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Apostila professor suzano-1.pdf

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Prefeitura Municipal de Suzano do Estado de São Paulo
SUZANO-SP
- Professor de Educação Básica Adjunto 
- Professor de Educação Básica I 
Edital de Abertura de Inscrições n°. 002/2018 - Educação
JL137-2018
DADOS DA OBRA
Título da obra: Prefeitura Municipal de Suzano do Estado de São Paulo
Cargo: Professor de Educação Básica Adjunto e Professor de Educação Básica I 
(Baseado no Edital de Abertura de Inscrições n°. 002/2018 - Educação)
• Língua Portuguesa 
• Matemática
• Conhecimentos Pedagógicos
• Legislação
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação/ Editoração Eletrônica
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Ana Luiza Cesário
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Julia Antoneli
Leandro Filho
Capa
Joel Ferreira dos Santos
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
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*Índice de aprovação baseado em ferramentas internas de medição.
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O código encontra-se no verso da capa da apostila.
*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
Ex: FV054-18
PASSO 3
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa 
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ............................................................................ 01
Sinônimos e antônimos. ......................................................................................................................................................................................07
Sentido próprio e figurado das palavras. ...................................................................................................................................................... 07
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................14
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, artigo, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego 
e sentido que imprimem às relações que estabelecem. ......................................................................................................................... 17
Concordância verbal e nominal. ....................................................................................................................................................................... 55
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................60
Colocação pronominal. ........................................................................................................................................................................................66
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................68
Matemática
Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação 
com números racionais, nas suas representações fracionária ou decimal; ..................................................................................... 01
Mínimo múltiplo comum; ....................................................................................................................................................................................01
Porcentagem; ...........................................................................................................................................................................................................74
Razão e proporção; ................................................................................................................................................................................................11
Regra de três simples; ...........................................................................................................................................................................................15
Equação do 1° grau; ..............................................................................................................................................................................................23
Grandezas e medidas - quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa; ................................................. 19
Relação entre grandezas - tabela ou gráfico; .............................................................................................................................................. 37
Noções de geometria plana - forma, área, perímetro e Teorema de Pitágoras. ............................................................................ 48
Conhecimentos Pedagógicos
A PRÁTICA EDUCATIVA DO PROFESSOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A observação, registro e avaliação formativa; ....... 01
A organização e planejamento do espaço na educação infantil; ........................................................................................................ 06
A pedagogia de projetos didáticos; ................................................................................................................................................................ 28
As relações entre a escola e a família; O comportamento infantil - o desenvolvimento dos afetos e das relações; ..... 29
O compartilhamento da ação educativa; ...................................................................................................................................................... 29
O cuidar e o educar. ...............................................................................................................................................................................................30
OS AMBIENTES DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A brincadeira e o desenvolvimento da imaginação e da 
criatividade; ...............................................................................................................................................................................................................32
A brincadeira na educação infantil nas perspectivas psicossociais, educacionais e lúdicas; .................................................... 39
Alfabetização; O currículo e a pedagogia da brincadeira; ..................................................................................................................... 47
O desenvolvimento da linguagem oral; ........................................................................................................................................................50
O desenvolvimento das artes visuais e do movimento. .......................................................................................................................... 55
O trabalho com as múltiplas linguagens. ....................................................................................................................................................... 56
A FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL DA CRIANÇA: A criança, a natureza e a sociedade; ............................................................ 59
As interações criança/criança como recurso de desenvolvimento: identidade e autonomia; ................................................. 60
O desenvolvimento humano em processo de construção - Piaget, Vygostky e Wallom ........................................................... 61
O DESENVOLVIMENTO DA MOTRICIDADE: A importância da psicomotricidade na educação infantil; .............................. 61
A psicomotricidade no desenvolvimento da criança; .............................................................................................................................. 61
O lúdico e o desenvolvimento psicomotor. ................................................................................................................................................. 62
O papel da educação psicomotora na escola. ............................................................................................................................................ 63
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÂO INFANTIL: Ensinar e aprender matemática na educação infantil; Espaço e forma; Gran-
dezas e medidas; Número e sistema de numeração. ................................................................................................................................ 65
Relação entre educação, escola e sociedade: concepções de Educação e Escola; função social da escola; educação in-
clusiva e compromisso ético e social do educador. ................................................................................................................................. 68
Gestão democrática: a participação como princípio. ............................................................................................................................... 81
SUMÁRIO
Organização da escola centrada no processo de desenvolvimento pleno do educando. ........................................................ 85
A integração entre educar e cuidar na educação básica. ....................................................................................................................... 91
Projeto político-pedagógico: fundamentos para a orientação, o planejamento e a implementação das ações educativas 
da escola. ...................................................................................................................................................................................................................92
Currículo e cultura: visão interdisciplinar e transversal do conhecimento. ..................................................................................... 99
Currículo: a valorização das diferenças individuais, de gênero, étnicas e socioculturais e o combate à desigualdade. ...........99
Currículo, conhecimento e processo de aprendizagem: as tendências pedagógicas na escola. ..........................................110
Currículo nas séries iniciais: a ênfase na competência leitora (alfabetização e letramento) e o desenvolvimento dos 
saberes escolares da matemática e das diversas áreas de conhecimento. ..................................................................................117
Currículo em ação: planejamento, seleção, contextualização e organização dos conteúdos; o trabalho por projetos. ........143
A avaliação diagnóstica ou formadora e os processos de ensino e de aprendizagem. .......................................................151
A mediação do professor, dialogal e problematizadora, no processo de aprendizagem e desenvolvimento do aluno; a 
inerente formação continuada do educador. ............................................................................................................................................154
Bibliografia
ARÊAS, Celina Alves. A função social da escola. Conferência Nacional da Educação Básica. ..................................................157
AUAD, Daniela. Educar meninas e meninos - relações de gênero na escola. São Paulo: Editora Contexto, 2016. .........158
CASTRO, Jane Margareth; REGATTIERI, Marilza. Relações Contemporâneas Escola- Família. p. 28-32. In: CASTRO, Jane 
Margareth; ...............................................................................................................................................................................................................159
REGATTIERI, Marilza. Interação escola- família: subsídios para práticas escolares. Brasília: UNESCO, MEC, 2009. .........184
COLL, César. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Editora Ática, 1999. (Capítulos 4 e 5). .......................................184
DELIZOICOV. Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1994. (Capítulo II: 
unidades 2 e 3; Capítulo III: unidades 4 e 5). ..............................................................................................................................................187
DOWBOR, Ladislau. Educação e apropriação da realidade local. Estud. av. [online].2007, vol.21, n° 60, pp. 75-90. .......... 190
FERREIRA, Gláucia de Melo (org.). Palavra de professor(a): tateios e reflexões na prática Freinet. Campinas, SP: Mercado 
das Letras, 2003. .....................................................................................................................................................................................................198
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 2010. ...................................................................................205
FONSECA, Lúcia Lima da. O universo na sala de aula: uma experiência em pedagogia de projetos. Porto Alegre: 
Mediação, 2009. ....................................................................................................................................................................................... 217
FONSECA, Vitor da. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2008. ....................................217
FORMOSINHO, Julia Oliveira. Pedagogia da infância: dialogando com o passado: construindo o futuro. Porto Alegre: 
