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MP - Ministério Público - 360 Questões Discursivas (2016) - Questões Discursivas (1)

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ÍNDICE 
Controle Externo-5 
Direito Administrativo-8 
 Administração Direta e Indireta-8  Ato Administrativo-9  Bens Públicos-10  Contrato Público-10  Controle Administrativo-15  Desapropriação-16  Improbidade Administrativa-17  Intervenção do Estado na Propriedade-28  Licitação-29  Parceria Público Privada (PPP)-32  Poderes Administrativos-32  Princípios Administrativos-33  Processo Administrativo-35  Responsabilidade Civil-35  Serviços Públicos-36  Servidores Públicos-37 
Direito Ambiental-39 
Direito Constitucional-47 
 Administração Pública-47  Constituição-47  Controle de Constitucionalidade-49  Direitos Eleitorais-52  Direitos Humanos-53  Direitos Individuais e Coletivos-53  Direitos Políticos-82  Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária: Tribunais de Contas-84  Funções Essenciais à Justiça-86  Integração e Interpretação-92  Mandado de Injunção-92  Ordem Econômica e Financeira-92  Organização do Estado-93  Poder Constituinte-93  Poder Executivo-93  Poder Judiciário-93 
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 Poder Legislativo-95  Princípios Constitucionais-95  Processo Legislativo-96 
Direito do Consumidor-97 
Direito do Trabalho-107 
Direito Eleitoral-115 
Direito Empresarial-120 
Direito Internacional Público-123 
Direito Processual do Trabalho-125 
Direito Tributário-135 
Direitos Humanos-138 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)-140 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTROLE EXTERNO 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2012 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Controle 
Externo - Assunto: Controle Administrativo - 
Quanto ao controle judicial sobre os atos da 
Administração Pública, responda deforma 
fundamentada: a) Quais são os limites deste 
controle? b) Quais são os meios de controle 
judicial dos atos normativos do Poder Executivo? 
c) Em que hipótese é usada a reclamação 
administrativa? d) Admite-se o controle judicial 
dos atos políticos? e) Quando os atos interna 
corporis são passíveis de apreciação pelo Poder 
Judiciário? 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Controle Externo 
- Assunto: Controle Administrativo - Qual o 
alcance do controle jurisdicional incidente sobre 
a atividade administrativa, notadamente sobre a 
competência, forma, motivo e fim do ato 
administrativo? Desenvolva. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Controle Externo - 
Assunto: Controle Administrativo - Especifique 
as modalidades de controle da Administração 
Pública. Em quais instrumentos de controle o 
Ministério Público participa da tarefa de fiscalizar 
os atos da Administração? 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Controle 
Externo - Assunto: Tribunais de Contas - 
Segundo artigos 70 e 71 da Constituição Federal, 
o Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de 
Contas exercerá a fiscalização financeira, 
orçamentária, operacional e patrimonial da União 
e das entidades da administração direta e 
indireta. Por disposição da Constituição Federal, 
as Cortes de Contas Estaduais exercem o mesmo 
papel no âmbito das respectivas unidades 
federativas. Discorra sobre: a) o conceito e a 
natureza dos Tribunais de Contas e sua 
legitimidade para figurar no pólo ativo e passivo 
em ações judiciais; b) O controle do Tribunal de 
Contas sobre a legalidade, legitimidade e 
economicidade dos atos de gestão, delimitando o 
alcance de cada uma das espécies apontadas 
nesta alínea; c) os meios através dos quais o 
controle externo apontado no enunciado é 
exercido de forma preventiva. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Controle Externo - 
Assunto: Tribunais de Contas - O Ministério 
Público tem legitimidade para acionar Agente 
Político para repetir subsídios por este 
percebidos e julgados indébitos pelo Tribunal de 
Contas do Estado? Em caso afirmativo, que tipo 
de ação deve ser proposta e sob qual 
fundamento jurídico? Fundamentar. 
Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 
2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Controle 
Externo - Assunto: Tribunais de Contas - No dia 
20/09/10, o PROMOTOR DE JUSTIÇA com 
atribuição na defesa do patrimônio público da 
Comarca de Amarilis-GO, recebeu a notícia 
escrita de um vereador daquela localidade, que 
pediu para não ser identificado. O texto é o 
seguiŶte:à͞Oààedž-prefeito de Amarilis-GO, gestão 
2003-2006, e atual parlamentar na Assembléia 
Legislativa do Estado de Goiás, Dick Vigarista, no 
mês de março de 2006, firmou contrato com a 
empresa TALUS Eng. e Comércio LTDA., para a 
execução de um trecho de pavimentação 
asfáltica na Rua da Amendoeiras. Houve 
superfaturamento do preço contratado, 
conforme certificou a auditoria de engenharia do 
Tribunal de Contas dos Municípios. Que o serviço 
executado pela empresa vem revelando graves 
defeitos pela má qualidade da obra. Que há 
comentários de que a empreiteira recebeu pelo 
serviço dois cheques do Município, mas um 
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deles, o de menor valor, foi devolvido para 
Dick Vigarista, cuja quantia era de R$ 
ϲϬϬ.ϬϬϬ,ϬϬ͟.àáoà ƌeĐeďeƌàaàŶotíĐia,àoàPƌoŵotoƌàeà
Justiça consultou o Portal do Tribunal de Contas 
dos Municípios e constatou o seguinte: a) Ordem 
de Pagamento em favor da empresa TALUS 
Engenharia e Comércio Ltda., no valor de R$ 
3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil 
reais) em razão de contrato de pavimentação 
asfáltica. b) Parecer prévio pela rejeição do 
balanço geral do ano de 2006, por meio da 
Resolução nº 355/07. c) Resolução de Imputação 
de Débito nº. 233/08, no valor de R$ 950.000,00 
(novecentos e cinquenta mil reais) remetida ao 
Procurador-Geral de Justiça no mês de julho de 
2008. d) Tramitação de recurso de Revisão 
interposto pelo ex-prefeito contra a Resolução nº 
355/07, que rejeitou o balanço geral de 2006. O 
Promotor de Justiça consultou a Câmara 
Municipal de Amarilis-GO e foi informado de que 
o balanço geral de 2006 foi remetido pelo 
Tribunal de Contas dos Municípios no ano de 
2007 e que, até a presente data, as contas não 
foram julgadas pelos vereadores. Considere-se na 
posição de Promotor de Justiça, na fase 
extrajudicial, e, nos limites das informações 
acima apontadas, com menção às normas 
jurídicas pertinentes (material e formal) que 
regem a defesa do patrimônio público, bem ainda 
entendimento jurisprudencial: A) - Existem 
providências a serem tomadas quanto: 1-à 
Resolução de Imputação de Débito? Fundamente. 
2-à inércia do Poder Legislativo municipal? 
Fundamente. B) - Deve o Promotor de Justiça 
agir, mesmo diante do fato de o Tribunal de 
Contas dos Municípios ter apreciado as contas? 
Fundamente. Na hipóteses
de resposta positiva, 
elabore a peça inaugural do instrumento de 
investigação. Quanto às diligências a serem 
realizadas, determine-as todas, justificando-as 
fática e juridicamente. 
- Resposta: A - EXISTEM PROVIDÊNCIAS A SEREM 
TOMADAS? 1 - Resolução de Imputação de 
Débito: -SIM. a) Providência de 
encaminhamento da RID ao prefeito para que 
haja a inscrição na dívida ativa, - artigo 39 da 
Lei nº 4.320/64-, e ajuizamento de ação de 
execução pelo Município, artigo 71, § 3º, da 
Constituição Federal. b) Na hipótese de inércia 
do executivo, deve o promotor de justiça 
promover a execução da RID. Conforme artigo 
46, inciso X da Lei Complementar Estadual nº 
25/98, incumbe ao Ministério Público 
͞iŶgƌessaƌà à eŵà à juízo,à à deà à ofíĐioà à eàà
supletivamente, para responsabilizar os 
gestores do dinheiro público condenados 
pelosà à TƌiďuŶaisà à deà à CoŶtas͟.à à Redaçãoàà
semelhante: artigo 25, inciso VIII da Lei nº 
8.625/93; b.1)- Responsabilizar a autoridade 
(prefeito ou vice-prefeito) por improbidade 
administrativa (omissão), artigo 11, inciso II, Lei 
nº 8.429/92. 2- Inércia do poder legislativo 
municipal: -SIM. - Abordagem sobre o controle 
político-administrativo da Câmara sobre o 
Executivo; - Abordagem sobre o poder-dever, 
artigo 31, § 2º, da Constituição Federal; - 
Providências extrajudiciais: . Instauração de 
inquérito civil para apurar as razões da inércia e 
a existência de improbidade; Recomendação 
para que julgue as contas, simplesmente, se for 
o caso, - artigo 129, inc. II e III da CF, artigo 15 
da Res. Nº 23/07- CNMP, artigo 35 da Res. Nº 
009/10 do MPEGO.c/c artigo 17, § 1º, da Lei nº 
8.429/92-. Providências judiciais: .Ajuizamento 
de Ação Civil Pública por Obrigação de Fazer, se 
for o caso; . Ajuizamento de Ação por 
Improbidade, se for o caso. B - SIM. - Artigo 21, 
inc. II, da Lei nº 8.429/92. - Abordagem acerca 
da natureza jurídica das decisões das Cortes de 
Contas . - Abordagem acerca da independência 
das instâncias. PEÇA INAUGURAL: *-
DENOMINAÇÃO: PORTARIA nº.../10 - artigo 6º 
da Res. Nº 009/10 do MPE/GO. *-INTRÓITO:…àŶoà
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uso das atribuições conferidas pelo artigo 129, 
III, da Constituição Federal e artigo 8º, § 1º, da 
Lei nº 7.347, de 24/07/85, INSTAURA... - 
CONTEÚDO FORMAL DA PORTARIA: artigo 7º da 
Res. nº 009/10 do MPE/GO (ressaltando o artigo 
da Lei de Improbidade em tese violado). 
