Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Ementa Pitágoras Introdução à criminologia. Escolas Criminológicas. Teorias Sociológicas à respeito do crime. Escola de Chicago e Teoria das subculturas delinquentes. Psicologia e Psiquiatria Criminal Política Criminal. Exame Criminológico. Vitimologia. CONCEITO DE CRIMINOLOGIA A criminologia é um conjunto de conhecimentos que se ocupa do crime, da criminalidade ede suas causas, da vítima, do controle social do ato criminoso, bem como da personalidade do criminoso e da maneira de ressocíalizá-lo. Etimologicamente o termo deriva do latim crimino (crime) e do grego Jogos (tratado ou estudo), seria portanto o "estudo do crime". E uma ciênciaempírica e interdisciplinar. E empírica, pois baseia-se na experiência da observação, nos fatos e na prática, mais que em opiniões e argumentos. E interdisciplinar e portanto formada pelo diálogo de uma série de ciências e disciplinas, tais como a biologia, a psicopatologia, a sociologia, política, a antropologia, o direito, a criminalística, a filosofia e outros. Tendo objeto de estudo extremamente complexo, qual seja, o crime como um fato biopsicossocial, a Criminologia não se limita a um só domínio ( área, terreno) científico. O delito é estudado pela ciência criminológica, em sua realidade fenomenológica, ou seja como um fenômeno real, em sua realidade fática. Cada um desses fatores motivadores do ato estudado, observado em sua pureza e a independência fenomenológica é afeito ao domínio de determinada ciência, daí porque se asseverar ser uma das características da Criminologia, seu aspecto multidisciplinar, ou interdisciplinar, haja vista necessitar recorrer aos conceitos e conclusões de estudo ( assim como recorrera ao instrumental metodológico) de outras ciências, como a biologia, medicina, direito, socioLogia, psicologia, antropologia, cte. / OBJETO DA CRIMINOLOGIA Enquanto o Direito Penal, ciência normativa que o é, volta-se ao estudo deste objeto, enquanto ente jurídico, como conduta indesejada, vedando-lhe a prática sob a ameaça da imposição de uma pena, a Criminologia busca dissecar o delito, enquanto fenômeno humano e social, investigando-lhe as causas e influências, sejam, endógenas (internas ao agente ativo), ou exógenas ( externas - sociais ou mesológicas). Observa-se assim, possuir, objeto próprio. Reforça ainda este ponto de vista, a observação e análise conjunturais e particularizadas que a Criminologia moderna está divida em quatro pilares: delito, delinqüente, vítima e controle social. A Criminologia tem, assim, objeto comum com o Direito Penal, e é com este, intimamente relacionada. O crime é o objeto de estudo de ambas as ciências, porém sob enfoques diversos. Enquanto o Direito Penal, por ser normativo, cuida do delito, enquanto fenômeno jurídico, a Criminologia o estuda, sob o prisma fenomenológico humano e social. O relacionamento íntimo, no sentido de necessitar, a Criminologia, dos conceitos penais, está em que os conceitos de crime são relativos de país a país, de grupamento social a grupamento social, e é variável no tempo, cabendo ao Direito definir os tipos delituosos concretos. INFRAÇÕES PENAIS Conceito: O Código Penal Brasileiro adota o sistema duaíista ou binário . Prevê- a infração penal como gênero, e como espécies o crime e a contravenção penal. Delito é sinônimo de crime, e a contravenção penal possui como sinônimos: crime anão, delito liliputiano e crime vagabundo. Lei de Introdução ao Código Penal, Art. Io Considera-se crime a infração penal que a lei comina pena de reclusão ou de detenção, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa; contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de multa, ou ambas, alternativa ou cumulativamente. MOMENTO EM QUE NASCE UM CRIME O crime surge no momento em que um determinado fato acontece reiterad amente e se torna incomodo, prejudicial e indesejável a uma sociedade, fazendo com este grupo resolva a deliberar e considerá-lo como uma conduta proibida. Ressalta-se que o conceito de crime pode yariar de tempos em tempos, de grupamento soeial para grupamento social, podendo seu conpeito vafiartamBeiir^íe acordo com a cultura local. CRIME OU DELITO a) Conceito Genérico de crime: Crime e um fenômeno humano, social e cultural. b) Conceito Material de crime: Este conceito esta vinculado ao ato que possui danosidade social ou que provoque lesão a um bem jurídico. c) Conceito Formal de Crime: Este é um conceito que esta ligado ao fato de existir uma lei penal que descreva determinado ato como infração criminal. d) Conceito Analítico de Crime: Este conceito expõe os elementos estruturais e essenciais do conceito de crime. São elementos do fato típico a conduta, o resultado, o nexo causai entre a conduta e o resultado e a tipicidade. Na falta de qualquer destes elementos, o fato passa a ser atípico e, por conseguinte, não há crime. O crime é um fato típico, antijurídieo e culpável Conceito legal de crime C=FT+AJ+C Conceito de Fato Típico: Em um conceito analítico, fato típico é o primeiro substrato do crime, ou seja, o primeiro requisito ou elemento do crime. No conceito material, fato típico é um fato humano indesejado norteado pelo princípio da intervenção mínima consistente numa conduta produtora de um resultado e que se ajusta formal e materialmente ao direito penal. É o fato humano descrito abstratamente na lei como infração a uma norma penal. Conceito deAntijuridicidade: A expressão Antijuridicidade é tratada pela lei penal como ílicitude. Esta terminologia - Antijuridicidade - é utilizada de modo amplamente majoritário tanto na doutrina quanto na jurisprudência. A Antijuridicidade é todo comportamento humano que descumpre, desrespeita, infringe uma lei penal e, consequentemente, fere o interesse social protegido pela norma jurídica. Ela é uma conduta injusta que afronta o senso comum. As pessoas quando tomam conhecimento desta conduta, reprovam-nas veemente. Por exemplo, se uma pessoa revelar a alguém, sem justa causa, um segredo e cuja revelação possa produzir dano a outra pessoa é uma conduta antijurídiea. Em suma, todas as condutas típicas - previstas em iei - como: matai' alguém, estuprar, furtar, roubar, etc - são, a princípio, antijuri dicas, POREM, havendo a presença de alguma excludente de antijurídicidade, esta conduta deixa de ser criminosa. As causas de exclusão de antijuridicidades são tratadas como justificativas, e nesta hipótese o agente pode ser absolvido do crime que cometeu, O art. 23 prevê todas as excludentes de antijuridieidade, Elas também podem ser chamadas de Descnminantés, Eximentes, Causas de Exclusão de Crime, Tipos Permissivos. Conceito de culpabilidade ou de,fótoculpáyeI:a culpabilidade é o elemento subjetivo do autor do crime. É aquilo q u /se passa''na mente daquela pessoa que praticou um delito. V— ^ Ela podería ter desejado um resultado criminoso qualquer (agiu com do 1 o direto); ele poderia ter assumido o risco de produzir um resultado criminoso (agiu com dolo indireto eventual); ou, não desejava aquele resultado criminoso, mas deu causa a ele por imprudência, negligência ou imperícia (agiu com culpa). A culpabilidade portanto, é a culpa em sentido amplo, que abrange o dolo (artigo 18, inciso I; CP); e a culpa em sentido estrito (artigo 18, inciso II; CP). Por outro lado, ela resulta ainda, da união de três elementos: imputabilidade, consciência efetiva da antij uridicidade e exigibilidade de conduta conforme ao Direito. Ou seja: deve o autor do delito ser imputável; ter conhecimento ou possibilidade de conhecimento dá antijurídicidade de sua conduta; e ter condições de, no momento da prática daquele ato criminoso, ter agido de modo diverso do qual agiu. Em vista disto, é oportuno lembrar de que existem excludentes de culpabilidade previstas pelo Código Penal que determinam que o agente não deve ser punido, mesmo sendo a sua conduta (ativa ou positiva), típica e antijurídica. Neste caso, o legislador empregou expressões como: "é isento de pena" (artigos 26, caput; e 28, parágrafo Io do CP); ou de forma indireta: "só é punível o cmtor da coação ou da ordem", dando a entender que o autor do fato não é punível (art. 22 do CP). Entre estas excludentes de culpabilidade, encontramos como destaque, a menoridade (art. 27 CP). Estes seriam então, os elementos integrantes do conceito jurídico, dogmático ou analítico de crime, defendidos pela doutrina prevalente. Entretanto, existem autores que não aceitam esta definição. Enquanto alguns pretendem retirar um dos seus elementos, outros, desejam acrescentar novos elementos. Sobre este assunto, o Prof. Luiz Alberto MACHADO esclarece que "o conceito analítico do crime vem sofrendo p ro f indo reexame do mundo juríâico-criminal. A mais ou menos pacífica e tradicional composição tripartida (tipicidade, antijurídicidade, culpabilidade) tem trazido inqinetações, seja pela estrutura interna desses elementos, com a transposição dè fatores de um para outro, seja pela atual tentativa de retorno a uma concepção bipartida." O maior expoente da teoria finalista da ação em nosso meio, Prof. Damásio Evangelista de JESUS, sustenta que a culpabilidade não é elemento ou requisito do crime. Ela somente funciona como pressuposto da pena; e que o juízo de reprovabilidade não incidida sobre o fato, mas sim sobre o sujeito. Não se tratando de fato culpável, mas de sujeito culpável. Culpabilidade seria um juízo de reprovação que recairía sobre o sujeito que praticou o delito, desta forma, a culpabilidade seria uma condição de imposição de pena. Nas palavras do Prof. MAGALHÃES NORONHA, na pena não integra o delito, por ser este seu pressuposto. Tê-la