Artmed, 2007. ..........................................................................................................................................................................................................217
GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. São Paulo, Vozes, 1986. ...........217
HOFFMAN, Jussara. Avaliação mediadora: uma relação dialógica na construção do conhecimento In: SE/SP/FDE. 
Revista IDEIAS n° 22, pág. 51 a 59. .................................................................................................................................................................219
LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. 1a Edição - Porto Alegre, Artmed, 2002. ............222
LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J. F.; TOSCHI, M. S. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 
2003, capítulo III, da 4a Parte. ...........................................................................................................................................................................226
MACHADO, Rosângela. Educação Especial na Escola Inclusiva: Políticas, Paradigmas e Práticas.1 ed.São Paulo: Cortez, 
2009. ...........................................................................................................................................................................................................................229MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Abrindo as escolas às diferenças, capítulo 5, in: MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org.) 
Pensando e Fazendo Educação de Qualidade. São Paulo: Moderna, 2001. ..................................................................................230
MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Didática do ensino de arte: a língua do mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. 
São Paulo: FTD, 1998. ...........................................................................................................................................................................................234
MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 
1998. v.1. ....................................................................................................................................................................................... 235
MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 
1998. v.2. ............................................................................................................................................................................................235
MEC - MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 
1998. v.3 ........................................................................................................................................................................................ 235
MOYLES, Jane R.Só Brincar? O papel do brincar na educação infantil.Porto Alegre Artmed Editora, 2002. .....................242
OLIVEIRA, Zilma Ramos. Educação Infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.(capítulos: I, e do 
V ao XIX) ....................................................................................................................................................................................................................244
PANIZZA, Mabel e Colaboradores. Ensinar matemática na educação infantil e nas séries iniciais: análise e propostas. 
SUMÁRIO
Porto Alegre: Artmed, 2006. ..............................................................................................................................................................................245
PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia de História e Geografia. São Paulo: Cortez, 2011. (Capítulos 1, 2 e 3). .........250
PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Trad. Paulo Francisco Slomp. UFRGS- PEAD 2009/1. ...........................251
PIMENTA, Selma, G.A. A Construção do Projeto Pedagógico na Escola de 1° Grau. Ideias n° 8. 1.990, p 17-24. ...........257
ROPOLI, Edilene Aparecida. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Brasília: 
Ministério da Educação. SEESP. Universidade Federal do Ceará. 2010. ..........................................................................................261
SMOLE, Kátia Stocco, DINIZ, Maria Ignez e CÂNDIDO, Patrícia. Resolução de problemas: matemática de 0 a 6. 
Porto Alegre: Artmed, 2003. ..............................................................................................................................................................................273
VINHA, Telma Pileggi. O educador e a moralidade infantil numa perspectiva construtivista. Revista do Cogeime, n° 14, 
julho/99, pág. 15-38. ............................................................................................................................................................................................274
WEIZ, T. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Ática. .........................................................................................284
Legislação
BRASIL. A criança de 06 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos. Ministério da Educação/Secre-
taria de Educação Básica. Brasília, 2009. ......................................................................................................................................................... 01
BRASIL. Constituição Federal/88 - artigos 205 a 214 e artigo 60 das Disposições Constitucionais Transitórias. ........ 01
Emenda 14/96. ..........................................................................................................................................................................................................02
BRASIL. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2007. 
03
BRASIL. Lei Federal n° 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (atualizada): artigos 7° a 24, 53 a 69, 131 a 
140. ................................................................................................................................................................................................................................03
BRASIL. Lei Federal n° 9394, de 20/12/96 - Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (atualizada). .......... 09
BRASIL. Resolução CNE/CEB n° 04/2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília: 
CNE, 2010. .........................................................................................................................................................................................................25
Resolução CNE/CEB n° 5/09 .......................................................................................................................................................................... 36
Parecer CNE/CEB n° 20/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil................................................... 38
BRASIL. Resolução CNE/CEB n° 07/2010 - Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. 
Brasília: CNE, 2010. ..................................................................................................................................................................................................51
BRASIL. Resolução CNE/CEB n° 4/2009 - Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Espe-
cializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília: CNE, 2009. ............................................................... 59
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução. Brasília: MEC/SEF, 2a ed. 
(1a a 4a série), Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Volume 1 (Itens: Princípios e Fundamentos dos Parâmetros Curriculares 
Nacionais e Orientações Didáticas). ................................................................................................................................................................. 61
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte. Brasília: MEC/SEF, 2a ed. (1a a 4a 
série), Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Volume 6 (1a Parte). ....................................................................................................................... 61
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 2a 
ed. (1a a 4a série), Rio de Janeiro: DP&A, 2000. Volume 07 (1a Parte)............................................................................................... 61
Lei Orgânica do Município de Suzano - SP. .................................................................................................................................................. 61
Lei Municipal n° 190, de 01 de julho de 2010 - Estatuto dos Servidores Públicos do Município de Suzano. http://www.
suzano.sp.gov.br/web/wp-content/uploads/2017/10/190-10- IIi-Estatuto-dos-Servidores-P%C3%BAblicos-consolida-
do-doc.pdf ..................................................................................................................................................................................................................84Lei Municipal n° 4.392, de 08 de julho de 2010 - Dispõe sobre a estruturação do plano de cargos, carreiras e vencimen-
tos da Prefeitura Municipal de Suzano. http://www.suzano.sp.gov.br/web/wp-content/uploads/2018/06/4392-10-Atua-
lizado- Disp%C3%B5e-sobre-a-estrutura%C3%A7%C3%A3o-do-plano-de-cargos-carreiras-l.pdf ....................................128
LÍNGUA PORTUGUESA
Leitura e interpretação de diversos tipos de textos (literários e não literários). ............................................................................ 01
Sinônimos e antônimos. ......................................................................................................................................................................................07
Sentido próprio e figurado das palavras. ...................................................................................................................................................... 07
Pontuação. .................................................................................................................................................................................................................14
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição e conjunção: emprego e 
sentido que imprimem às relações que estabelecem. ............................................................................................................................. 17
Concordância verbal e nominal. ....................................................................................................................................................................... 55
Regência verbal e nominal. ..................................................................................................................................................................................60
Colocação pronominal. .........................................................................................................................................................................................66
Crase. ............................................................................................................................................................................................................................68
1
LÍNGUA PORTUGUESA
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE DIVERSOS 
TIPOS DE TEXTOS (LITERÁRIOS E NÃO 
LITERÁRIOS). 
Sabemos que a “matéria-prima” da literatura são as pa-
lavras. No entanto, é necessário fazer uma distinção entre 
a linguagem literária e a linguagem não literária, isto é, 
aquela que não caracteriza a literatura.
Embora um médico faça suas prescrições em deter-
minado idioma, as palavras utilizadas por ele não podem 
ser consideradas literárias porque se tratam de um voca-
bulário especializado e de um contexto de uso específi-
co. Agora, quando analisamos a literatura, vemos que o 
escritor dispensa um cuidado diferente com a linguagem 
escrita, e que os leitores dispensam uma atenção diferen-
ciada ao que foi produzido.
Outra diferença importante é com relação ao trata-
mento do conteúdo: ao passo que, nos textos não literá-
rios (jornalísticos, científicos, históricos, etc.) as palavras 
servem para veicular uma série de informações, o texto 
literário funciona de maneira a chamar a atenção para a 
própria língua (FARACO & MOURA, 1999) no sentido de 
explorar vários aspectos como a sonoridade, a estrutura 
sintática e o sentido das palavras.
Veja abaixo alguns exemplos de expressões na lin-
guagem não literária ou “corriqueira” e um exemplo de 
uso da mesma expressão, porém, de acordo com alguns 
escritores, na linguagem literária:
Linguagem não literária: 
1- Anoitece. 
2- Teus cabelos loiros brilham. 
3- Uma nuvem cobriu parte do céu. ... 
 Linguagem literária:
 1- A mão da noite embrulha os horizontes. (Alvaren-
ga Peixoto)
2- Os clarins de ouro dos teus cabelos cantam na luz! 
(Mário Quintana)
3- um sujo de nuvem emporcalhou o luar em sua 
nascença. (José Cândido de Carvalho)
 
