Buscar

Arq 41 Aula 15 Revisão AV2 Alunos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – REVISÃO 
 
1. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Segundo Ribeiro (2008, p.37): Demonstrações Financeiras ou Contábeis são relatórios elaborados com base 
na escrituração mercantil mantida pela entidade, com a finalidade de apresentar aos diversos usuários 
informações principalmente de natureza econômica e financeira, relativas à gestão do patrimônio ocorrida 
durante um exercício social. 
 
É importante ressaltar que as Demonstrações Financeiras são elaboradas conforme as informações relativas 
à entidade no período do exercício social, este tem duração de um ano. 
 
Com a finalidade de apresentar informações acerca da entidade são elaboradas diversas demonstrações 
financeiras, as quais também sofreram alterações pela Lei 11.638. 
 
As mudanças relativas às demonstrações financeiras substituem a Doar (Demonstração das Origens e 
Aplicações de Recursos) pela DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) e incluem a DVA (Demonstração do 
Valor Adicionado). 
 
1.1 DEFINIÇÕES DO CONJUNTO DE DEMONSTRAÇÕES: 
Balanço Patrimonial (BP): é a demonstração contábil que evidencia em determinada data, a posição 
patrimonial e financeira da entidade. (RIBEIRO, 2008, p.39). A estrutura do Balanço Patrimonial foi alterada 
pela Lei 11.638 e pela MP 449/08. 
Demonstração do Resultado (DRE): consiste na demonstração das receitas e despesas referentes ao 
exercício social. Evidencia o resultado econômico, o lucro ou prejuízo obtido pela empresa no período. A 
DRE já constava na Lei 6.404/76, apenas foi incluída uma nova linha com “Participações de debêntures de 
empresas e administradores e de instituições” ou “Fundos de assistência de previdência de empregados”. 
(DIAS e CALDARELLI, 2008, p.13). 
Demonstração do Resultado Abrangente (DRA): demonstração que começa com lucro ou prejuízo do 
período e a seguir mostra os itens de outros resultados abrangentes do período. 
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): tem a finalidade de evidenciar o destino 
dado ao lucro líquido apurado ao fim do exercício social. Após a Lei 11.638 a conta “Lucros ou Prejuízos 
Acumulados” foi excluída do Patrimônio Líquido, a DLPA era utilizada para evidenciar as mutações nesta 
conta. A partir disto todo o Lucro Líquido deve ser destinado a compensar prejuízos, constituir reservas de 
capital, ou ser distribuído entre os sócios. 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): visa evidenciar todas as variações 
ocorridas no Patrimônio Líquido, em todas as contas que o compõe. A DMPL já existia na antiga Lei das 
S.A., mas esta não fixou uma estrutura para a mesma, portanto as empresas podem elaborá-los de forma a 
montar sua estrutura. 
Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): foi substituída pela DFC (Demonstração 
de Fluxo de Caixa). 
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): visa evidenciar as mudanças que ocorrerem em um 
determinado período que provoquem alterações na conta Caixa. Também não foi estipulado pela nova Lei 
das S.A. um modelo no que diz respeito à estrutura desta demonstração a ser seguido. Mesmo não sendo 
obrigadas a DFC algumas empresas já se utilizavam desta como forma de controle interno. 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA): busca evidenciar o quanto de riqueza a empresa possui, o 
quanto foi agregado e de que maneira foi distribuída esta riqueza entre governos, sócios, empregados, entre 
outros. (DIAS e CALDARELLI, 2008, p.21). Esta demonstração foi introduzida pela Lei 11.638, esta não 
regulamenta a estrutura da DVA, deixando a cargo de instituições regulamentadoras e das empresas os 
itens que integrarão a mesma. 
2 
 
Notas explicativas (para demonstrações contábeis): Notas explicativas contêm informações além 
daquelas apresentadas no balanço patrimonial, na demonstração do resultado abrangente, na demonstração 
do resultado, nas demonstrações dos lucros ou prejuízos acumulados e do valor adicionado (se 
apresentadas), na demonstração das mutações do patrimônio líquido e na demonstração dos fluxos de 
caixa. As notas explicativas oferecem descrições narrativas ou composição de valores apresentados nessas 
demonstrações e informações sobre itens que não se qualificam para o reconhecimento nessas 
demonstrações. 
1.2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS OBRIGATÓRIAS: 
As Demonstrações Financeiras obrigatórias para todos os contribuintes sujeitos à tributação do Imposto de 
Renda com base no Lucro Real são: Balanço Patrimonial, DRE e DLPA. 
 