Previsão de publicação da instauração do 
inquérito civil: artigo 8º da Resolução nº 009/10. 
- DILIGÊNCIAS: Fundamentos gerais: artigo 129, 
inciso VI, da Constituição Federal, Lei nº 
8.625/93, Lei nº 7.347/85, Lei nº 8.429/92, e Lei 
Complementar nº 25/98, Resoluções nsº 23/97-
CNMP e 009/10-MPE/GO. - Requisição, via 
Procurador-Geral de Justiça, para que o Tribunal 
de Contas dos Municípios remeta: - cópia 
reprográfica dos autos autuados no TCM, 
relativos ao processo licitatório e ao contrato 
firmado entre o Município de Amarilis-GO e a 
empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. 
que teve por objeto pavimentação asfáltica, 
firmado em março de 2006. Art. 9º, Res. nº 
007/08 do TCM e Constituição Federal, artigos 
70 a 75). Justificativa: conhecimento do processo 
licitatório e do contrato para certificação quanto 
à legalidade e para conhecimento da obra 
quanto à qualidade e ao preço - Lei nº 8.666/93, 
artigo 40, inciso XVII, § 2º, inicisos I e II. Cópia 
das seguintes peças que compõem o balanço 
geral de 2006 do Município de Amarilis-GO: 
certificado de auditoria, parecer do Ministério 
Público junto ao TCM e parecer prévio pela 
rejeição das contas. Justificativa: 
conhecimento das matérias apreciadas pelo 
TCM e cotejo com o objeto do inquérito civil. 
Cópia da petição do recurso de revisão e dos 
documentos que o acompanham. Justificativa: 
conhecimento dos fatos novos apresentados 
pelo agente político, a fim de que seja cotejado 
com o objeto do inquérito civil. Cópia 
reprográfica integral do processo que resultou 
na edição da Resolução nº 233/08, no valor de 
R$ 950.000,00, que imputou débito a DICK 
VIGARISTA. Justificativa: conhecimento dos 
fatos que ensejaram a imputação do débito, 
a fim de evitar contradição com pedido de 
ressarcimento de futura ação civil 
pública/improbidade. Demais diligências: 
ocorrência do superfaturamento). Requisição de 
perícia junto aos técnicos do MPE/GO 
(engenharia). Justificativa: obtenção de laudo 
quanto à qualidade da obra e ao preço 
contratado (estudo da ação junto à Prefeitura 
de Amarilis para remessa das cópias dos 
cheques dados em pagamento à empresa TALUS 
Engenharia e Comércio Ltda. (para conferência 
com as informações contidas na ordem de 
pagamento e para viabilizar informações 
bancárias). Requisição junto à instituição 
bancária para obtenção da microfilmagem dos 
cheques passados pelo Município à empresa 
TALUS. Justificativa: conhecimento do destino do 
dinheiro (um dos meios de prova da 
improbidade de Dick Vigarista e da empresa 
envolvida); Informação que independe do 
pedido de quebra de sigilo bancário, - MS nº 
4.729-4 STF, 05/10/95-. Expedição de Carta 
Precatória para membro do MPE/GO em 
Goiânia, para realização da oitiva do 
investigado DICK VIGARISTA, Deputado 
Estadual. Expedição de ofício ao Procurador-
Geral de Justiça para encaminhamento da 
Resolução de Imputação de Débito à 
Promotoria. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Controle 
Externo - Assunto: Tribunais de Contas - 
DISSERTAÇÃO: O CONTROLE PRÉVIO DO ATO 
ADMINISTRATIVO PELO MINISTÉRIO PÚBLICO 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Controle Externo - 
Assunto: Tribunais de Contas - Com o objetivo de 
preservar a harmonia organizativa dos 
Municípios, bem como assegurar o pleno acesso 
aos cargos públicos, é aprovada Emenda à 
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Constituição Estadual que, traçando os contornos 
ďasilaƌesà doà deŶoŵiŶadoà ͞pƌiŶĐípioà daà
ŵoƌalidadeà adŵiŶistƌatiǀa͟,à dispƁeà Ƌueà oà
quantitativo de cargos em comissão não poderá 
exceder a 10 (dez) por cento do quantitativo de 
cargos de provimento efetivo, que são 
preenchidos mediante prévia aprovação em 
concurso público. Não obstante o disposto no art. 
29, caput, da Constituição da República, o 
Prefeito de um certo Município, valendo-se de 
autorização conferida por Lei Municipal, em vigor 
há vários anos e jamais contestada, descumpre o 
limite anteriormente referido. O Tribunal de 
Contas competente, ao analisar as contas 
apresentadas pelo Prefeito Municipal, constata a 
inobservância da Constituição Estadual e aplica a 
sanção de multa. Pergunta-se: é correto o 
proceder do Tribunal de Contas? RESPOSTA 
OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2011 
- Banca: MPDFT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Administração Direta 
e Indireta - De acordo com o Supremo Tribunal 
Federal, a Empresa Brasileira de Correios e 
Telégrafos é beneficiária de imunidade tributária 
recíproca e se lhe aplica o privilégio da 
impenhorabilidade de seus bens, rendas e 
serviços. Considerando essa orientação 
jurisprudencial, disserte sobre o regime jurídico 
incidente sobre as empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano:
2011 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Administração Direta 
e Indireta - Faça um paralelo entre as fundações 
estruturadas por particulares segundo o Código 
Civil e as fundações instituídas pelo Poder 
Público, seja com personalidade jurídica de 
direito privado, seja com personalidade jurídica 
de direito público, abordando o que as 
caracteriza, como podem ser distinguidas e quais 
as normas de direito público aplicáveis a cada 
espécie. Aborde, por fim, a natureza e 
características das chamadas Fundações de 
Apoio. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Administração Direta 
e Indireta - Pode o Ministério Público figurar no 
pólo passivo de uma relação processual? 
RESPOSTA JUSTIFICADA. 
Ministério Público da União - MPF - Ano: 2011 - 
Banca: MPF - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Administração Direta e Indireta - Quais 
são as funções do Departamento de Recuperação 
de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) 
do Ministério da Justiça, como autoridade 
central na assistência jurídica mútua? Em que 
hipóteses o Ministério Público Federal funciona 
como autoridade central e quais são suas 
atribuições nesse âmbito? 
Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Administração Direta 
e Indireta - Quais as diferenças entre as pessoas 
jurídicas de direito privado, associações e 
fundações? 
- Resposta: Elemento predominante nas 
associações: elemento pessoal (art. 53 do CC); 
nas fundações é o patrimônio destinado à 
consecução de fins sociais (art. 62 e parágrafo 
único, do CC). 0,4. Forma de constituição: nas 
associações é a ata que aprova os estatutos. Nas 
fundações depende de manifestação do 
instituidor (escritura pública ou testamento, art. 
62 do CC). 0,2. Fiscalização: nas associações é 
exercida pelos próprios associados. Nas 
fundações é pelo MP (art.66 do CC). 0,2. Relação 
entre instituidores e as entidades: nas 
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associações os criadores permanecem ligados 
(associados); nas fundações, completada a 
criação, se desligam. 0,2. PONTOS A DEDUZIR: 
Linguagem, redação, clareza de idéias, estrutura 
das frases e coerência lógica/argumentativa. - 
0,2. Ortografia. - 0,1. 
Ministério Público Estadual - MPBA - Ano: 2008 - 
Banca: FESMIP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Administração Pública 
- Cleildo Sivirino, vereador eleito da cidade de 
Coraçãozinho, ajuizou ação popular contra o 
Prefeito da cidade, aduzindo que este havia 
inaugurado o primeiro posto de saúde do 
município dandolhe o nome da sua genitora, 
também vereadora em exercício. Mais ainda, que 
no mesmo ato nomeou 150 (cento e cinquenta) 
funcionários para prestação de serviços no 
referido posto, que perdurou por 90 dias. A 
sentença determinou a retirada do nome, mas 
encontra-se desatenta no tocante ao 
ressarcimento ao erário por falta de 
comprovação e quantificação. Também no 
decisum o Alcaide foi obrigado a enviar à Câmara 
Municipal projeto de lei criando 150 vagas para 
preenchimento por futuro concurso público no 
prazo de 6(seis) meses. Apesar de 
inconformado, o autor expressamente 
renunciou à interposição do recurso. O processo 
foi com vistas ao Ministério Público. Agindo como 
representante do Parquet na Comarca, se 
manifeste, fundamentadamente. 
Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 
2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - 
Os atos administrativos possuem efeitos próprios 
e impróprios. Quais são estes últimos e o que os 
diferencia dos primeiros? Qual a importância da 
distinção entre esses dois tipos de efeitos? 