Como distinguir, na prática, a linguagem literária da 
não literária?
- A linguagem literária é conotativa, utiliza figuras 
(palavras de sentido figurado), em que as palavras adqui-
rem sentidos mais amplos do que geralmente possuem.
- Na linguagem literária há uma preocupação com a 
escolha e a disposição das palavras, que acabam dando 
vida e beleza a um texto.
- Na linguagem literária é muito importante a manei-
ra original de apresentar o tema escolhido.
- A linguagem não literária é objetiva, denotativa, 
preocupa-se em transmitir o conteúdo, utiliza a palavra em 
seu sentido próprio, utilitário, sem preocupação artística. 
Geralmente, recorre à ordem direta (sujeito, verbo, com-
plementos).
Leia com atenção os textos a seguir e compare as lin-
guagens utilizadas neles.
Texto A
Amor (ô). [Do lat. amore.] S. m. 1. Sentimento que pre-
dispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma 
coisa: amor ao próximo; amor ao patrimônio artístico de 
sua terra. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser 
a outro ser ou a uma coisa; devoção, culto; adoração: amor 
à Pátria; amor a uma causa. 3. Inclinação ditada por laços 
de família: amor filial; amor conjugal. 4. Inclinação forte por 
pessoa de outro sexo, geralmente de caráter sexual, mas 
que apresenta grande variedade e comportamentos e rea-
ções.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Novo Dicionário 
da Língua Portuguesa, Nova Fronteira.
Texto B
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
é dor que desatina sem doer.
 Luís de Camões. Lírica, Cultrix.
Você deve ter notado que os textos tratam do mesmo 
assunto, porém os autores utilizam linguagens diferentes.
No texto A, o autor preocupou-se em definir “amor”, 
usando uma linguagem objetiva, científica, sem preocupa-
ção artística.
No texto B, o autor trata do mesmo assunto, mas com 
preocupação literária, artística. De fato, o poeta entra no 
campo subjetivo, com sua maneira própria de se expres-
sar, utiliza comparações (compara amor com fogo, ferida, 
contentamento e dor) e serve-se ainda de contrastes que 
acabam dando graça e força expressiva ao poema (con-
tentamento descontente, dor sem doer, ferida que não se 
sente, fogo que não se vê).
Questões
1-) Leia o trecho do poema abaixo. 
O Poeta da Roça 
Sou fio das mata, cantô da mão grosa 
Trabaio na roça, de inverno e de estio 
A minha chupana é tapada de barro 
Só fumo cigarro de paia de mio. 
 Patativa do Assaré 
2
LÍNGUA PORTUGUESA
A respeito dele, é possível afirmar que 
(A) não pode ser considerado literário, visto que a lin-
guagem aí utilizada não está adequada à norma culta for-
mal. 
(B) não pode ser considerado literário, pois nele não 
se percebe a preservação do patrimônio cultural brasileiro. 
(C) não é um texto consagrado pela crítica literária. 
(D) trata-se de um texto literário, porque, no processo 
criativo da Literatura, o trabalho com a linguagem pode 
aparecer de várias formas: cômica, lúdica, erótica, popular 
etc 
(E) a pobreza vocabular – palavras erradas – não permi-
te que o consideremos um texto literário. 
 