corno constitutiva do crime é considerar como elemento da causa o e f e i t o " A pena vem a ser, então, um efeito do delito. É sua consequência ou resultado." E, realmente, este é o entendimento da doutrina dominante. Alguns autores, influenciados pela doutrina italiana de BATTAGLINI, defendem a inclusão da punibilidade no conceito do crime. Não comungo com tal idéia. A pena a ser aplicada ao autor do crime, uma vez condenado, é uma consequência do crime, e não parte integrante do crime. Nas palavras do Prof. MAGALHÃES NORONHA, "a pena não integra o delito, por ser este seu pressuposto. Tê-la. como constitutiva do crime é considerar como elemento da causa o efeito.".... "A pena vem a ser, então, um efeito do delito. É sua consequência ou resultado." E, realmente, este é o entendimento da doutrina dominante. CONTRAVENÇÃO: Contravenção éuma infração penal de menor potencial ofensivo, sendo que as mesmas f estão previstas na lei Lei número 3.688/1941 . Exemplo: LCP, art,21,Praticar viasjje'* fato. ATO INFRACIONAL O Ato infracional. é o ato condenável, de desrespeito às leis, à ordem pública, aos direitos dos cidadãos ou ao patrimônio, cometido por crianças ou adolescentes. Só há ato infracional se àquela conduta corresponder a uma hipótese legal que determine sanções ao seu autor. No caso de ato infracional cometido por criança (até 12 anos), aplicam-se as medidas de proteção. Nesse caso, o órgão responsável pelo atendimento é o Conselho Tutelar. Já o ato infracional cometido por adolescente deve ser apurado pela Delegacia da Criança e do Adolescente a quem cabe encaminhar o caso ao Promotor de Justiça que poderá aplicar uma das medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente da Criança e do Adolescente, Lei 8.069/90 (doravante ECA) (Revista Jurídica Consulex, n° 193, p. 40, 31 de Janeiro/2005). O EGA trata do ato infracíonal, conceituando-o em seu artigo 103 senão vejamos: “A lt 103. Considera-se ato infracíonal a conduta descrita como crime ou contravenção penal45. Segundo o EGA (àrt. 103) o ato infracíonal é a conduta da criança e do adolescente que pode ser descrita como crime ou contravenção penal. Se o infrator for pessoa com mais de 18 anos, o termo adotado é crime, delito ou contravenção penal. Assim, considera-se ato inffacional todo fato típico, descrito como crime ou contravenção penal. A doutrina se divide segundo qual teoria o EGA teria acolhido. Assim, segundo os Profs. Eduardo Roberto de Alcântra Del-Campo e Thales César de Oliveira o ECA segue a teoria tripardita do direito penal que aponta como elementos do delito a tipieidade, a antijuridicidade e a culpabilidade. Já para o Prof. VálterfCenjilshida o ECA adotou a teoria finalista onde o delito é fato típico e antijuridico. Independentemente da posição prescrita entendemos que este artigo está totalmente acordado com a Constituição Brasileira quando dispõe que “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal” (art. 5, XXXIX, da CF). No caso do art. 103, embora a prática do ato seja descrita como criminosa, o fato de não existir a culpabilidade, em razão da imputabilidade penal, a qual somente se inicia aos 18 anos, não será aplicada a pena às crianças e aos adolescentes, mas apenas medidas socioeducativas. Dessa forma, a conduta delituosa da criança ou adolescente; será denominada tecnicamente de ato infracíonal, abrangendo tanto o crime como as contravenções penais, as quais constituem um elenco de infrações penais de menor porte, a critério do legislador e se encontram elencadas na Lei das Contravenções Penais. CONCEITO DE PENA: “Sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo Estado, em execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal, consistente na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição punitiva ao delinqüente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões pela intimidação dirigida à coletividade. (CAPEZ, 2003, p. 332)” CONCEITODE MEDIDA DE SEGURANÇA: Alguns homens, quando cometem fatos definidos como crime, por suas particulares condições biopsicológicas, não sabem nem têm a capacidade de saber que estão realizando comportamentos proibidos pelo Direito. São absolutamente incapazes de entender que seu comportamento é ilícito. Outros, apesar de conhecerem a ilicitude, não têm a menor capacidade de se determinar em consonância com esse entendimento, pois são totalmente incapazes de se autogovemar. Conhecem ó ilícito, mas não se contêm e, por força de impulso incòntrolável, realizam a conduta que sabem proibida, Essas pessoas são chamadas ínimputáveis. Em virtude de doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou retardado, ou embriaguez total, proveniente de caso fortuito ou força maior, são absolutamente incapazes de entender o caráter ilícito do fato ou, mesmo capazes de entendimento, plenamente incapazes de se determinar de acordo com esse entendimento, A elas equiparados, por força de preceito constitucional, estão todos os menores de 18 anos. As pessoas que não são inteligentes e as que não são livres não sabem o que fazem ou. não podem escolher entre o justo e o injusto; por isso, não podem ser responsabilizadas pelo que tiverem feito. A pena criminal só é'aplicada ao que, capaz de entender e de se determinar, podia, quando se comportou, saber que realizava fato proibido e que, nas circunstâncias, poderia ter agido de outro modo. São os que cometeram fatos típicos, ilícitos e culpáveis. O homem que, sem capacidade de entendimento e determinação, realizou fato típico e ilícito, o injusto penal, não pode ser punido, apenado, mas deverá receber outra sanção penal a medida de segurança. A questão, no entanto, é envolta pelo problema da definição do tempo de duração desta medida. A lei diz que será por prazo indeterminado, até que perdure a periculosidade. Pelo sistema dualista, pode-se afirmar que coexistem duas modalidades de sanção penai: pena e a medida de segurança. A pena pressupõe culpabilidade; a medida de segurança, periculosidade. A pena tem seus limites mínimo e máximo predeterminados (Código Penal, artigos 53, 54, 55, 58 e 75); a medida de segurança tem um prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, porém o máximo da duração é indeterminado, perdurando a sua aplicação enquanto não for averiguada a cessação da periculosidade (Código Penal, artigo 97,parágrafo Io). São medidas aplicadas pelo Juiz com finalidade pedagógica em indivíduos infanto- juvenís (adolescentes, ou seja, inimputáveis maiores de doze e menores de dezoito anos, que incidirem na prática de atos infracionais (crime ou contravenção penal). Medidas de natureza jurídica repreensiva e pedagógica para inibir a reincidência dos mesmos e prover a ressocialização.1 MEDIDA SÓCIO EDUCATIVA Medidas sancionatórias sendo todas elas originadas por intermédio do que apregoa a Doutrina da Proteção Integral pautados nos Direitos Humanos e Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, assim como a Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Cada medida é aplicada ao menor são analisadas com métodos pedagógicos, sociais, psicológicos e psiquiátricos. Sendo levado em conta: a capacidade de cumprimento, as circunstâncias do ocorrido, e a gravidade da infração. À medida sócio-educativa de internação é aplicada em decorrência da prática de certos atos infracionais praticados por adolescentes, também chamados menores em conflito com a lei. De acordo com o art. 2o da lei 8069/1990, adolescente é aquela pessoa entre doze e dezoito anos de idade. Nos termos do art. 108 do ECA, considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal. Dentre as medidas sócio-educativas impostas ao adolescente, a internação se apresenta como a mais severa posto que é uma medida que envolve efetiva e permanente privação de liberdade ao adolescente que pratique ato infracional mediante grave ameaça ou violência à pessoa; a adolescente que cometa, reiteradamente, outras infrações graves; e, também, a adolescente que descumpra, reiterada e injustificadamente, a medida anteriormente imposta. A aplicação da medida sócio-educativa de internação é pautada por alguns princípios peculiares, são eles: princípio da brevidade; da excepcionalidade; e de respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento. MEDIDAS DE PROTEÇÃO As medidas específicas de proteção são preconizadas para a criança e o adolescente cujos direitos reconhecidos pela lei forem ameaçados ou violados: "I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; II - falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; III - em razão de sua conduta" (art. 98 ,1, II e III, c/c o art. 10 1, caput, do EGA). Destinam-se, portanto, as medidas de proteção ao carente e ao infrator, este ultimo inserido no inc. 111 ao art. 98:"em razão de sua conduta’'. Ao menor de 12 anos, criança, incurso na prática infracional, aplicar-se-ão apenas as medidas específicas de proteção, não lhe sendo endereçadas as medidas sócio- educativas, iri verbis: "Alt. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101", Andou bem a lei em não estender i criança infratora, menor de 12 anos, com pouca idade, as medidas mais severas previstas nos incs. II a VI do art. 112. Quanto a medida.de advertência, porém, o legislador melhor agiría se a tivesse prescrito também para a criança infratora. CRITICAS A CRIMINOLOGIA l)Quanto ao objeto Os contestadores da cientificidade da Criminologia afirmavam que ela padecería de suposta carência de objeto, pois o crime seria objeto do Direito penal, como ciência. Entretanto é de se atentar para que apesar da evidente inter-relação entre a ciência em estudo e o Direito Penal - pois este é quem define o que vem a ser o crime ( conceito relativo, pois variável no tempo e no espaço, enquanto conduta particularizada)- ambos os ramos do conhecimento científico dedicam a este mesmo objeto sendo seus estudos sobre enfoques diferentes. A CRIMINOLOGIA E PODER A Criminologia não é um ramo do conhecimento científico simpático ao Poder, haja vista que o estudo sobre as raízes e motivação do delito poderá ( e via de regra o fará) descortinar fatores criminogenos gerados pelo mau exercício do poder. O CONTEÚDO MÚLTIPLO DACRIMINOLOGIÁ(TRÍPLICE CONTEÚDO). a) Fenomenologia criminal (descrição do crime). b) Etiologia criminal ( estudo das causas). c) Dinâmica criminal ( “processus”, manifestação ou exteriorização do delito). A AUTONOMIA DA CRIMÍNOLOGIA A autonomia da Criminologia como ciência reside no fato de que apesar de outras ciências, como a sociologia, a antropologia, a medicina legal, a psicologia, terem também o ato humano delituoso por objeto, mas o têm acidental mente, enquanto a criminologia o tem como escopo principal de suas atividades investigatórias científicas. O MÉTODODA CRIMINOLOGIA Elemento caracterizador de todas as ciências, a utilização de métodos científicos,, em realidade, não é exclusivo da ciência. Podemos concluir ser a metodologia , elemento essencial à cientificidade de determinado ramo da pesquisa, mesmo que não lhe seja exclusivo.. À metodologia é um conjunto de meios já experimentados 11a área de conhecimento humano, que facilita, organiza e universaliza o andamento das pesquisas e obtenção dos resultados. Lakatos e Marcòni conceituam 0 método, “in verbis”: “O método é 0 conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar 0 objetivo - conhecimentos válidos e verdadeiros traçando o caminho a ser seguido, detectando erros c auxiliando as decisões do cientista”.( LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 4a ed. rev. e amp. São Paulo: Atlas, 2001. P.83), Vitorino Prata Castelo Branco assim conceitua método, c posteriormente, expõe atualização do método em Criminologia: “Em geral , 0 método é 0 meio empregado, pelo qual 0 pensamento humano procura encontrar a explicação de um fato, seja referente à natureza, ou ao homem, ou à sociedade. Só 0 método científico, isto é, sistematizado, por observações e experiências, comparadas e repetidas, pode alcançar a realidade procurada pelos pesquisadores. O campo das pesquisas será, na Criminologia, 0 fenômeno do crime como ação humana, abrangendo as forças biológicas, sociológicas e mesológicas que 0 induziram ao comportamento reprovável etc” .( CASTELO BRANCO, Vitorino Prata. Apuei FERNANDES, Newton; FERNANDES, Valter. Criminologia Integrada. 2a ed. r ev., at. E amp. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais,2002.P.28). À Criminologia utiliza o método experimental, naturalístico e indutivo no concernente ao estudo do delinqtiente, recorrendo a métodos estatísticos, históricos e sociológicos no que tange à busca de conhecimento das causas da criminalidade. O método indutivo passa pela fase da observação dos fenômenos, e sua respectiva análise com o intuito de constatar os fatores que ensejaram sua manifestação; posteriormente, busca-se identificar a relação entre eles, para que se possa, em conclusão, generalizar tal relação entre fenômenos e fatos semelhantes, alguns até ainda inobservados ou mesmo inobserváveis. Lakatos e Marconi, asseveram, com extrema clarividência que: “Indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam”.( LAKÁTÓS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Científica. 4a ed. rev. e amp. São Paulo: Atlas, 2001, P.86). Assim, no método indutivo, inicia-se do conhecimento de partes contidas para concluir por uma concepção do todo, enquanto no método dedutivo, conhece-se a regra geral, e cio todo, busca-se concluir sobre as partes contidas. O criminologista alemão Seelig apresenta uma. plêiade de meios de pesquisa cri mino lógica: a) a percepção direta do fato criminoso; b)observações sobre o local do delito; c) exames e perícias sobre instrumentos de crime e seus produtos; d) exame biocriminológico do criminoso( exame direto do delinqüente); e) exame paralelo dos não-delinquentes, na medida do possível realizado sobre grupos humanos semelhantes aos grupos de criminosos para o estabelecimento de comparações; f) pesquisas genealógicas sobre as famílias dos delinquentes, buscando-se a criminalidade de ascendentes, de colaterais e de descendentes, suas anomalias psíquicas ou particularidades sociais ou caracterológicas; g) exame dos casos criminais com base nos "dossiers” criminais existentes nas instituições policiais e judiciais; h) análise dos noticiários da imprensa; i) comentários de especialistas em direito penal ou pessoas com experiência criminológica;j)as auto-biograíias dos delinqüentes, seus diários, memórias, cartas, etc;k) estuda da prova índireta-circunstancial, e especialmente a análise dos erros judiciários; 1) os testes psicológicos - de inteligência, de afetividade, de projeção da personalidade, etc.- como método experimental muito utilizado na psicologia aplicada, o que podería ser aplicado até nas testemunhas do fato delituoso; além de pesquisas estatísticas, na área da penologia.. (SEELIG, E. Apud ALVES, Roque de Brito. Criminologia. Rio de Janeiro: Forense, 1.986. FINALIDADE PA CRIMINOLOGIA Como todo ramo do conhecimento científico, a Criminologia possui finalidade própria, qual seja, a debelação ou redução da criminalidade e a ressocialização do delinquente. E busca atingir seus objetivos mediante o conhecimento das causas do delito, suas consequências, bem como das condições e eficácia da pena, fornecendo elementos hábeis ao Direito Penal, através da política Criminal. Observa-se que é de se acrescer a essa finalidade, a habilitação, mediante o cabedal de conhecimento científico sobre o delito, delinqüente, vítima e controle social. A CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA CAUSAL-EXPLICATÍVA. Ao contrário do Direito, que é uma ciência do ideal, ou seja a ciência “do deve ser” , a Criminologia, em se tratando de uma ciência do “ser”, analisa o delito como fato humano e social normal, buscando-lhe as causas e estudando-as, bem como procurando obter o conhecimento e respectiva explicação acerca da personalidade do criminoso. Tem feições etiológicas, visto que ao estudar a conduta seu objeto busca seu porquê. A CRIMINOLOGIA COMO UMA CIÊNCIA AUTÔNOMA. Ao estudar as motivações do crime e da criminalidade, bem como a personalidade do delinqüente, e ainda buscando o domínio sobre as condições de cumprimento de pena e ressocialização do egresso, propicia ao Direito Penal o conhecimento naturalístico sobre seu objeto de estudo, viabilizando a sólida normatização do ideal buscado pelas normas criminais.Mas não podemos esquecer que a criminologia é um ciência autônoma. A HISTÓRIA PA CRIMINOLOGIA Nos primórdios a forma de solução de conflitos era pelo uso da autotütelaem. que era legítimo ao mais forte ou ao seu grupo sujeitar a vontade dos mais fracos às suas. Não existia a figura do Estado e a imposição de comportamentos operava-se exclusivamente pela força. Com o desenvolvimento da vida social, verificou-se o surgimento das primeiras atividades legiferantes, ainda que simples e as condutas sociais censuráveis passaram a ser previstas em ordenamentos e a transgressão da paz social seria cominada de uma sanção. No início Assim, com o decorrer do tempo, surgiram estatutos, corno o Código de Hamurabi (por volta de 1.700 a.C.), cuja marca principal era a adoção da lei de Talião (olho por olho, dente por dente), Código de Manu (por volta de 1500 a.C.), até as Leis das Doze Tábuas romanas (por volta de 449 a.C.) e o Corpus Iuris Civilis de Justiniano (por volta de 530 d.C.).Esses códigos normalizaram a realidade de cada sociedade e quase todos permitiam a imposição de morte ao agente que ferisse a paz publica. Na idade média, cada Estado novo contava com o seu ordenamento jurídico e visavam, sobretudo a proteção dos interesses da Monarquia e das classes que a apoiavam, como a Nobreza. Hodiemamente, com a configuração moderna dos Estados Modernos, cada qual conta com legislação própria para o combate à criminalidade e a atribuição de valor social a cada bem jurídico, os quais variam de cultura para cultura, processo oriundo de longo processo de evolução de cada povo. Por mais que o crime tenha sempre existido, o interesse em aprofundar nos estudos das suas causas é relativamente recente, datando conforme já mencionado de fim do século XIX. Esse período de importante crescimento científico da humanidade, pós Revolução Francesa, marcou a transição da ideologia absolutista e teocêntrica para a antropocêntriea, começando o ser humano a se focar no estudo dos fenômenos em que figura diretamente. Foi nesse contexto que surgiu a Criminologia como ciência interdisciplinar, dotada de princípios e objetos bem específicos, visando, sobretudo a compreender o crime, sob os aspectos cio delito, delinqüente, vítima e controle social. O conceito de crime não é fechado e sua compreensão passa pelo estudo de diversas áreas do conhecimento humano, sendo que restringiremos às suas definições jurídicas. Para alguns, crime é uma conduta (ação ou omissão contrária ao Direito, a que a lei atribui uma penà» Duas expressivas correntes doutrinárias no direito brasileiro buscam definir crime: a causalista e a finalista. Para a primeira crime é todo fato típico, antijurídico e culpável e para a segunda a culpabilidade não é elemento do crime, mas sim pressuposto para a aplicação da pena. A evolução da criminologia Em 1879, há