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Necessidades Fisiológicas

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Necessidades Fisiológicas
Necessidade
É uma condição qualquer que ocorre na pessoa e que é essencial ou necessária à sua vida, a seu crescimento e a seu bem-estar. É gerada por um desequilíbrio.
Quando as necessidades são satisfeitas, nosso bem-estar é conservado e acentuado; 
Se a necessidade é negligenciada ou frustrada, pode produzir danos que desequilibram nosso bem-estar biológico ou psicológico. 
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Os danos e a produção das necessidades
Se os danos podem afetar o corpo, surgem das necessidades fisiológicas que, se não saciadas, podem acarretar a danificação dos tecidos e dos recursos os corporais.
Fome
Sede
Sexo
Se os danos podem afetar o "self”, surgem das necessidades psicológicas que afetam seu desenvolvimento, crescimento e adaptação no mundo.
Autodeterminação
Competência
Relacionamento
Se os danos estão relacionados com a nossa relação com o mundo social, podem acarretar as necessidades sociais de preservação das identidades, das crenças, dos valores e das relações interpessoais : realização, afiliação, intimidade e poder
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Tal desequilíbrio geram os estados motivacionais que fornecem o ímpeto para agirmos antes de ocorrerem danos ao nosso bem-estar psicológico e corporal.
TODAS AS NECESSIDADES GERAM ENERGIA. 
O que diferencia seus tipos são os seus efeitos direcionais sobre o comportamento. 
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Necessidade Fisiológica
Uma necessidade fisiológica relaciona-se com o nosso corpo. 
As necessidades fisiológicas envolvem sistemas biológicos, tais como os circuitos neurais cerebrais, os hormônios e os órgãos do corpo. 
O corpo possui diversos guias de auto-regulação que, quando perturbados ou rejeitados ocorre uma elevação dos estados motivacionais. Esses estados motivacionais irão continuar e intensificar até que o indivíduo aja de modo a corrigir os guias reguladores que foram perturbados.
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As necessidades fisiológicas, os sistemas biológicos, os estados motivacionais e o comportamento atuam em comum acordo com os outros, de modo a fazer com que o indivíduo alcance uma regulação fisiológica estável (homeostase).
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Estado Motivacional decorrente de deficiência: surge a partir de um déficit ou privação. Ex.: 10h sem alimentação
ansiedade, frustração, dor, estresse e alívio
Estado Motivacional decorrente de crescimento: direcionamento do comportamento de modo a produzir avanços. Ex.: buscar desafios, melhorar as relações interpessoais 
interesse, diversão, vitalidade
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Fundamentos da Regulação
Clark Hull e a Teoria do Impulso: a motivação seria de base biológica a partir de um déficit fisiológico. Tal défict criaria um estado de tensão que se acumularia e intensificaria até o ponto de “chamar” toda a atenção do indivíduo para a sua satisfação, gerando o IMPULSO psicológico.
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Tal IMPULSO psicológico direciona a MOTIVAÇÃO para um determinado COMPORTAMENTO a partir da aprendizagem por INCENTIVOS que geram PRAZER e DESPRAZER (AFETOS). 
O PRAZER tende a estar associado a estímulos que aumentam nossa capacidade de sobreviver ou a capacidade de sobreviver da nossa prole (fome, sede, sexo).
Consequências dolorosas ou frustrantes estão associadas a eventos que ameaçam nossa sobrevivência: dano físico, doença.
As consequências recompensadoras de uma ação indicam que a ação deve ser repetida. O PRAZER pode ter se desenvolvido como uma forma que o cérebro dispõe de registrar as boas e más consequências de ações passadas com o intuito de orientar as ações futuras.
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Indivíduo saciado
Desequilíbrio fisiológico gerando déficit orgânico
Intensificação do déficit produzindo estado de tensão e gerando IMPULSO psicológico
Indivíduo MOTIVADO pelo impulso é direcionado para a META
Realização de comportamento consumatório
Satisfação da necessidade, aquietando o IMPULSO e gerando estado de SACIEDADE
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Padrão cíclico de homeostase e IMPULSO
Necessidade fisiológica – condição de deficiência biológica a partir dos tecidos e pea corrente sangüínea. Se não saciados, trazem risco de vida; 
Impulso psicológico – manifestação consciente de uma necessidade fisiológica que tem propriedades motivacionais;
Homeostase - tendência/ capacidade do corpo a manter um estado estável/ de equilíbrio;
Feedback negativo – refere-se ao sistema de brecagem fisiológica do impulso , após a satisfação da necessidade.
Imputs múltiplos/ outputs múltiplos – o impulso apresenta diversos meios de ativação e possui várias formas de saída. 
