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Exercicios psicoterapia de grupo G1

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Como surgiu a psicoterapia de grupo?
•	Joseph H. Pratt
•	Ambulatório do Massachussetts General Hospital (Boston).
•	Em julho de 1905 iniciou programa de assistência a doentes de tuberculose, incapazes de arcar com os custos de internação. Reunia-os uma vez por semana, em grupos de 15 a 20 membros, no máximo 25, para que fosse possível estabelecer maior contato com os paciente.
•	Além dos cuidados clínicos, orientava-os a adotar atitudes positivas em relação às suas condições, enfatizando a necessidade de manter a confiança e a esperança. O reconhecimento de que não eram os únicos a sofrer, aparentemente, contribuía para certa sensação de melhora.
Quando a psicoterapia de grupo passou a ser considerada como um importante recurso terapêutico?
Em maio de 1920 Lazell descreveu, na Washington Society for Nervous and Mental Disease, o método de grupo que vinha empregando em esquizofrênicos internados. Adotava o sistema de aula e discutia assuntos diversos (medo de morte, conflito, amorpróprio, sentimentos de inferioridade, homossexualidade, alucinações, delírios, fantasias e outros) numa abordagem psicanalítica. Entre as diversas vantagens desta forma de trabalho, ressaltou que determinados pacientes, que se apresentavam calados e aparentemente inacessíveis, prestavam atenção, retinham o material da reunião, desenvolviam rápida adaptação e solicitavam, posteriormente, assistência individual. Muitos participavam das discussões e procuravam encontrar soluções para seus problemas, reconheciam que outros se encontravam na mesma condição e, conseqüentemente, seu estado não deveria ser tão grave como imaginavam. Após as aulas, mantinham diálogo sobre o assunto, o que contribuía para uma melhor interação. Concluiu que o método de grupo, conduzido por psicoterapeutas competentes, adotando abordagem psicanalítica, proporcionaria um grande avanço em relação aos tratamentos existentes.
Quais autores são apontados no texto como os pioneiros nas intervenções grupais e quais às suas contribuições principais? 
Entre 1909 e 1912, Marsh refere ter utilizado grupo com pacientes denominados “psiconeuróticos”. Nessa ocasião, exercia a função de sacerdote em hospital psiquiátrico.
Enquanto Marsh e Lazell tratavam doentes internados, Burrow(10), um dos fundadores da American Psychoanalytic Association, empregava o grupo em nível ambulatorial e com pacientes não psicóticos. Incluía cerca de dez participantes, em sessões semanais e com uma hora de duração. Procurava enfatizar a interação entre os membros. Estimulava-os a expor francamente seus pensamentos e sentimentos uns aos outros e que examinassem o conteúdo latente das perguntas, opiniões e queixas apresentadas.
Em 1925, Burrow adotou pela primeira vez o termo análise de grupo. Ao mesmo tempo em que Pratt, Marsh, Lazell e Burrow desenvolviam suas atividades na América, do outro lado do Atlântico, Moreno(12) começava a lançar as sementes da psicoterapia de grupo e do psicodrama. Entre 1910 e 1914, formou grupos com crianças nos parques de Viena e improvisava representações nas ruas com prostitutas, procurando desenvolver grupos de discussão e de auto-ajuda.
Paralelamente, em Viena, Adler e colaboradores fundaram, em 1921, o Centro de Aconselhamento para Pais e Filhos, onde formavam grupos. Tratavam o paciente e, concomitantemente, a família.
Ainda na década de 20, na Áustria e Rússia, outros psiquiatras empregavam o que denominavam Terapia Coletiva no tratamento de diversos distúrbios: transtorno obsessivo-compulsivo, retardo mental, desajustes sexuais e alcoolismo(1).
Na segunda metade dos anos 20, Metzl desenvolveu método de aconselhamento em grupo para 245 alcoólatras. Dreikurs(1) refere que muitos dos princípios adotados anos depois nos Alcoólicos Anônimos, pioneiro entre os grupos de auto-ajuda, podem ser encontrados no sistema de trabalho de Metzl.
Ainda nos anos 30, Slavson estabeleceu a atividade de terapia de grupo numa instituição para crianças e adolescentes.
Em 1933, Lewin, psicólogo alemão, mudou-se para os EUA. Alguns anos mais tarde, fundou o Centro de Pesquisa para Dinâmicas de Grupo, na Universidade de Michigan, desenvolvendo estudos experimentais sobre o relacionamento humano.