registros de que o antropólogo francês Topinard teria utilizado, pela primeira vez, o termo criminologia e, em 1885, ele apareceu no título da obra de GarófaIo,“A Criminologia” Em razão de circunstâncias como essas, autores tendem a vincular onascimento da criminologia como ciência, com o nascimento da Escola Positiva. No entanto, conforme explicam Dias e Andrade (1997), embora a criminologia tenha passado a apresentar-se como ciência com o Positivismo, sendo definida como “estudo etiológico explicativo do crime”, a preocupação sistemática com o problema do crime se deu desde a Escola Clássica. Na verdade, a preocupação com o crime tem uma existência muito maisantiga, que pode ser percebida já em Platão (As Leis) e Aristóteles (Ética aNicômaco), A evolução da criminologia (Séculos XIX e XX) A Criminologia da Escola Clássica A Criminologia Clássica surgiu com o intuito de explicar as causas do crime. Abarcava três escolas: a Escola Clássica, a Positivista e a Sociologia Criminal. Para a primeira corrente o crime é produto de uma escolha racional e deliberada do agente que, avaliando os riscos da sua atividade, os assume para si e prática a conduta delituosa. Nesse contexto, a pena teria caráter punitivo e necessário para a repressão da criminalidade. Tem como principal defensor Beccaria. A principal crítica que se faz atualmente a essa teoria é que ;a erradicação das causas do crime não leva a sua extinção, como o fato de se extinguir maternídades não impede a natalidade d.e crescer. A Escola Positivista Para a segunda corrente (Escola Positivista), que tem como principal divulgador Lombroso, o comportamento humano criminoso não é fruto de livre-arbítrio ou escolha deliberada e premeditada, mas sim de características inatas a própria pessoa do criminoso. Assim, o estudo do crime deveria se pautar na figura do criminoso, estudando-o para se chegar a uma solução definitiva para a criminalidade. Para seus adeptos, a aplicação de pena seria inócua, vez que a atividade criminosa é uma doença e como tal deveria ser tratada. Essa corrente é bastante estudada atualmente, sobretudo sob o prisma de três vertentes: a vertente Bioantropológica, que condiciona o comportamento criminoso do agente à sua predisposição, estrutura orgânica; a vertente Psicodinâmica, que sugere que o comportamento criminoso tem o seu nascedouro em desvios no processo de socialização e de aprendizado do agente e por fim a vertente Psico-Sociológica, que enfoca o estudo do comportamento social do agente. Destaca-se ainda nessa escola as obras de Ferri e Garófalo que,, embora tenham sido discípulos de Lombroso, guardam algumas divergências entre si e quanto ao mestre. Enquanto Lombroso se ateve ao fator antropológico, Ferri trouxe à tona as condieionantessoeiológicas, e Garófalo, o elemento psicológico. Sociologia criminal e Americana A sociologia crimihàldesenvolveu-se juntamente com a própria sociologia americana que se deu, segundo Dias e Andrade (1997), tanto no plano teórico çomo no empírico, tratando o crime como um comportamento desviante e enquadrando-o no conceito de fato social. O desenvolvimento da sociologia criminai americana apresenta as seguintes etapas: nos anos 20 e 30, a Escola ecológica de Chicago; em seguida, as teorias culturalisías e funcionalistas, as perspectivas interacionistas; e, mais recentemente, as teorias críticas (o labeiing approaeh, a etnometodologia e a eriminólogia radical).A Sociologia Criminal, por seu turno, busca explicar as causas do crime no próprio seio social. Para os seus adeptos a própria sociedade cria condições favoráveis ao surgimento dò crime e somente uma mudança em seu germe seria útil ao controle da criminalidade. Atualmente o enfoque a essa corrente se faz pelo estudo de três teorias: a Teoria da Desorganização Social, que sustenta que a criminalidade é oriunda da própria ruptura dos mecanismos sociais de controle ao crime, como os valores familiares; a Teoria da Subcultürâ Delinqüente, que estabelece que a criminalidade germina a partir da conscientização moral que toma imperativa a conduta delituosa e por fim a Teoria da Anomia que descreve o crime como algo normal e intrínseco ao funcionamento do sistema. Esta corrente entende que o delito constiui um fato social, pois são as regras de funcionamento do sistema social que desencandeiam comportamentos adequados e desviantes, os quais configuram meios distintos de busca pelo sucesso material e pela ascensão social; o crime é um comportamento inerente ao convívio social, e não obra da pobreza ou da marginalidade, pois também é praticado por pessoas em condições socioeconômicas vantajosas e elevado grau de escolaridade, como nos “crimes do colarinho branco”. Criminologia socialista Criminologia socialista, esta corrente prevê que as causas do crime prendiam-se a miséria, a cobiça e a ambição, que eram as bases do sistema capitalista e, portanto, ao combatê-lo, por meio do socialismo, por-se-ia um fim as tragédias sociais e ao crime. O século XX vem. marcando o abandono do antropologismo de Lombroso e o surgimento da sociologia criminal americana} caracterizada por sua organização, profissionalização e divulgação, por meio de manuais, revistas e congressos. Evoluçãoda crimmologia(final do séculos XX e início do século XXI) Criminologia Crítica ou Criminologia Nova Este corrente tinha como meta em vez de olhar para o criminoso e perquerir as causas e os motivos que o impulsionam, dirige sua atenção aos mecanismos e instâncias de controle social; o direito e o processopenal tornam-se mecanismos utilizados pelos donos do poder; possui três vertentes: Olabellmg ctpproach, a entnometodologia e a criminologia radical. O labellmg approadt Esta corrente prevê que o comportamento criminoso é o resultado de uma abordagem decorrente do sistema de eontroie social; as instituições “etiquetam’5um agir como desviante, decidindo quem é criminoso. À entnometodologia» Esta corrente estuda o cotidiano e como ele é vivenciado, destacando as regras e os rituais das pessoas envolvidas e como interagem seus participes e as “organizações”, como a polícia, ministério publico, judiciário, sistema prisional e etc. Criminologia Radical Esta corrente propõem, que numa sociedade capitalista, cuja ordem jurídica é opressora, o crime é um problema insolúvel, pretende modificar a sociedade em vez de tratar o criminoso. A Criminologiana atualidade Cumpre à criminologiabuscar uma explicação casual para o delito,, dedicar sua atenção aos modelos de controle social e como suas instituições agem, reagem interagem com o criminoso, bem como ocupar-se de questões relevantes de política criminal, inclusive fixando critérios para a criminalização e descríminalização de condutas. Possui duas vertentes: Criminologia de Consenso e de Conflito. A criminologia de consenso Esta corrente sustenta que a coesão social se dá em tomo de valores comunsa toda sociedade, de tal modò que conflitos capazes de ameaçá-los devem ser excluídos. Desse modelo, advêm uma aceitação das normas jurídico-penais, porque constituem o meio de tutelar o núcleo de coesão e o próprio funcionamento do sistema. Criminologia de conflito Esta corrente prega que todas as relações sociais são conflitivas, porque a autoridade é distribuída desigualmente entre as pessoas, gerando por parte daqueles menos aquinhoados resistência a essa desproporcional situação. Consegue esclarecer a razão pela qual o sistema de justiça penal sempre se caracterizou por direcionar sua mais vigorosa reação a condutas ilícitas praticadas pelas chamadas sociais economicamente mais fragilizadas. O objeto da moderna Criminologia Na atualidade, o objeto da moderna Criminologia está divido em quatro pilares: delito, deiinqíiente, vítima e controle social. Observa-se que do surgimento da criminologia até a fase atual houve uma substancial transformação no seu objeto de estudo. Na época de Beccaria, a investigação era com relação apenas ao crime. Com o surgimento da Escola Positiva, e de Lombroso e seus seguidores, o objeto de estudo da Criminologia passou a ser o delinqüente, sendo que até aí verificamos uma substituição do objeto de estudo de criminologia. Durante muito tempo foram apenas o delito e o deiinqüente os objetos de estudo da Criminologia, Da metade do século XX até a atualidade, passamos a ter não mais substituição, mas também uma ampliação do objeto de estudo, porquanto são mantidos os interesses com o crime e o deiinqüente, e são adicionados mais dois pontos: avítimae o controle social. Foi por volta da década de 1950 que começaram a surgir estudos criminológicos específicos sobre a vítima criminal. Isso cresceu muito e talvez seja á área da Criminologia hoje que esteja em maior efervescência. E no Brasil não seria diferente. Afinal, hoje quase todos nós ou familiares jâ fomos vítimas de algum crime. Mais ou menos nessa época também começaram a eelodir os estudos sobre o controle social, sendo que iremos tratar detalhadamente dessas quatro áreas de interessea seguir. O DELITO O delito é um dos objetos mais antigos de preocupação da humanidade.O crime é um fenômeno humano e cultural. Ele só existe em nosso meio. Na natureza não há figura de crime. Os animais são regidos por leis próprias e são irracionais. Embora alguns sejam mais inteligentes que outros, eles não possuem o poder de reflexão que o homem possui. É impossível a um aniinal ter a compreensão necessária para um julgamento racional, se tal ato é um crime ou não. Então, os animais excluídos da autoria de crime. O Direito Penal trabalha com três conceitos de delito: material, formal, e analítico. Oconceito material está vinculado ao ato