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Resenha AS ESTRUTURAS ELEMENTARES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Geraldo Di Giovanni UNICAMP

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ECONOMIA
IVAN COSTA RODRIGUES
RESENHA: AS ESTRUTURAS ELEMENTARES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
BELÉM-PA
2018
IVAN COSTA RODRIGUES
RESENHA: AS ESTRUTURAS ELEMENTARES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS
TRABALHO APRESENTADO Á DISCIPLINA
DE PLANEJAMENTO PÚBLICO,
MINISTRADO PELA PROF.ª. Drª. ANA
ELIZABETH NEIRAO REYMAO, DA
FACECON -ICSA- UFPA.
BELÉM-PA
2018
GIOVANNI, Geraldo. As Estruturas Elementares das Políticas Públicas. São Paulo,
Caderno de Pesquisa Nº 82 NEEP/UNICAMP, 2009.
Giovanni se propõe fazer uma análise integrada do tema políticas públicas, uma vez
que, segundo o autor, há uma enxurrada trabalhos analíticos na área das políticas públicas,
mas os modelos não satisfazem as necessidades que o contexto apresenta, porque não incluem
todas as variáveis que compõe esse evento.
O autor propõem a entender historicamente e conceituar as polícias publicas, com seus
trabalhos passados, conceituando que, política pública vai muito mais do que, a intervenção
do estado em problemas conflitantes, mais que isso, define “como uma forma contemporânea
de exercício do poder nas sociedades democráticas, resultante de uma complexa interação
entre o Estado e a sociedade, entendida aqui num sentido amplo, que inclui as relações sociais
travadas também no campo da Economia.” (p.4)
Para Giovanni, é nesse ponto, que acontecem os conflitos sociais relativo a políticas
públicas, assim como, se justifica, define e atua as ações do estado, no sentido de intervir.
Analisando historicamente, Giovanni frisa que para firma esse conceito, depende de alguns
requisitos que caracterizam as democracias modernas:
pressupõe-se uma capacidade mínima de planificação consolidada nos
aparelhos de Estado, seja do ponto de vista técnico de gestão, seja do ponto
de vista político. Pressupõe-se, também, certa estruturação republicana da
ordem política vigente: coexistência e independência de poderes e vigência
de direitos de cidadania; e, pressupõe-se, finalmente, alguma capacidade
coletiva de formulação de agendas públicas, em outras palavras, o exercício
pleno da cidadania e uma cultura política compatível. (p.5). 
Historicamente ele afirma que esses requisitos nem sempre foram análogos, nas
modernas sociedades capitalistas, entretanto, se consolidaram depois da segunda guerra
mundial.
O autor fala da ideia de forma política, sendo como, uma configuração específica de
relação de poder, que tem autonomia para se espere promover a ação coletiva. Contudo as
políticas públicas se manifestam e atuam de forma variável em diferentes sociedades, para
ilustrar ele cita:
[...] podemos indicar – sem qualquer juízo de valor - o corporativismo, o
mandonismo local, o coronelismo, o populismo, como outras formas
políticas concorrentes ou até mesmo coexistentes. Assim sendo, é muito
importante constatar que as políticas públicas, na acepção que adotamos,
vêm se tornando cada vez mais presentes na vida das sociedades
democráticas contemporâneas [...] (p.6).
Giovanni esclarece que, apesar dos estudos das intervenções do estado se
disseminarem em países mais importante do capitalismo central, os pioneiros no estudo foram
os americanos, na qual se tiveram dois momentos aonde se destacaram, primeiro durante a
guerra, aonde os cientistas atuaram no esforço de guerra, estudando os países envolvidos no
conflito e também no perfil dos soldados americanos, cria-se esse vínculo entre o governo e
os cientista, que logo depois do pós guerra, quando os estudos de políticas públicas começam
a engatinhar nos Estados Unidos, os cientistas estão incumbidos de fornecer soluções para
problemas práticos, como subsídios para as ações do governo. 
O segundo momento, o autor aborda a diferença dos termos politics e policy (ou
Polices), que devido a uma peculiaridade linguística e cultural, tem diferentes conotação de
outras línguas, principalmente as latinas.
[...] Diferentemente do que ocorre com as línguas latinas, e mesmo com a
língua alemã, a língua inglesa faz uma distinção entre politics, quando se
referem à política, no sentido relativo aos fenômenos do poder
(representação política, partidos, eleições, conflitos relativos ao poder, entre
outros), e policy (ou policies), para referirem-se adoção de formas de ação,
linhas de atuação, que dizem muito mais a condutas eletivas para solução de
problemas, que beiram muito mais o campo da administração do que do
campo que nós – latinos – entendemos por “político” [...](p.8)
Para o autor, a expressão política públicas, tem quatro fatores históricos marcantes:
Um de natureza macroeconômica, um fator de natureza geopolítica, outro de natureza política
e um de natureza cultural e sociológica.
Tais considerações de natureza histórica contribuem para ampliar visão
empirista sobre as políticas públicas, que tem sido dominante nos modelos
analíticos disponíveis. A introdução de uma perspectiva que considere essa
historicidade, também é importante para compreender não apenas a natureza
do fenômeno estudado e seu conceito, mas também abre a possibilidade de
um avanço no plano da teorização em nosso campo de estudos. (p.18)
Nas estruturas elementares o autor fala que, a observação histórica mostra que
“teoria”, práticas e resultados, são elementos primários que estão presentes em todas as
políticas públicas, embora empiricamente teoria, práticas e resultados tenham uma concreção
histórica própria e única. 
“Mas, mais importante do que identificar os elementos invariantes é estabelecer entre eles
uma relação que seja realmente indissolúvel e orgânica, de modo que constituam totalidades
estruturadas, discretas que chamo, no caso, de estruturas elementares.” (p.19)
Ele divide as estruturas elementares em quatro diferentes ângulos de observação: I.
estrutura formal, composta pelos elementos - “teoria”, práticas e resultados:
Capta, de modo imediato, os aspectos e elementos exteriores da intervenção
pública, na medida em que estabelece as relações indissociáveis entre uma
“teoria”, um conjunto de práticas e um conjunto de resultados. Do ponto de
vista da análise de políticas públicas, entretanto, a exploração de tal estrutura
não esgota os o conjunto de componentes envolvidos na intervenção, embora
revele o resultado de um processo complexo de interações que resultam
numa configuração específica. (p.21).
 II. estrutura substantiva, composta pelos elementos - atores, interesses e regras:
“[...] os agentes sociais, os atores, nesse âmbito, pautam suas ações por orientações conduta
dotadas de objetivos implícitos ou explícitos; e, em maior ou menor grau, de alguma
racionalidade, que chamaremos aqui de interesses [...]” (p.22).
 III. estrutura material, composta pelos elementos; financiamento, suportes, custos:
“[...] os elementos que a compõem dizem respeito à sua exeqüibilidade e sustentação material:
financiamento, custos e suportes [...]” (p.26).
 IV. estrutura simbólica, composta pelos elementos - valores, saberes e linguagens: O
autor cita Cristina Montalvão, que descreve: 
a possibilidade de incluir na metodologia outra dimensão para a análise das
políticas. Essa autora chamou a atenção para as relações entre as culturas
nacionais e a produção científica na área, demonstrando os vínculos entre
essa produção e as situações sociais e políticas vivenciadas por vários países
europeus. (p.28).

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