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Resumo Sistema Financeiro Nacional

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
 
 
 
 
 
Mercado Financeiro – Issaf Neto 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Maringá - Paraná
2017
1. O QUE É
O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é um conjunto de instituições responsáveis pela gestão da política monetária do governo federal. Fazem parte instituições públicas e privadas ligadas ao mercado de capitais, podendo, ou não, ser prestadoras de serviços financeiros. Através do SFN é possível a ligação entre agentes desprovidos de capital para investimentos e agentes capazes de gerar fortuna, que possuem condições de financiar o crescimento da economia, ou seja, é a transferência de recursos dos agentes econômicos superavitários para os deficitários. 
2. ESTRUTURA
O SFN é formado pelos subsistemas normativo e intermediação financeira.
3. SUBSISTEMA NORMATIVO
É responsável pelo funcionamento do mercado financeiro e de suas instituições, fiscalizando e regulamentando suas atividades, sendo constituído por instituições que estabelecem diretrizes de atuação das instituições financeiras operativas e controle de mercado. São essas instituições: Conselho Monetário Nacional (CMN), Banco Central do Brasil (Bacen), Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal (CEF) e a Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
3.1 Conselho Monetário Nacional (CMN)
Composto por 3 representantes: Ministro da Fazenda (Presidente), Ministro do Planejamento e Presidente do Banco Central do Brasil.
Esse órgão processa todo o controle do sistema financeiro, influenciando as ações de órgãos normativos, além de assumir funções legislativas das instituições financeiras públicas e privadas. Por ser normativo não executa atividades executivas, sua finalidade é a “formulação de toda a política de moeda e do crédito, objetivando atender aos interesses econômicos e sociais do país”.
3.2 Banco Central do Brasil (Bacen)
Suas funções são: executor das políticas traçadas pelo CMN; órgão fiscalizador do SFN; banco fiscalizador e disciplinador do Mercado Financeiro; banco que aplica penalidades, na intervenção e na liquidação extrajudicial de instituições financeiras; banco gestor do SFN ao expedir normas e autorizações e promover o controle das instituições financeiras e banco executor da política monetária.
3.3 Banco do Brasil (BB)
É uma Sociedade Anônima de capital misto, controlada pela União. Até 1986 foi considerado uma autoridade monetária, atuando na emissão de moeda.
Assume três funções, sendo elas:
Agente Financeiro do Governo Federal: na execução de sua política creditícia e financeira sob a supervisão do CMN (recebe tributos).
Banco Comercial: pode exercer atividades próprias dessas instituições.
Banco de Investimento e Desenvolvimento: financia atividades rurais, industriais, comerciais e de serviços, além de fomentar a economia de diferentes regiões.
3.4 Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Principal instrumento de médio e longo prazo de execução da política de financiamento do Governo Federal.
Tem como objetivo reequipar e fomentar empresas de interesse ao desenvolvimento do país. Atua através de agentes financeiros, pagando uma comissão chamada “del credere”, esses agentes são corresponsáveis na liquidação da dívida junto ao BNDES. O BNDES administra fundos como o FAT (que financia o seguro-desemprego).
3.5 Caixa Econômica Federal (CEF)
As caixas econômicas são instituições financeiras públicas, autônomas e que apresentam um claro objetivo social. A CEF executa atividades características dos bancos comerciais e múltiplos. É o principal agente do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), atuando no financiamento da casa própria. Os recursos para o SFH são originados pelo FGTS, cadernetas de poupança e fundos próprios dos agentes financeiros.
3.6 Secretaria do Tesouro Nacional (STN)
A principal atividade é operar a administração e controle de receitas e despesas públicas, além do controle e gestão de toda a dívida pública federal interna e externa, mobiliária ou contratual.
O STN emite títulos da dívida pública para financiar déficit orçamentário, e as colocações dos títulos são realizadas através de leilões do Banco Central e da CETIP.
4. SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO
Busca levantar recursos no mercado financeiro visando sua transferência para diversos agentes de mercado.
4.1 Instituições financeiras bancárias
Formadas por bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas.
Os bancos comerciais são constituídos em forma de sociedades anônimas e são responsáveis pela criação da moeda escritural. Seus tipos são:
Bancos de varejo: trabalham com muitos clientes;
Bancos de negócios: voltados a grandes operações;
Private bank: atende pessoas físicas de renda/patrimônio elevado;
Personal bank: para pessoas físicas de renda elevada e pequenas e médias empresas;
Corporate bank: para empresas de grande porte.
Os bancos múltiplos têm como possíveis atividades: banco comercial, banco de investimento, e desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e sociedade de crédito imobiliário. Para serem considerados múltiplos devem operar pelo menos duas dessas atividades, uma delas sendo, obrigatoriamente, banco comercial ou de investimento.
4.2 Instituições financeiras não bancárias
Essas instituições não emitem moeda ou meios de pagamento. São elas:
Bancos de Investimento: grandes fornecedores de créditos de médio e longo prazo, lease-back, e repasse de recursos do exterior.
Bancos de Desenvolvimento: instituições públicas estaduais que visam promover o desenvolvimento econômico e social da região de atuação.
Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento: conhecidas como financeiras, dedicam-se a financiar bens duráveis às pessoas físicas por meio do mecanismo de crédito direto ao consumidor (CDC).
4.3 Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE)
A partir da extinção do BNH, o sistema financeiro de habitação do Brasil passou a ser constituído basicamente pela Caixa Econômica, sociedades de créditos imobiliário, associações de poupança e empréstimos e também em bancos com carteira de crédito imobiliários. Assim gerando os recursos destas instituições, que vem principalmente de cadernetas de poupança e fundos do FGTS.
4.4 Instituições auxiliares
As bolsas de valores são organizações que mantêm um local onde são negociados os títulos e valores mobiliários de pessoas jurídicas públicas e privadas. 
O intuito da bolsa de valores é prover liquidez aos títulos negociados, por meio de pregões contínuos. Com elas veem a responsabilidade de preços justos, formados por consenso de mercado mediante mecanismos de oferta e procura. As bolsas devem efetuar, dentro de menos prazo e maior amplitude, a divulgação de todas as operações realizadas. 
A bolsa de valores atua em diversos tipos de mercado, dentre eles estão:
Mercado a vista: são realizadas ações com liquidação financeira imediata ou num prazo bastante curto; 
Mercado de balcão: resume as operações realizadas com diferentes tipos de papeis sem a necessidade de estarem registrados em bolsa;
 Caixas de Liquidação: tem por função básica registrar, liquidar e compensar as várias operações processadas no âmbito das bolsas de valores. 
As sociedades corretoras possuem o poder da intermediação financeira dos pregões das bolsas de valores, entre outros como: promover ou participar de lançamentos públicos de ações; administrar a custodiar carteiras de títulos imobiliários; organizar e administrar fundos e clubes de investimentos; efetuar operações de intermediação de títulos e valores mobiliários, por conta própria e de terceiros, operar em bolsas de mercadorias e futuros; operar como intermediadora na compra e venda de moedas estrangeiras, por conta e ordem de terceiros (CAMBIO); prestar serviços de acessória ao mercado financeiro.
As sociedades distribuidoras são instituições intermediadorasde títulos e valores mobiliários com operações como: Aplicação por conta própria ou de terceiros em títulos e valores mobiliários de renda fixa e variável; Operações no mercado aberto; e Participações em lançamentos de investimentos.
E por fim, os Agentes autônomos de investimentos que são pessoas físicas credenciadas por instituições financeiras intermediadoras que atuam na colocação de títulos e valores mobiliários e outros serviços financeiros do mercado.
 