Fundamente as suas respostas. 
Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 
2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - 
Uma lei municipal que dispunha ser de 9 (nove) o 
número máximo de pavimentos para a edificação 
de prédios em determinada região sofreu 
modificação posterior que permitiu, a partir de 
sua publicação, a consideração de limites 
superiores àqueles que foram fixados pela norma 
derrogada. Entretanto, o loteador propôs 
expressamente no negócio jurídico original, no 
momento do loteamento, e anterior às duas leis 
referidas, cláusula restritiva que foi averbada à 
margem da matrícula do imóvel, no registro 
imobiliário, e que limitava o uso daquela mesma 
área para a edificação de residências 
unifamiliares. A prefeitura municipal concedeu 
alvará para a construção de um edifício de 15 
andares considerando o permissivo constante da 
última norma legal em vigor. Sobre esse 
contexto, indaga-se: qual norma é válida e eficaz: 
a lei derrogada, a norma derrogadora ou a norma 
contratual? O alvará concedido é legal? 
Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - 
OFEREÇA A DEFINIÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO 
DISCRICIONÁRIO E ATO ADMINISTRATIVO 
VINCULADO, OFERECENDO DOIS EXEMPLOS DE 
CADA UM. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - É 
juridicamente possível que ato administrativo 
praticado no Poder Legislativo seja anulado 
diretamente pelo Supremo Tribunal Federal? 
Fundamente a resposta. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - O 
ato ou contrato administrativo anulado em ação 
civil pública por improbidade administrativa ou 
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em ação popular produz, ou pode produzir, 
efeitos jurídicos? Justifique, exemplificando. 
Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - 
Distinga ato administrativo vinculado de ato 
administrativo discricionário e, sucintamente, 
discorra sobre a extensão do controle judicial 
desse último (ato administrativo discricionário). 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Ato Administrativo - 
Quais os elementos jurídicos e fáticos que 
impedem a Administração Pública de exercer o 
princípio da revogabilidade dos atos 
administrativos ? RESPOSTA OBJETIVAMENTE 
JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Bens Públicos - Os 
equipamentos urbanos públicos podem ser 
legalmente alienados? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2009 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Bens Públicos - É 
juridicamente possível que o possuidor de 
terreno público tenha direito adquirido à outorga 
de concessão de uso especial para fins de 
moradia ? É cabível esse tipo de concessão no 
que concerne a imóveis funcionais no âmbito da 
administração federal ? RESPOSTA 
OBJETIVAMENTE JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - 
Licitações para obras públicas foram fraudadas 
por um cartel de empreiteiras, sem que haja 
prova ou indício da participação de agentes 
públicos na fraude
praticada. Os contratos 
envolvidos, entretanto, não foram atacados 
administrativa ou judicialmente pelo ente público 
responsável pelas contratações. Quais medidas 
podem ser adotadas pelo Ministério Público em 
relação a esses contratos administrativos? 
Fundamente cogitando as eventuais alternativas 
que se possa vislumbrar. 
Ministério Público Estadual - MPE-GO - Ano: 
2010 - Banca: MPE-GO - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - No 
dia 20/09/10, o PROMOTOR DE JUSTIÇA com 
atribuição na defesa do patrimônio público da 
Comarca de Amarilis-GO, recebeu a notícia 
escrita de um vereador daquela localidade, que 
pediu para não ser identificado. O texto é o 
seguiŶte:à͞Oààedž-prefeito de Amarilis-GO, gestão 
2003-2006, e atual parlamentar na Assembléia 
Legislativa do Estado de Goiás, Dick Vigarista, no 
mês de março de 2006, firmou contrato com a 
empresa TALUS Eng. e Comércio LTDA., para a 
execução de um trecho de pavimentação 
asfáltica na Rua da Amendoeiras. Houve 
superfaturamento do preço contratado, 
conforme certificou a auditoria de engenharia do 
Tribunal de Contas dos Municípios. Que o serviço 
executado pela empresa vem revelando graves 
defeitos pela má qualidade da obra. Que há 
comentários de que a empreiteira recebeu pelo 
serviço dois cheques do Município, mas um 
deles, o de menor valor, foi devolvido para 
Dick Vigarista, cuja quantia era de R$ 
ϲϬϬ.ϬϬϬ,ϬϬ͟.àáoà ƌeĐeďeƌàaàŶotíĐia,àoàPƌoŵotoƌàeà
Justiça consultou o Portal do Tribunal de Contas 
dos Municípios e constatou o seguinte: a) Ordem 
de Pagamento em favor da empresa TALUS 
Engenharia e Comércio Ltda., no valor de R$ 
3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil 
reais) em razão de contrato de pavimentação 
asfáltica. b) Parecer prévio pela rejeição do 
balanço geral do ano de 2006, por meio da 
Resolução nº 355/07. c) Resolução de Imputação 
de Débito nº. 233/08, no valor de R$ 950.000,00 
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 11 
(novecentos e cinquenta mil reais) remetida ao 
Procurador-Geral de Justiça no mês de julho de 
2008. d) Tramitação de recurso de Revisão 
interposto pelo ex-prefeito contra a Resolução nº 
355/07, que rejeitou o balanço geral de 2006. O 
Promotor de Justiça consultou a Câmara 
Municipal de Amarilis-GO e foi informado de que 
o balanço geral de 2006 foi remetido pelo 
Tribunal de Contas dos Municípios no ano de 
2007 e que, até a presente data, as contas não 
foram julgadas pelos vereadores. Considere-se na 
posição de Promotor de Justiça, na fase 
extrajudicial, e, nos limites das informações 
acima apontadas, com menção às normas 
jurídicas pertinentes (material e formal) que 
regem a defesa do patrimônio público, bem ainda 
entendimento jurisprudencial: A) - Existem 
providências a serem tomadas quanto: 1-à 
Resolução de Imputação de Débito? Fundamente. 
2-à inércia do Poder Legislativo municipal? 
Fundamente. B) - Deve o Promotor de Justiça 
agir, mesmo diante do fato de o Tribunal de 
Contas dos Municípios ter apreciado as contas? 
Fundamente. Na hipóteses de resposta positiva, 
elabore a peça inaugural do instrumento de 
investigação. Quanto às diligências a serem 
realizadas, determine-as todas, justificando-as 
fática e juridicamente. 
 - Resposta: A - EXISTEM PROVIDÊNCIAS A 
SEREM TOMADAS? 1 - Resolução de Imputação 
de Débito: -SIM. a) Providência de 
encaminhamento da RID ao prefeito para que 
haja a inscrição na dívida ativa, - artigo 39 da 
Lei nº 4.320/64-, e ajuizamento de ação de 
execução pelo Município, artigo 71, § 3º, da 
Constituição Federal. b) Na hipótese de inércia 
do executivo, deve o promotor de justiça 
promover a execução da RID. Conforme artigo 
46, inciso X da Lei Complementar Estadual nº 
25/98, incumbe ao Ministério Público 
͞iŶgƌessaƌà à eŵà à juízo,à à deà à ofíĐioà à eàà
supletivamente, para responsabilizar os 
gestores do dinheiro público condenados 
pelosà à TƌiďuŶaisà à deà à CoŶtas͟.à à Redaçãoàà
semelhante: artigo 25, inciso VIII da Lei nº 
8.625/93; b.1)- Responsabilizar a autoridade 
(prefeito ou vice-prefeito) por improbidade 
administrativa (omissão), artigo 11, inciso II, Lei 
nº 8.429/92. 2- Inércia do poder legislativo 
municipal: -SIM. - Abordagem sobre o controle 
político-administrativo da Câmara sobre o 
Executivo; - Abordagem sobre o poder-dever, 
artigo 31, § 2º, da Constituição Federal; - 
Providências extrajudiciais: . Instauração de 
inquérito civil para apurar as razões da inércia e 
a existência de improbidade; Recomendação 
para que julgue as contas, simplesmente, se for 
o caso, - artigo 129, inc. II e III da CF, artigo 15 
da Res. Nº 23/07- CNMP, artigo 35 da Res. Nº 
009/10 do MPEGO.c/c artigo 17, § 1º, da Lei nº 
8.429/92-. Providências judiciais: .Ajuizamento 
de Ação Civil Pública por Obrigação de Fazer, se 
for o caso; . Ajuizamento de Ação por 
Improbidade, se for o caso. B - SIM. - Artigo 21, 
inc. II, da Lei nº 8.429/92. - Abordagem acerca 
da natureza jurídica das decisões das Cortes de 
Contas . - Abordagem acerca da independência 
das instâncias. PEÇA INAUGURAL: *-
DENOMINAÇÃO: PORTARIA nº.../10 - artigo 6º 
da Res. Nº 009/10 do MPE/GO. *-INTRÓITO:…àŶoà
uso das atribuições conferidas pelo artigo 129, 
III, da Constituição Federal e artigo 8º, § 1º, da 
Lei nº 7.347, de 24/07/85, INSTAURA... - 
CONTEÚDO FORMAL DA PORTARIA: artigo 7º da 
Res. nº 009/10 do MPE/GO (ressaltando o artigo 
da Lei de Improbidade em tese violado). 
Previsão de publicação da instauração do 
inquérito civil: artigo 8º da Resolução nº 009/10. 
