Buscar

Online 5 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Online 5 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Nesta aula, discutiremos o período que antecede a Segunda Guerra, com a política expansionista alemã, que culminou com a invasão da Polônia, deflagrando a guerra. Veremos ainda, a formação do eixo e a sua derrota pelos países aliados.
1919 – 1936
Introdução – as invasões territoriais
1919- Após o fim da Primeira Guerra Mundial e a assinatura do Tratado de Versalhes, em 1919, teve início uma onda de movimentos totalitários pela Europa, como vimos na aula anterior.
1929- Em 1929, estes movimentos ganham força, por conta da crise econômica que se alastra, a partir dos Estados Unidos. As tensões entre os diversos países europeus eram prementes, e a Liga das Nações - órgão criado após a guerra para mediar conflitos internacionais - não tinha força ou legitimidade política para fazer valer o objetivo para a qual tinha sido criada, sendo uma instituição, portanto, esvaziada de sentido.
1935- Após a consolidação dos regimes totalitários, alemão e italiano, tem inicio uma política expansionista que Hitler chamava de espaço vital. Ou seja, o avanço territorial era necessário para que a Alemanha pudesse alcançar todo seu potencial econômico e político. 
Dessa forma, A Itália tomou a Etiópia, na África, em 1935, a exemplo do que também ocorria no Oriente, pois o Japão havia invadido a Manchúria, em 1931. 
A Alemanha avançava por territórios franceses e, em nome da paz mundial, os demais países ignoravam esses movimentos. A incapacidade da Liga das Nações em reagir demonstrou a fragilidade que a levaria à extinção.
1936- O apoio de Hitler e Mussolini a Franco, na guerra civil espanhola, permitiu a estes lideres perceberem o alcance de seu poder de fogo e fortalecessem sua aliança, que ficaria conhecida como Eixo Berlim-Roma. 
 Enquanto isso, na Ásia, o avanço japonês provocaria a reação de outras potências que já disputavam a Manchúria chinesa, em especial, a União Soviética. 
Temerosos acerca da possibilidade de uma guerra aberta com a União Soviética, o Japão imperial fez uma aliança com a Itália e a Alemanha, configurando o que seria chamado, na Segunda Guerra, de Eixo. 
Em 1936, foi assinado um pacto entre estes três países, denominado Anti-Komintern, cujo objetivo era impedir o avanço do comunismo.
A expansão alemã 
É claro que os demais países europeus, em especial a Inglaterra e a França, não viam com bons olhos esta expansão. 
Entretanto, o temor de um conflito internacional, nas proporções da Primeira Guerra, fazia com que os líderes destes Estados buscassem a negociação e a diplomacia, no lugar de uma hostilidade aberta.
O mapa mostra o avanço alemão até o inicio da guerra, em 1939, com as regiões anexadas ou invadidas pela Alemanha.
A Conferência de Munique 
Em 1938, como demonstração desta “solução diplomática”, teve lugar a Conferência de Munique, que tinha como pauta principal a situação da Checoslováquia. Dela participaram:
A Inglaterra, representada pelo Primeiro Ministro Neville Chamberlain, que conduziu a conferência;
a França, representada por Édouard Daladier, também ministro;
a Itália, representada por Mussolini;
e a Alemanha, representada por Hitler.
É interessante notar que não houve nenhum representante da Checoslováquia, maior interessada nos rumos do evento. 
Em uma clara política conciliadora, as duas potências, Inglaterra e França, concordaram na cessão territorial para a Alemanha e na repartição das Checoslováquia.
Os cobiçados Sudetos passaram para o domínio nazista com a condição de que esta fosse a última parte da expansão alemã. Um erro diplomático que cobraria um enorme preço dos envolvidos.
O Acordo Ribbentrop-Molotov
A cessão dos Sudetos tencionava proteger a Polônia de uma invasão germânica. Este país seria o próximo alvo dos nazistas, desejosos pelo acesso ao corredor polonês, que haviam perdido no Tratado de Versalhes. 
A invasão da Polônia, porém, seria uma questão delicada e que deveria ser muito bem pensada pelo Führer, pois o país fazia fronteira com um inimigo poderoso e temido, a União Soviética.
A solução foi firmar um acordo de não agressão, o pacto nazi-soviético ou acordo Ribbentrop-Molotov (em referência aos ministros que o assinaram, representantes da Alemanha e da URSS, respectivamente). 