De acordo com a NBC TG 1000, as demonstrações obrigatórias para as Pequenas e Médias Empresas são 
Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Resultado Abrangente, 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração de Fluxo de Caixa e Notas Explicativas. 
 
As Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitada são obrigadas a apresentar à Secretaria da Receita 
Federal SRF as Demonstrações Financeiras / Contábeis: Balanço Patrimonial (BP); Demonstração do 
Resultado do Exercício (DRE); e Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, que corresponde a uma 
simplificação da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL). 
 
O conjunto de informações que deve ser divulgado por um a sociedade por ações representando sua 
"prestação de contas" abrange o Relatório de Administração, as Demonstrações Contábeis e as Notas 
Explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (se houver), o Parecer do 
Conselho Fiscal e o Relatório do Comitê de Auditoria (se existirem). 
 
De modo geral podemos sintetizar no quadro a seguir o conjunto completo das demonstrações contábeis por 
situação e natureza empresarial: 
 
 
Importante: Lembramos que em todos os casos, quando obrigatórias, as Demonstrações Contábeis deverão 
ser apresentadas comparativamente, ou seja, pelo menos em duas colunas (ano e ano anterior) com os 
valores correspondentes de cada exercício. 
 
1.3 ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO CONTÁBIL FINANCEIRO 
 
O CFC, por meio da Resolução nº 1.374/11 deu nova redação à NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL 
Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil Financeiro. Segundo à Estrutura 
Conceitual, as demonstrações contábeis retratam os efeitos patrimoniais e financeiros das transações e 
outros eventos, por meio do grupamento dos mesmos em classes amplas de acordo com as suas 
3 
 
características econômicas. Essas classes amplas são denominadas de elementos das demonstrações 
contábeis. 
 - Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira são os 
ativos, os passivos e o patrimônio líquido. Estes são definidos como segue: 
(a) ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que 
fluam futuros benefícios econômicos para a entidade; 
(b) passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera 
que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos; 
(c) patrimônio líquido é o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus 
passivos. 
 - Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do resultado são as receitas e as despesas. 
Estes são definidos como segue: 
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante período contábil, sob a forma da entrada de 
recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio 
líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; 
(b) despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da saída 
de recursos ou da redução de ativos ou assunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio 
líquido, e que não estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais.2. BALANÇO PATRIMONIAL – Demonstra a situação patrimonial em determinada data. 
 
As disposições das Contas no Balanço Patrimonial precisam estar de forma ordenada e uniforme, para 
permitir aos usuários uma adequada análise e interpretação da situação patrimonial e financeira. Visando 
atender a esse objetivo, a Lei nº 6.404/76, por meio dos artigos 178 e 182, definiu como deve ser a referida 
disposição das contas, atribuindo para o Ativo, a classificação em ordem decrescente de grau de liquidez e, 
para o Passivo, em ordem decrescente de prioridade de pagamento das exigibilidades (as que ocorrem 
antes). 
 
2.1 ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL APÓS A LEI 11.638 E MP 449/2008: 
 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
 
Ativo Não-Circulante 
- Ativo Realizável a Longo Prazo 
- Investimentos 
- Imobilizado 
- Intangível 
 
Passivo Circulante 
 
Passivo Não-Circulante 
 
Patrimônio Líquido 
- Capital Social 
- Reservas de Capital 
- Ajustes de Avaliação Patrimonial 
- Reservas de Lucros 
- Ações em Tesouraria 
- Prejuízos Acumulados 
 
2.2 EM RELAÇÃO ÀS PROVISÕES E PASSIVOS: 
 
I. A provisão é reconhecida e é exigida divulgação para a provisão quando há obrigação presente que, 
provavelmente, requer uma saída de recursos. 
II. Nenhuma provisão é reconhecida, mas é exigida divulgação para o passivo contingente quando há 
obrigação possível ou obrigação presente que pode requerer, mas provavelmente não irá requerer uma saída 
de recursos. 
III. Nenhuma provisão é reconhecida e nenhuma divulgação é exigida quando há obrigação possível ou 
obrigação presente cuja probabilidade de uma saída de recursos é remota. 
 
(COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 25 - Provisões, Passivos Contingentes e Ativos 
Contingentes - Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 37 - 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25_rev%2006.pdf ) 
 
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 
O Patrimônio Líquido é considerado o capital que a empresa efetivamente tem disponível em caixa. Para 
encontrar o Patrimônio líquido, devemos efetuar a diferença entre: Ativo e passivo. 
A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as sociedades por ações, a divisão do patrimônio 
líquido será realizada da seguinte maneira: 
4 
 
a) Capital Social 
b) Reservas de Capital 
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
d) Reservas de Lucros 
e) Ações em Tesouraria 
f) Prejuízos Acumulados. 
 
CAPITAL SOCIAL - O capital social representa os valores recebidos pela empresa, em forma de subscrição 
ou por ela gerados. A integralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente ou bens e 
direitos. 
Quando a integralização do capital social é feita em moeda corrente, debita-se uma conta específica do ativo 
circulante (Bancos c/Movimento, por exemplo) e credita-se a conta "Capital Social". 
No caso de integralização de capital mediante conferência de bens, debita-se uma conta específica do ativo 
imobilizado e credita-se a conta "capital social". 
 
RESERVAS DE CAPITAL - A reserva de capital abrange as seguintes subcontas: 
a) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; 
b) Reserva de Ágio na Emissão de Ações; 
c) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; 
d) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição; 
e) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 
11.638/2007); 
f) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 
11.638/2007); 
g) Até 31.12.2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 01.01.2008, respectiva reserva passa a fazer 
parte do grupo de Reservas de Lucros. 
 
RESERVAS DE LUCROS - As reservas de lucros são constituídas pelos lucros obtidos pela empresa, retidos 
com finalidade específica. Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta conta são 
transferidos da conta de "Lucros ou Prejuízos Acumulados". 
 
LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS - Os lucros ou prejuízos representam resultados acumulados 
obtidos, que foram retidos sem finalidade específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura 
(quando prejuízos). 
 
3. DRE – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – Demonstra os resultados de 
determinado período. 
 
O art. 187 da Lei 6.404/76 determina a estrutura da DRE, estão divididas as Despesas Operacionais em 
Despesas de Vendas, Administrativas e Despesas e Receitas Financeiras. 
 
Receita Bruta = Quantidade Vendida x Preço de Venda Unitário 
Receita Líquida = Receita bruta menos os impostos incidentes sobre a venda e devoluções 
 
4. DFC – DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA - Basicamente mostra as entradas e saídas da conta 
caixa em um determinado período, e ainda o fluxo financeiro. O Fluxo de Caixa pode ser elaborado por dois 
métodos: 
 
Método Indireto - É aquele onde se parte do lucro líquido do período e o ajusta até se obter o caixa das 
operações. Esses ajustes são aqueles que já se utilizava na montagem da DOAR (itens que não afetam o 
Ativo e o Passivo Circulante, como depreciações, amortizações, equivalência patrimonial etc.) e aqueles que 
representam variações das contas de ativo e passivo que são contrapartidas de registros no resultado 
(clientes, estoques, fornecedores, contas a pagar etc.) quer sejam contas circulantes quer não-circulantes. 
 
Método Direto - Para o caixa gerado nas operações, é aquele onde as entradas e saídas referentes às 
operações aparecem pelos seus valores totais realizados, ou seja, mostra a efetiva movimentação de 
dinheiro. O que se tem visto no Brasil e no exterior é uma forte predileção pelo Método Indireto, uma vez que 
se apresenta mais útil, mais informativo e os analistas dão preferência a ele. 
 
Já no que tange às demonstrações do caixa gerado/consumido pelos investimentos e pelos financiamentos é 
igual em ambos os métodos. 
5 
 
5. DVA – DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – Deve evidenciar a distribuição da riqueza gerada 
pela entidade. Os principais componentes dessa distribuição a serem evidenciados são: Pessoal, impostos, 
taxas e contribuições. Remuneração de capitais próprios; Remuneração de capitais de terceiros. 
 
6. NOTAS EXPLICATIVAS – A finalidade das notas explicativas como parte do conjunto completo das 
demonstrações contábeis fornece informações complementares necessárias para o esclarecimento da 
posição patrimonial e do desempenho operacional da entidade. 
 
7. CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÃO EM DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
COMPREENSIBILIDADE: a informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de 
modo a torná-la compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades 
econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência. 
 
RELEVÂNCIA: a informação fornecida em demonstrações contábeis deve ser relevante para as 
necessidades de decisão dos usuários. A informação tem a qualidade da relevância quando é capaz de 
influenciar decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e 
futuros ou confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas. 
 
MATERIALIDADE: a informação é material - e, portanto, tem relevância - se sua omissão ou erro puder 
influenciar as decisões econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A 
materialidade depende do tamanho do item ou imprecisão julgada nas circunstâncias de sua omissão ou erro. 
 
CONFIABILIDADE: a informação fornecida nas demonstrações contábeis deve ser confiável. A informação é 
confiável quando está livre de desvio substancial e viés, e representa aquilo que tem a pretensão de 
representar ou seria razoável de se esperar que representasse. 
 
PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA: transações e outros eventos e condições devem ser 
contabilizados e apresentados de acordo com sua essência e não meramentesob sua forma legal. Isso 
aumenta a confiabilidade das demonstrações contábeis, ou seja, uma Representação Fidedigna. 
 
PRUDÊNCIA: prudência é a inclusão de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários 
às estimativas exigidas de acordo com as condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não 
sejam superestimados e passivos ou despesas não sejam subestimados. 
 
INTEGRALIDADE: para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser 
completa, dentro dos limites da materialidade e custo. 
 
COMPARABILIDADE: os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da 
entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu 
desempenho. 
 
TEMPESTIVIDADE: tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo de execução da decisão. 
Se houver atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode perder a relevância. 
 
EQUILÍBRIO ENTRE CUSTO E BENEFÍCIO: os benefícios derivados da informação devem exceder o custo 
de produzi-la, A avaliação dos custos e benefícios é, em essência, um processo de julgamento. 
 
8. OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
 
Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da 
Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional. 
A partir de 02.06.2010, os "Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC)", citados na Resolução CFC 
750/1993, passam a denominar-se "Princípios de Contabilidade (PC)", por força da Resolução CFC 
1.282/2010. 
Os princípios são aplicáveis à contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o 
Patrimônio das Entidades. 
 
São Princípios de Contabilidade: 
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
6 
 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC 1.282/2010) 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
 
 - PRINCÍPIO DA ENTIDADE - O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da 
Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular 
no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de 
pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. O 
patrimônio deve ser autônomo, não podendo ser compartilhado por diversas empresas, pois do contrário 
teríamos diversos patrimônios autônomos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde 
com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. 
 
 - PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE - O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em 
operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em 
conta esta circunstância. 
 
 - PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE - O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e 
apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
 
 - PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL - O Princípio do Registro pelo Valor Original 
determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das 
transações, expressos em moeda nacional. 
 
 - PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA - O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e 
outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou 
pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de 
receitas e de despesas correlatas. 
 
 - PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA - O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os 
componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente 
válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
 
OBSERVÂNCIA OBRIGATÓRIA - A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da 
profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC). Por exemplo, o 
princípio de competência, que exige o registro das receitas e despesas no período que ocorrerem, não pode 
ser substituído por adoção do regime de caixa (onde as receitas e despesas são registradas somente por 
ocasião de seu pagamento). 
 
9. MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
 
Mensuração é o processo que consiste em determinar os montantes monetários por meio dos quais os 
elementos das demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e 
na demonstração do resultado. Esse processo envolve a seleção da base específica de mensuração. 
Um número variado de bases de mensuração é empregado em diferentes graus e em variadas combinações 
nas demonstrações contábeis. Essas bases incluem o que segue: 
 
Custo histórico - Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou 
pelo valor justo dos recursos entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados 
pelos montantes dos recursos recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (como, por 
exemplo, imposto de renda), pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se espera serão necessários 
para liquidar o passivo no curso normal das operações. 
Custo corrente - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de 
ser pagos se esses mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos 
são reconhecidos pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera 
seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. 
 