- DILIGÊNCIAS: Fundamentos gerais: artigo 129, 
inciso VI, da Constituição Federal, Lei nº 
8.625/93, Lei nº 7.347/85, Lei nº 8.429/92, e Lei 
Complementar nº 25/98, Resoluções nsº 23/97-
CNMP e 009/10-MPE/GO. - Requisição, via 
Procurador-Geral de Justiça, para que o Tribunal 
de Contas dos Municípios remeta: - cópia 
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 12 
reprográfica dos autos autuados no TCM, 
relativos ao processo licitatório e ao contrato 
firmado entre o Município de Amarilis-GO e a 
empresa TALUS Engenharia e Comércio Ltda. 
que teve por objeto pavimentação asfáltica, 
firmado em março de 2006. Art. 9º, Res. nº 
007/08 do TCM e Constituição Federal, artigos 
70 a 75). Justificativa: conhecimento do processo 
licitatório e do contrato para certificação quanto 
à legalidade e para conhecimento da obra 
quanto à qualidade e ao preço - Lei nº 8.666/93, 
artigo 40, inciso XVII, § 2º, inicisos I e II. Cópia 
das seguintes peças que compõem o balanço 
geral de 2006 do Município de Amarilis-GO: 
certificado de auditoria, parecer do Ministério 
Público junto ao TCM e parecer prévio pela 
rejeição das contas. Justificativa: 
conhecimento das matérias apreciadas pelo 
TCM e cotejo com o objeto do inquérito civil. 
Cópia da petição do recurso de revisão e dos 
documentos que o acompanham. Justificativa: 
conhecimento dos fatos novos apresentados 
pelo agente político, a fim de que seja cotejado 
com o objeto do inquérito civil. Cópia 
reprográfica integral do processo que resultou 
na edição da Resolução nº 233/08, no valor de 
R$ 950.000,00, que imputou débito a DICK 
VIGARISTA. Justificativa: conhecimento dos 
fatos que ensejaram a imputação do débito, 
a fim de evitar contradição com pedido de 
ressarcimento de futura ação civil 
pública/improbidade. Demais diligências: 
ocorrência
do superfaturamento). Requisição de 
perícia junto aos técnicos do MPE/GO 
(engenharia). Justificativa: obtenção de laudo 
quanto à qualidade da obra e ao preço 
contratado (estudo da ação junto à Prefeitura 
de Amarilis para remessa das cópias dos 
cheques dados em pagamento à empresa TALUS 
Engenharia e Comércio Ltda. (para conferência 
com as informações contidas na ordem de 
pagamento e para viabilizar informações 
bancárias). Requisição junto à instituição 
bancária para obtenção da microfilmagem dos 
cheques passados pelo Município à empresa 
TALUS. Justificativa: conhecimento do destino do 
dinheiro (um dos meios de prova da 
improbidade de Dick Vigarista e da empresa 
envolvida); Informação que independe do 
pedido de quebra de sigilo bancário, - MS nº 
4.729-4 STF, 05/10/95-. Expedição de Carta 
Precatória para membro do MPE/GO em 
Goiânia, para realização da oitiva do 
investigado DICK VIGARISTA, Deputado 
Estadual. Expedição de ofício ao Procurador-
Geral de Justiça para encaminhamento da 
Resolução de Imputação de Débito à 
Promotoria. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - O 
ato ou contrato administrativo anulado em ação 
civil pública por improbidade administrativa ou 
em ação popular produz, ou pode produzir, 
efeitos jurídicos? Justifique, exemplificando. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2008 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - É 
possível a aplicação da teoria da imprevisão aos 
contratos aleatórios? RESPOSTA OBJETIVAMENTE 
JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2008 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - 
Pode a Administração Pública negar pleito de 
revisão de contrato administrativo sob o 
argumento de que tal instituto não foi previsto 
no instrumento? RESPOSTA OBJETIVAMENTE 
JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-SC - Ano: 2008 
- Banca: MPE-SC - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Contrato Público - 
Considere a situação abaixo descrita e FORMULE 
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 13 
A(S) PEÇA(S) REFERIDA(S) para a provocação da 
instância judicial, na condição de Promotor de 
Justiça: A Prefeitura Municipal de Canoinhas, na 
pessoa do então Chefe do Executivo, João dos 
Anzóis, promoveu, em 30 de agosto de 2004, 
processo licitatório nº 003/2004 modalidade 
concorrência pública, tipo menor preço, para que 
fosse realizado o serviço de reforma da sua sede 
(com compra de materiais e execução da obra), 
erigida há mais de 30 anos em uma construção 
que necessitava, efetivamente, de reparos. Previa 
o edital que o orçamento total da obra seria de 
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), sendo R$ 
500.000,00 (quinhentos mil reais) para o primeiro 
e o outro montante para o segundo exercício 
financeiro de execução da obra, não podendo as 
propostas ultrapassar 25% desse montante, para 
mais, e nem 30% para menos, do valor total 
orçado, devendo o proponente, para a última 
hipótese, justificar devidamente o preço 
ofertado. O instrumento licitatório continha 
projeto básico, no qual estavam descriminados, 
um a um, os valores, quantidade e qualidade dos 
materiais a serem fornecidos e o prazo de um 
ano (até 30 de agosto de 2005, portanto), para o 
encerramento da reforma, bem como estipulava 
que o pagamento do valor da contratação seria 
realizado em 12 parcelas iguais, sendo a primeira 
na assinatura do contrato e, as demais, a cada 
mês subseqüente, de acordo com as etapas 
previstas no edital e constante do contrato 
respectivo. A licitação foi realizada com a 
nomeação dos membros da Comissão Especial de 
Licitação, sendo que dois de seus integrantes 
eram Ardósia Maria (Presidente) e Juventino 
Perpétuo, servidores do município e edis daquela 
Municipalidade. Formalizado o procedimento 
licitatório, apresentaram propostas somente as 
empresas Fulano Ltda., Cicrano Ltda. e Beltrano 
Ltda., tendo sido contratada, após a realização 
das suas etapas a primeira empresa (Fulano 
Ltda.), vencedora do certame, porquanto 
apresentou proposta correspondente às 
exigências contidas no edital, que não foi 
impugnado no prazo legal, além de ofertar o 
menor preço para o serviço a ser contratado, no 
valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). 
Assinado o contrato em setembro de 2004, como 
antecipação, o então prefeito liberou o 
pagamento de R$ 500.000,00 (quinhentos mil 
reais) à empresa. Mencione-se, ainda, que para o 
exercício financeiro de 2004, consoante a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias de Canoinhas, somente 
R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) eram 
previstos como despesas passíveis de serem 
suportadas pela Municipalidade, valor através do 
qual se deveria efetuar o pagamento do pessoal, 
encargos sociais e despesas outras, conforme o 
critério do Executivo Municipal, sempre em prol 
do interesse público, sem que houvesse previsão 
orçamentária suficiente para o pagamento parcial 
da reforma aduzida (R$ 500.000,00), nos moldes 
previstos pelo edital nº 003/2004. Anote-se que 
naquele mesmo exercício financeiro (2004), ano 
de eleição, Juventino Perpétuo não logrou 
reeleger-se, sendo, portanto, o derradeiro ano no 
qual figurara na Casa Legislativa mencionada, 
bem como João dos Anzóis que restou sucedido 
por Ambrósio Marcato, do mesmo partido 
político e agente político que deu a obra por 
recebida quando do seu término. Noticiado 
somente dois anos depois, em 2006, mediante 
representação apócrifa, mas acompanhada de 
documentos que evidenciavam irregularidades, 
instaurou o Órgão do Ministério Público 
Procedimento Preparatório nº 018/2006 para 
apuração dos fatos. No decorrer do 
procedimento, com a oitiva de testemunhas e a 
colação de documentação pertinente, confirmou 
o Ministério Público sobejamente a 
irregularidade, no que tange à Lei de Diretrizes 
Orçamentárias de 2004, pois foram previstos 
somente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) 
paƌaà oà pagaŵeŶtoà deà ͞outƌasà despesas͟,à Ŷasà
quais o pagamento parcial da reforma (objeto do 
edital nº 003/2004) se incluía, além de outras 
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 14 
ilegalidades. Sabedor da investigação, 
apresentou-se o ex-alcaide voluntariamente 
perante o Promotor de Justiça no intuito de 
esclarecer os fatos noticiados, oportunidade em 
que contrapôs prova emprestada de ação popular 
já contra si ingressada em 2004 e já julgada 
improcedente com resolução do mérito por 
togado a quo (art. 269, I, CPC), qual seja, a que 
remeteu ao fato de a perícia judicial contábil 
confirmar que o montante destinado à Prefeitura 
previsto pela Lei de Diretrizes Orçamentárias era 
suficiente para o pagamento de todas as 
despesas para aquele exercício financeiro, no que 
não teria incorrido em qualquer irregularidade. 