Estrategicamente, Hitler estava eliminando o último entrave real à expansão nazista.
O pacto nazi-soviético foi audacioso para os dois lados. Primeiro, ambos foram obrigados a deixar para trás suas diferenças ideológicas — o nazismo combatia o socialismo e o comunismo, enquanto a União Soviética, o adotava e defendia.
O acordo ainda gera polêmicas, tanto entre analistas de relações internacionais, cientistas políticos e historiadores. 
De modo geral, podemos dizer que Stalin acreditava que a vitória de Hitler ampliaria sua esfera de influência e, no pior dos cenários, haveria uma divisão na política internacional apenas entre soviéticos e alemães, tirando França e Inglaterra do quadro político.
Foi a certeza de que não seria atacado, nesta frente, que permitiu a Hitler invadir a Polônia, em 1939, na manobra que deu origem à Segunda Guerra Mundial.
Polônia invadida 
Desde a Conferência de Munique, a Polônia era protegida pela Inglaterra e França que, mediante a invasão nazista, nada puderam fazer a não ser declarar a guerra, pois, apesar de todas as concessões e intensas negociações, foi inevitável. 
 Apesar da invasão nazista à Polônia ter ocorrido em setembro de 1939 e ser este o marco primeiro da Segunda Guerra Mundial, apenas no ano seguinte a Alemanha intensificou suas ofensivas. 
A Polônia fora dominada em curto tempo, graças à técnica militar denominada blitzkrieg, que significa guerra-relâmpago, feita mobilizando forças de combate combinada, como as divisões de tanques, chamadas de divisões Panzer, a Luftwaffe (força aérea) e a marinha.
E as invasões alemãs prosseguem
A blitzkrieg, rápida e eficiente, permitiu a Alemanha invadir e derrotar os exércitos da Dinamarca, Noruega, Bélgica e Países Baixos, expulsando os exércitos aliados que tiveram que recuar. 
Em junho de 1940, o grande golpe: os nazistas invadem a França. O governo francês foi derrubado e, em seu lugar, estabelecido um novo regime, na cidade de Vichy, que por isso levou o seu nome. Neste cenário, faltava derrotar a Inglaterra para selar a vitória nazista na Europa.
A RAF, força aérea inglesa, combatia a Luftwaffe no ar. Londres foi bombardeada e o Primeiro Ministro Winston Churchill conclamava o povo a lutar. Os londrinos foram às ruas defender a cidade. 
Em 1940, Churchill, uma das principais figuras do conflito, proferiu um discurso histórico sobre o papel da Inglaterra na guerra:
“Neste momento de crise, espero que me seja perdoado não falar hoje mais extensamente à Câmara. Confio em que os meus amigos, colegas e antigos colegas que são afetados pela reconstrução política se mostrem indulgentes para com a falta de cerimonial com que foi necessário atuar. Direi à Câmara o mesmo, que disse aos que entraram para este Governo: «Só tenho para oferecer sangue, sofrimento, lágrimas e suor». Temos perante nós uma dura provação. Temos perante nós muitos e longos meses de luta e sofrimento. Perguntam-me qual é a nossa política? Dir-lhes-ei; fazer a guerra no mar, na terra e no ar, com todo o nosso poder e com todas as forças que Deus possa dar-nos; fazer guerra a uma monstruosa tirania, que não tem precedente no sombrio e lamentável catálogo dos crimes humanos. -; essa a nossa política”.
Os Estados Unidos entram na guerra
Mas foi em 1941, que todo o cenário de guerra, a principio, favorável à vitória alemã, mudou. 
Os Estados Unidos, que apoiavam os aliados com armas e suprimentos, foram bombardeados pelos japoneses, no ataque à base militar de Pearl Harbor, localizada no Havaí. 
Neste ataque, foram utilizados pilotos kamikazes, uma força especial cujo objetivo era o sacrifício de suas vidas em prol da vitória japonesa. 
Mais de 2000 pessoas morreram e milhares ficaram feridos.O ataque destruiu parte da frota norte-americana ancorada no Pacífico e provocou a entrada dos EUA na guerra.
Anos decisivos
Neste mesmo ano,( 1941) Hitler quebra o pacto com a URSS e invade seu território. Imediatamente, Josef Stalin reage e adere aos aliados, que conta agora com diversos países, como Inglaterra, França, EUA e Brasil. 