Qual a relação que Camasmie (2012) faz entre o momento atual marcado – entre outras coisas – por uma estranha combinação de afastamento de relacionamentos da esfera pública e uma hipervalorização de relações impessoais (mundo virtual), e a maior prevalência de psicoterapias individuais?
Na medida em que se dá o avanço tecnocientífico, acelera-se o desenvolvimento do individualismo, o que tem enfraquecido progressivamente qualquer possibilidade de ação conjunta. Isso leva a crer que a autossuficiência é a única saída para resolver problemas de qualquer ordem, sejam eles psicológicos, sociais ou políticos. Como consequência dessa certeza, abandona-se o que é da ordem do coletivo, na medida em que cada vez mais as pessoas se recusam a participar de decisões públicas, retraindo-se à esfera privada para cuidar de seus interesses denominados “pessoais”.
Para a autora (2012), as demandas que chegam aos consultórios de psicologia hoje são demandas individuais? Explique.
No entanto, as demandas que chegam aos consultórios de psicologia são necessidades nascidas na esfera pública, e mostram contornos de grande extensão e desdobramentos, como, por exemplo: desemprego, dívidas financeiras, perdas advindas de desastres ambientais, famílias monoparentais com filhos dependentes químicos etc.
O que é o fenômeno do transbordamento que Camasmie (2012) discute em seu texto? 
Esse fenômeno de transbordamento, no qual espaços privativos têm que abarcar o que é próprio do coletivo, não acontece somente nos consultórios de psicologia. 
Para além da psicologia, quais outras áreas também têm vivenciado o fenômeno do transbordamento citado por Camasmie? Dê um exemplo.
Temos a medicalização do social, que vem crescendo assustadoramente, quando, por exemplo, a medicina passa a ter como tarefa medicar crianças que não se adaptam às escolas, adultos que não sabem como lidar com suas tristezas e frustrações, e idosos que se deprimem pela falta de legitimação de um lugar em suas famílias. Sem falar na justiça, que precisa deferir e estabelecer quantias a título de indenização por afetos familiares não reconhecidos.
Em que sentido a autora (2012) afirma que uma psicoterapia individual seria ao mesmo tempo uma psicoterapia de grupo?
A cada queixa narrada, os outros do meu cotidiano estão sempre presentes. O que diferencia, na verdade, é o modo da presença. Na psicoterapia de grupo, esses outros estão também presentes, mas de um modo diferenciado. E essa diferença vai requerer, de cada um, modos de correspondência específicos. Trataremos disso mais adiante no item sobre o vínculo psicoterapêutico.
Para a autora (2012) quais os principais benefícios da psicoterapia de grupo?
A psicoterapia de grupo evidencia que o cuidar de si não é excludente ao cuidar do outro, nem o antecede. Pelo contrário, um só é possível na presença do outro. É no cuidado do outro que mostro quem eu sou, é na lida com os outros, no modo como a convivência acontece, que se dá o cuidado de si mesmo.
A psicoterapia acontece quando e através de muitos outros acontecimentos, para os quais o terapeuta necessita dirigir sua atenção e mostrar para o grupo sempre que possível. Sendo assim, é psicoterapia quando se desvelam: o modo como cada um escuta o que o outro fala, o modo como cuidam do silêncio, o modo como sustentam suas identidades no grupo, como se comprometem com os acordos estabelecidos no grupo, o modo como falam uns com os outros, o modo como se dirigem ao terapeuta, o modo como se olham, como se provocam, enfim, são experiências que, por se darem em conjunto, trazem atritos pela diversidade de olhares. Desses atritos que pedem enfrentamento é que se alargam horizontes, e são esses atritos que permitem a criação e a sustentação de modos mais livres de conviver.
Qual aresposta que Camasmie (2012) dá à questão Pra que psicoterapia de grupo?
O que se pode afirmar é que não há dúvida de que essa modalidade permite que o modo de ser-com-outro se revele de modo mais insistente e evidente; e, sendo assim, é uma psicoterapia que se torna um desafio constante tanto para o terapeuta quanto para os participantes. Por ser uma modalidade clínica que se dá num espaço público, pode constantemente resvalar para corresponder a expectativas advindas de demandas coletivas impessoais. Mas justamente por ser uma modalidade que se dá em grupo, pela possibilidade de confiar de novo no mundo, abrindo mão de escolhas individualistas, pode constituir-se em espaço de acolhimento que possa sustentar movimentos de singularização existencial.
Quais as indicações e contra-indicações para a grupoterapia psicanalítica?
Quanto às contra-indicações, os seguintes pontos merecem uma consideração especial para aqueles pacientes que:
Estão mal-motivados tanto em relação à sua real disposição para um tratamento longo e difícil quanto ao fato de ser especificamente em grupo.
