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DIREITO, DEMOCRACIA E PLURALISMO: POLÍTICA DEMOCRÁTICA, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS

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FACULDADE DE DIREITO DO SUL DE MINAS 
 
 
 
MOUKAIBER DO COUTO VILELA
 
DIREITO, DEMOCRACIA E PLURALISMO: POLÍTICA DEMOCRÁTICA, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS 
POUSO ALEGRE – MG
2014
MOUKAIBER DO COUTO VILELA
DIREITO, DEMOCRACIA E PLURALISMO: POLÍTICA DEMOCRÁTICA, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS 
Atividade acadêmica elaborada para complementação da carga horária da disciplina de Filosofia do Direito, do 3º Período, curso Noturno de Graduação em Direito, da Faculdade de Direito do Sul de Minas.
Professor: Edson Pereira
FDSM – MG
2014
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	METODOLOGIA	5
3.	DESENVOLVIMENTO	6
3.1 ESTÉTICA, HUMANIDADE E DIFERENÇA	6
3.2 ESTÉTICA, PLURALISMO E DISSENSO........................................................................6
3.3 DIVERSIDADE, AUTORITARISMO E DIREITOS HUMANOS....................................7
3.4 DIGNIDADE HUMANA, DEMOCRACIA PLURALISTA E DIREITOS HUMANO.....8
4.	CONCLUSÃO	10
5.	REFERÊNCIAS	11
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Introdução
	
O mundo pós-moderno se fixou em um ideal libertário e sustentador de direitos humanos para preservar a vida e a dignidade de seu principal ator, o homem. Depois de historicamente ter passado por diversos conflitos que envolviam a particularidade de uma estética que uma vez imposta como forma de governo suprimiu em diversas épocas e diversos terrenos a diversidade de pensamentos e de culturas. Através da análise do mal causado pela estética totalitarista fez com que homem refletisse sobe seus atos e começasse a trilhar um caminho para garantir sua existência com liberdade e dignidade, esse seria o caminho esperado, mas ainda falta muito a ser construído. E é nessa construção inseparável a dignidade da pessoa humana que estudiosos se dedicaram para cientificamente explicar o homem não somente como matéria, mas como espírito, com desejos e linguagens diferentes. Essa não é somente uma questão de valorização e inclusão da personalidade humana, de defesa a estética pluralista, nem tão somente uma questão de aceitar a diversidade, essa é uma questão de combate ao preconceito, à discriminação, ao ódio e outros fatores também considerados estéticos que ferem a sociedade no seu mais profundo órgão de sobrevivência, a paz. 
 	 