	Exemplo: a SEDE pode surgir a partir de ingestão de alimentos salgados, sudorese acentuada ou doação de sangue (vários imputs); o FRIO pode ser saciado/ aquecido a partir de uma vestimenta, acendimento do aquecedor, realização de exercícios físicos (vários outputs).
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Mecanismo intra-organísmico – incluem sistemas reguladores biológicos (cérebro, sistema endócrino, órgãos do corpo) que funcionam de comum acordo para ativar, manter e cessar uma necessidade.
Mecanismo extra-organísmico (INCENTIVOS) – incluem todas as influências ambientais (cognitivas, ambientais, sociais e culturais) que atuam na ativação, manutenção e cessação do impulso psicológico.
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Sede
Nosso corpo é constituído principalmente — cerca de dois terços — de água. Quando nosso volume de água diminui cerca de 2% começamos a sentir sede. A desidratação ocorre somente depois que perdemos cerca de 3% do nosso volume de água.
 
A SEDE é o estado motivacional experimentado conscientemente que prepara nosso corpo para executar comportamentos necessários para reabastecer o déficit de água. 
A SEDE surge como uma necessidade fisiológica porque nosso corpo está continuamente perdendo água por meio da transpiração, da urina, da expiração, sangramento, do vômito e do espirro (ou seja, inputs múltiplos). Sem a reposição de água, podemos morrer dentro de aproximadamente dois dias. 
 
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Regulação Fisiológica
Dentro do corpo humano, a água é encontrada tanto nos fluidos intracelulares (água contida no interior da célula) quanto nos fluidos extracelulares (água dos fluidos de fora das células, plasma sanguíneo e fluido intersticial)
A SEDE provém de duas fontes distintas: 
Déficits intracelulares – sede osmométrica (implica na regulação da concentração de sódio, potássio e cloro) Ex.: alimentos salgados
Déficits extracelulares – sede volumétrica (implica em diminuição da pressão sanguínea)
Estudos sugerem que sede osmométrica (desidratação da células) é a principal causa de atividade da SEDE.
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Quando bebemos, a água passa da boca para o esôfago, indo em seguida para o estômago e depois para os intestinos, sendo então absorvida na corrente sanguínea. 
Estudos revelam que a Saciedade da Sede ocorre a partir do feedback negativo gerado pela boca (quantidade de goles), estômago e células (rehidratação).
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Influências Ambientais (extra-organísmicas)
1) Percepção da disponibilidade de água
2) Adesão do indivíduo a esquemas de consumo de bebida
3) Sabor: doce X amargo (influência ambiental mais importante). Estudo indicam que o sabor doce tornou-se um grande incentivo para o consumo (cultural), mas que estaria vinculado ao processo de aprendizagem onde o DOCE indicaria a qualidade/ quantidade de carboidratos necessária a manutenção da vida e o gosto AMARGO indicaria a possibilidade da substancia ser TÓXICA/VENENOSA.
4) Prescrição cultural de tomar oito copos de água por dia(esquemas de consumo de bebidas). Entretanto, não existem evidências científicas que apoiem essa sugestão porque a típica dieta de 2.000 calorias já contém o equivalente a nove copos de água. 
5) Prescrições culturais no incentivo de bebidas alcólicas e bebidas cafeínadas.
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Fome
A fome é um motivo mais complexo do que a sede. 
A regulação da fome envolve tanto processos diários a curto prazo que operam sob a regulação homeostática (p. ex., a privação e a reposição de calorias e de glicose no sangue) quanto processos a longo prazo que operam obedecendo à regulação metabólica e às condições de armazenamento de energia (p. ex.,
as células adiposas). 
A fome e o ato de comer são também afetados, e de maneira substancial, por influências cognitivas, sociais e ambientais.
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Modelos de explicação da fome
Modelo de curto prazo: no qual a energia imediatamente disponível (glicose no sangue) está sendo constantemente monitorada (hipótese glicostática) que determina o início e o término da fome e do ato de comer. 
2) Modelo é de longo prazo: no qual a energia armazenada (grande quantidade de gordura) está dispo­nível e é utilizada como um recurso para suplementar a regulação da energia monitorada pelo nível de glicose (modelo lipostático). 
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Apetite de curto prazo
A fome de curto prazo regulam o início do ato de comer, a quantidade que se come nas refeições e também o seu término. Segundo a hipótese glicostática, os níveis de açúcar no sangue são de importância fundamental para a ocorrência da fome — quando o nível de glicose cai, as pessoas sentem fome e querem comer, pois as células necessitam de glicose para produzir energia, e seu déficit (hipoglicemia) é desencadeador de FOME.
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Outros mecanismos intra-organísmicos também regulam o aumento e a diminuição da fome: percepção visual e o gosto (incentivos); alguns hormônios, temperatura corporal (quanto mais frio, mais fome), esvaziamento do estômago (com aproximadamente 60% do estômago vazio, a fome inicia). 
