceita voluntariamente uma determinada forma de comportamento porque acredita ser importante ou útil;
Regulação Integrada: transferência completa dos valores e comportamentos identificados para dentro do SELF.
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Motivação Extrínseca
Lócus de causalidade		Processos Regulatórios
Externo				Externo: obediência, 						punição, recompensa
Pouco externo			Introjetado: autocontrole,					envolvimento do ego, punição e 					recompensas internas 	
Pouco Interno			Identificada: importância 					pessoal, valorização consciente
Interno				Integrada: congruência, 						preocupação, síntese com o 						SELF
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Motivação Intrínseca
Lócus de causalidade: Interno
Regulação: intrínseca
Processos regulatórios: interesse, alegria, satisfação inerente
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