Sejam excessivamente deprimidos, paranóides ou narcisistas: os primeiros, porque exigem atenção e preocupação concentradas exclusivamente em si próprios.
Apresentem uma forte tendência a actings de natureza maligna, muitas vezes envolvendo pessoas do mesmo grupo, como é o caso, por exemplo, da inclusão de pacientes psicopatas.
Aqueles que inspiram uma acentuada preocupação pela possibilidade de graves riscos agudos, principalmente de suicídio.
Apresentem um déficit intelectual, ou uma elevada dificuldade de abstração, ou de entrar em contato com o mundo das fantasias.
Aqueles que estão no auge de uma séria situação crítica aguda, em cujo caso é recomendável o esbatimento da crise por um atendimento individual para depois cogitar incluí-lo numa grupoterapia.
Pertencem a uma certa condição profissional ou política que representa sérios riscos para uma eventual quebra do sigilo grupal.
Apresentam uma história de sucessivas terapias anteriores interrompidas, que nos autoriza a pensar que se trate de "abandonadores compulsivos".
INDICAÇÃO: QUALQUER UM QUE NÃO ESTEJA DENTRO DOS CRITÉRIOS DE CONTRA INDICAÇÃO.
De acordo com Zimerman e Osório o planejamento de um grupo terapêutico passa por 3 etapas, cite e explique quais são elas.
ENCAMINHAMENTO: É A ETAPA DA DIVULGAÇÃO JUNTO AOS DEMAIS COLEGAS, TENDO EM VISTA O ENCAMINHAMENTO DE PACIENTES PARA A FORMAÇÃO DO GRUPO.
SELEÇÃO: REFERE-SE A QUESTÃO DE INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES. 
GRUPAMENTO: VISUALIZAÇÃO ANTECIPADA DE COMO SERÁ A PARTICIPAÇÃO DE CADA UM DOS INDIVIDUOS SELECIONADOS NA NOVA ORGANIZAÇÃO GESTALTICA. 
De que forma podemos prever como os pacientes irão funcionar no contexto grupal?
Neste contexto, o sentimento contratransferencial do grupoterapeuta durante as prévias entrevistas de seleção funciona como um excelente indicador quanto à previsão de como será a complementaridade dos papéis a serem desempenhados. Através também do feeling contratransferencial relativo ao grupamento, para cada situação em particular.
Quais os riscos da composição de um grupamento inadequado?
A função terapêutica do grupo pode ficar comprometida. 
O que é o enquadre?
O enquadre é conceituado como a soma de todos os procedimentos que organizam, normatizam e possibilitam o processo psicoterápico. Assim, ele resulta de uma conjunção de regras, atitudes e combinações, como, por exemplo, local, horários, número de sessões semanais, tempo de duração da sessão, férias, honorários, número de pacientes, se será aberto ou fechado, etc.
Explique os principais elementos do setting:
Homogêneo x Heterogêneo; Por grupo homogêneo entende-se aquele que é composto por pessoas que apresentam uma série de fatores e de características que. em certo grau, são comuns a todos os membros. Esses grupos também costumam ser chamados "grupos especiais". Pode servir como exemplo um grupo que seja composto unicamente por pacientes deprimidos, borderline, drogadictos, etc.
Aberto x Fechado; Por grupo aberto entendemos aquele que não tem prazo de termino previamente fixado, ficando claro que, na eventualidade de haver vaga no grupo, ou diante da saída de algum membro, por interrupção ou por termino, ele poderá vir a ser substituído por um outro. Ao contrário, grupo fechado alude ao fato de que a combinação feita com grupo originário prevê que, uma vez composto o grupo, não entra mais ninguém.
Duração limitada x Duração ilimitada; Virtualmente, todos os grupoterapeutas diante de grupoterapias psicanalíticas adotam a método de trabalhar com grupos abertos, de duração ilimitada. No entanto, poderá ocorrer duas eventualidades: a primeira e a possibilidade de que, após decorridos alguns anos, o próprio grupo queira se transformar em grupo fechado, até o seu termino. Ainda não tive essa experiência, porém alguns autores que a tiveram recomendam que nesses casos deve ser fixada uma data de finalização. A segunda possibilidade, com a qual já tive uma experiência, é a de fundir dais grupos que estavam com um número reduzido de integrantes, transformando-os em um grupo único. Considera que foi uma experiência bastante interessante e que não trouxe maiores problemas.