Leia os fragmentos abaixo para responder às questões 
que seguem:
TEXTO I
O açúcar
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre.
Vejo-o puro
e afável ao paladar
como beijo de moça, água
na pele, flor
que se dissolve na boca. Mas este açúcar
não foi feito por mim.
Este açúcar veio
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, 
dono da mercearia.
Este açúcar veio
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascempor acaso
no regaço do vale.
Em lugares distantes, onde não há hospital
nem escola,
homens que não sabem ler e morrem de fome
aos 27 anos
plantaram e colheram a cana
que viraria açúcar.
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
Fonte: “O açúcar” (Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de 
Janeiro, Civilização Brasileira, 1980, pp.227-228)
TEXTO II
A cana-de-açúcar
Originária da Ásia, a cana-de-açúcar foi introduzida no 
Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. A re-
gião que durante séculos foi a grande produtora de cana-de
-açúcar no Brasil é a Zona da Mata nordestina, onde os férteis 
solos de massapé, além da menor distância em relação ao 
mercado europeu, propiciaram condições favoráveis a esse 
cultivo. Atualmente, o maior produtor nacional de cana-de
-açúcar é São Paulo, seguido de Pernambuco, Alagoas, Rio 
de Janeiro e Minas Gerais. Além de produzir o açúcar, que em 
parte é exportado e em parte abastece o mercado interno, a 
cana serve também para a produção de álcool, importante 
nos dias atuais como fonte de energia e de bebidas. A imen-
sa expansão dos canaviais no Brasil, especialmente em São 
Paulo, está ligada ao uso do álcool como combustível.
2-) Para que um texto seja literário:
a) basta somente a correção gramatical; isto é, a expres-
são verbal segundo as leis lógicas ou naturais.
b) deve prescindir daquilo que não tenha correspondên-
cia na realidade palpável e externa.
c) deve fugir do inexato, daquilo que confunda a capaci-
dade de compreensão do leitor.
d) deve assemelhar-se a uma ação de desnudamento. O 
escritor revela, ao escrever, o mundo, e, em especial, revela o 
Homem aos outros homens.
e) deve revelar diretamente as coisas do mundo: senti-
mentos, ideias, ações.
3-) Ainda com relação ao textos I e II, assinale a opção 
incorreta
a) No texto I, em lugar de apenas informar sobre o real, 
ou de produzi-lo, a expressão literária é utilizada principal-
mente como um meio de refletir e recriar a realidade.
b) No texto II, de expressão não literária, o autor informa 
o leitor sobre a origem da cana-de-açúcar, os lugares onde é 
produzida, como teve início seu cultivo no Brasil, etc.
c) O texto I parte de uma palavra do domínio comum 
– açúcar – e vai ampliando seu potencial significativo, explo-
rando recursos formais para estabelecer um paralelo entre o 
açúcar – branco, doce, puro – e a vida do trabalhador que o 
produz – dura, amarga, triste.
d) No texto I, a expressão literária desconstrói hábitos 
de linguagem, baseando sua recriação no aproveitamento de 
novas formas de dizer.
e) O texto II não é literário porque, diferentemente do lite-
rário, parte de um aspecto da realidade, e não da imaginação.
Gabarito
1-) D
2-) D – Esta alternativa está correta, pois ela remete ao 
caráter reflexivo do autor de um texto literário, ao passo 
em que ele revela às pessoas o “seu mundo” de maneira 
peculiar.
3
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) E – o texto I também fala da realidade, mas com um 
cunho diferente do texto II. No primeiro há uma colocação 
diferenciada por parte do autor em que o objetivo não é 
unicamente passar informação, existem outros “motiva-
dores” por trás desta escrita.
É muito comum, entre os candidatos a um cargo pú-
blico, a preocupação com a interpretação de textos. Isso 
acontece porque lhes faltam informações específicas a 
respeito desta tarefa constante em provas relacionadas 
a concursos públicos. 
Por isso, vão aqui alguns detalhes que poderão aju-
dar no momento de responder às questões relacionadas 
a textos.
 
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela-
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz 
de produzir interação comunicativa (capacidade de co-
dificar e decodificar ).
Contexto – um texto é constituído por diversas fra-
ses. Em cada uma delas, há uma certa informação que a 
faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior, criando 
condições para a estruturação do conteúdo a ser trans-
mitido. A essa interligação dá-se o nome de contexto. 
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão 
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um sig-
nificado diferente daquele inicial.
 
Intertexto - comumente, os textos apresentam re-
ferências diretas ou indiretas a outros autores através 
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. 
 
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma 
interpretação de um texto é a identificação de sua ideia 
principal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, 
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, 
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas 
na prova.
 
Normalmente, numa prova, o candidato é convi-
dado a:
 
1. Identificar – é reconhecer os elementos funda-
mentais de uma argumentação, de um processo, de uma 
época (neste caso, procuram-se os verbos e os advér-
bios, os quais definem o tempo).
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança 
ou de diferenças entre as situações do texto.
3. Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado 
com uma realidade, opinando a respeito. 
4. Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou se-
cundárias em um só parágrafo. 
5. Parafrasear – é reescrever o texto com outras pa-
lavras.
Condições básicas para interpretar
 
Fazem-se necessários: 
a) Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros 
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do 
texto) e semântico; 
Observação – na semântica (significado das palavras) 
incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e cono-
tação, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
gem, entre outros.
c) Capacidade de observação e de síntese e 
d) Capacidade de raciocínio.
 
Interpretar X compreender 
Interpretar significa
- explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
- Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
- intelecção, entendimento, atenção ao que realmente 
está escrito.
- o texto diz que...
- é sugerido pelo autor que...
- de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
ção...
- o narrador afirma...
Erros de interpretação
 
É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência 
de erros de interpretação. Os mais frequentes são:
 
a) Extrapolação (viagem) 
Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias 
que não estão no texto, quer por conhecimento prévio do 
tema quer pela imaginação.
 
b) Redução 
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a 
um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de 
ideias, o que pode ser insuficiente para o total do entendi-
mento do tema desenvolvido. 
 
c) Contradição 
Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do can-
didato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
quentemente, errando a questão.
 
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor 
e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova 
de concurso, o que deve ser levado em consideração é o 
que o autor diz e nada mais.
 
4
LÍNGUA PORTUGUESA
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que 
relacionam palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre 
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de 
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um pro-
nome oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se 
vai dizer e o que já foi dito.
 
OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia
-a-dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e 
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do 
verbo; aquele do seu antecedente.Não se pode esquecer 
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor 
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante-
cedente. 
Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de 
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que 
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, 
a saber:
 