Alegou, ainda, em depoimento prestado na 
Promotoria de Justiça que não incidiria perante 
prefeitos municipais a Lei de Improbidade 
Administrativa, mas tão só a Lei de 
Responsabilidade (Decreto-Lei nº 201/67), em 
caso de eventual ajuizamento de ação, além de 
registrar que somente poderia ser processado 
pelo Procurador-Geral de Justiça. Ato contínuo, 
porém, representação ofertada ao órgão do 
Ministério Público naquele Procedimento 
(Procedimento Preparatório nº 018/2004) 
comunicou que o perito nomeado, Aparecido 
Próprio, havia atuado com parcialidade
em seu 
trabalho, porquanto companheiro de Ardósia 
Maria (reeleita para o ano seguinte ao mandato 
de edil, pelo mesmo partido do ex-alcaide 
investigado), comunicação esta plenamente 
confirmada naquele Procedimento, com os 
depoimentos prestados perante o Promotor de 
Justiça e, inclusive, declaração de união estável 
perfectibilizada perante um Cartório de Registro 
Civil de Canoinhas entre os investigados, e no 
procedimento acostado. Nos autos do 
Procedimento Preparatório, restou consignado 
em um dos depoimentos coligidos, prestado por 
servidor da Prefeitura Municipal de Canoinhas 
Ƌueà foƌŶeĐeuà aà doĐuŵeŶtaçĆoà aŶalisada:à ͞[...];à
que o Sr. Aparecido Próprio entrou no seu 
departamento e solicitou, como perito judicial 
nomeado pelo julgador da ação nº 000.000000-0 
a relação de receitas e despesas para o exercício 
financeiro de 2004; que, durante a busca pelos 
documentos solicitados, afirmou o perito que 
͚desŶeĐessĄƌiaàeƌaàaàaŶĄliseàdaàpapelada,àpoƌƋueà
já tinha chegado a uma conclusão definitiva sobre 
oà Đaso,à faǀoƌĄǀelà ăà Pƌefeituƌa͛;à Ƌueà ŵaisà taƌdeà
ouviu falar do resultado da perícia; que achou 
estranho coincidir o resultado com aquele já 
previsto pelo perito, mas, como já haviam 
cessado os rumores acerca da ação, logo olvidou 
a informação recebida, reputando-a sem 
iŵpoƌtąŶĐia͟.à Leŵďƌe-se de que o montante de 
R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para o 
exercício financeiro de 2005 já havia sido 
vinculado, por força do contrato celebrado, ao 
pagamento dos materiais fornecidos e serviços 
prestados quando da reforma da referida 
construção. Além das informações antes 
descritas, no procedimento ficou comprovado, 
também, que: a) o valor atribuído à reforma 
estava, tanto em relação ao que foi cotado para 
mão de obra, quanto o preço a ser pago pelos 
materiais, após análise feita no procedimento, 
era superior ao normal de mercado. Do mesmo 
modo, também restou comprovado que a 
qualidade dos materiais empregados na obra, tais 
como cimento, materiais elétricos, tintas, etc.., 
era inferior aos cotados na proposta. Segundo 
apurado, o valor de mercado para a mesma obra, 
incluídos mão de obra e materiais, seria de R$ 
455.000,00 (quatrocentos e cinqüenta e cinco mil 
reais). b) o edital do certame teve divulgação 
apenas no mural da Secretaria de Obras do 
Município, em prédio separado da prefeitura, 
fazendo com que apenas três empresas, todas 
sediadas no município, participassem da 
competição. c) a vereadora Ardósia Total, em 
2004, teve aumentado o seu patrimônio em um 
montante não correspondente àquele declarado 
à Receita Federal. Instada, a edil alegou ser 
proprietária de imóvel rural, no qual fabricava 
produtos alimentícios variados (hortaliças em 
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 15 
geral) para comercialização. No entanto, da 
Declaração de Renda, extrai-se que o valor 
adquirido da venda dos produtos ainda não 
cobria aquele por ela percebido. Entre o 
acréscimo existente e o efetivamente declarado, 
havia uma diferença de R$ 120.000,00 (cento e 
vinte mil reais), cuja origem lícita não foi 
comprovada. d) as provas coligidas no 
procedimento não confirmaram a participação 
direta da vereadora Ardósia Maria nas 
ilegalidades, embora existissem fortes indícios da 
sua influência para a conduta adotada pelo perito 
da ação popular. Ainda, que Ardósia Maria havia 
fornecido, como membro e Presidente da 
Comissão Especial de Licitação, informações 
privilegiadas e sigilosas à empresa vencedora 
sobre o certame, conduta essa que, não se sabe, 
pode ou não ter influenciado no resultado. e) A 
empresa vencedora, Fulano Ltda., tinha como um 
dos seus sócios e administrador o filho do 
Prefeito, Marcolino dos Anzóis. A empresa 
Beltrano Ltda., por sua vez, era formada pelos 
sócios José Genuíno de Paredes, com 99% do 
capital social, e por Marcolino dos Anzóis, que 
detinha apenas 1% daquele capital. f) Apesar de 
não ter ocorrido acréscimo patrimonial em 
relação ao Prefeito, sabe-se que sua filha Lindóia 
dos Anzóis, estudante universitária e morando 
com os pais, desempregada, declarou à Receita 
Federal, no ano de 2006, ser proprietária de um 
apartamento no valor de R$ 150.000,00 (cento e 
cinqüenta mil reais), além de uma camionete 
Toyota (utilizada por seu pai) no valor de R$ 
85.000,00 (oitenta e cinco mil reais), ambos 
adquiridos em dinheiro. Ouvida, não conseguiu 
demonstrar a origem lícita do dinheiro utilizado 
para a compra dos bens. O candidato, como 
Promotor de Justiça Substituto, deverá ingressar 
nesta data com a ação competente contra todos 
os agentes ímprobos, se possível, e eventuais 
beneficiados dos atos praticados, abordando, 
com adequada fundamentação, todas as 
situações fáticas e jurídicas apresentadas na 
questão. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Controle 
Administrativo - Quanto ao controle judicial 
sobre os atos da Administração Pública, responda 
deforma fundamentada: a) Quais são os limites 
deste controle? b) Quais são os meios de 
controle judicial dos atos normativos do Poder 
Executivo? c) Em que hipótese é usada a 
reclamação administrativa? d) Admite-se o 
controle judicial dos atos políticos? e) Quando os 
atos interna corporis são passíveis de apreciação 
pelo Poder Judiciário? 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Controle 
Administrativo - EM QUE CONDIÇÕES OBJETIVAS 
PODE O JUDICIÁRIO EXERCER CONTROLE SOBRE 
O ATO ADMINISTRATIVO? FUNDAMENTE. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Controle 
Administrativo - Qual o alcance do controle 
jurisdicional incidente sobre a atividade 
administrativa, notadamente sobre a 
competência, forma, motivo e fim do ato 
administrativo? Desenvolva. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Controle 
Administrativo - DISSERTAÇÃO: O CONTROLE 
PRÉVIO DO ATO ADMINISTRATIVO PELO 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2009 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Controle 
Administrativo - Especifique as modalidades de 
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 16 
controle da Administração Pública. Em quais 
instrumentos de controle o Ministério Público 
participa da tarefa de fiscalizar os atos da 
Administração? 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Desapropriação - Em 
que consiste o direito de extensão na 
desapropriação? Fundamente. 
Ministério Público da União - MPDFT - Ano: 2009 
- Banca: FESMPDFT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Desapropriação - Na 
desapropriação para fins urbanísticos, incidente 
sobre amplo conjunto de imóveis, tendente a 
implantação de novo quadro de logradouros e 
edificações, segundo um piano, pode haver a 
revenda, ao setor privado, de parte dos bens 
expropriados? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPRS - Ano: 2008 - 
Banca: MPRS - Disciplina: Direito Administrativo 
- Assunto: Desapropriação - Determinado 
servidor, em conluio com o prefeito do município 
a que está vinculado, urde atos a fim de 
concretizar uma desapropriação de imóvel que 
importará a eles considerável benefício 
patrimonial. A vantagem relaciona-se
à 
valorização que a obra pública trará ao local, já 
que os comparsas possuem imóveis nas 
proximidades do bem a ser desapropriado. 
Editada a declaração de utilidade pública do 
imóvel para fins de desapropriação, foi proposta 
a medida judicial, pugnando o Município pela 
imissão de posse. O valor ofertado correspondia, 
todavia, à metade do valor do bem 
desapropriado. No local, vale gizar, funcionava a 
produção de gado leiteiro e confinado do 
desapropriado. Passados alguns meses, o Prefeito 
vem a falecer, assumindo o Vice-Prefeito que, ao 
descobrir o desvio de finalidade, chamou o 
funcionário em seu gabinete para que este 
esclarecesse o que estava acontecendo. O 
aludido servidor, então, admitiu os fatos 
praticados. Apesar do confessado desvio de 
finalidade, entendeu o novo Prefeito que a 
desapropriação e as obras a serem realizadas 
estavam mais que justificadas, à vista de que 
estas obras eram mesmo essenciais à 
comunidade (no caso, um alargamento 
considerável da pista de rolamento, bem como a 
construção de um viaduto, obras que 
desafogariam o sistema viário). Fica, então, o 
novo Chefe do Executivo – convencido do bem 
que a obra causará à comunidade – à espera de 
representação para tomar uma atitude contra o 
referido servidor. Atento a este quadro inicial – 
afora as particularidades que serão postas abaixo 
–, cumpre questionar: O denominado instituto da 
poderia ser aplicado na hipótese? Justifique e 
fundamente, sucintamente, descrevendo o 
referido instituto e sua aplicação na atualidade. A 
conduta do novo Prefeito, no que respeita ao 
servidor, justifica-se frente aos princípios que 
regem o processo administrativo-disciplinar? 