Número de pacientes; Em caso de grupoterapia analítica, o ideal é que número de participantes não seja inferior a 4 e que não passe de 9. Na verdade, o número ótimo deve ser ditado pelo estilo particular de cada um, o que varia muito de terapeuta para terapeuta. Particularmente, trabalho melhor com um número média de 6 pacientes.
- Idade dos pacientes; Quanto a idade dos pacientes há uma major diversificação de opiniões, alguns defendendo necessidade de manter uma homogeneidade de idade, enquanto outros preferem uma ampla diferença etária para que ocorram vivencias mais completas, em que cada um poderá se espelhar no outro. Inclino-me mais para essa segunda posição desde que não haja discrepâncias máximas.
Número de sessões semanais; Alguns grupoterapeutas preferem realizar uma sessão semanal, porem de duração longa; outros grupanalistas adotam a realização de três sessões semanais coma uma forma de manter um enquadre o mais similar possível ao de uma psicanalise individual; no entanto, a malária no nosso meio, entre os quais me incluo, trabalham com duas sessões semanais
 Tempo de duração das sessões semanais. Em relação ao tempo de duração da sessão, ela costuma variar de acordo com o número de pacientes, o número de sessões semanais e o esquema referencial teórico técnico do grupoterapeuta. Aqueles que trabalham com uma sessão semanal geralmente utilizam um tempo que Pica numa média de noventa minutos (alguns preferem um tempo de duas horas); os demais, habitualmente, reservam a duração de sessenta minutos por sessão.
Cite e explique três dos 16 atributos desejáveis para um coordenador de grupos propostos por Zimerman e Osório.
Respeito. Este atributo tem um significado muito mais amplo e profundo do que o usualmente empregado. Respeito vem de re (de novo) + spectore (olhar), ou seja, é a capacidade de um coordenador de grupo voltar a olhar para as pessoas com as quais ele está em íntima interação com outros olhos, com outras perspectivas, sem a miopia repetitiva dos rótulos e papéis que, desde criancinha, foram-lhes incutidos. Igualmente, faz parte deste atributo a necessidade de que haja uma necessária distancia ótima entre ele e os demais, uma tolerância pelas falhas e limitações presentes em algumas pessoas do grupo, assim como uma compreensão e paciência pelas eventuais inibições e pelo ritmo peculiar de cada um.
Paciência. Habitualmente, o significado desta palavra está associado a uma idéia de passividade, de resignação, e o que aqui estamos valorizando como um impor-tante atributo de um coordenador de grupo é frontalmente oposto a isso. Paciência deve ser entendida como urna atitude ativa, como um tempo de espera necessário para que uma determinada pessoa do grupo reduza a sua possível ansiedadeparanóide inicial, adquira uma confiança basal nos outros, permita-se dar uns passos rumo a um terreno desconhecido, e assim por diante. Assim concebida, a capacidade de paciência faz parte de um atributo mais contingente, qual seja, o de funcionar como um continente.
Gostar e acreditar em grupos. É claro que qualquer atividade profissional exige que o praticante goste do que faz, caso contrário ele trabalhará com um enorme desgaste pessoal e com algum grau de prejuízo em sua tarefa. No entanto, atrevo-me a dizer que, particularmente na coordenação de grupos, esse aspecto adquire uma relevância especial, porquanto a gestalt de um grupo, qual um "radar", capta com mais facilidade aquilo que lhe é "passado" pelo coordenador, seja entusiasmo ou enfado, verdade ou falsidade, etc.
Cabe deixar bem claro que o fato de se gostar de trabalhar com grupos de modo algum exclui o fato de vir a sentir transitórias ansiedades, cansaço, descrenças, etc.
Em que consiste a ação terapêutica do setting?
Setting. A organização de um enquadre através da combinação de regras e normas que, embora possam ter alguma flexibilidade, devem ser cumpridas e preservadas ao máximo vai muito além de uma necessidade normativa unicamente de ordem prática. A ação terapêutica do setting consiste no fato de que ele estabelece:
•	Uma necessária delimitação e hierarquia dos indivíduos entre si e, principalmente, a desejável distância que deve ficar mantida entre eles e o grupoterapeuta. Esse aspecto é particularmente relevante quando se trata de um grupo com pacientes bastante regressivos, pois eles têm tendência a uma simbiótica indiscriminação entre o "eu" e o "outro", e, por conseguinte, a noção de limites está muito prejudicada.
•	O enquadre, estabelecido e mantido, representa a criação de um novo espaço, onde podem ser reexperimentadas tanto as antigas vivências emocionais que foram mal resolvidas como as novas experiências emocionais que o grupo está propiciando.