Incapaz de manter seus esforços de guerra, a Itália se rende e declara guerra à Alemanha, em 1943, com a deposição de Mussolini. 
A guerra se arrasta ainda por mais dois anos até a maior ofensiva militar da história contemporânea, ocorrida em 6 de junho de 1944, conhecido como Dia D.
“Dia D”: a maior ofensiva militar da história contemporânea.
Neste dia, tropas de diversas nações do mundo desembarcam na Normandia e definem o conflito. 
A Alemanha, obrigada a lutar em diversas frentes, não consegue manter suas tropas alinhadas. 
Em uma enorme demonstração de nacionalismo, as tropas nazistas se rendem marchando, jamais abandonando o ideal de germanismo que lhes havia sido incutido pelo Führer.
Com a proximidade do final do conflito, reúnem-se na cidade de Yalta – onde ocorre a conferência de mesmo nome - os três principais líderes de então:
Franklin Roosevelt, presidente dos EUA;
Winston Churchill, representando a Inglaterra e,
Josef Stalin, líder soviético.
O objetivo era discutir os rumos da Europa no pós-guerra. As decisões de Yalta levaram a uma divisão do continente, representada pela própria Alemanha, que seria dividida por um muro construído em Berlim:
• a parte Oriental da Alemanha seria zona de influência soviética e 
• a Ocidental, zona de influência norte-americana e inglesa. 
Configurava-se assim a guerra fria, que duraria por décadas.
Holocausto
Apenas no final do conflito, entre 1944 e 1945, é que o pior lado da guerra foi revelado. À medida que as tropas aliadas avançavam, se deparavam com campos de trabalhos forçados, os campos de concentração, espalhados por todas as regiões dominadas pelos alemães.
O mais famoso deles foi Auschwitz, mas estima-se que existiam dezenas destes campos, que foram destruídos pelos alemães ao se retirarem. Para eles eram levados judeus, oposicionistas, comunistas, homossexuais, ciganos, todos os que eram considerados inimigos do regime nazista.
Cabe lembrar que esta política de extermínio é uma das características únicas do totalitarismo alemão, não tendo sido adotado em nenhum outro país.
O extermínio dos judeus foi chamado de “Solução Final”. Ainda hoje, há diversas teorias que buscam explicar o genocídio empreendido por Hitler.
Desde o confisco de bens — os judeus eram conhecidos por suas atividades bancárias, pela prosperidade financeira e pela posse de inúmeras obras de arte — até questões de cunho ideológico, sendo acusados sistematicamente por Hitler, em seus inúmeros discursos, de serem culpados pela situação humilhante em que se encontrava a Alemanha durante o regime de Weimar. 
 Ao chegar aos campos, os prisioneiros eram tatuados com números que a partir de então, os identificariam. Nos uniformes, eram costurados símbolos que demonstravam seus “crimes”.
Estes símbolos tinham como base os triângulos, assim:
• 2 triângulos amarelos sobrepostos (formando uma Estrela de Davi) identificava os judeus; 
• 1 triângulo rosa, os homossexuais masculinos; 
• triângulos vermelhos, comunistas ou opositores do regime; 
• triângulos castanhos, ciganos; 
• e assim por diante.
Os campos de concentração são considerados o mais assustador e humilhante massacre perpetrado contra os judeus. Os prisioneiros tinham seus cabelos raspados e todos os seus bens tomados.
Ao chegar, em trens que eram usados para o transporte de gado, passavam por uma triagem, onde eram separados por gênero, idade e condições de saúde. Na maior parte das vezes, crianças, idosos e doentes eram imediatamente levados aos “chuveiros”, na verdade, câmaras de gás e exterminados.
Os que estavam em condições físicas de trabalhar, eram encaminhados para os alojamentos. Imundos, amontoados e famintos trabalhavam em diversas atividades, como agricultura e na indústria bélica. 
Ao fim da guerra, a comunidade judaica internacional, horrorizada pelo genocídio, pressionou pela criação de um Estado judaico, o que ocorreria em 1948, com a criação de Israel.
1945
Após o Dia D, com a Itália já derrotada, restam em combate a Alemanha e o Japão, que mantinham o eixo. Mussolini havia fugido, mas é capturado e morto por cidadãos italianos. 