2. Metodologia
Como metodologia foi utilizada o estudo de revisão narrativa de literatura e uma reescritura critica do capitulo 47- Direito, Democracia e Pluralismo: Política Democrática, Diversidade e Direitos Humanos, da obra “CURSO DE FILOSOFIA DO DIREITO” de Eduardo C. B. Bittar e Guilherme Assis de Almeida, 10ª edição, Revista e Aumentada.
A atividade tem como propósito aprofundar os conhecimentos no âmbito da filosofia do direito em relação à estética da democracia e da diversidade, e foi proposta pelo prof. Edson Pereira para a complementação de carga horária da matéria Filosofia do Direito, do 3º período, do curso Noturno de Graduação em Direito, da Faculdade de Direito do Sul de Minas.
3. DESENVOLVIMENTO
3.1 ESTÉTICA, HUMANIDADE E DIFERENÇA
A questão estética das sociedades apresentada a partir de um estudo filosófico representa mais do que uma imagem, ela representa uma linguagem modificada dos padrões de base, é uma conduta fantasiada, incorporada ao ser humano que rompe com a banalidade. A estética está ligada ao gosto, sentimento esse fundamental para existência e evolução humana e suas ações culturais. Bittar e Almeida (2012) consideram que a questão estética é construtiva para a condição humana, e as primeiras formas de manifestação da linguagem entre os homens remota exatamente a capacidade de representar, por formas pictóricas, a designação das coisas (animais a serem caçados, deuses representados, rituais ilustrados).
	A estética como linguagem é certamente uma forma de expressão, ou seja, ela traduz os sentimentos da pessoa humana para o plano da realidade, é uma função que molda a aparência, a atitude, o comportamento a reflexão e as relações sócias traçadas pelo homem num dado tempo e espaço, a humanidade é um constante processo de construção. A consciência estética não oferece um padrão a ser seguido, o que é belo e o que é feio, certo ou errado, são valores que se alteram de cultura para cultura, de época para época, portanto, a estética nos traz a consciência de diversidade.
3.2 ESTÉTICA, PLURALISMO E DISSENSO
Notável é que a Estética se traduz como o “gostar de”, e por isso não podemos afirmar que todos possuem o mesmo gosto, então, não existe um gosto universal nem mesmo um padrão universal para todas as coisas. A obra aqui trabalhada cita a justiça como uma questão que cruza com a questão do gosto, e denota pelo pensamento de Nietzsche (2004) que não existe uma justiça universal, é uma mascara, por que gosto universal não é gosto, falta-lhe diferenciação, contraste, sutileza. O que é para uma sociedade um padrão de justiça é diferente para outra. Fica claro que a melhor forma de respeito à condição humana é a garantia do reconhecimento da diferença e da reserva de lugar para a existência, o reconhecimento e a pratica do outro. Em uma sociedade pluralista em muito sentidos, a estética para a justiça se assemelha naquilo que é bom para todos, na preservação do bem comum. É a partir dessa visão de diversidade que encontramos uma característica da justiça: a alteridade.
	No âmbito da justiça a estética transborda seu lado critico em assemelhar o termo justo ao termo gosto. O que o Estado pretende para o povo pode não ser bem aceito pelo destinatário, e por essa linha encontramos o dissenso (discordância). O dissenso é elemento fundamental da vida social e da evolução humana. O gosto e o exercício de coisas diversas criaram diálogos em varias ciências, nem sempre pacíficos, mas de grande relevância para conquistar e manter uma igualdade num mundo marcado por diferenças. 
	A igualdade, por sua vez, também é uma característica da justiça, dentro dessa visão todos são iguais, comuns por sermos humanos. Porém, a igualdade numa visão estética é bem diferente, se tudo é igual não há dissenso, não há observação do pluralismo, e então concluímos que podemos ser iguais perante a lei, semelhantes nas relações sociais, e marcados pela diferença da manifestação de vontade que exercemos. A diversidade é humana é fundamental á condição humana por que ela se compõe de uma vasta quantidade de tradições, culturas, linguagens, crenças, sentimentos que fazem parte do exercício do homem na sociedade. O papel da justiça aqui não é igualar tudo isso e sim igualar o direito do homem exercer e preservar com liberdade e autonomia suas praticas sociais diante de outros homens com praticas sociais diferentes.
3.3 DIVERSIDADE, AUTORITARISMO E DIREITOS HUMANOS
Para os autores dessa obra, toda intolerância estética é reveladora de um autoritarismo do olhar, principio de outras formas de intolerância. O autoritarismo não somente se manifesta de diversas formas, como se revela pela exigência de submissão do gosto do outro. A não aceitação do gosto alheio é uma contemplação do próprio gosto como único, um referencial, um tipo ideal de gosto em forte repressão contra outros gostos. Essa atitude é uma forma de negação da diversidade e contemplação ao fascismo.
Historicamente muitos movimentos políticos suprimiram a diversidade social e pluralidade de gostos, os chamados regimes totalitários, que aderiam uma estética una de governo, uma visão monista de se conduzir um futuro e infligiram o mal e o terror a dignidade humana. Ainda nos tempos de hoje muitos países ainda seguem uma estética única e ideal, como se assim fosse, como a Coreia do norte e alguns países do oriente médio. Mas também historicamente houve movimentos que buscaram a igualdade, a liberdade e demais direitos inerentes à pessoa humana em face de essa estética de repressãoa diversidade, como a revolução francesa, que influenciou outros movimentos políticos de rompimento com a ordem pelo mundo e atualmente também vivenciamos. 
movimentos que buscam direitos humanos para quem possui gostos diferentes que a sociedade não abraça no seu sistema de direitos.