Explicite e comente, indaga-se como seria 
solucionada a hipótese se o Município viesse a da 
ação de desapropriação, mesmo que a parte 
demandada, utilizando-se da faculdade prevista 
no art. 267, §4º, do CPC, não concordasse com 
esta pretensão. Na espécie, para a resposta 
(exclusivamente para esta hipótese – item 4.3), 
há que se considerar que o valor ofertado foi 
depositado, porém não foi levantado. O 
desapropriado sofreu consideráveis prejuízos 
porque, há quatro anos – em face da imissão 
deferida ao Município –, perdeu a posse do 
imóvel desapropriado, e que, como já dito, era o 
local onde seus animais estavam alojados e a 
produzir leite. Por fim, o perito judicial agora 
avaliou o imóvel com preço de mercado (dobro 
do valor ofertado). Atento a este quadro, . Para 
fins de avaliação, apenas se aceitará como 
correta a resposta que estiverem consonância à 
jurisprudência do STJ. De outra banda, excluída a 
situação posta no item 4.3, e acaso seja ultimada 
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 17 
a desapropriação para a consecução das obras 
públicas de alargamento de via e construção de 
viaduto, deverá, obrigatoriamente, ser aberto e 
instaurado o processo de licitação. Atento a isto, 
em que casos podem ser considerados desertos 
os processos licitatórios? Fundamente sua 
resposta. Responda em ordem, respeitando os 
itens e o conteúdo abordado, pena de não ser 
considerada a resposta. A correta interpretação 
do efetivamente questionado, ademais, será 
também levada em conta para fins de valoração 
da nota, inclusive no que respeita das respostas. 
Ministério Público Estadual - MPE-BA - Ano: 
2012 - Banca: MPE-BA - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - A defesa do patrimônio público 
pelo órgão do Ministério Público encontra 
fundamento no artigo 129, III, da Constituição da 
República. No âmbito cível, após constatar a 
necessidade de propositura de medida judicial na 
defesa do patrimônio público, tem o parquet ao 
seu dispor, basicamente, a Lei de Ação Civil 
Pública e a Lei de Improbidade Administrativa. 
Discorrer sobre a atuação do Ministério Público 
na defesa do patrimônio público. Abordar, 
impreterivelmente, os seguintes aspectos: 1. 
Vertentes de atuação; 2. Gêneros de atos de 
improbidade administrativa e requisitos para a 
caracterização de cada um; 3. Princípios 
constitucionais e infraconstitucionais que 
norteiam o tema. 
- Resposta: A Comissão, para totalizar a 
pontuação da questão, levou em consideração 
os seguintes aspectos: a) A abordagem feita 
acerca da legitimidade do Ministério Público na 
defesa do patrimônio público; b) A abordagem 
feita acerca dos instrumentos utilizados pelo 
parquet na defesa do patrimônio público; c) A 
análise minuciosa acerca das categorias de ato 
de improbidade administrativa; d) O conteúdo 
jurídico dos princípios pertinentes. Assim, foram 
acrescidos ou subtraídos pontos, levando-se em 
consideração, a correta análise dos conteúdos 
acima mencionados, a capacidade de exposição 
do pensamento, o poder de argumentação, a 
devida fundamentação jurídica e a quantidade 
de princípios elencados. 
Ministério Público Estadual - MPE-MT - Ano: 
2012 - Banca: UFMT - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - O prazo prescricional previsto no 
art. 23 da Lei nº 8.429/1992 também alcança a 
ação de ressarcimento pelos danos causados ao 
patrimônio das entidades de que trata o art. 1º 
da referida Lei? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Considerando todo nosso 
ordenamento jurídico e as divisões das ciências 
jurídicas, é possível afirmar que todas as sanções 
dispostas no artigo 12 da Lei nº 8.429/92 são 
prescritíveis? Sim? Não? Por quê? Além dos 
dispositivos legais pertinentes, apontar a 
jurisprudência dominante no Superior Tribunal de 
Justiça. Observação: será avaliada a capacidade 
de síntese do candidato. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2011 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - O Prefeito do Município de 
Cipolândia, Sr. Aparecido da Silva, determinou 
por meio de seu Secretário de Imprensa, Jonas 
Ferreira, que publicasse no jornal semanário 
local, as noticiais correspondentes às realizações 
de sua gestão à frente da prefeitura municipal. 
No jornal além de aparecer as fotografias das 
obras, tais como construções de creches, 
reformas de postos de saúde e das escolas 
municipais da cidade, em todas elas continha 
estaŵpadaàaàfotogƌafiaàdoàalĐaideà͞ápaƌeĐido͟àeà
do vereador José Lino, sempre sorridente e feliz 
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 18 
com a forma de evidenciar seus feitos políticos. O 
vereador da oposição compareceu na Promotoria 
de Justiça levando inúmeros exemplares 
contendo a exposição excessiva do prefeito nos 
jornais, inclusive manifestações escritas sobre 
suas realizações. O Promotor de Justiça instaurou 
o inquérito civil e verificou-se que as publicações 
aconteceram durante o ano de 2010, e que a 
prefeitura teria pago por tais exemplares, a 
quantia de R$ 48.000,00 (quarenta e oito mil 
reais) para o Jornal da Cidade, único da cidade e 
de propriedade do vereador José Lino, do mesmo 
partido político do prefeito. Também ficou 
apurado que do valor acima, apenas R$ 8.000,00 
(oito mil reais), correspondia a serviços 
realmente prestados durante os doze meses de 
2010, com a publicação dos editais e avisos da 
prefeitura. Entretanto, pelo que ficou apurado 
no procedimento da promotoria, o preço 
praticado em outras cidades da região, para 
publicar os atos oficiais não poderia ultrapassar a 
quantia de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Portanto, o prejuízo ao erário seria de 
aproximadamente R$ 44.000,00 (quarenta e 
quatro mil reais). Como Promotor de Justiça do 
Patrimônio Público elabore a peça processual 
pertinente. (4,0 pontos) 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Se o ato administrativo 
inquinado de ilegal e lesivo ao patrimônio público 
foi praticado com base em norma havida por 
inconstitucional, pode ser pleiteada a sua 
anulação e o reconhecimento da 
inconstitucionalidade da lei que o embasou no 
âmbito da ação civil pública por ato de 
improbidade administrativa? Justifique, levando 
eŵàĐoŶtaàoàefeitoà͞eƌgaàoŵŶes͟à;aƌtigoàϮϭàdaàLeià
n.º 7.347/85 c/c artigo 103, inciso I, do Código de 
Defesa do Consumidor) da sentença de 
procedência da ação por improbidade 
administrativa. 
Ministério Público Estadual - MPE-PR - Ano: 
2011 - Banca: MPE-PR - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Em relação às hipóteses de atos 
de improbidade administrativa classificados no 
artigo 10 da Lei n.º 8.429/92, responda: a) O dolo 
do agente público responsável pela sua prática é 
pressuposto para a sua responsabilização? b) A 
caracterização do ato de improbidade 
administrativa que causa lesão ao erário depende 
da comprovação de obtenção de vantagem 
indevida pelo agente público responsável? b) Nas 
hipóteses expressamente previstas nos incisos do 
referido artigo 10, é necessária a comprovação de 
efetivo dano econômico-financeiro como 
pressuposto para a configuração do ato de 
improbidade administrativa? Justifique e 
exemplifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-RJ - Ano: 2011 
- Banca: MPE-RJ - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - A Ouvidoria do Ministério 
Público do Estado do Rio de Janeiro recebe 
notícia anônima relatando que em determinado 
Município o Prefeito desviou, em proveito 
próprio, expressiva verba destinada à reforma e 
ampliação de unidade escolar municipal do 
ensino fundamental, recebida do Fundo de 
Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério - 
FUNDEF. Encaminhada a representação ao 
Promotor de Justiça em atuação na Promotoria 
de Justiça de Tutela Coletiva com atribuição no 
respectivo Município, no qual não há sede de 
Vara Federal, é determinada a notificação do 
Prefeito reeleito para se manifestar sobre a 
notícia. Em sua defesa, o mandatário sustenta a 
prerrogativa do foro privilegiado; que aquela 
verba recebida não foi aplicada na mencionada 
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 19 
obra, que teria sido realizada apenas com 
recursos do próprio Município, durante sua 
gestão anterior e já decorridos mais de cinco 
anos desde a conclusão da empreitada e daquele 
mandato; por fim, alega que o FUNDEF foi extinto 
pela Lei nº 11.494/07 e que suas contas daquela 
gestão foram aprovadas pela Câmara Municipal. 
Realizadas inspeções pelos Tribunais de Contas 
da União e do Estado (TCU e TCE), os relatórios 
de ambos demonstram e comprovam o efetivo 
desvio de verbas, na época indicada pelo 
Prefeito, tanto daquelas recebidas do FUNDEF, 
quanto das do próprio Município, estando a 
unidade de ensino desativada desde a data 
prevista para o início da obra. Finalmente, o 
relatório do TCE relata que irregularidades 
também foram constatadas na execução de obra 
em curso em outra unidade escolar municipal, 
realizada com verbas provenientes de convênio 
com o Governo Federal. DISCORRA a) Sobre a 
atribuição e a legitimação dos órgãos de 
execução do Ministério Público estadual, do 
Ministério Público Federal e a competência – no 
âmbito cível e no penal b) Sobre a prescrição em 
Improbidade Administrativa imputada a Chefe de 
Poder Executivo. RESPOSTA JUSTIFICADA. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - A pretensão deduzida em ação 
civil indenizatória de ressarcimento de danos ao 
patrimônio público causados por atos de 
improbidade administrativa está sujeita à 
prescrição? Em caso afirmativo, qual é o prazo 
para o seu respectivo ajuizamento? 