•	Um grupo que permanece coeso funciona como sendo uma nova família, e, especialmente em grupos com pacientes depressivos, esse fato representa a reconstrução e a restauração da família original que, nesses pacientes, costuma estar internalizada em cada um deles como estando dispersa e destruída.
•	Em grupos como os de "auto-ajuda", a homogeneidade dos participantes favorece que cada um assuma a sua doença, ou limitação, com menor culpa e vergonha e com abrandamento da terrível sensação de se sentir um marginal diante das pessoas "normais".
•	A importância do setting consiste no fato de que ele é um valioso "continente" das necessidades e angústias de todos.
Explique a função continente.
Continente. Cada vez mais, na literatura psicológica em geral, a expressão "continente" (é original de Bion) amplia o seu espaço de utilização e o reconhecimento pela importância de seu significado. Esse atributo alude originariamente a uma capacidade que uma mãe deve possuir para poder acolher e conter as necessidades e angústias do seu filho, ao mesmo tempo que as vai compreendendo, desintoxicando, emprestando um sentido, um significado e especialmente um nome, para só então devolvê-las à criança na dose e no ritmo adequados às capacidades desta.
1.	Permite que ele possa conter as	' eis fortes emoções que podem emergir no 
campo grupal provindas e cada um e de todos e que, por vezes, são colocadas de forma maciça e volumosa dentro de sua pessoa.
2.	Possibilita que ele contenha as suas próprias angústias, como é o caso, por exemplo, de não saber o que está se passando na dinâmica do grupo, ou a existência de dúvidas, de sentimentos despertados, etc. Essa condição de reconhecer e conter as emoções negativas costuma ser denominada capacidade negativa e será melhor descrita no tópico que segue abaixo.
3.	Faz parte da capacidade de continente da mãe (ou do coordenador de um grupo) a assim denominada, por Bion, função alfa, que será descrita um pouco mais adiante, em "Função de ego auxiliar".
De que forma a comparação do campo grupal a uma “galeria de espelhos” traduz a ação terapêutica que se processa no grupo? 
Função de espelho. Comumente os autores se referem ao campo grupai como uma "galeria de espelhos", a qual é resultante de um intenso e recíproco jogo de identificações projetivas e introjetivas. Trata-se de uma expressão muito feliz, pois ela traduz a ação terapêutica do grupo que se processa através da possibilidade de cada um se mirar e se refletir nos outros e, especialmente, de poder reconhecer no espelho dos outros aspectos seus que estão negados em si próprio. Aliás, esta função de reconhecimento, se bem percebida e trabalhada pelo grupoterapeuta, nas quatro acepções que seguem, exerce uma decidida ação terapêutica, por permitir que:
•	Cada um reconheça (volte a conhecer) aquilo que está esquecido ou alguma outra forma de ocultamento em si mesmo.
•	Reconheça ao outro como uma pessoa autônoma e separada dele.
•	Ser reconhecido ao outro (desenvolvimento do sentimento de consideração e de gratidão).
•	O indivíduo reconheça que, sob as mais diferentes formas, ele tem uma necessidade vital de vir a ser reconhecido pelos outros.
•	A conjugação de todos esses aspectos ajuda a promover a passagem de um estado de narcisismo para o de um socialismo.
Na situação grupal a quem cabe a função alfa, servindo como um indispensável modelo de identificação e quais as possibilidades terapêuticas dessa função?
A importância da mencionada "função alfa" consiste no fato de que uma criança somente poderá desenvolver certas capacidades de ego, se a sua mãe (no sentido genérico dessa palavra) as utilizou com o filho. Assim, se a mãe não possuir uma capacidade de, por exemplo, ser um adequado continente, certamente o filho também não possuirá essa mesma capacidade. O mesmo vale para a maneira de perceber e lidar com os acontecimentos da vida, a forma de pensar as experiências emocionais, o tipo de significação que empresta aos fatos cotidianos, etc.
Na situação de um campo grupai, é ao grupoterapeuta que cabe essa função alfa, de modo que, indo muito além das interpretações propriamente ditas, sob uma forma insensível, a totalidade do grupo vai absorvendo o "jeito" e se modelando pela maneira como o terapeuta encara as angústias, dúvidas, incertezas; de corno enfrenta os conflitos; qual a sua forma de se relacionar, comunicar e, muito especialmente, de como ele raciocina e pensa as experiências emocionais que se passam na vida interna, e externa, do grupo.
Não é unicamente o grupoterapeuta que funciona como um indispensável modelo de identificação; os próprios pacientes também podem servir como modelos, uns para os outros, de determinados aspectos.