que possui danosidade social, ou que provoque lesão a um bem jurídico. O conceito formal está ligado ao fato de existir uma lei penal que descreva determinado ato como infração criminal. Já o conceito analítico expõe os elementos estruturais e aspectos essenciais do conceito de crime. Contudo, mesmo sendo importante o bem para manutenção e subsistência da sociedade, se não houver uma lei penal protegendo-o, pois mais relevante que seja não haverá crime se o agente vier atacá-lo, em face do principio da legalidade. A criminologia moderna não mais se assenta no dogma de que convivemos em uma sociedade consensual. Pelo contrário, vivemos em uma sociedade conflitiva. Não basta afirmar que crime é o conceito legal. Isso não explica tudo e não ajuda quase nada na percepção da origem do crime. A criminoiogia moderna busca se antecipar aos fatos que procedem áo conceito jurídico-penal. O Direito Penal só age após a execução (ex: tentativa) ou na consumação do crime. A Criminoiogia quer mais! Ela quer entender a dinâmica do crime e intervir nesse processo com o intuito de dissuadir o agente de praticar o crime, o que pode ocorrer das mais variadas formas. Já foram tratados aqui os três conceitos utilizados pelo Direito Penal, os quais são obrigatórios pontos de partida da Criminoiogia, mas não esgotam o problema. Molina Leciona que Garófaio chegou a criar a figura do delito natural, ou seja, para ele, delito seria: “uma lesão daquela parte do sentido moral, que consiste nos sentimentos altruístas fundamentais (piedade e probidade) segundo o padrão médio em que se encontram as raças humanas superiores, cuja medida é necessária para a adaptação do individuo à sociedade”, outros autores, no entanto, realçam a nocividade social da conduta ou a periculosidade do seu autor. A sociologia criminal já utiliza outro parâmetro, bastante em voga na atualidade: o de conduta desviada ou desvio. Esse critério utiliza como paradigma as expectativas da sociedade. As condutas desviadas são aquelas que infringem o padrão de comportamento esperado pela população num determinado momento. É um conceito que não se confunde com o de crime, mas que o abrange. Anthony Giddens ensina que podemos definir o desvio como o que não esta em conformidade com determinado conjunto de normas aceitas por um número significativo de pessoas de uma comunidade ou sociedade. A dada altura de nossas vidas podemos ter excedido o limite de velocidade, feito chamadas telefônicas de brincadeira (trote), ou fumando marijuana (maconha). Desvio e crime não são sinônimos, embora muitas vezes se sobreponham. O âmbito do conceito de desvio é mais vasto do que o conceito de crime, que se refere apenas à conduta inconformista que viola uma lei. Muitas fôrmas de comportamento desviante não são sancionadas pela lei. Sendo assim, os estudos sobre desvio podem examinar fenômenos tao diversos como os naturalistas (nudistas), a cultura “rave” ou os viajantes “new age”. O conceito de desvio tem intima relação com a política de controle da criminoiogia conhecida como tolerância zero, O controle da criminalidade naquele modelo começa na repressão de condutas desviadaS. O DELINQUENTE 0 delito foi o objeto principal de estudo da Escola Clássica criminal. Foi com o surgimento da Escola Positiva que houve um giro de estudo, abandonando-se a centralização na figura do crime e passando o núcleo das pesquisas para a pessoa do delinquente. A Escola Positiva surgiu no contexto de um acelerado desenvolvimento das ciências sociais (Antropologia, Psiquiatria, Psicologia, Sociologia, Estatística etc.). Ao abstrato da Escola Clássica, a Escola Positiva opôs a necessidade de defender mais enfaticamente o corpo social contra a ação do delinqüente, priorizando os interesses, sociais em relação aos indivíduos. Na atualidade, os modelos biológicos de explicação da criminalidade perderam quase que totalmente a sua força. Todavia, não foram totalmente eliminados, dentro dê suas limitações também pode contribuir para a compreensão do fenômeno criminal. Na moderna criminoiogia, o estudo do homem delinqüente passou a um segundo plano, como consequência do giro sociológico experimentado por ela e da necessária superação os enfoques individualistas em atenção aos objetivos político-criminais. O centro de interesse das investigações, ainda que não tenha abandonado a pessoa do infrator, deslocou-se prioritariamente para a conduta delitiva, para a vítima e para o controle social. Uma das maiores contribuições criminológicas que a Psicologia pode dar nesse sentido é ajudar na criação de programas que auxiliem a redução da reincidência criminal, campo que ainda não foi explorado totalmente. A VÍTIMA CRIMINAL É inquestionável o valor que o estudo da vítima possui hoje para a Ciência Total do Direito Penal. A vítima passou por três fases principais na história da civilização ocidental No início,, fase conhecida como idade de ouro» a vítima era muito valorizada» valorava-se muito a pacificação dos conflitos e a vítima era muito respeitada. Depois» com a responsabilização do Estado pelo conflito social, houve a chamada neutralização da vítima. O Estado, assumindo o monopólio da aplicação d pretensão punitiva, diminui a importância da vítima no conflito. Ela sempre era tratada como uma testemunha de segundo escalão, pois, aparentemente, ela possuía interesse direto na condenação dos acusados. E, por último, da década de 1950 para cá, adentramos na fase do redescobrimento da vítima, onde a sua importância é retomada sob um ângulo mais humano por parte do Estado. Os estudos criminológieos da vítima foram se multiplicando na segunda parte do século XX, sendo fundada uma nova disciplina (ou ciência para alguns): a Vitimologia. Conceito da vithnoligia: A vitimologia é o terceiro componente da antiga tríade criminológica: criminoso, vítima e ato (fato crime). Acrescentamos ainda os meios de contenção social. É, na verdade, um conceito evolutivo, passado do aspecto religioso (imolado ou sacrificado; evitar a ira dos deuses) para o jurídico. A vítima é quem sofre um resultado infeliz dos propósitos atos (suicida), das ações de outrem (homicídio) e do caso (acidente), esteve relegada a plano inferior desde a Escola Clássica (preocupava-se com o crime), passando pela escola positiva (preocupava-se eom o criminoso). Por conta de razões culturais e políticas, a sociedade sempre devotou muito mais ódio pelo transgressor do que piedade pelo ofendido. Vitimologia é a ciência que se ocupa da vítima e da vítimização, cujo objeto é a existência de menos vítimas na sociedade, quando esta estiver real interesse nisso, ( Benjamim Mendelsohn) Evolução históricavitimoligia: Os primeiros trabalhos sobre vítima, segundo o professor Marlet (1995), foram de Hans Gross (1901). Somente a partir da década de 1940, com Von Hentig e Benjamim Mendelsohn, é que se começou afazer um estudo sistemático das vítimas conforme já se disse, em razão da postura das Escolas Clássicas e Positiva, naquela época ao Direito Penal só importavam o delito, o delinquente e a pena. Depois, com o l 9 Simpósio Internacional de Vitimología,de 1973, em Israel, sob a supervisão do famoso criminólogo chileno Israel Drapkin, impulsionaram-se os estudos e a atenção do Direito Penal, da psicologia e da psiquiatria. Vitimização prim ária, secundária e terciária; A legislação penal e processual penal brasileira emprega os termos “vítima”, “ofendido” e “ lesado” indístintaménte, por vezes até como sinônimos. Porém, entende- se que a palavra “'vítima” tem cabimento específico nos crimes contra a pessoa; “ofendido” designa aquele que sofreu delitos contra a honra; e “lesado” alcança as pessoas que sofrem ataques a seu patrimônio. Para a Declaração dos Princípios Fundamentais de Justiça Relativos às Vítimas da Criminalidade e de Abuso de Poder, das Nações Unidas (ONU- 1985), define “vítimas” como “as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido um prejuízo, nomeadamente um atentado à sua integridade física ou mental, um sofrimento de ordem moral,uma perda material, ou um grave atentado aos sem direitos fundamentais, como consequência de atos ou de omissões violadores das leis penais em vigor num Estado membro, inchando as que proíbem o abuso de poder Assim, vítima é quem sofreu ou foi agredido de alguma maneira em razão de uma infração penal, cometida por um agente. Classificação das Vítimizações A criminologia, ao analisar a questão vitimológica, classifica a vitimização em três grandes grupos: Vitimização prim ária: Esta forma de vitimização é aquela normalmente entendida como aquela provocada pelo cometimento do crime, pela conduta violadora dos direitos da vítima a qualpode causar danos variados, materiais, físicos, psicológicos, de acordo com a natureza da infração, a personalidade da vítima, sua relação com o agente violador, a extensão do dano etc. Então,é aquela que corresponde aos danos à vítima decorrente do crime. Vitimização secundária: Esta forma de vitimização é tambémsobrevitimizaçãó; entende-se ser aquela causa pelas instâncias formais de controle social, no decorrer dó processo de registro e apuração do crime, com o sofrimento adicional causado pela dinâmica do sistema de justiça criminal (inquérito policial e processo penal). Vitimização terciária: Esta forma de vitimização é aquela que se refere a falta de amparo dos órgãos públicos às vítimas; nesse contexto, a própria sociedade não acolhe a vitima, e muitas vezes a incentiva a não denunciar o delito às autoridades, ocorrendo o que se chama de cifra negra (quantidade de crimes que não chegam ao conhecimento do Estado). Classificação das Vítimas Dessa