Fundamentar. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2011 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - A ação civil indenizatória de 
ressarcimento de danos ao patrimônio público 
causados por atos de improbidade administrativa 
está sujeita à prescrição? Em caso afirmativo, 
qual é o prazo para o seu respectivo 
ajuizamento? Fundamentar. 
Ministério Público da União - MPF - Ano: 2011 - 
Banca: MPF - Disciplina: Direito Administrativo - 
Assunto: Improbidade Administrativa - O 
ĐidadĆoà͞X͟àfoiàeleitoàpaƌaàoàĐaƌgoàdeàPƌefeitoàdoà
município de Pasárgada no ano de 2000, tendo 
desempenhado regularmente seu mandato. Em 
outubro de 2004, foi reeleito, tendo ocupado o 
cargo de Chefe do Executivo Municipal até 
31.12.2008, após o que retornou ao exercício de 
seu cargo efetivo de Auditor Fiscal do Município. 
Em 2004, o Município de Pasárgada celebrou 
convênio com o FNDE - Fundo Nacional de 
Desenvolvimento da Educação, Autarquia 
Federal, em decorrência do qual foram 
repassados à Municipalidade recursos (R$ 
5.000.000,00) destinados à melhoria da 
infraestrutura física de escolas, como meta de 
programa federal em curso naquela época. Em 
setembro de 2006, auditoria realizada pelo órgão 
de controle interno do FNDE apontou 
irregularidade na aplicação dos recursos, tendo 
em vista a aquisição, em 05.05.2004, por 
determinação do então Prefeito Municipal, de 
materiais de construção, com indevida dispensa 
de licitação e por preço superfaturado. A 
despeito disso, o Tribunal de Contas e a Câmara 
Municipal aprovaram integralmente as contas da 
Prefeitura, referentes ao exercício de 2004, 
considerando, em relação àquela compra, a 
existência apenas de irregularidades de índole 
formal. Cientificado do episódio, o Ministério 
Público Federal, com base no relatório de 
auditoria do FNDE que lhe foi encaminhado no 
final do ano de 2009, ajuizou ação de 
iŵpƌoďidadeà ĐoŶtƌaà oà ĐidadĆoà ͞X͟,à à eŵàà
07.07.2011, imputando-lhe a prática de ato de 
improbidade administrativa, em razão dos 
fatos acima apontados. A ação foi 
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 20 
protocolizada perante o Juízo Federal da 
Seção Judiciária correspondente, tendo sido 
requerida a condenação em suspensão de 
direitos políticos, perda da função pública de 
Auditor Fiscal Municipal, pagamento de multa 
civil e ressarcimento ao Erário. Em sua defesa, o 
cidadão e ex-Pƌefeitoà ͞X͟à à alegou,à
sucessivamente, o seguinte: a) descabimento de 
ação de improbidade, porquanto a imputação 
se refere a atos decorrentes do exercício do 
mandato de Prefeito Municipal, o qual já havia 
cessado, por ocasião do ajuizamento da ação; b) 
ausência de dolo na conduta, elemento 
essencial à caracterização do ato de improbidade 
administrativa imputado; c) prescrição da ação 
de improbidade, fulminando toda a pretensão 
deduzida na ação; d) não caracterização de 
improbidade administrativa, tendo em vista 
que o Tribunal de Contas e a Câmara 
Municipal consideraram regulares as contas 
referentes ao citado convênio; e)
descabimento 
da sanção de perda de função pública, na 
espécie; impossibilidade de cumulação de 
sanções na responsabilização por 
improbidade administrativa, em especial, 
impossibilidade de cumulação das cominações 
de suspensão de direitos políticos e perda de 
função pública, bem como de multa civil e 
ressarcimento de dano, por serem cominações de 
mesma natureza. A partir dos elementos 
apresentados, analise os itens acima, apontando 
acertos ou desacertos jurídicos nas teses 
apresentadas pelo réu na ação de improbidade, 
bem como indicando a solução adequada para 
cada uma das questões suscitadas pela defesa. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Nos autos da ação civil pública 
de combate à improbidade administrativa, o 
meritíssimo Juiz indeferiu o pedido liminar de 
indisponibilidade de bens do agente causador do 
dano ao erário. Contra essa decisão foi interposto 
agravo de instrumento, inclusive com pedido de 
concessão de efeito ativo ao recurso, convertido, 
porém, em agravo retido pelo relator, ao 
seguiŶteà fuŶdaŵeŶto:à à ͞;...Ϳà ŶĆoà deŵoŶstƌadoàoà
risco de dilapidação do patrimônio que torne 
ineficaz eventual procedência do pedido de 
reparação, inviável a concessão de efeito ativo ao 
agravo para determinar a indisponibilidade de 
bens do réu agravado. Nego, portanto, a 
concessão de tal efeito e, além disso, pelo 
mesmo motivo já declinado, converto o recurso 
em agravo retido, nos termos do artigo 527, II, do 
CPC.͟à IŶdaga-se: essa decisão do relator está 
sujeita à impugnação? Fundamente a resposta e, 
a seguir, caso entenda possível a adoção de 
medida judicial, esclareça se procede ou não o 
motivo invocado pelo relator para converter o 
agravo de instrumento em retido. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Leia atentamente o acórdão 
abaixo do Superior Tribunal de Justiça (STJ): . 
͞áDMINI“T‘áTIVO.à à à ‘ECU‘“Oà à à E“PECIáL.ààà
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. ART. 11, I, DA 
LEI Nº 8.429/92. AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO 
PÚBLICO. IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO. 1. 'O 
objetivo da Lei de Improbidade é punir o 
administrador público desonesto, não o inábil. 
Ou, em outras palavras, para que se enquadre 
o agente público na Lei de Improbidade é 
necessário que haja o dolo, a culpa e o prejuízo 
ao ente público, caracterizado pela ação ou 
omissão do administrador público.' (Mauro 
Roberto Gomes de Mattos, em 'O Limite da 
Improbidade Administrativa', Edit. América 
Jurídica, 2ª ed. pp. 7 e 8). 2. 'A finalidade da lei 
de improbidade administrativa é punir o 
administrador desonesto' (Alexandre de Moraes, 
in 'Constituição do Brasil interpretada e legislação 
constitucional', Atlas, 2002, p. 2.611). 3. 'De fato, 
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 21 
a lei alcança o administrador desonesto, não o 
inábil, despreparado, incompetente e desastrado' 
(REsp 213.994-0/MG, 1ª Turma, Rel. Min. Garcia 
Vieira, DOU de 27.9.1999). 4. 'A Lei nº 8.429/92 
da Ação de Improbidade Administrativa, que 
explicitou o cânone do art. 37, § 4º, da 
Constituição Federal, teve como escopo impor 
sanções aos agentes públicos incursos em atos de 
improbidade nos casos em que: a) importem em 
enriquecimento ilícito (art. 9); b) em que causem 
prejuízo ao erário público (art. 10); c) que 
atentem contra os princípios da Administração 
Pública (art. 11), aqui também compreendida a 
lesão à moralidade pública' (REsp nº 480.387/SP, 
Rel. Min. Luiz Fux, 1ª T, DJU de 24.5.2004, p. 162). 
5. O recorrente sancionou lei aprovada pela 
Câmara Municipal que denominou prédio público 
com nome de pessoas vivas. 6. Inexistência de 
qualquer acusação de que o recorrente tenha 
enriquecido ilicitamente em decorrência do ato 
administrativo que lhe é apontado como 
praticado. 7. Ausência de comprovação de lesão 
ao patrimônio público. 8. Não configuração do 
tipo definido no art. 11, I, da Lei nº 8.429 de 
1992. 9. Pena de suspensão de direitos políticos 
por quatro anos, sem nenhuma fundamentação. 
10. Ilegalidade que, se existir, não configura ato 
de improbidade administrativa. 11. Recurso 
espeĐialà pƌoǀido.͟à ;‘Espà ϳϱϴϲϯϵ/PB,à ‘el.à MiŶ.à
JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, DJ 15.6.2006). 
Como Membro do Ministério Público, em defesa 
da probidade administrativa, considerando a 
análise do acórdão indicado, a jurisprudência 
mais recente do STJ e a melhor doutrina a ser 
utilizada, pede-se que o candidato indique 
eventual(ais) equívoco(s) na fundamentação da 
decisão citada. Justifique a resposta. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2010 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - O Prefeito Municipal de uma 
cidade localizada na Região Metropolitana de 
Belo Horizonte, em seu primeiro mandato (1989-
1992), desviou mensalmente durante o 
penúltimo ano do seu mandato, cerca de R$ 
100.000,00 (cem mil reais) - valores atualizados - 
do Fundo de Participação do Município (FPM) 
para a sua conta pessoal. Em janeiro de 1992, ele 
adquiriu, com o valor desviado dos cofres 
públicos municipais, um valorizado apartamento 
no bairro de Lourdes, na capital do Estado. Em 
1996, ele foi eleito para um novo mandato (1997-
2000) e, em seguida, reeleito (2000-2004). 