que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, 
mas depende das condições da frase.
qual (neutro) idem ao anterior.
quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois 
o objeto possuído. 
como (modo)
onde (lugar)
quando (tempo)
quanto (montante) 
Exemplo:
Falou tudo QUANTO queria (correto)
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria 
aparecer o demonstrativo O ).
Dicas para melhorar a interpretação de textos
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do 
assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa 
a leitura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto 
pelo menos duas vezes;
- Inferir;
- Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar;
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do 
autor;
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor 
compreensão;
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de 
cada questão;
- O autor defende ideias e você deve percebê-las;
Segundo Fiorin:
-Pressupostos – informações implícitas decorrentes 
necessariamente de palavras ou expressões contidas na 
frase. 
- Subentendidos – insinuações não marcadas clara-
mente na linguagem. 
- Pressupostos – verdadeiros ou admitidos como tal. 
- Subentendidos – de responsabilidade do ouvinte. 
- Falante não pode negar que tenha querido transmitir 
a informação expressa pelo pressuposto, mas pode negar 
que tenha desejado transmitir a informação expressa pelo 
subentendido. 
- Negação da informação não nega o pressuposto. 
- Pressuposto não verdadeiro – informação explícita 
absurda. 
- Principais marcadores de pressupostos: a) adjetivos; 
b) verbos; c) advérbios; d) orações adjetivas; e) conjunções. 
QUESTÕES
(Agente Estadual de Trânsito – DETRAN - SP – Vu-
nesp/2013) 
O uso da bicicleta no Brasil
A utilização da bicicleta como meio de locomoção no 
Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação 
com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos 
quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Ape-
sar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que 
a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de 
transporte, um dos que oferecem mais vantagens. 
A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicle-
tas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e 
jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são 
todos considerados veículos, com direito de circulação pe-
las ruas e prioridade sobre os automotores.
Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à 
bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, 
pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não 
consomem petróleo e produzem muito menos sucata de 
metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestio-
namentos por excesso de veículos motorizados, que atin-
gem principalmente as grandes cidades; o favorecimento 
da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e 
a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, 
claro, nos impostos.
No Brasil, está sendo implantado o sistema de com-
partilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, 
o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitu-
ra, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com 
quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São 
Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo 
país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão 
com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do 
compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em 
Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo 
site. O valor do passe mensal é R$10 e o do passe diário, 
R$5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 
6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que 
já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em 
pontos estratégicos.
A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção 
não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda 
não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de 
transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. 
5
LÍNGUA PORTUGUESA
Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, 
carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-
se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que po-
deriam ser evitados. 
Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. 
A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles 
estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. 
Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de 
segurança. A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, 
motocicletas e caminhões desconhece as leis que abran-
gem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também 
ignoram seus direitos e deveres. Alguém que resolve in-
tegrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de 
locomoção precisa compreender que deverá gastar com 
alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De 
acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas 
devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, 
sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, 
além de espelho retrovisor do lado esquerdo.
(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. 
Adaptado)
01. De acordo com o texto, o uso da bicicleta como 
meio de locomoção nas metrópoles brasileiras 
(A) decresce em comparação com Holanda e Inglaterra 
devido à falta de regulamentação.
(B) vem se intensificando paulatinamente e tem sido 
incentivado em várias cidades.
(C) tornou-se, rapidamente, um hábito cultivado pela 
maioria dos moradores.
(D) é uma alternativa dispendiosa em comparação com 
os demais meios de transporte.
(E) tem sido rejeitado por consistir em uma atividade 
arriscada e pouco salutar.
02. A partir da leitura, é correto concluir que um dos 
objetivos centrais do texto é
(A) informar o leitor sobre alguns direitos e deveres do 
ciclista.
(B) convencer o leitor de que circular em uma bicicleta 
é mais seguro do que dirigir um carro.
(C) mostrar que não há legislação acerca do uso da bi-
cicleta no Brasil.
(D) explicar de que maneira o uso da bicicleta como 
meio de locomoção se consolidou no Brasil.
(E) defender que, quando circular na calçada, o ciclista 
deve dar prioridade ao pedestre.
(Oficial Estadual de Trânsito - DETRAN-SP - Vunesp 
2013) Leia o texto para responder às questões de 3 a 5 
Propensão à ira de trânsito
Dirigir um carro é estressante, além de inerentemente 
perigoso. Mesmo que o indivíduo seja o motorista mais se-
guro do mundo, existem muitas variáveis de risco no trân-
sito, como clima, acidentes de trânsito e obras nas ruas. E 
com relação a todas as outras pessoas nas ruas? Algumas 
não são apenas maus motoristas, sem condições de dirigir, 
mas também se engajam num comportamento de risco – 
algumas até agem especificamente para irritar o outro mo-
torista ou impedir que este chegue onde precisa.
Essa é a evolução de pensamento que alguém poderá 
ter antes de passar para a ira de trânsito de fato, levando 
um motorista a tomar decisões irracionais.
Dirigir pode ser uma experiência arriscada e emocio-
nante. Para muitos de nós, os carros são a extensão de 
nossa personalidade e podem ser o bem mais valioso que 
possuímos. Dirigir pode ser a expressão de liberdade para 
alguns, mas também é uma atividade que tende a aumen-
tar os níveis de estresse, mesmo que não tenhamos cons-
ciência disso no momento.
Dirigir é também uma atividade comunitária.Uma vez 
que entra no trânsito, você se junta a uma comunidade 
de outros motoristas, todos com seus objetivos, medos e 
habilidades ao volante. Os psicólogos Leon James e Diane 
Nahl dizem que um dos fatores da ira de trânsito é a ten-
dência de nos concentrarmos em nós mesmos, descartan-
do o aspecto comunitário do ato de dirigir.
Como perito do Congresso em Psicologia do Trânsito, 
o Dr. James acredita que a causa principal da ira de trânsi-
to não são os congestionamentos ou mais motoristas nas 
ruas, e sim como nossa cultura visualiza a direção agressi-
va. As crianças aprendem que as regras normais em relação 
ao comportamento e à civilidade não se aplicam quando 
dirigimos um carro. Elas podem ver seus pais envolvidos 
em comportamentos de disputa ao volante, mudando de 
faixa continuamente ou dirigindo em alta velocidade, sem-
pre com pressa para chegar ao destino.
Para complicar as coisas, por vários anos psicólogos 
sugeriam que o melhor meio para aliviar a raiva era des-
carregar a frustração. Estudos mostram, no entanto, que a 
descarga de frustrações não ajuda a aliviar a raiva. Em uma 
situação de ira de trânsito, a descarga de frustrações pode 
transformar um incidente em uma violenta briga.
Com isso em mente, não é surpresa que brigas vio-
lentas aconteçam algumas vezes. A maioria das pessoas 
está predisposta a apresentar um comportamento irracio-
nal quando dirige. Dr. James vai ainda além e afirma que a 
maior parte das pessoas fica emocionalmente incapacitada 
quando dirige. O que deve ser feito, dizem os psicólogos, 
é estar ciente de seu estado emocional e fazer as escolhas 
corretas, mesmo quando estiver tentado a agir só com a 
emoção.
(Jonathan Strickland. Disponível em: http://carros.hsw.
uol.com.br/furia-no-transito1 .htm. Acesso em: 01.08.2013. 
Adaptado)
3-) Tomando por base as informações contidas no tex-
to, é correto afirmar que
(A) os comportamentos de disputa ao volante aconte-
cem à medida que os motoristas se envolvem em decisões 
conscientes.
(B) segundo psicólogos, as brigas no trânsito são cau-