	Belo ou feio, bom ou mal, certo ou errado, são fatores variáveis num mundo de diversidades culturais e tradições históricas que se fundiram com a pós-modernidade criando e expandindo gostos, por essa linha de raciocínio, os doutrinadores dessa obra criticam o totalitarismo explicando que, assim como não há uma ideologia mais certa que a outra,uma verdade mais verdadeira que a outra, uma ética mais moral que a outra, não há uma estética mais aceitável que a outra. O que a estética ensina é que sua essência está na diversidade.
	Atribuir a estética aos direitos humanos é abrir um olhar para o plural, para melhor explicar Bittar e Almeida (2012) propõe que a sociedade deveria despertar a curiosidade por aquilo que se prega exatamente diferente, como se admirassem uma obra de arte. Este parece ser um ponto de fundamental importância para a construção de uma cultura social favorável ao espírito democrático pluralista e ao exercício irrestrito da tolerância. 
	Um dos problemas enfrentados para a aceitação do outro e suas praticas socioculturais é o etnocentrismo, no qual o individuo acha que sua cultura, seus hábitos, sua criação é melhor que as outras. Esse estranhamento fere também a diversidade e questão da identidade social. Essa hierarquia de estética também não existe, pois toda a diferença tem sua importância própria. O combate ao etnocentrismo é um trabalho a favor da construção da dignidade humana e a preservação das diferenças das culturas que existem no mundo.
	As sociedades que se coligam com a preocupação de erradicar uma estética única e se compromete coma a aceitação racional da diversidade de gostos cultiva o espírito necessário para o exercício de um pluralismo democrático, superior ao homogeneísmo moderno e qualquer forma de estética totalitária.
3.4 DIGNIDADE HUMANA, DEMOCRACIA PLURALISTA E DIREITOS HUMANO
A estética quando atinge a particularidade da pessoa humana não se trata de comparar gostos, mas sim de construir um olhar fundamentadamente cientifico para expressar com mais intensidade os gostos inerentes ás particularidades de cada um.
Dessa forma, reconhecer o pluralismo em uma sociedade democrática possibilita o convívio de forma sadia com as diferenças sejam elas quais forem. Não basta somente aceitar as diferenças do outro, é preciso entendê-las e interagir-se com elas, somente assim ocorrerá à inclusão do outro na sociedade.
	O pensamento pós-moderno abraça essa causa de espírito pluralista, pois está inserido hoje em um mundo globalizado, composto por sociedades democráticas que se inter-relacionam por diversas formas e transitam diferenças constantemente. Toda essa mistura de gostos possuiu hoje instrumentos para se valer, esse instrumento é o “direito”. Toda expressão humana é válida, respeitando os limites da legalidade, da cidadania, da solidariedade, da justiça social e da dignidade humana.
	Se o direito é o instrumento para se alcançar o respeito á diversidade, aos direitos humanos e a dignidade humana, a política é o caminho a se seguir, aqui o Estado passa a representar a vontade de um povo soberano. Para melhor expressar o conceito de política na sociedade pós-moderna Heller e Fehér (1998) afirmam que “a condição política pós-moderna se baseia na aceitação da pluralidade de cultura e discursos. O pluralismo (de vários tipos) está implícito na pós-modernidade como projeto”. Härbele (2007) complementa que “a democracia política deve estar associada ao desenvolvimento de uma cultura como húmus favorável ao desenvolvimento da consciência pluralista e favorável aos valores de direitos humanos”. O comportamento esperado do homem nessa sociedade é de amor, compreensão e respeito com o seu semelhante e as demais coisas que fazem parte do mundo dos sentimentos, o pensamento e a ação devem estar vinculados a limites jurisprudenciais e filosóficos para manter-se uma relação pacifica e harmônica com a diversidade presente.
	Para a prevalência das relações pacificas frente à diversidade, Bittar e Almeida (2012) deixam uma importante contribuição ao dizerem que se todos têm o mesmo direito e o mesmo dever á lei, revelando-se aqui a ideia de igualdade, ao mesmo tempo todos têm o direito de serem considerados em suas particularidades, revelando-se aqui a ideia parceira, a da diversidade.
4. Conclusão
A estética traduzida no gosto por algo, dentro da esfera do direito é algo vinculado à autodeterminação, a autoidentificação a liberdade de expressão e a dignidade da pessoa humana. Nada pertence tanto ao intimo da consciência humana como o seus desejos e manifestações, como se vestir, se portar, se relacionar afetivamente e demais ações que respeitem os limites da ordem. Crime seria violar a particularidade do outro, crime seria suprimir as manifestações de vontades diferentes ao olhar. Constitucionalmente direitos e garantias foram construídos para que a questão do gosto fosse vista de forma ampliada e exercida de maneira justa sem sofrer nenhuma discriminação. Como já vimos, não existe uma estética universal, assim como não existe uma cultura universal, a essência da estética está na diversidade. O que podemos propor é o respeito a estética alheia e exigir o respeito a nossa estética. A estética proposta não se finda em apenas uma manifestação de amor e solidariedade do espírito humano, mas se estrutura através de uma base bem mais forte, a educação. 
5. REFERÊNCIAS 
BITTAR, E. C. B. ALMEIDA, G.A.Curso de filosofia do direito.10 ed.São Paulo:Atlas,2012.
HABERLE, P. Adignidade humana e a democracia pluralista – seu nexo interno. In: SARLET, I. W.. Direitos fundamentais, informática ecomunicação. Porto Alegre, Livraria do advogado,2007.p.11 – 28.
HELLER, A. FÉHER, F. A condição política pós-moderna. Tradução Marcossanta Rita.Rio de Janeiro:Civilização Brasileira, 1998.
MELO, E. R. Nietzsche e a justiça:crítica e transvaloração. São Paulo: perspectiva; FAFESP, 2004.

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