Somente no final de 2004 os fatos foram 
revelados por um ex-aliado. O membro do 
Ministério Público, ao tomar conhecimento dos 
fatos, instaurou inquérito civil e, persistente, 
após longos 5 (cinco) anos de apuração, 
conseguiu finalmente comprovar a lesão ao 
erário e, também, o enriquecimento ilícito do 
agente político. Em 2008, o ex-Prefeito, após os 3 
(três) mandatos anteriores, retornou ao cargo 
com uma votação consagradora e assumiu 
novamente a Chefia do Poder Executivo em 
janeiro de 2009. Considerando a conduta 
ímproba do agente político e as disposições 
contidas nos artigos 37, caput, §§ 4º, 5º e 6º, e 
129, II e III, da Constituição Federal (1988), os 
artigos 9º, 10, 11, 12 e 23, I, da Lei Federal 
8.429/92, e os artigos 1º, IV, e 3º, da Lei Federal 
7.347/85, responda: a) O agente político 
municipal responderá, sem prejuízo de eventual 
ação penal, efetivamente pelos atos praticados? 
Sim? Não? Por quê? Justifique e fundamente a 
resposta. b) Em se tratando de dano ao erário e 
enriquecimento ilícito, qual a iniciativa processual 
o membro do Ministério Público deveria adotar 
visando ao ressarcimento, via judicial, aos cofres 
públicos? Justifique e fundamente a resposta. c) 
Na eventualidade de responder pelos atos 
ímprobos, tais como enriquecimento ilícito e 
dano ao erário, o agente político, considerando 
as normas supracitadas, sujeita-se a quais 
sanções? Por quê? Justifique e fundamente as 
suas respostas. 
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 22 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - O ato ou contrato administrativo 
anulado em ação civil pública por improbidade 
administrativa ou em ação popular produz, ou 
pode produzir, efeitos jurídicos? Justifique, 
exemplificando. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - O orçamento de determinado
Município destinou verba específica ao Fundo 
Municipal da Criança e do Adolescente, gerido 
pelo Conselho Municipal da Criança e do 
Adolescente (CMDCA). O Prefeito, no entanto, 
sob a justificativa da existência de irregularidades 
na administração do referido Conselho, 
consubstanciadas na ausência de apresentação 
de projetos e programas para a execução das 
políticas públicas de proteção da criança, 
definidas pelo próprio Conselho, e da má gestão 
dos recursos financeiros antes destinados, 
apontada em parecer do Tribunal de Contas, 
deixou de efetuar os repasses das verbas 
previstas no orçamento. Essa sua conduta 
omissiva caracteriza improbidade administrativa? 
Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - É admissível na ação civil pública 
de responsabilidade por ato de improbidade 
administrativa a mudança de pólo processual da 
pessoa jurídica interessada? Justifique, 
apontando o fundamento legal. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Na improbidade administrativa é 
possível se cogitar da responsabilização do 
seƌǀidoƌà púďliĐoà ͞latoà seŶsu͟,à poƌà iŶdeŶizaçĆo,à
mesmo na ausência de dano material efetivo ao 
patrimônio público? Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-SP - Ano: 2010 
- Banca: MPE-SP - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Reconhecida judicialmente a 
improbidade administrativa, a condenação pode 
restringir-se ao ressarcimento do dano? 
Justifique. 
Ministério Público Estadual - MPE-MA - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MA - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - Discorra sobre os princípios 
constitucionais de observância obrigatória pelo 
administrador público e as consequências 
estampadas na Constituição Federal a que 
estará sujeito o mencionado administrador 
ímprobo que desatenda tais princípios, inclusive 
no tocante ao ressarcimento de eventuais 
prejuízos causados ao erário público. 
Ministério Público Estadual - MPE-MG - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MG - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - João Feliciano da Silva exerceu o 
cargo de Prefeito do Município de Vivendas, nos 
mandatos de 1997/2000 e 2005/2008. Inquéritos 
Civis Públicos instaurados e concluídos, em 
fevereiro de 2009, pelo Promotor de Justiça de 
Defesa do Patrimônio Público da Comarca, 
constataram que: a) no ano de 1998, o Município 
adquiriu, sem licitação, de forma incabível (era 
hipótese legal de prévio procedimento 
licitatório), um veículo Trator, pelo preço de 
R$300.000,00. A apuração levada a efeito 
constatou que a média dos preços praticados 
pelo mercado, à época, para aquisição do 
referido bem, foi de R$200.000,00; b) no período 
de 2005/2008, o Município custeou 
integralmente as despesas de aluguel de imóvel 
destinado ao funcionamento da Delegacia de 
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 23 
Polícia local, sem que houvesse prévia lei 
autorizativa ou convênio firmado com o Estado, 
para tal finalidade. Lembrando que o Prefeito foi 
o ordenador de todas as despesas citadas, faça o 
enquadramento dos casos concretos, 
considerando-se todos seus contornos jurídicos e 
repercussões, para fins de propositura de 
medidas judiciais pelo Promotor de Justiça, 
apontando, inclusive, as sanções passíveis de 
aplicação ao ex-agente público. 
Ministério Público Estadual - MPE-MS - Ano: 
2009 - Banca: MPE-MS - Disciplina: Direito 
Administrativo - Assunto: Improbidade 
Administrativa - A Defensoria Pública do Estado 
do Mato Grosso do Sul, após instaurar, sob a 
presidência de Defensor Público, inquérito civil 
voltado a apurar fatos que chegaram ao seu 
conhecimento, ajuizou ação civil pública na Vara 
da Fazenda Pública da Comarca de Corumbá/MS, 
buscando a condenação de José Aquilis Terêncio 
Gutierrez, Prefeito do Município de Ladário/MS, 
nas sanções previstas no artigo 12, incisos I e III, 
da Lei n.º 8.429/92, pela prática dos atos de 
improbidade administrativa previstos nos artigos 
9º, inciso IV, e 11, inciso I, da mesma lei, bem 
como, cumulativamente, a sua condenação a 
reparar o ambiente degradado em razão de 
conduta a ele imputada. Segundo narrado na 
inicial, o referido agente político, na condição de 
Prefeito Municipal, teria determinado a 
funcionários do Município que, usando 
maquinário pertencente ao erário, realizassem a 
supressão de vegetação nativa (quatro árvores) e 
a extração de cascalho (um metro cúbico) em 
uma pequena pedreira existente na sua 
propriedade, situada fora de área de preservação 
permanente, na qual desejava realizar uma obra 
particular, o que foi feito sem a autorização dos 
órgãos competentes. O material extraído 
(cascalho) foi empregado na conservação de uma 
estrada vicinal pública não pavimentada que dá 
acesso à zona rural do Município. Segundo narrou 
o Defensor Público que subscreve a exordial, 
assim agindo, o agente político teve 
enriquecimento ilícito e violou os princípios da 
administração pública, o que consubstancia a 
prática de atos de improbidade administrativa; de 
igual modo, causou dano ao meio ambiente, já 
que a extração de cascalho foi realizada sem a 
outorga do Departamento Nacional de Produção 
Mineral, órgão responsável pela autorização da 
mencionada atividade, bem como sem a licença 
do órgão estadual competente no que tange à 
supressão da vegetação nativa. O réu foi 
notificado para apresentar defesa preliminar, o 
que foi feito por defensor constituído. A inicial foi 
recebida. Citado, requerido contestou o feito, 
alegando, preliminarmente: (a) a incompetência 
da Justiça Comum estadual para conhecer da 
demanda, já que o dano ambiental e a conduta 
ímproba apontados teriam decorrido, dentre 
outras razões, da ausência de outorga por parte 
de órgão federal, o que induziria, por si só, a 
competência do Juízo Federal da Subseção 
Judiciária de Corumbá/MS para conhecer dos 
pedidos; (b) a ilegitimidade ativa da Defensoria 
Pública para o ajuizamento da demanda, tendo 
em vista a natureza e a titularidade dos 
interesses jurídicos postos em causa; (c) a 
impossibilidade jurídica do pedido, porquanto, 
sendo o réu agente político, seria inviável aplicar-
lhe as sanções previstas na Lei de Improbidade 
Administrativa; (d) a impossibilidade jurídica do 
pedido, já que, em se tratando de ação de 
responsabilidade por ato de improbidade 
administrativa, regida por lei própria e com 
natureza jurídica peculiar, não caberia a sua 
cumulação com pedido de reparação do meio 
ambiente, bem jurídico difuso que não pertence 
ao patrimônio público do Município; (e) a 
nulidade da ação ajuizada, pois os elementos de 
convicção que a embasam teriam sido colhidos 
nos autos de inquérito civil presidido por 
Defensor Público, o que não encontra amparo 
legal. No mérito, negou os fatos imputados, 
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requerendo a improcedência dos pedidos. Juntou 
documentos. Intimada, a Defensoria Pública 
deixou de oferecer réplica à contestação, pelo 
que o magistrado determinou vista dos autos ao 
Ministério Público, nos termos do que preceitua 
o artigo 5º, parágrafo 1º, da Lei n.º 7.347/85. 
Recebidos os autos e fazendo o enunciado da 
questão as vezes de relatório da peça

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