forma, Mendelsohn sintetiza a classificação das vítimas em três grupos: a) Vítima inocente, que não concorre de forma alguma para o injusto típico; b) vítima provocadora, que, voluntária ou ímprudentemente, colabora com o ânimo criminoso do agente; c) vítima agressora, simuladora ou imaginária ,suposta ou pseudovítima é aquela que acaba justificando a legítima defesa de seu agressor. É muito importante aferir o binômio criminoso/vítima, sobre tudo quando esta interage no fato típico,de forma que a análise de seu perfil psicológico desponta como fator a ser considerado no desate judicial do delito ( vicíe> nos casos de extorsão mediante seqüestro, a ocorrência da chamada “síndrome de Estocolmo”, na qual a vítima se afeiçoa ao criminoso e interage com ele pelo próprio instinto de sobrevivência). Complexo crimhiógenodciinqücntc e vítima: Eimportante analisar a relação entre criminoso e vítima (par penal) para aferir o dolo e a culpa daquele, bem como a responsabilidade da vítima ou sua contribuição involuntária para o fato crime. Isso repercute na adequação típica e aplicação da pena (art. 59 do CP). É inegável o papel da vítima no homicídio privilegiado,, por exemplo. Nos crimes sexuais muitas vezes o autor é “ seduzido” pela vítima, que não é tão vítima assim. Da mesma maneira que existem criminoso reincidentes, é certa para a criminoiogia a existência de vítimas latentes ou potenciais (“potencial vidadeviiimarr). Determinadas pessoas padecem de um impulso fatal é irresistível para serem vítimas dos mesmo crimes.Exemplos: vigias de bancos e lojas; médicos vitimados por denúncias caluniosas; policiais acusados de agressões etc. Assim é que,como há delinqíientes recidivos, há vítimas voluntárias, como os “ encrenqueiros”, os “truculentos”, os “piadistas” etc. No entanto, muitas pessoas, vítimas autênticas nem contribuem para o evento criminal por ação ou omissão, nem interagem com o comportamento do autor do delito. São completamente inocentes na compreensão ciência do delito. Política criminal de tratamento da vítima: Fundado em São Paulo, em 1987, o Instituto de Ensino e Pesquisa - Insper é uma instituição de ensino sem fins lucrativos que tem o compromisso de ser um centro de referência em ensino e pesquisa nas áreas de negócios e economia. Nesse terreno, coadjuvado pelo Gentro Políticas do IFB ( Instituto Futuro Brasil)* realizou importante pesquisa acerca da vitimização na cidade de São Paulo no período de 2003 a 2008, revelando dados inéditos sobre a criminalidade. O estudo mostra a evolução da violência em São Paulo nesse período, com dados de criminalidade como estelionato, agressão verbal, agressão física, trânsito, crime contra a pessoa, roubo de veículos e roubos a residências. O estudo utilizou como base pesquisa domiciliar com 2.967 pessoas na cidade de São Paulo no ano de 2008. Por sua vez, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo elaborou pesquisa, coordenada pelo sociólogo Túlio Kahn, que asseverou dentre outros relevantes criminais, que o homicídio é o tipo de crime com conseqüências mais graves para a sociedade, o que eleva muito a importância de estudar sua ocorrência çom o objetivo de entendê-lo e encontrar ações efetivas no seu combate e prevenção. A ocorrência de homicídios tem predominância noturna; após as 19h a incidência aumenta muito, atingindo o pico às 22h. Depois o número de ocorrências decresce durante a madrugada, mas ainda com altas taxas, até atingir o ponto mínimo por volta das lOh. Tendo em vista os dias da semana, a ocorrência de homicídios se concreta nos finais de semana, tanto no sábado como no domingo. A diferença na distribuição dos: dois dias reside no fato de que o sábado existe um aumento de homicídios durante todo o dia, enquanto no domingo o aumento ocorre pratieamente só no período da manhã. Por derradeiro, ao contrário da maioria dos tipos de crime, os homicídios estão mais relacionados a favelas do que qualquer outro tipo de infra-estrutura urbana, relacionando-se, num só contexto às precárias condições ambientais e fatores socioeconômicos até culturais. Esse introito deu-separa demonstramos a importância do estudo estatístico para o fim de criar uma política pública de suporte às vítimas da ciimínalidade. As modernas tendências criminoiógicas aparecem desde o final do século XX como consequência de mobilizações sociais em prol de vítimas. O direito penal moderno sofreu um forte golpe em seu parâmetro de observação da vítima com neutralidade, A neutralização da vítima é cada vez mais afetada pelos anseios sociais que a empurram para um papel de maior relevância no processo penal. Tendências político-criminais na Europa (Alemanha e Espanha) e nos EUA desenham-se em quatro grandes vertentes: Na Europa (Alemanha e Espanha) e nos EUA as tendências político-criminais desenham-se em quatro grandes vertentes: 1) Maior proteção de vítimas, mediante a redução de direito e garantias de criminoso no processo penal (por exemplo, uso de prova ilícita, maior valor ao depoimento da vítima que do réu; facilitação da prisão preventiva etc.), o que provocou a indignação ea perplexidade de Hassemer (2008, p. 148). 2) Investimento na aplicação e execução de penas de prisão, sobre tudo perpétua, assim também a pena de morte, afastando a reinserção social para estupradores, terroristas, traficantes, assassinos em séries etc.; paralelamente, a adoção de medidas rígidas de policiamento co base na lei e ordem e tolerância zero para todos os crimes, inclusive os de menor poder ofensivo, o que também provocou a ira do renomado penalista alemão. 3) Ampliação da participação da vítima no processo penal,auxiliando na produção de provas e mesmo substituindo o acusador oficial. 4) Por derradeiro, o fomento à ajuda e atenção à vítima por parte das instituições públicas, com a criação de órgãos de apoio e proteção, bem como o dever estatal de indenização, caso o réu seja insolvente, prevenindo-se a vitimização terciária. No Brasil as ações afirmativas de tutela de vítimas de violência são ainda extremamentê tímidas, na medida em que se vive ima crise de valores morais, culturais e da própria autoridade constituída,^ com escândalos de corrupção grassando nos três poderes da República. Contudo, particular destaque merece a edição da recente Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que refletiu a preocupação da. sociedade brasileira com a violência doméstica contra a mulher. O CONTROLE SOCIAL Desde tenra idade sofremos influência da socialização, Somos educados, pois nossos pais a agir de uma forma ou de outra. A mídia, o meio escolar e outros grupos colaboram come ssa aprendizagem das regras sociais. O controle que um grupo social exerce sobre seus membros, para que não se desviem das normas aceitas, é muitas vezes imperceptível, e nós mesmos exercemos certo controle sobre nossos aos, aflorando um sentimento de culpa quando nos devíamos do que é considerado correto. Esse controle é absolutamente fundamental para o funcionamento das sociedades: sem ele não haveria nenhum tipo de ordem social e não saberiamos como proceder nas mais diversas situações, criando assim uma desordem nas relações entre indivíduos e grupos sociais. A socialização nunca é perfeita; para muitos, a lealdade jamais é sentida, e para outros os padrões não são seguidos espontaneamente. Se a socialização funcionasse perfeitamente, haveria pouquíssima individualidade, inexistiriam criminosos, revolucionários, membros insatisfeitos ou que se desviaram, e ninguém ficaria desgostoso da estrutura social. Para estimular os membros relutantes, as organizações sociais desenvolvem sanções sociais (também denominados controles sociais). O controle social constitui um tema da sociologia. O termo aparece em estudos sociológicos do final do século XIX. Esses estudos examinaram os meios que aplica a sociedade para pressionar o indivíduo a adotar um comportamento conforme os valores sociais, e, dessa forma, garantir uma convivência pacifica. A sociologia do século XX dedicou-se ao exame dos elementos e das finalidades do controle social. A definição de controle social não é fácil. É uma expressão, tal que a de crime organizado, que pode levar a um número elevado de conceituações. Dentro do sistema formal de controle social nós encontramos o Sistema da Justiça ou Justiça Criminal, formado pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia e Administração Penitenciaria, os quais exercem um papel muito expressivo na condução do controle social formal, imposto pelo poder público. O funcionamento dessas quatro instâncias (separadas e organizadas) não é o objeto de investigação do Direito Penal, mas sim da Criminologia, pois são aplicadores natos do controle social formal. Quanto ao modo de exercício do controle social Nessa conclição o controle poderá ser difuso (fiscalizando toda a comunidade) ou localizado (controle intenso de grupos estigmatizados como os ciganos etc,). Com relação aos agentes fiscal izadores Aqui o controle poderá ser realizado pelos agentes do Estado (controle social formal) ou pela própria sociedade civil (controle social informal, exercida pela família, opinião pública, ambiente de trabalho e escolar), O controle formal é conhecido popularmente como repressão. Quanto ao âmbito de atuação O controle social poderá ser exercido diretamente nas pessoas e ai será direto ou indiretamente por intermédio das instituições sociais. Ex.: um policial pode exercer um controle social direto, sobre uma comunidade, mas pode ser influenciado em seu controle pela Corregedoria Pública, que pode expedir recomendações alterando a rotina do exercício do controle social que