Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas Departamento de Física Teórico e Experimental Física Experimental II Prof. José Humberto de Araújo Gabryelle Nayanne Andrade de Lima Relatório Nº 3 Superfícies equipotenciais Objetivo Adquirir conhecimento acerca de mapeamento de superfícies equipotenciais de diferentes configurações de carga e a partir delas traçar as linhas de campo elétrico correspondentes. Para tanto, Obtendo-se superfícies equipotenciais em uma cuba eletrolítica composta com água e sal. Além de analisar a distribuição do campo elétrico e observar como se comportam as linhas equipotenciais em diversas circunstâncias. Introdução teórica Todo material possui cargas elétricas, sendo estas positivas e/ou negativas. Quando encontram-se em igualdade o material é designado como eletricamente neutro, por outro lado, quando não existe tal igualdade o material é dito eletricamente carregado. A medida da força de interação entre essas cargas, dar-se pela utilização da Lei de Coulomb, a lei estabelece que o módulo da força entre duas cargas elétricas puntiformes (q1 e q2) é diretamente proporcional ao produto dos módulos das duas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância d entre ambas. A força pode ser atrativa ou repulsiva dependendo do sinal das cargas. (1) Onde k é a constante eletrostática do meio, dada por (2) Quando uma carga puntiforme está isolada no espaço, ela produz um campo elétrico em sua volta. O mesmo ocorre com objetos eletricamente carregados. O campo elétrico é definido como um campo vetorial, composto por uma distribuição de vetores, sendo sua intensidade dada pelo quociente entre a força de interação e a própria carga de prova, ou seja: (3) Dentro dos campos elétricos existem as linhas de força, representadas por linhas que tangenciam os vetores campo elétrico resultante em cada ponto, possuem orientação do vetor campo elétrico, de modo que estão sempre saindo das cargas positivas e entrando em cargas negativas. Figura 1. Representação das linhas de força de um campo elétrico composto por duas cargas de sinais opostos. Em um campo elétrico, qualquer ponto que estiver a uma mesma distância dessa carga possuirá o mesmo potencial elétrico. Sua representação matemática se baseia na expressão do trabalho realizado por uma força elétrica: τ = q (Vb - Va) (4) Quando uma carga puntiforme cria um campo elétrico, as superfícies equipotenciais desse campo são esféricas com centro na carga. É possível também encontrar superfícies equipotenciais no campo elétrico uniforme. De forma que Num campo elétrico uniforme, as superfícies equipotenciais são paralelas entre si. Isso acontece pelo fato das linhas equipotenciais (que constituem a superfície equipotencial) serem perpendicular às linhas de campo. Quando dois pontos A e B estão na mesma superfície equipotencial, então Va = Vb, apresentando, portanto, uma variação de potencial elétrica nula, igual à zero. Geralmente, Os desenhos de representação dessas superfícies são cortes nas situações tridimensionais. Assim, as superfícies aparecem em diagramas como linhas, como no caso da figura 2a. representada abaixo; Figura 2. representação de superfícies equipotenciais em um campo elétrico originado por uma carga pontual e em um campo elétrico uniforme, respectivamente. Propriedades das superfícies equipotenciais 1. O trabalho da força elétrica durante o deslocamento de uma carga elétrica puntiforme sobre uma superfície equipotencial é nulo. 2. As superfícies equipotenciais são, em cada ponto, ortogonais à linha de força que representa o campo elétrico e, consequentemente, ortogonais ao vetor campo elétrico . Material utilizado - Sal; - Água; - Multímetro; - Capacitores - Escala projetável - Fonte de alimentação - Cuba projetável com escala; Procedimento experimental Montou-se o experimento de modo que a cuba (figura 3), esteve preenchida com solução preparada com água e sal. Os eletrodos ficaram ligados à fonte e imersos na solução eletrolítica contida na cuba. Ligou-se um multímetro, para fazer as medições de potenciais, as quais serviram como auxílio para mapear as superfícies equipotenciais. Figura 3. Cuba com solução de água e sal (faltando o eletrodo da direita) No interior da cuba, havia uma folha de papel milimetrado para poder identificar os pontos característicos do espaço mapeado. Foram anotados cinco pontos de mesmo potencial com a finalidade de mapear uma linha eqüipotencial. Mapearam-se três linhas equipotenciais para cada eletrodo. Este procedimento foi repetido para dois tipos de configuração: uma com duas placas (eletrodos) em paralelos e outro com uma placa e um eletrodo cilíndrico, como pode-se observar na imagem abaixo. Figura 4. Configurações de eletrodos na cuba eletrolítica, utilizadas neste experimento Em seguida, escolheu-se um ponto no qual pretendia-se medir o campo elétrico e realizou-se quatro medidas de diferença de potencial V ao longo dos eixos x e y. Este procedimento também foi repetido para as duas configurações apresentadas anteriormente. Obtenção e análise dos resultados Parte 1. mapeamento das linhas de superfícies equipotenciais Figura 4. curvas de superfícies equipotenciais mapeadas a partir de dados experimentais Analisando o mapeamento das linhas equipotenciais obtidas, constatou-se experimentalmente que as linhas de superfície equipotenciais são perpendiculares às linhas de campo, corroborando uma premissa citada na introdução teórica. Nota-se que em uma região onde o campo elétrico é uniforme, placas paralelas, para serem perpendiculares às linhas de força, as superfícies equipotenciais devem ser planas, como observado na figura 4. Parte 2. medidas de diferença de potencial V ao longo dos eixos x e y Utilizando o multímetro analisou-se quatro voltagens em torno do ponto (0,0) origem, nas duas conformações, quando substitui-se os dados experimentais expostos nas tabelas 1 e 2 na equação 3, citada na introdução teórica, foi possível calcular as componentes X e Y do campo elétrico. Tabela 1: Componente x e y do campo elétrico para configuração 1. Tabela 2: Componente x e y do campo elétrico para configuração 2. Os dados obtidos permite constatar que potenciais o eixo y é possuem comportamento constante havendo variação mais evidente no eixo x, Pode-se notar que quando se aproxima das extremidades das placas as linhas equipotenciais não ficam tão lineares quanto no centro das placas. e que o campo elétrico produzido pelas placas é perpendicular às linhas equipotenciais, como visto na primeira parte do experimento. Conclusão A prática corrobora a premissa de que o as linhas equipotenciais são perpendiculares às linhas de campo elétrico além de constatar que o potencial é constante em direção as placas, com x constante e y variando, e o campo elétrico produzido pelos eletrodos retangulares onde as linhas de campo saemda placa positiva na direção da placa negativa. Por se tratar de um procedimento experimental o mesmo está suscetível a erro, devido ao equipamento, a solução salina, erro humano na hora da leitura do potencial, sendo estes evidenciados nos resultados obtidos. Referências [1] Halliday , Resnick, Walker. Fundamentos de Física – 8ª edição. Vol 3 [2]NASÁRIO, Gerlan. Equipotenciais. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAelmMAJ/relatorio-2-equipotenciais>. Acesso em: 08 set. 2018. [3] PETRÓLEO, Homepage :engenharia de. Superfícies Equipotenciais e Analise do Campo Elétrico. Disponível em: <http://engenhariapetroleogas.blogspot.com/2013/01/relatorio-de-superficies-equipotencia is.html>. Acesso em: 08 set. 2018. [4] "Campo Elétrico" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2018. Consultado em 08/09/2018 às 14:24. Disponível na Internet em http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/campo.php [5] PAULI –Ronald Ulysses – Física 4 – Eletricidade e Magnetismo – Editora E.P.U p. 127, 1980.
Compartilhar