4.5 Instituições não financeiras
Temos as sociedades de fomento comercial, também conhecidas como factoring, que são empresas comerciais, não financeiras que operam por meio de aquisições de duplicatas, cheque, entre outros, como se fosse uma operação de desconto bancário. O título negociado passa a ser de exclusividade da factoring, para isso compram juros e repassam a empresa-cliente os resultados líquidos no ato da operação. 
As companhias seguradoras são outra vertente de instituições não financeiras, estão no Sistema Financeiro Nacional por terem a obrigação de aplicar partes de suas reservas técnicas no mercado de capitais.
5. COMPOSIÇÃO DO SFN PROPOSTA PELO BANCO CENTRAL
O Banco Central mostra uma composição do Sistema financeiro Nacional que está segmentada em três partes: Órgãos Normativos; Entidades Supervisoras; e Operadores.
Os órgãos normativos se da por: Conselho monetário Nacional, Conselho Nacional de Seguros privados e Conselho Nacional da Previdência Complementar.
Entidades Supervisoras: Banco Central do Brasil, Comissão de valores Mobiliários, Superintendência de Seguros Privados e Superintendência Nacional de Previdência Complementar.
Operadores: Instituições financeiras captadoras de depósitos a vista, Bolsas de mercadorias e futuros, Resseguradores, Bancos de câmbio, Bolsa de valores, Sociedades seguradoras, Sociedades de capitalização, Entidades abertas e fechadas de previdência complementar, entre outros. 
6. TÍTULOS PÚBLICOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO
Os títulos públicos brasileiros podem ser emitidos pelos três níveis do Poder são eles: Federal, Estatal e Municipal e possuem os seguintes rendimentos: Pós-fixados, Prefixados e Indexados ao dólar. 
No sistema Federal, os títulos são adquiridos por meio de leilões do Banco Central e visam:
Consecução da política monetária estabelecida pelo Governo, regulando o fluxo dos meios de pagamento da economia. 
Financiar o déficit orçamentário e de caixa do Governo, 
Prover o Governo de fundos para realizar os investimentos públicos necessários na economia.
Os títulos Estaduais e Municipais, atendem as mesmas finalidades dos federais, exceto na gestão política monetária que é de competência das autoridades monetárias.
7. REGULAÇÃO DO MERCADO FINANCEIRO
A regulação do mercado financeiro é explicada como um conjunto de leis, recomendações, regulamentos, contratos e procedimentos de fiscalização. Visam adequar os agentes econômicos de mercado aos objetivos de estabilidade e confiança de todo o sistema financeiro. Está regulação se dá pelas autoridades governamentais, como o Bacen e a Comissão de valores mobiliários.
O mercado financeiro é um dos setores de maior regulação de suas atividades pelas autoridades públicas. Se destacam no mercado financeiro brasileiro a iniciativas de regulação, como a criação do Mercado Novo no âmbito de BM&FBovespa, as práticas de Governança Corporativa adotadas com o intuito principal de proteger os acionistas minoritários, o Código de Proteção ao consumidor e a Lei de Falências.
Essa postura mais rigorosa se justifica por três motivos: melhorar a disponibilidade de informações aos investidores, manter o equilíbrio do sistema financeiro e proporcionar melhores condições para o controle e execução de política monetária.
8. ORGANISMOS FINANCEIROS INTERNACIONAIS
8.1 Fundo Monetário Internacional (FMI)
O FMI foi a instituição central da conferência internacional de Bretton Woods, em que representantes de vários governos projetaram as regras básicas e a estrutura monetária mundial, afim de promover a estabilidade do Sistema Financeiro Internacional e garantir a conversibilidade das diferentes moedas.
O FMI tem os seguintes objetivos:
Promover o crescimento e as relações de equilíbrio do comercio mundial, por meio, principalmente, de um regime de estabilidade cambial e apoio financeiro aos países com dificuldades em seus balanços de pagamento;
Atuar como mecanismo coordenador, regulador e assessor das políticas monetárias e econômicas adotadas pelas diversas nações do mundo;
Levantar e padronizar as diversas informações econômicas internacionais.
As funções básicas do FMI são:
Assessoria econômica: avalia a conjuntura internacional e suas perspectivas, assessorando os países com relação ao planejamento de uma política econômica a ser adotada;
Apoio financeiro: oferece empréstimos a países com desequilíbrio no balanço de pagamentos, apoiando também medidas de ajuste e reforma estrutural das várias economias mundiais 
 Apoio técnico: capacita tecnicamente os governos em áreas especializadas, visando a elaboração de políticas econômicas mais adequadas.
8.2 Banco Mundial
O Banco mundial foi criado com a finalidade de contribuir com o desenvolvimento dos países. Ele atua com empréstimos a longo prazo e assistência técnica para projetos direcionados aos objetivos econômicos e sociais, como infraestrutura, agricultura e crescimento rural, desenvolvimento urbano, pequenas e medias empresas, saúde, educação e habitação.
O Banco Mundial é composto, entre outras, por três importantes instituições:
Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird)
Agência Internacional de Desenvolvimento (AID)
Companhia Internacional de Financiamento (CIF)
8.3 Banco para Pagamentos Internacionais (BIS)
O objetivo dessa instituição é o de manter relações de cooperação entre os bancos centrais do mundo, incentivando operações financeiras internacionais, facilitando transações e estabilizar a moeda no mundo.
Para promover a estabilidade financeira mundial, o Bis coordena comitês com elevado grau de autonomia, como:
Comitê da Basileia de Supervisão Bancaria
Comitê do Sistema Financeiro Global
Comitês do Sistema de Pagamentos e Recebimentos 
Comitê de mercado
8.4 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Instituição regional voltada a apoiar o desenvolvimento econômico e social de países da América Latina e Caribe, com o objetivo de reduzir a pobreza e melhorar a distribuição de renda.
É controlado por países membros que tem o poder de voto proporcional ao montante de recursos subscritos de seu capital ordinário.
8.5 Grupo dos 20 (G-20)
O G-20 é um grupo informal constituído por países industrializados e emergentes com participação dinâmica na economia mundial e estabilidade econômica global.
Inicialmente formado pelos 19 países mais ricos do mundo, o G-20 não é uma instituição financeira formal, e não possui quadro de pessoal permanente. Ele pode ser denominado como um fórum de discussões sobre o crescimento e desenvolvimento da economia mundial, e cooperação internacional. Sua presidência é rotativa.
8.6 Blocos econômicos
Com a abertura comercial e a livre circulação de capitais entre os países, que gera maior competitividade no mercado global, incentiva a formação de blocos econômicos. Com o objetivo de dinamizar o comercio entre os países-membros, os blocos econômicos adotaram medidas facilitadoras ao intercâmbio comercial, estabelecendo melhores relações econômicas entre os países-membros.

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