Ainda em relação ao processo da identificação, deve ser acrescido o fato de que, em grau maior ou menor, todo indivíduo é portador de identificações patógenas que ficam bem evidenciadas no curso do grupo. Nesse caso, a maneira como o grupo age terapeuticamente consiste na possibilidade de promover des-identificações, e assim abrir um espaço na mente para neo-identificações mais sadias e que favoreçam a construção do sentimento de identidade.
A essencialidade da função de o terapeuta servir como um novo modelo de identificação vale para qualquer grupo, ressalvando as devidas diferenças entre cada um deles.
A terapia de grupo por meio da sociabilização pode favorecer em especial pacientes regressivos e exageradamente defensivos. De que forma a terapia de grupo contribui positivamente com estes pacientes? 
Sociabilização. Uma das características que diferencia a terapia individual da grupai é que esta última oportuniza excelentes condições de os indivíduos interagirem de uma forma menos egoística e defensiva, como comumente acontece. Em especial com pacientes regressivos, exageradamente defensivos e, por isso mesmo, ora ensimesmados, querelantes ou polemizadores, abre-se uma possibilidade de contraírem novos vínculos fundados em uma mutualidade de confiança, respeito, solidariedade e amizade, inclusive coma eventualidade de alguns se tornarem amigos, mesmo fora da restrita situação grupai. Também contribui para o desenvolvimento da sociabilização o fato de se sentirem compreendidos um pelo outro em razão de compartilharem uma mesma linguagem, que facilita o importante processo da comunicação.
É possível evidenciar nos distintos campos grupais a presença de uma forma de comunicação que pode passar despercebida, pois ela se processa através de uma linguagem não-verbal. De exemplos e comente sobre eles.
Comunicação. Cabe repetir a afirmativa de que "o grande mal da humanidade é o problema do mal-entendido". Um dos fatores que melhor responde à pergunta "Como agem os grupos terapêuticos?" é justamente a oportunidade que o campo grupal propicia para observar e trabalhar com a patologia da comunicação entre as pessoas de um grupo qualquer. É no campo da terapia com família — mais notadamente na terapia de casal — que, com maior evidência, manifestam-se os distúrbios da comunicação: são pessoas que pensam que estão dialogando, quando, na verdade, o que mais habitualmente ocorre é que há uma surdez entre elas, sendo que a preocupação maior de cada um do casal é a de fazer prevalecer as suas teses prévias e de impor a sua verdade sobre o outro.
De acordo com Zimerman (1997), a interpretação não é o único instrumento curativo nas grupoterapias psicanalíticas. Quais outras intervenções o grupoterapeuta pode utilizar na situação grupal?
Num grupo, também agem como fatores terapêuticos as intervenções do grupoterapeuta que propiciem:
Perguntas, não as interrogatórias, mas sim aquelas que provoquem reflexões, com o estabelecimento de correlações. Assinalamentos de contradições e falsificações, da oposição entre o real e o ilusório, para que o grupo encontre um caminho para o importantíssimo aspecto do amor às verdades. Abertura de novos vértices de observação dos mesmos fatos, com vistas a possibilitar que as pessoas do grupo mudem uma atitude radical e dogmática por uma outra mais flexível e com novas alternativas de posicionamento.
E recomendável que o grupoterapeuta não perca de vista, em sua abordagem interpretativa, que, para todo lado infantil do grupo que ele esteja acentuando, também existe a contraparte adulta, e vice-versa; todo lado agressivo-destrutivo não exclui o amoroso-construtivo, e vice-versa; que subjacentes à autodesvalia existem potencialidades e capacidades esperando ser reconhecidas, resgatadas e descobertas. E assim por diante.
Ganham uma crescente importância como fator de ação terapêutica as intervenções do terapeuta dirigidas às funções do ego consciente dos pacientes. Dentre essas, vale enfatizar a importância da capacidade para pensar as experiências emocionais e, a partir daí, conseguir verbalizá-las, e com isso se evita que as emoções se expressem por formas primitivas de comunicação, como os actings, as somatizações, os bloqueios de aprendizado, etc. Neste contexto, podemos considerar como sendo um eficaz agente terapêutico, particularmente em grupos com pacientes bastante regressivos, que o grupoterapeuta, durante algum tempo, empreste ao grupo algumas das suas funções egóicas (pensar, conhecer, juízo crftico, ser continente, etc.) que neles ainda não estão suficientemente desenvolvidas.
Faz parte da função interpretativa do grupoterapeuta que, diante de certos fatos e acontecimentos, ele confira significados diferentes daqueles que as pessoas do grupo comumente vivenciam sob a forma de crendices, tabus, mitos (e ritos) e, acima de tudo, de concepções errôneas, tudo isso como uma resultante das significações inoculadas pelo discurso educativo dos pais.
Uma outra vantagem evidente proporcionada pela grupoterapia consiste no fato de que ela faculta a observação "ao vivo e a cores" do desempenho dos papéis que cada um assume dentro do contexto grupai.
Explique porque de acordo com Zimerman (1997) a psicoterapia de grupo possibilita o exercício da capacidade de reparações.
Possibilidade para reparações. A obtenção de uma solidariedade entre todos, como antes referido, constitui-se num agente terapêutico peculiar das terapias grupais. Particularmente em grupos compostos por pacientes bastante regredidos, com sérios problemas decorrentes das pulsões agressivas mal-elaboradas e, por conseguinte, altamente desestruturantes do psiquismo, a terapia grupai propicia uma oportunidade ímpar, qual seja, a de um paciente, de alguma forma, poder ajudar a um outro.
Em que consiste a função psicanalítica da personalidade?
Função psicanalítica da personalidade. Esta expressão é original de Bion e alude ao fato de ser inerente ao ser humano uma sadia curiosidade epistemofílica em direção ao conhecimento das verdades. Essa pulsão epistemofílica, em muitos indivíduos, fica entorpecida e bloqueada pelos diversos conflitos neuróticos e psicóticos, porém ela pode e deve ser resgatada, pois a essa função consiste estabelecer conexões e correlações entre realidade e fantasia, consciente e inconsciente, fatos presentes e passados, pensamentos e sentimentos, o que é responsabilidade dele e o que é dos outros, a parte infantil com a adulta, os elos associativos entre os vínculos (de amor, ódio, conhecimento e reconhecimento), etc. E especialmente importante no exercício dessa função psicanalítica da personalidade que o sujeito consiga estabelecer a integração e a elaboração dos insights parciais, de modo a que eles resultem em verdadeiras mudanças internas e, por conseguinte, na conduta exterior.
Cite quatro formas de manifestações resistenciais mais comuns.
A experiência clínica comprova que as formas de manifestações resistenciais mais comuns, quer da parte dos indivíduos isoladamente, ou da totalidade grupai, costumam ser as seguintes:
Atrasos e faltas reiteradas.
Tentativas de alterar as combinações do setting (por exemplo, continuados pedidos por mudanças de horários, telefonemas, intervenção de familiares, pedidos por sessões individuais, etc.).
Prejuízo na comunicação verbal através de silêncios excessivos, de reticências ou, ao contrário, uma prolixidade inútil.
Ênfase excessiva em relatos da realidade exterior, ou em queixas hipocondríacas, 
com o rechaço sistemático da atividade interpretativa dirigida ao inconsciente.
Cite duas causas mais prováveis para o surgimento de resistências no campo grupal analítico.
As causas mais prováveis que determinam o surgimento de resistências no campo grupal analítico costumam ser as seguintes:
Medo do surgimento do novo (especialmente quando há o predomínio de uma ansiedade paranóide).
Medo da depressão (a ansiedade depressiva os leva a crer que vão se confrontar com um mundo interno destruído, sem possibilidade de reparação).
Medo da regressão (de perder o controle das defesas neuróticas, como as obsessi¬vas, por exemplo, e regredir a um descontrole psicótico).
Explique os quatro passos propostos por Zimerman (1997) para o manejo das resistências.
O primeiro passo, como já foi dito, é a necessidade de que o grupoterapeuta saiba fazer a discriminação entre as resistências que são de obstrução sistemática e as que simplesmente são reveladoras de uma maneira de se proteger e funcionar na vida real.
A segunda discriminação que ele deve fazer é se a resistência é da totalidade grupal, ou se é por parte de um subgrupo, ou de um determinado indivíduo, em cujo caso há duas possibilidades: ou o indivíduo está resistindo ao grupo, ou ele é um representante da resistência do grupo.
O terceiro passo do grupoterapeuta é o de reconhecer, e assinalar ao grupo, o que está sendo resistido, por que, por quem, como e para que isso está se processando.
Finalmente, o quarto passo é o de que o coordenador do grupo procure ter claro para si qual a sua participação nesse processamento resistencial, e isso nos remete ao importantíssimo problema da contra-resistência, a qual pode assumir múltiplas for¬mas de o próprio grupoterapeuta se aliar às resistências dos pacientes do grupo.
De acordo com Zimerman (1997) nas grupoterapias as transferênciascostumam aparecer de forma múltipla e cruzada segundo quatro vetores. Quais são eles?
Particularmente nas grupoterapias, as transferências aparecem de forma múltipla e cruzada, segundo quatro vetores:
1)	de cada indivíduo em relação ao grupoterapeuta;
2)	do grupo, como uma totalidade gestáltica, em relação ao grupoterapeuta;
3)	de cada indivíduo em relação aos seus pares;
4)	de cada um em relação ao grupo como um todo. Além disso, cada uma dessas formas pode adquirir distintos modos, graus e níveis de manifestações, através de um jogo permanente de identificações projetivas e introjetivas.
De acordo com Zimerman e Osorio (1997), os actings podem se manifestar dentro do grupo tanto de forma benéfica quanto de modo maléfico ao manejo do grupo. Como eles surgem no grupo?
Dentre estas últimas, além do risco não-desprezível de que possa ocorrer um envolvimento amoroso entre pessoas do grupo, um acting que devemos considerar grave é o que diz respeito a uma quebra de sigilo do que se passa na intimidade do grupo, inclusive com a divulgação pública de nomes das pessoas envolvidas. Guardo uma convicção que muito do declínio das grupoterapias analíticas se deve a um descrédito que em grande parte foi devido a esse tipo de atuação, o qual costuma resultar de uma seleção mal feita.
Os actings também podem estar a serviço das resistências do grupo e se confundem com o desempenho de alguns papéis, tal como foi descrito no tópico relativo às resistências.
Cite e explique DUAS (2) das intervenções do grupoterapeuta apresentadas por Zimerman.
Faz parte da função interpretativa do grupoterapeuta que, diante de certos fatos e acontecimentos, ele confira significados diferentes daqueles que as pessoas do grupo comumente vivenciam sob a forma de crendices, tabus, mitos (e ritos) e, acima de tudo, de concepções errôneas, tudo isso como uma resultante das significações inoculadas pelo discurso educativo dos pais.
Uma outra vantagem evidente proporcionada pela grupoterapia consiste no fato de que ela faculta a observação que "ao vivo e a cores" do desempenho dos papéis que cada um assume dentro do contexto grupal.
De acordo com Bechelli e Santos, qual é o motor da mudança em psicoterapia de grupo?
Concomitantemente, uma condição imprescindível é que sintam motivação, e que a
psicoterapia de grupo seja uma das atividades consideradas prioritárias
na sua vida. Essa condição reflete o desejo de se envolver no processo
terapêutico e exerce importante papel no resultado a ser obtido(3)
Bechelli e Santos afirmam que o paciente é envolvido ativamente na terapia. De que forma isso ocorre?
Nesse sentido, o cliente é o agente principal da própria mudança. É muito mais o paciente e não o terapeuta que implementa o processo de mudança. O cliente é a figura central do processo terapêutico.
Para os autores, existe uma única condição fundamental para a psicoterapia de grupo. Qual é ela?
Tarefa importante dos pacientes em uma primeira fase da
psicoterapia de grupo é desenvolver confiança tanto em si próprios
quanto nos colegas. Nessa etapa podem encontrar-se desencorajados,
dependentes e emocionalmente instáveis, ou se considerarem
inadequados, sem valor e indignos de merecerem atenção.
Para que a mudança ocorra de fato, o que Bechelli e Santos consideram imprescindível?
Embora a posição de espectador possa auxiliar na mudança,
a participação ativa e o envolvimento na terapia são variáveis
importantes e fundamentais no resultado. Os pacientes fazem
progressos, principalmente, quando expressam em palavras suas
experiências e seus sentimentos íntimos.
Como se dá o processo de mudança por meio das comparações sociais, de acordo com os autores.
Muitos dos benefícios obtidos a partir da comparação social,
do feedback e da avaliação das preocupações e sentimentos ocorrem
independentemente do auxílio direto do terapeuta, embora este possa,
muitas vezes, intervir e assegurar que o paciente esteja dando a devida
atenção e beneficiando de uma situação particular e relevante.
Segundo os autores, que importantes descobertas os pacientes fazem sobre o terapeuta e sobre si mesmos, ao longo da terapia grupal?
Os pacientes descobrem na terapia de grupo a possibilidade de lançar mão do relacionamento para
desenvolvimento pessoal, crescimento e mudança(31).
No decorrer da psicoterapia e tendo já desenvolvido amadurecimento, o paciente reconhece o terapeuta como autoridade
que, em um primeiro momento, foi fonte de esperança e, durante o
processo terapêutico, elemento importante para seu progresso, porém
não o considerando mais dotado de poderes mágicos como o concebia
inicialmente.

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