A aprendizagem é uma parte importante da interação entre os sinais fisiológicos de fome e os estímulos de incentivo de comer (prazer X desprazer).
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Equilíbrio de energia a longo prazo
Assim como a glicose, a gordura (tecido adiposo) também produz energia. 
Segundo a hipótese lipostática (lipo = gorduroso; estática = equilíbrio), quando a quantidade de gordura armazenada fica abaixo de seu equilíbrio homeostático, o tecido adiposo secreta hormônios para a corrente sanguínea a fim de promover motivação para ganho de peso, o que aumenta o consumo de alimento.
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Influências Ambientais (extra-organísmica)
As influências ambientais que afetam o comportamento de comer incluem a hora do dia, o estresse, e a visão, o cheiro, a aparência e o sabor da comida. 
	Por exemplo: o comportamento de comer aumenta significativamente quando um indivíduo se depara com uma grande variedade de alimentos, de nutrientes e de sabores. 
Comer é, com frequência, uma ocasião social. As pessoas comem mais quando estão na presença de outras (que também estão comendo) do que quando estão sozinhas (exemplo: crianças pequenas).
Outra influência ambiental sobre o comportamento alimentar é a pressão situacional para comer ou fazer dieta. 
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O Obesidade
Constitui-se no desvio mais comum da regulagem homeostática da alimentação.
Obesidade significa estar 30% ou mais acima do peso adequado.
O obesidade física ocorre com a mesma prevalência em ambos os sexos, mas a percepção psicológica é mais comum em mulheres (50% mulheres e 35% homens).
Considerada como um problema complexo que envolve fatores: nutricionais, metabólicos, psicológicos e sociológicos.
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Fatores que levam ao ganho de peso 
1) genético: as pessoas podem ficar obesas porque são geneticamente predispostas a metabolizar nutrientes em gordura mesmo que não comam mais do que as outras;
2) Consumo de calorias em excesso: por motivos psicológicos (tensão, ansiedade, stress, p. exemplo) ou sociológicos. 
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Programas de controle de peso
Estudos demonstram que para uma perda de peso eficiente e duradoura é necessário modificação de hábitos alimentares e prática de exercícios - devido a um senso de eficiência ou auto-controle (fator psicológico)-, do que a simples administração de medicamentos ou a mudança de comportamento mais a intervenção medicamentosa.
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Anorexia
Anorexia nervosa – perda de peso extrema e auto-imposta (pelo menos 15% do peso normal mínimo do indivíduo); possuem imagem corporal distorcida (percebem-se mais gordos do que são); incidência: cerca de 1% da população e possui 20 vezes mais chance de ocorrer em mulheres do que em homens.
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Bulimia
Caracteriza-se por episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos (rápido consumo de uma grande quantidade de comidas) seguida por tentativas de purgar o excesso por meio de vômitos ou laxantes; incidência de 5 a 10 % das população feminina.
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SEXO
Nos animais inferiores, a motivação e o comportamento sexuais ocorrem somente durante o período de ovulação das fêmeas, que secretam um ferormônio cujo odor estimula a aproximação sexual dos machos. Nos machos, uma injeção de testosterona ativa o impulso sexual. 
Neste sentido, nos animais inferiores, o sexo apresenta-se em conformidade com o processo de necessidade fisiológica cíclica : à medida que o tempo passa, a necessidade surge e motiva o comportamento consumatório que se segue sacia a necessidade biológica.
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Regulação Fisiológica
O comportamento sexual humano é influenciado, porém não determinado, pelos hormônios. 
Os hormônios sexuais são os androgênios (p. ex., a testosterona) e os estrogênios, e a sua liberação na corrente sanguínea (a partir da glândula supra-renal) é controlada pelo hipotálamo. 
Esses hormônios aumentam em períodos como a ovulação da mulher e diminuem à medida que a pessoa passa da juventude para a meia-idade e a velhice. 
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Homens e mulheres experimentam e reagem ao desejo sexual de maneiras bastante diferentes :
1) Homens - a correlação entre excitação fisiológica e desejo psicológico é bastante elevada. Os homens apresentam um ciclo trifásico de resposta sexual: desejo, excitação e orgasmo.
2) Mulheres - a correlação entre excitação fisiológica e desejo psicológico é bastante baixa. Então, não se pode predizer ou explicar o desejo sexual das mulheres no contexto da sua necessidade fisiológica ou da excitação. O desejo sexual feminino é altamente sensível a fatores relacionais como a intimidade emocional, que leva a mulher de um estado de neutralidade sexual a um estado de abertura e sensibilidade aos estímulos sexuais. Nesse contexto, a motivação e o comportamento sexuais refletem a proximidade e o desejo de compartilhamento com um parceiro, mais do que uma necessidade fisiológica. 
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