esse policia fazia, a) Com sanções formais e informais. As sanções formais são aplicadas pelo Estado. Podem consistir principalmente em sanções cíveis, administrativas ou penais. Já as sanções informais não possuem credibilidade. b) Com meios positivos e negativos. De acordo com o meio de atuação, os meios podem ser positivos (prêmios e incentivos) ou negativos (reprovações com aplicações de sanções). Esse sistema costuma ser utilizado na educação. Os alunos são premiados quando executam tarefas como apresentar trabalhos em grupo, fazer o resumo crítico de um livro, comparece a um seminário. É um sistema que possui amigos e inimigos no meio educacional. Os prêmios e as sanções podem possuiu gradações bem diversas, c) Controle interno e externo. O controle interno é também chamado de autodisciplina. Desde que somos crianças aprendemos as regras sociais. Elas vão sendo internalizadas e com o passar do tempo passam a nos orientar sobre como devemos agir para cumprir as regras sociais de cada situação. Quando a autodisciplina falha, a pessoa pode ser compreendida a agir por meio do controle externo. Ela pode se dar pela ação da sociedade ou até do Estado. Um exemplo típico de controle externo social é O da aplicação de multas de transito e ambientais. O caso mais grave do controle externo é o da aplicação da pena de prisão pelo Estado. PSICOLOGIA FORENSE A psicologia forense ou judiciária é um campo da psicologia que consiste 11a aplicação d ps conhecimentos psícológicosaos propósitos do direito. Dedica- Dedica- Dedise à proteção da sociedade e à defesa dos direitos do cidadão, da perspetivapsicológ ica. Enquanto que a psicologia é o estudo do comportamento humano e animal, 0 terno fore nse refere- se, num sentidorestrito, às situações que se apresentam nos tribunais. Deste modo, a psic ologia forense são todos os casospsicológicos, que são levados a tribunal. Por outras palavras, esta ciência (tal como a psiquiatria forense) nasceu da necessidade de legislação apropriada paraos casos dos indivíduos considerados doentes mentais, ape sar de terem cometido atos criminosos ou pequenos egrandes delitos. Um crime é uma g rave infração que envolve um atentado à vida humana ou uma séria ação antissocial,poi: sua vez, um delito é lima infração que resulta da violação às leis que vigoram, A doença mental para além de ser tratada de uma perspetiva clínica, deve ser encarada d e um ponto de vista jurídico. Ajurisprudência é lima ciência que pretende proteger a soei edade, castigando o indivíduo que mete ém causa a sua vidae/ou a dos outros. O psicólogo que exerce atividade nesta área deve ser um perito na sua própria especialid ade, isto é, antes de mais devepossuir e dominar os conhecimentos necessários da psicol ogia em si, para depois dominar os conhecimentos referentesàs leis civis (que dizem res peito aos direitos e deveres de um cidadão para com os outros) e às leis criminais (que d izemrespeito às ofensas que um indivíduo possa cometer para com os outros ou para co m 0 Estado). Deve ser um bom.clfn.ico e possuir um conhecimento pormenorizado da psi copatologia. 0 seu exercício é, normalmente, praticado nasinstituições hospitalares, esp ecialmente, do tipo psiquiátrico. A psicologia criminal é o ramo da psicologia que se dedica ao estudo do comportament 0 criminoso. Ela tenta descobrir ahistória pessoal do indivíduo criminoso e todo 0 conju nto de processos psicológicos que 0 conduziram à criminalidade. Os primeiros trabalhos dentro deste âmbito têm o inconveniente de exagerarem no caso em si, ou seja, encaram amatéria criminal e dos criminosos individuais de uma forma de masiado espetacular, esquecendo os casos comuns doquotidiano e dos que não chegam ao tribunal. Nos fins do século XIX, apareceram alguns trabalhos que tentavamdetermin ar as relações entre a criminalidade e determinadas variáveis psicológicas como, por exe mplo, o temperamentoou a tendência para o suicídio, bem como alguns livros com os tít ulos "Psicologia Criminal". omo esta ciência se dedica ao estudo do comportamento criminoso, necessita de realizar uma análise sistemática dosprincipais tipos de personalidade humana ("estrutura mais o u menos estável e duradoura duma pessoa") que têm maiorpropensão para o crime, bem como dos motivos que a estimulam à ação. E necessário descobrir o motivo que oriento u ocriminoso e compreender o sentido desse ato para, posteriormente, decidirem a pena a aplicar. Entre a personalidade e os motivos que levam ao crime, é dado mais valor aos motivos porque estes podem serdescritos mais facilmente. Contudo, eles apenas assumem import ância, para efeitos de sentença e de compreensão da conduta criminal. A psicologia criminal realiza estudos psicológicos de alguns dos tipos mais comuns de d elinquentes e dos criminosos emgeral como, por exemplo, dos psícopatas que ficaram n a história. De facto, a investigação psicológica desta vertente apresenta, sobretudo, ialve z devido à sua gravidade e fascínio, trabalhos sobre homicídios e crimes sexuais. O movimento destas duas vertentes da psicologia deram os seus primeiros passos com o aparecimento dos conceitos deliberdade, introduzidos pelo médico francês Philippe Pin el (1745- 1826), nomeado responsável pelo sistema hospitalarparisiense, em 1793, e com a críaçã o do conceito de hospital psiquiátrico, ou seja, do hospital que tratava o doente quetrans gredia as normas e as leis e que prevenia a repetição das transgressões. PSIQUIATRIA FORENSE \ ....... ....................................................................................... ...... ................................................... Com a proliferação de casos envolvendo a dúvida sobre a sanidade mental dos envolvidos, tanto na esfera criminal como nas áreas trabalhistas e de família, achei interessante resgatar um texto explicativo básico sobre a Psiquiatria Forense. A psiquiatria forense atua nos casos em que haja qualquer dúvida sobre a integridade ou a saúde mental dos indivíduos, em qualquer área do Direito, buscando esclarecer à justiça se há ou não a presença de um transtorno ou enfermidade mental e quais as implicações da existência ou não de um diagnóstico psiquiátrico. É uma sub- especialidade tanto da Psiquiatria como da Medicina Legal. Ela é ainda hoje é muito pouco estudada com rigor e metodologia científica. A Abrangência Da Psiquiatria Forense Normalmente quando se pensa em perícia, pensa-se num criminoso cruel que alega ser louco para não ir para a cadeia, esquecendo-se que, como área de intersecção entre saúde mental e justiça, o espectro de atuação é muito mais amplo, passando pelas áreas de família, cível, trabalhista, administrativa e qualquer outra que envolva questões jurídicas, perpassando praticamente todas as áreas de atuação humana e remontando à antiguidade, aos primórdios dos códigos e leis. Identificando O Profissional Ideal Para Sua Necessidade Qualquer médico pode ser nomeado por um juiz para atuar num processo - ele é o perito, que trabalhar para a Justiça. Os envolvidos no processo podem contratar um assistente técnico, para auxiliar na preparação de quesitos (perguntas que o perito deve responder) c acompanhar a perícia. O resultado final dos trabalhos será apresentado num laudo. Com o avanço do conhecimento nas diversas especialidades fica cada vez mais difícil que exista uma Medicina ampla e ao mesmo tempo profunda o suficiente para dar conta de todas as questões que envolvam o Direito. Assim, as especialidades passam a ter um papel maior, sendo hoje comum que os operadores do Direito consultem médicos especialistas. Seguindo esse raciocínio, quando a matéria em questão diz respeito a saúde mental, é melhor contratar um médico com especialização em psiquiatria do que um sem tal formação. Ainda segundo o mesmo raciocínio, é ainda melhor que seja um psiquiatra com especialização em Psiquiatria Forense, pois este é o mais versado nas questões atinentes ao Direito. É uma área prática, mas também teórica, já que a forma com que as leis vêem a doença mental reflete a forma comõ a Sociedade se relaciona com a Psiquiatria. Não é por acaso que este blog se chama Psiquiatria e Sociedade. O EXAME CRIMINOLÓGICO O exame criminológieo foi estabelecido pela LEP em seu artigo 8° e deve ser aplicado aos condenados a penas em regimes fechados com o objetivo de obter elementos que sirvam para uma adequada classificação do condenado e, principalmente, para a individuação da execução penal. Anterior à LEP, estavam previsto três requisitos para que o condenado conseguisse uma progressão de regime: 1) Cumprimento de 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior 2) Apresentar bom comportamento durante o cumprimento da medida em regime fechado 3) Ter uma avaliação positiva no exame criminológieo A alteração do artigo 112 da LEP deixou de contemplar o exame criminológieo como obrigatório: Â pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. “O exame criminológico é a pesquisa dos antecedentes pessoais, familiares, sociais, psíquicos e psicológicos do condenado, para obtenção de dados que possam revelar a sua personalidade’5. Bitencourt (2012, p. 459) Bitencourt (2012), em seu Tratado de Direito Penal, coloca o exame criminológico no mesmo patamar que a perícia: “é uma perícia, embora a LEP não o diga, busca descobrir a capacidade de adaptação do condenado ao regime de cumprimento da pena; a probabilidade de não delinquir; o graii de probabilidade de reinserção na sociedade através de um exame genético, antropológico, social e psicológico” (p. 461). Podemos dizer que o exame criminológico está inserido na Críminologia Clínica e no Direito