sadas pela constante preocupação dos motoristas com o 
aspecto comunitário do ato de dirigir.
6
LÍNGUA PORTUGUESA
(C) para Dr. James, o grande número de carros nas ruas 
é o principal motivo que provoca, nos motoristas, uma di-
reção agressiva.
(D) o ato de dirigir um carro envolve uma série de ex-
periências e atividades não só individuais como também 
sociais.
(E) dirigir mal pode estar associado à falta de controle 
das emoções positivas por parte dos motoristas. 
4. A ira de trânsito
A) aprimora uma atitude de reconhecimento de regras.
(B) implica tomada de decisões sem racionalidade.
(C) conduz a um comportamento coerente.
(D) resulta do comportamento essencialmente comu-
nitário dos motoristas.
(E) decorre de imperícia na condução de um veículo.
5. De acordo com o perito Dr. James,
(A) os congestionamentos representam o principal fa-
tor para a ira no trânsito.
(B) a cultura dos motoristas é fator determinante para 
o aumento de suas frustrações.
(C) o motorista, ao dirigir, deve ser individualista em 
suas ações, a fim de expressar sua liberdade e garantir que 
outros motoristas não o irritem.
(D) a principal causa da direção agressiva é o desco-
nhecimento das regras de trânsito.
(E) o comportamento dos pais ao dirigirem com ira 
contradiz o aprendizado das crianças em relação às regras 
de civilidade.
(TRF 3ª região/2014) Para responder às questões de 
números 6 e 7 considere o texto abaixo. 
Toda ficção científica, de Metrópolis ao Senhor dos 
anéis, baseia-se, essencialmente, no que está acontecen-
do no mundo no momento em que o filme foi feito. Não 
no futuro ou numa galáxia distante, muitos e muitos anos 
atrás, mas agora mesmo, no presente, simbolizado em pro-
jeções que nos confortam e tranquilizam ao nos oferecer 
uma adequada distância de tempo e espaço.
Na ficção científica, a sociedade se permite sonhar seus 
piores problemas: desumanização, superpopulação, totali-
tarismo, loucura, fome, epidemias. Não se imita a realida-
de, mas imagina-se, sonha-se, cria-se outra realidade onde 
possamos colocar e resolver no plano da imaginação tudo 
o que nos incomoda no cotidiano. O elemento essencial 
para guiar a lógica interna do gênero, cuja quebra implica 
o fim da magia, é a ciência. Por isso, tecnologia é essen-
cial ao gênero. Parte do poder desse tipo de magia cine-
matográfica está em concretizar, diante dos nossos olhos, 
objetos possíveis, mas inexistentes: carros voadores, robôs 
inteligentes. Como parte dessas coisas imaginadas acaba 
se tornando realidade, o gênero reforça a sensação de que 
estamos vendo na tela projeções das nossas possibilidades 
coletivas futuras.
(Adaptado de: BAHIANA, Ana Maria. Como ver um fil-
me. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012. formato ebook.)
6-) Considere:
I. Segundo o texto, na ficção científica abordam-se, 
com distanciamento de tempo e espaço, questões con-
troversas e moralmente incômodas da sociedade atual, de 
modo que a solução oferecida pela fantasia possa ser apli-
cada para resolver os problemas da realidade.
II. Parte do poder de convencimento da ficção cientí-
fica deriva do fato de serem apresentados ao espectador 
objetos imaginários que, embora não existam na vida real, 
estão, de algum modo, conectados à realidade.
III. A ficção científica extrapola os limites da realidade, 
mas baseia-se naquilo que, pelo menos em teoria, acredi-
ta-se que seja possível.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) III.
(B) I e II.
(C) I e III.
(D) II e III.
(E) II.
7-) Sem prejuízo para o sentido original e a correção 
gramatical, o termo sonhar, em ... a sociedade se permite 
sonhar seus piores problemas... (2o parágrafo), pode ser 
substituído por:
(A) descansar.
(B) desprezar.
(C) esquecer.
(D) fugir.
(E) imaginar.
(TRF 3ª região/2014) Atenção: Para responder às ques-
tões de números 8 a 10 considere o texto abaixo.
Texto I
O canto das sereias é uma imagem que remonta às 
mais luminosas fontes da mitologia e da literatura gregas. 
As versões da fábula variam, mas o sentido geral da trama 
é comum.
As sereias eram criaturas sobre-humanas. Ninfas de 
extraordinária beleza, viviam sozinhas numa ilha do Medi-
terrâneo, mas tinham o dom de chamar a si os navegantes, 
graças ao irresistível poder de sedução do seu canto. Atraí-
dos por aquela melodia divina, os navios batiam nos recifes 
submersos da beira-mar e naufragavam. As sereias então 
devoravam impiedosamente os tripulantes.
Doce o caminho, amargo o fim. Como escapar com 
vida do canto das sereias? A literatura grega registra duas 
soluções vitoriosas. Uma delas foi a saída encontrada por 
Orfeu, o incomparável gênio da música e da poesia.
Quando a embarcação na qual ele navegava entrou 
inadvertidamente no raio de ação das sereias, ele conse-
guiu impedir a tripulação de perder a cabeça tocando uma 
música ainda mais sublime do que aquela que vinha da 
ilha. O navio atravessou incólume a zona de perigo.
A outra solução foi a de Ulisses. Sua principal arma 
para vencer as sereias foi o reconhecimento franco e cora-
joso da sua fraqueza e da sua falibilidade − a aceitação dos 
seus inescapáveis limites humanos.
7
LÍNGUA PORTUGUESA
Ulisses sabia que ele e seus homens não teriam firmeza 
para resistir ao apelo das sereias. Por isso, no momento 
em que a embarcação se aproximou da ilha, mandou que 
todos os tripulantes tapassem os ouvidos com cera e orde-
nou que o amarrassem ao mastro central do navio. O sur-
preendente é que Ulisses não tapou com cera os próprios 
ouvidos − ele quis ouvir. Quando chegou a hora, Ulisses 
foi seduzido pelas sereias e fez de tudo para convencer os 
tripulantes a deixarem-no livre para ir juntar-se a elas. Seus 
subordinados, contudo, cumpriram fielmente a ordem de 
não soltá-lo atéque estivessem longe da zona de perigo.
Orfeu escapou das sereias como divindade; Ulisses, 
como mortal. Ao se aproximar das sereias, a escolha diante 
do herói era clara: a falsa promessa de gratificação ime-
diata, de um lado, e o bem permanente do seu projeto de 
vida − prosseguir viagem, retornar a Ítaca, reconquistar 
Penélope −, do outro. A verdadeira vitória de Ulisses foi 
contra ele mesmo. Foi contra a fraqueza, o oportunismo 
suicida e a surdez delirante que ele soube reconhecer em 
sua própria alma.
(Adaptado de: GIANETTI, Eduardo. Auto-engano. São 
Paulo, Cia. das Letras, 1997. Formato eBOOK)
8-) Há no texto
(A) comparação entre os meios que Orfeu e Ulisses 
usam para enfrentar o desafio que se apresenta a eles.
(B) rivalidade entre o mortal Ulisses e o divino Orfeu, 
cujo talento musical causava inveja ao primeiro.
(C) juízo de valor a respeito das atitudes das sereias em 
relação aos navegantes e elogio à astúcia de Orfeu.
(D) crítica à forma pouco original com que Orfeu deci-
de enganar as sereias e elogio à astúcia de Ulisses.
(E) censura à atitude arriscada de Ulisses, cuja ousadia 
quase lhe custou seu projeto de vida.
9-) Depreende-se do texto que as sereias atingiam 
seus objetivos por meio de
(A) intolerância.
(B) dissimulação.
(C) lisura.
(D) observação.
(E) condescendência.
10-) O navio atravessou incólume a zona de perigo. (4o 
parágrafo). Mantém-se o sentido original do texto substi-
tuindo-se o elemento grifado por
(A) insolente.
(B) inatingível.
(C) intacto.
(D) inativo.
(E) impalpável.
GABARITO
1- B 2-A 3-D 4-B 5-E
6- D 7-E 8-A 9-B 10-C
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. 
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS 
PALAVRAS. 
Semântica é o estudo da significação das palavras e 
das suas mudanças de significação através do tempo ou 
em determinada época. A maior importância está em dis-
tinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia) e 
homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).
Sinônimos
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfa-
beto - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar 
- abolir.
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são 
substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara 
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan-
do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela 
outra, em determinado enunciado (aguardar e esperar).
Observação: A contribuição greco-latina é respon-
sável pela existência de numerosos pares de sinônimos: 
adversário e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo 
e hemiciclo; contraveneno e antídoto; moral e ética; coló-
quio e diálogo; transformação e metamorfose; oposição e 
antítese. 
Antônimos
São palavras que se opõem através de seu significado: 
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar; 
mal - bem.
Observação: A antonímia pode se originar de um 
prefixo de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldi-
zer; simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia 
e discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista 
e anticomunista; simétrico e assimétrico.
Homônimos e Parônimos
- Homônimos = palavras que possuem a mesma gra-
fia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes. 
Podem ser
a) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
rentes na pronúncia:
rego (subst.) e rego (verbo);
colher (verbo) e colher (subst.);
jogo (subst.) e jogo (verbo);
denúncia (subst.) e denuncia (verbo);
providência (subst.) e providencia (verbo).
8
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir);
concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
cela (compartimento) e sela (arreio);
censo (recenseamento) e senso ( juízo);
paço (palácio) e passo (andar).
c) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou 
perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo);
cedo (verbo) e cedo (adv.);
livre (adj.) e livre (verbo).
- Parônimos = palavras com sentidos diferentes, po-
rém de formas relativamente próximas. São palavras pa-
recidas na escrita e na pronúncia: cesta (receptáculo de 
vime; cesta de basquete/esporte) e sesta (descanso após o 
almoço), eminente (ilustre) e iminente (que está para ocor-
rer), osso (substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo e/
ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo), comprimento 
(medida) e cumprimento (saudação), autuar (processar) e 
atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), deferir 
(atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emi-
tir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; apro-
priar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo a 
movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado 
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, 
afundar).
Hiperonímia e Hiponímia
Hipônimos e hiperônimos são palavras que perten-
cem a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o 
hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o hipe-
rônimo, mais abrangente.
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô-
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se-
mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi-
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de 
significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. 
Veículos é um hiperônimo de carros.
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em 
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili-
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita 
a repetição desnecessária de termos.
Fontes de pesquisa:
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,
-antonimos,-homonimos-e-paronimos
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São 
Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua 
Portuguesa – 2ªed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
Denotação e Conotação
Exemplos de variação no significado das palavras:
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido literal)
Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido fi-
gurado)
Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
As variações nos significados das palavras ocasionam o 
sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo (co-
notação) das palavras.
Denotação
Uma palavra é usada no sentido denotativo quando 
apresenta seu significado original, independentemente do 
contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado mais 
objetivo e comum, aquele imediatamente reconhecido e 
muitas vezes associado ao primeiro significado que aparece 
nos dicionários, sendo o significado mais literal da palavra.
A denotação tem como finalidade informar o receptor 
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um ca-
ráter prático. É utilizada em textos informativos, como jor-
nais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de medica-
mentos, textos científicos, entre outros. A palavra “pau”, por 
exemplo, em seu sentido denotativo é apenas um pedaço de 
madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero.
As estrelas deixam o céu mais bonito!
Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando apre-
senta diferentes significados, sujeitos a diferentes interpreta-
ções, dependendo do contexto em que esteja inserida, referin-
do-se a sentidos, associações e ideias que vão além do sentido 
original da palavra, ampliando sua significação mediante a cir-
cunstância em que a mesma é utilizada, assumindo um senti-
do figurado e simbólico. Como no exemplo da palavra “pau”: 
em seu sentido conotativo ela pode significar castigo (dar-lhe 
um pau), reprovação (tomeipau no concurso).
A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
tos no receptor da mensagem, através da expressividade e 
afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa 
linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em 
conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios pu-
blicitários, entre outros. Exemplos:
Você é o meu sol!
Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
* Dica: Procure associar Denotação com Dicionário: tra-
ta-se de definição literal, quando o termo é utilizado com o 
sentido que consta no dicionário.
Fontes de pesquisa: 
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e-denota-
cao/
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
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Paulo: Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Polissemia
Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir 
multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de 
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra, 
mas que abarca um grande número de significados dentro 
de seu próprio campo semântico. 
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de 
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se 
em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma 
infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocor-
rência da polissemia:
O rapaz é um tremendo gato.
O gato do vizinho é peralta.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. 
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua 
sobrevivência
O passarinho foi atingido no bico.
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de 
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em co-
mum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido de 
“entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, 
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou 
“jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o 
formato quadriculado que têm.
Polissemia e homonímia
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante co-
mum. Quando a mesma palavra apresenta vários significados, 
estamos na presença da polissemia. Por outro lado, quando 
duas ou mais palavras com origens e significados distintos 
têm a mesma grafia e fonologia, temos uma homonímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode 
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é 
polissemia porque os diferentes significados para a pala-
vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra 
polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabe-
to, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determi-
nado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados es-
tão interligados porque remetem para o mesmo conceito, 
o da escrita.
Polissemia e ambiguidade
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na 
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode 
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta-
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação 
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em 
uma frase. Vejamos a seguinte frase:
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen-
temente são felizes. 
Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes: 
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são 
felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equi-
librada.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, 
ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma in-
terpretação. Para fazer a interpretação correta é muito im-
portante saber qual o contexto em que a frase é proferida.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção 
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, 
comicidade. Repare na figura abaixo:
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-
cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, 
mas duas seriam:
Corte e coloração capilar
 ou 
Faço corte e pintura capilar
Fontes de pesquisa:
http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.
htm
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Paulo: Saraiva, 2010.
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Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Figura de Linguagem, Pensamento e Construção
Figura de Palavra
A figura de palavra consiste na substituição de uma 
palavra por outra, isto é, no emprego figurado, simbólico, 
seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja 
por uma associação, uma comparação, uma similaridade. 
Estes dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade 
- permitem-nos reconhecer dois tipos de figuras de pala-
vras: a metáfora e a metonímia.
Metáfora
Consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão 
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em 
virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa 
e percebe entre elas certas semelhanças. É o emprego da 
palavra fora de seu sentido normal. 
Observação: toda metáfora é uma espécie de com-
paração implícita, em que o elemento comparativo não 
aparece.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, 
através do emprego da palavra como.
Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Neste exemplo não há mais uma comparação (note a 
ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja, 
qualidade do que é semelhante. 
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me. 
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta 
é a verdadeira metáfora.
Observe outros exemplos:
1) “Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando 
Pessoa)
Neste caso, a metáfora é possível na medida em que 
o poeta estabelece relações de semelhança entre um rio 
subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando 
a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade, etc.).
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar 
algum.
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na fra-
se acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa expressão 
que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiada-
mente inútil), há uma comparação subentendida: Minha 
alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma es-
trada de terra que leva a lugar algum.
A Amazônia é o pulmão do mundo.
Em sua mente povoa só inveja.
Metonímia
É a substituição de um nome por outro, em virtude de 
existir entre eles algum relacionamento. Tal substituição 
pode acontecer dos seguintes modos:
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (= 
Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis). 
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (= 
As lâmpadas iluminam o mundo).
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes 
da cruz. (= Não te afastes da religião).
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso 
Havana. (= Fumei um saboroso charuto).
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (= Só-
crates tomou veneno).
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu 
trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que pro-
duzo).
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. 
(= Bebeu todo o líquido que estava no cálice).
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os micro-
fones foram atrás dos jogadores. (= Os repórteres foram 
atrás dos jogadores).
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressa-
damente. (= Várias pessoas passavam apressadamente).
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e so-
frem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem nesse 
mundo).
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para 
ir às ruas na luta por seus direitos. (= As mulheres foram 
chamadas, não apenas uma mulher).
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone.(= Minha filha adora o iogurte que é da marca Danone).
13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (= 
Alguns astronautas foram à Lua).
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança pen-
derá para teu lado. (= A justiça ficará do teu lado).
Saiba que: Sinédoque se relaciona com o conceito de 
extensão (como nos exemplos 9, 10 e 11, acima), enquan-
to que a metonímia abrange apenas os casos de analogia 
ou de relação. Não há necessidade, atualmente, de se fa-
zer distinção entre ambas as figuras. 
Catacrese
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contí-
nuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, 
por falta de um termo específico para designar um con-
ceito, toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a 
empregar algumas palavras fora de seu sentido original. 
Exemplos: “asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do ros-
to”, “pé da mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Perífrase ou Antonomásia
Trata-se de uma expressão que designa um ser atra-
vés de alguma de suas características ou atributos, ou de 
um fato que o celebrizou. É a substituição de um nome 
por outro ou por uma expressão que facilmente o iden-
tifique:
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua 
atraindo visitantes do mundo todo.
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão)
Observação: quando a perífrase indica uma pes-
soa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida prati-
cando o bem.
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito 
jovem.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.
Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen-
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o 
cruzamento de sensações distintas. 
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = 
auditivo; áspero = tátil)
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte-
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual)
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.
php
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Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São 
Paulo: Saraiva, 2010.
Antítese
Consiste no emprego de palavras que se opõem 
quanto ao sentido. O contraste que se estabelece serve, 
essencialmente, para dar uma ênfase aos conceitos envol-
vidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos 
mesmos. Observe os exemplos:
“O mito é o nada que é tudo.” (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena.
“Quando um muro separa, uma ponte une.”
Não há gosto sem desgosto.
Paradoxo ou oximoro
É a associação de ideias, além de contrastantes, con-
traditórias. Seria a antítese ao extremo. 
Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
Ouvimos as vozes do silêncio.
Eufemismo
É o emprego de uma expressão mais suave, mais no-
bre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa ás-
pera, desagradável ou chocante.
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Se-
nhor. (= morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
Faltar à verdade. (= mentir)
Ironia
É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do 
que as palavras ou frases expressam, geralmente apresen-
tando intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem 
construída para que cumpra a sua finalidade; mal cons-
truída, pode passar uma ideia exatamente oposta à dese-
jada pelo emissor. 
Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota 
mínima. 
Parece um anjinho aquele menino, briga com todos 
que estão por perto.
O governador foi sutil como um elefante.
Hipérbole
É a expressão intencionalmente exagerada com o in-
tuito de realçar uma ideia. 
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
“Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
Prosopopeia ou Personificação
É a atribuição de ações ou qualidades de seres ani-
mados a seres inanimados, ou características humanas a 
seres não humanos. Observe os exemplos:
As pedras andam vagarosamente.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um 
cego que guia.
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
Chora, violão.
Apóstrofe
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coi-
sa personificada, de acordo com o objetivo do discurso, 
que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-
se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele 
imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe 
a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim 
a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr 
em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do 
vocativo. Exemplos:
Moça, que fazes aí parada?
“Pai Nosso, que estais no céu”
Deus, ó Deus! Onde estás?
Gradação
Apresentação de ideias por meio de palavras, sinôni-
mas ou não, em ordem ascendente (clímax) ou descen-
dente (anticlímax). Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana 
com seus olhos claros e brincalhões...
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade 
dos olhos de Joana. Para chegar a este detalhe, ele se re-
fere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e 
seus olhos. Nota-se que o pensamento foi expresso em 
ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
“Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu 
amor”. (Olavo Bilac)
“O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, co-
lheu-se.” (Padre Antônio Vieira)
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil5.
php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa 
Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São 
Paulo: Saraiva, 2010.
As figuras de construção (ou sintática, de sintaxe) 
ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade 
ao significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela 
maior expressividade que se dá ao sentido.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos numa 
oração e que podem ser facilmente identificados, tanto 
por elementos gramaticais presentes na própria oração, 
quanto pelo contexto. 
A catedral da Sé. (a igreja catedral)
Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao es-
tádio)
Zeugma
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita 
a omissão de um termo já mencionado anteriormente. 
Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de 
português)
Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só 
modernos. (só havia móveis)
Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo 
que não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. 
É uma concordância anormal, psicológica, porque se faz 
com um termo oculto, facilmente identificado. Há três ti-
pos de silepse: de gênero, número e pessoa.
Silepse de Gênero - Os gêneros são masculino e fe-
minino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordân-
cia se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o 
calor intenso.
Neste caso, o adjetivo bonita não está concordando 
com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence 
ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo 
(a cidade de Porto Velho).
2) Vossa Excelência está preocupado.
O adjetivo preocupado concorda com o sexo da pes-
soa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa 
Excelência.
Silepse de Número - Os números são singular e plu-
ral. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração 
não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, 
mas com a ideia que nele está contida.

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