O Duce e sua mulher, Clara Petacci, são baleados e depois pendurados pelos pés em uma praça pública, na cidade de Milão.  
Em maio de 1945, os soviéticos invadem Berlim, sendo a primeira tropa aliada a tomar a capital inimiga. 
Há uma imagem emblemática deste momento histórico, quando uma bandeira da URSS é hasteada no Reichstag, o parlamento alemão.
Dias depois, em 8 de maio, a Alemanha se rende. Hitler havia se suicidado em 30 de abril, no bunker que vivia com sua mulher e o Estado Maior alemão. 
Eva Braun, sua mulher, morre envenenada. A morte de Hitler é ainda um assunto controverso, pois o corpo encontrado no bunker não pode ser identificado, definitivamente, como sendo do ditador.
O Japão foi o último país a se render e o fez de modo trágico. Em agosto de 1945, meses após o fim do conflito na Europa, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki, matando, instantaneamente, milhares de pessoas e obrigando o Japão a retroceder, o que ocorreu no dia 19 de agosto. 
O presidente que ordenou o conflito foi Harry Truman, cuja justificativa para o ato foi dizer que “Tinha que trazer nossos rapazes para casa”.
As bombas foram lançadas em um momento em que a guerra, de fato já estava ganha, tendo funcionado muito mais como uma demonstração de poder bélico do que propriamente servido para finalizar o conflito, ainda que isto tenha ocorrido. 
Foi a única vez, na história, até o momento, que uma bomba atômica foi usada em um combate e tendo como alvo civis. Os depoimentos dos sobreviventes são dramáticos.
Depoimento de Shinji Mukai ao repórter Aureliano Biancarelli:
 “Eu tinha 15 anos quando a bomba caiu. Trabalhava em uma fábrica de espoletas e bombas navais, a 3 quilômetros do centro de Hiroshima — no início da guerra eu era estudante, mas, quando a situação no Japão se agravou, em 1944, todos os estudantes passaram a trabalhar. 
Em casa só moravam meus pais, eu e meu irmão mais velho, Shoji, que na época tinha 18 anos. Os outros 4, menores de 14 anos, ficavam em um sítio fora da cidade, onde só permanecia quem tinha de trabalhar.
No dia 6 de agosto de 1945, eu e Shoji saímos para trabalhar, por volta das 7 horas — ele, nos escritórios dos estaleiros Mitsubishi, a 6 quilômetros do Centro; eu, na fábrica, operando uma espécie de laminadora. Lembro-me da hora do estouro. Estava tudo tranquilo, como todos os dias. De repente, ouvi um barulho grande, que não sabia se era de bomba ou da fábrica desabando. 
Lembro-me de que fui arremessado a vários metros, mas só percebi isso ao acordar, tempos depois. Só tive forças para gritar. Um pouco mais tarde, 4 trabalhadores que estavam fora da fábrica, na hora da explosão, me encontraram e me arrastaram para fora. Estava com 3 costelas quebradas. Minha roupa estava coberta de sangue — é que a máquina em que trabalhava tinha tombado sobre meu companheiro, esmagando-o. O sangue era dele.
Quando saí dos escombros, pensei que tinha morrido. Não conseguia entender nada, a fumaça cobria tudo e havia um cheiro forte que nunca tinha sentido. O Centro da cidade era uma imensa fogueira. Ainda pensei em meus pais, mas logo entendi que nunca mais os encontraria. 
Meus companheiros queriam fugir, mas ninguém sabia em que direção, por causa da fumaça. Então alguém se lembrou dos trilhos do bonde. Seguindo por eles, uns 4 ou 5 quilômetros, a gente saia em um campo de treinamento militar, próximo do mar, onde havia também o hospital militar.
Fomos seguindo os trilhos. Já estávamosquase chegando quando uma chuva preta começou a cair. Parecia pólvora de granada molhada, com um cheiro muito forte. Quando chegamos ao campo, havia mais de 5 mil pessoas feridas espalhadas, muitas quase mortas. Soube depois que, dos 2 mil operários da fábrica onde trabalhava, mais de 1700 morreram na hora da explosão.”
 Fonte: Revista VEJA, agosto de 1975.
As consequências da guerra
As perdas humanas estimadas em mais de 50 milhões de mortos, entre 22 milhões de russos e 6 milhões de judeus, foram algumas das mais notáveis consequências da guerra. Mas se o horror da morte chama a atenção pelos números, não foram os únicos efeitos do conflito. 