Valor realizável (valor de realização ou de liquidação) - Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou 
equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua venda em forma ordenada. Os passivos são 
mantidos pelos seus montantes de liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa, não 
7 
 
descontados, que se espera serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das 
operações. 
 
Valor presente - Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de entradas 
líquidas de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações. Os passivos são 
mantidos pelo valor presente, descontado, dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera serão 
necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações. 
 
EXEMPLO: Suponha que um Ativo tenha sido adquirido, a prazo, por R$ 1.200,00, na data de 09 de junho, 
mas à data do balanço patrimonial, em 31 de dezembro, seu custo de aquisição é de R$ 1.160,00 e pudesse 
ser vendida para terceiros, por R$ 1.400,00 com despesas para vender de R$ 100,00. Caso a mercadoria não 
fosse comprada a prazo, pagaríamos por ela o montante de R$ 1.080,00, ou seja, há R$ 120,00 de juros 
embutido na operação. Ache os valores: 
 do custo corrente: ___________ do custo histórico: __________ 
 do valor presente: __________ do valor realizável líquido: ____________ 
 
10. DIVERSOS 
 
1. Uma grande empresa do ramo de cosméticos no exercício social encerrado em 31/12/15, ao Elaborar sua 
Demonstração do Resultado do Exercício para que seja possível realizar a Auditoria e assim realizar a 
publicação de seus demonstrativos conforme a Lei 6.404/76, apurou lucro, antes da provisão para imposto de 
renda e das participações estatutárias de R$ 2.000.000,00 (quatro milhões de reais) Sabendo se que: 
1. provisão para imposto de renda foi constituída a base de 25%; 
2. empresa está dispensada de recolher a contribuição social; 
3. seu estatuto estabelece as seguintes participações, nestaordem: Empregados 10%; Administradores 
10%; Partes beneficiárias 5%. 
 Então, qual será o lucro líquido do exercício, após estas deduções? 
 
2. Uma sociedade empresária apresentou, no final do exercício de 2010, uma variação positiva no saldo de 
caixa e equivalentes de caixa no valor de R$10.500,00. Sabendo se que o caixa gerado pelas atividades 
operacionais foi de R$14.000,00 e o caixa consumido pelas atividades de investimento foi de R$12.500,00, as 
atividades de financiamento: geraram um caixa de? 
 
3. Determinado empresa comercial apresentou os seguintes dados ao final do ano, em reais: Custo das 
mercadorias vendidas: $295; Vendas realizadas no período: $450; Despesas de vendas: $37,50; Descontos 
comerciais concedidos: $10; Descontos financeiros concedidos: $7,5; Despesas administrativas: $17,5; 
Impostos incidentes sobre vendas: $65 e Perda na venda de bens do ativo imobilizado: $2,5. O lucro bruto e 
o lucro líquido, em reais, respectivamente, são? 
 
4. Dados extraídos do balancete de verificação da Cia. TDino S.A. em 31.12.2009: Caixa R$ 2.200,00 / 
Fornecedores a Pagar R$ 76.000,00 / Banco Conta Movimento R$ 34.000,00 / Salários e Encargos a Pagar 
R$ 9.000,00 / Adiantamento de clientes R$ 11.500,00 / Instalações R$ 37.500,00 / Empréstimos a Pagar LP 
R$ 7.500,00 / Maquinas e Equipamentos R$ 10.000,00 / Estoque de Mercadorias R$ 13.000,00 / 
Promissórias a Pagar R$ 5.000,00 / Moveis e Utensílios R$ 7.500,00 / Veículos R$ 7.500,00 / Depreciações 
Acumuladas R$ 2.000,00. Considerando exclusivamente as informações acima e a boa técnica contábil, o 
Patrimônio Líquido da empresa monta, em reais? 
 
5. Uma empresa investiu, em setembro de X0, $250.000 em ações das quais pretende alienar após sete 
meses. Em dezembro do mesmo ano, o valor justo das ações correspondia a $215.000. Do ponto de vista 
contábil é o correto afirmar que, em dezembro será feito um débito na conta ajuste de avaliação patrimonial 
no valor de? 
 
 
https://jus.com.br/artigos/32016/demonstracoes-financeiras 04 06 2017 09h05 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/principiosfundamentais.htm 05 06 2017 08h40 
http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/304_CPC_25_rev%2006.pdf 04 06 2017 11h14

Outros materiais