Penitenciário, pois as diversas análises realizadas a partir do exame criminológico permite um olhar sobre a dinâmica do ato criminal, suas causas e os fatores associados a ele (ORSOLIN, 2003). De acordo com a autora, é essa análise que possibilita o reconhecimento da personalidade do delinquente. Apesar de encontrarmos vários conceitos que definem o exame criminológico, não encontramos muitas diferenças entre eles. As divergências encontradas quando a discussão é utilizar o exame criminológico ou não. Alguns profissionais são completamente contra à utilização do exame criminológico e justificam que esse instrumento de avaliação do sujeito é uma violação à intimidade, o respeito à vida privada e à liberdade de consciência e de opção. De outro lado, profissionais defendem a permanência do exame criminológico, já que além de auxiliar nas decisões do juiz ele é um importante instrumento para conhecer o comportamento criminoso e definir estratégias de intervenção (ORSOLIN, 2003). Mesmo estando em defesa da permanência, os profissionais, segundo a autora, reconhecem que ele deve ser aperfeiçoado. Pensando no formato do exame criminológico, você consegue imaginar como ele é? Claro que se você já atuou ou atua nesta área ou mesmo leu outras publicações em outros momentos é fácil imaginar. Mas e você que nunca entrou em contato com nenhum material consegue bolar urna estrutura dos exames criminologicos? Ao contrário do que muita gente pensa, o exame criminológico não é apenas um exame. Ele é um conjunto de exames que juntos possibilitam um olhar global sobre o condenado. Muitas vezes nos confundimos ou não conseguimos imaginar os vários exames que formam o exame criminoiógico porque ao falar das suas características e objetivos gerais, muitos autores apresentam aspectos mais ligados às questões psíquicas ou comportamentais, como é o caso de Fernandes e Fernandes (2002). Os autores ao apresentar as missões da Criminologia Clínica e os objetivos do exame criminoiógico, destacam: Estudar Sua Verificar Sua a capacidade Medir sua respectiva personalidade para sua sensibilidade capacidade do criminoso; o delito; periculosidade; à pena e; de correção, À primeira vista, o exame criminoiógico mais parece um exame psicológico, mas não é. O exame psicológico é apenas um dos exames criminológicos como veremos a seguir. POLÍTICA CRIMINAL A criminologia se ocupa do estudo do criminoso e das causas da criminalidade, enquanto que a política criminai, estuda e recomenda os meios de prevenção e repressão à delinquência. Todavia, nos dias de hoje, essa distinção quase não existe mais, pois a criminologia já não se preocupa tanto em querer explicar as causas do comportamento do criminoso, mas em fazer criticas e sugerir estratégias para o controle da criminalidade, confundindo-se, dessa forma, com os objetivos da política criminal. Abertas as páginas „ de..qualquer jornal..diário,,, nos tejejomais ou mesmo nas conversas informais, um tema se faz reiteradas vezes presente: a escalada crescente da violência. Essa violência, que ocupa as páginas dos iornais e é noticiada (e exposta) nos programas televjsivós,..é_a ._vig|Mçia ^ im i n a j a s s i m entendida aquela decorrente de condutas que merecem reprovação por parte da legislação penai. Dentre essas condutas..criminosas, ajcansam,.especial...destaque aquelas que atentam contra os ditos “bens jurídicos fundamentais'^..a.vida, a Integridade física,..a j b e r d a ^ ..todas ,suas.formas e, claro, o Mnmônla,^ — ..Ainda que se acuse a imprensa de abordar o tema "violência" sob uma ótica sensacionalista (o que não é uma completa inverdade), não há como fugir às estatísticas que apontam para o crescimento real da criminalidade. A sociedade se encontra refém do medo e procura por formas de defesa: sistemas cada vez mais complexos de segurança, cercas elétricas,,cães de guarda, vigilância in fo rm a iJ j l^ são recursos de que se valem as classes economicamente favorecidas na busca de proteção. Criam-se pequenas ‘‘ilhas” de segurança (condomínios residenciais fechados, shoppinq-centers. clubes privados), onde o indivíduo desfruta do convívio com seus "iguais”, mantendo (ainda gue supostamente) excluído o agente perpetrador da violência, qeralmente identificado como proveniente das classes economicamente inferiores. Propaga-se a cultura individualista do "Ainda bem que não foi comigo". Passado ó impacto inicial causado pela noticia de mais um crime violento, percebe-se um sentimento de alívio pelo fato de a tragédia ter se abatido sobre outras pessoas, e não com parentes ou amigos próximos. ____Mas ainda que as formas de se proteger da criminalidade variem conforme as condições sócio-econômicas. há uma constante: todas as classes sociais reclamam uma pronta intervenção estatal objetivando o combate à violência e o estabelecimento de uma condição cie segurança social. Sempre que a criminalidade se eleva além do considerado suportável, ou. ao ocorrerem fatos alarmantes ou mobilizadores cia atenção popular, autoridades são chamadas a prestar esclarecimentos sobre as atitudes tomadas pelos órgãos públicos com o objetivo de conter os alarmantes índices. Aqui entra em cena a Política Criminal. ______“A Política Criminal é a ciência ou a arte de selecionar os bens (ou direitos) que devem ser tutelados jurídica e penaiménte e escolher os caminhos para efetivar tal tutela, o que iniludivelmente implica'a crítica dos valores e caminhos iá eleitos" fZAFFARQNl 1999:132). Fica claro o dúpiicfí caráter da Política Criminal: acão, para efetivar a tutela dos bens jurídicos, e crítica, como forma de aprimoramento de tal tutela. Busca fornecer orientação aos legisladores para que o combate à criminalidade se faça racionaimente, com o emprego de meios adequados. Através da crítica ao ordenamento em viaor. busca promover sua alteração e adequação às políticas recomendadas. ______Não se deve perder de vista ciue a formulação de qualquer norma jurídica surge de uma decisão política. A legislação penal, como parte da legislação em geral, também é fruto de uma decisão política. Como conseqüência, o bem jurídico a ser tutelado pela norma penal tem sua escolha determinada por fatores políticos. "A norma, portanto, deixaria de exprimir o tão propalado interesse geral, cuia simbolizacão aparece como justificativa do princípio representativo para significar, muitas vezes, simples manifestação cie interesses partidários, sem qualquer vínculo com a real necessidade da nacão,r (TAVARES, 2000:74). A Folítica Criminal é, portanto, parte da política geral, e deve ser entendida dentro desses limites, em que o tratamento dispensado ao delinoOente, e a própria legislação penal, se tornam objeto de barganha política e de legitimação do poder. ______Torna-se oportuno um breve apanhado sobre os principais movimentos da Política Criminal da atualidade. Destacam-se três correntes: a Nova Defesa Social, o Movimento da Lei e da Ordem, e a Nova Criminolooia ou Política Criminal Alternativa (Cf. ARAÚJO Jr. 1991:65:79). ______ I - Nova Defesa Social - Iniciado em 1945. por Filippo Gramatica, foi inicialmente denominada de Defesa Social. Em 1954. com a publicação do livro La DéfenseSociale Nouvelle, de Marc Ancei. foi rebatizada de Nova Defesa Social. Tem como características fundamentais a multidisciplinariedade, a mutabilidade e a universalidade. Não é um corpo doutrinário estável, tendente à fixação de regras: antes, é um movimento rnultidisciplinar, que abriga as mais diversas posições. Suas concepções se alteram conforme isso seia necessário para acompanhar as aspirações sociais, estando acima das legislações nacionais. São seus postulados: ______a) Constante exame crítico das instituições vigentes, com vistas a sua atualização e melhoria e. em sendo necessárias, sua reforma ou abolição: ______b) Visão multidiscipíinar. vinculando-se a todos os ramos do saber humano, gue possam contribuir para uma completa visualização do fenômeno criminal: ______c) Instituição de um sistema de política criminal oarantidor dos direitos humanos e promovedor dos valores essenciais da humanidade. ______Além desses postulados básicos, a Nova Defesa Social prega a proteção à vítima e aos grupos marginalizados. Repudia a pena de morte e o uso indiscriminado da pena privativa de liberdade. Prega a descriminalização dos delitos leves e a criminalizacáo dos crimes contra a economia, contra os interesses difusos e da chamada criminalidade estatal (abuso de poder, corrupção etc.). Reconhece a falência da pena enquanto meio ressocializador. “A atividade socializadora consiste na colocação, à disposição do condenado, do maior número possível de condições que permitam a este, voluntariamente, não voltar a delingiiir.” (ARAÚJO Jr„ 1991 m ______ li - Movimento da Lei e da Ordem - Esse movimento credita o aumento da criminalidade ao tratamento excessivamente benigno que a lei dedica ao criminoso. A violência somente pode ser reprimida pelo recrudescimento do sistema penal, com a edição de leis mâis severas e imposição de penas privativas de liberdade mais longas e. até, pena de morte. São seus postulados: _____ a) a pena retoma o caráter de castigo e retribuição que apresentava no seu início histórico: ______ b) crimes graves requerem punições severas Honda privação de liberdade ou morte), a serem cumpridas em estabelecimentos penais de segurança máxima, em regime especial de severidade: ______c) resposta imediata ao crime, com ampliação da prisão provisória: ______di a execução da pena deve ficar a cargo, quase que exclusivamente. da autoridade penitenciária, restringindo-se o controle judiciai. ______Essa Política
Compartilhar