A Europa sofreu um aumento geral de sua dívida pública, o que provocou um endividamento dos países — vitoriosos ou derrotados —, com os Estados Unidos. 
Os alimentos foram racionados até os anos 1950, e os Estados foram obrigados a controlar rigidamente as áreas essenciais, como energia, preços, cambio e matérias-primas. 
A produção industrial sofreu uma redução drástica, o que tornava mais complexo sair da crise e provocava o desemprego.
(Unesp 2003)  Sem a possibilidade que lhe foi dada de empregar homens de nível inferior, o Ariano nunca teria podido dar os primeiros passos na estrada que devia conduzi-lo à civilização; da mesma maneira que, sem a ajuda de certos animais que possuíam as qualidades necessárias, as quais soube domesticar, ele nunca se teria tornado senhor de uma técnica que lhe permite atualmente prescindir, pouco a pouco, da ajuda desses animais. O provérbio 'o Mouro fez o que devia fazer, o Mouro pode ir-se embora' tem, infelizmente, um significado por demais profundo.
(A. Hitler, Mein Kampf (Minha Luta).)
 Este texto, escrito por Adolf Hitler, explica parte de suas teorias racistas que eram também a base do regime nazista. (a) O texto expressa a ideia de que os arianos são superiores as demais etnias, que por sua vez, devem servir ao propósito de contribuir para a vitória ariana para depois serem descartadas. O provérbio mouro citado por Hitler demonstra que, uma vez que as etnias “inferiores” tenham cumprido este propósito, deveriam ser exterminadas, o que justifica a solução final, o holocausto judaico.)
Quais as principais ideias da ideologia racista de Hitler e dos nazistas?
Segundo o texto, os arianos são seres superiores que se utilizaram os demais homens inferiores da mesma forma que os primeiros seres humanos domesticaram e utilizaram animais. Assim, aquele que não é ariano é equiparado a um animal domesticado que serve aos homens. Ao mesmo tempo, a partir de um determinado estágio tecnológico, da mesma forma que os primeiros homens prescindiram dos animais domesticados, igualmente os arianos não precisam mais dos demais seres inferiores, que devem ser destruídos.
A citação do provérbio procura ilustrar e, de alguma forma, justificar o posicionamento de extinguir os seres inferiores. Tomando o poder (1933), os nazistas liderados por Hitler realizaram os seus propósitos: criaram leis racistas que envolviam a segregação e o extermínio de populações civis indefesas, no interior do qual se destaca o extermínio de milhões de judeus (o holocausto). Os brancos são melhores que os negros porque eles vivem em regiões mais altas, por isso estariam "acima". Os povos não brancos precisariam de regimes ditatoriais rígidos porque povos de pele escura, acostumados com calor, são preguiçosos. Os judeus eram um povo amaldiçoado por ter crucificado Jesus.
Já realizaram estudos provando que o racismo tem relação com a baixa auto-estma. Isso se aplica a Alemanha; tinha acabado de sair perdendo feio de uma Guerra Mundial, tendo recebido um país quebrado. Mas ao mesmo tempo, a Alemanha era o país que tinha a melhor classe intelectual para a época. Então tome nota que a classe intelectual se encheu de ideias racistas que na época eram aceitas acreditando que estavam certos, mas não estavam. 
 b) Como se pode relacionar o racismo nazista com a "teoria do espaço vital", ou seja, com o projeto de ampliação territorial e política?( A teoria do espaço vital, defendida por Hitler e que serviu como fundamento para a expansão nazista prega que os arianos precisam de recursos (matérias primas, minérios) para que desenvolvam todo o seu potencial como “raça superior”.)
Segundo o credo nazista, os arianos precisavam de áreas onde pudessem obter recursos (alimentos e matérias-primas, por exemplo) e, ao mesmo tempo, tais espaços deveriam ser ocupados com a expansão física da raça superior. Por essa razão desenvolveu-se a chamada "Teoria do Espaço Vital" (Lebensraum), que serviu para justificar e legitimar a expansão territorial nazista em várias direções a partir da Alemanha, com especial destaque para os territórios soviéticos vizinhos. Tratava-se então de "atender a uma aspiração da raça superior", no sentido da ampliação dos espaços que originalmente ocupavam.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes