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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
(~10 linhas)
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO MUNICÍPIO Y, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede à rua..., nº..., bairro, Município Y, São Paulo, CEP, representado por seu presidente CAIO, nacionalidade, estado civil, profissão, e-mail, portador da identidade de nº..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado à (endereço completo), por seu advogado, com endereço profissional (endereço completo), nos termos do artigo 5º, LXXI, da Constituição Federal de 1988 (CF/88), Lei 13.300/2016, vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, impetrar
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
Em face da ausência de regulamentação, que torna inviável o exercício de direito constitucional de aposentadoria especial - regime de previdência de caráter contributivo e solidário, nos termos do artigo 126, §4º da CF/88, em razão da inércia do Prefeito do Município Y, nacionalidade, estado civil, profissão, e-mail, portador da identidade de nº..., inscrito no CPF sob o nº..., residente e domiciliado à (endereço completo), que deverá ser citado na pessoa do seu Procurador-Geral, na sede da Prefeitura Municipal na rua..., nº..., bairro..., Município Y, estado, CEP..., pelos fatos e direitos a seguir expostos:
I – DOS FATOS
Os servidores do Município de Y, Estado de São Paulo, exercem atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebem, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. 
Segundo a lei orgânica do município, compete ao Prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na Constituição Estadual a tal benefício. Trata-se de norma de eficácia limitada, gerando ao Município Y o dever de agir, regulando norma que assegure o direito previsto na Constituição do Estado.
II – DO DIREITO
Conforme já explanado o presente caso trata-se de uma norma de eficácia limitada, isto é, a norma presente na Constituição do Estado de São Paulo, que assegura a aposentadoria especial para os servidores que exercem atividade de risco ou expostos a condições prejudiciais a saúde, não possui eficácia e depende de norma posterior para produzir efeitos. Assim, a ausência de uma Lei Complementar do Município Y torna inviável a atribuição do direito à aposentadoria especial previsto aos servidores municipais. Desta forma, o presente Mandado de Injunção é instrumento necessário para satisfação desta pretensão, conforme determina o artigo 12, III, da Lei 13.300/2016:
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido:
(...)
III - por organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial;
E ainda, a CF/88, em seu artigo 30, II, estabelece que a competência municipal de suplementar a legislação estadual, portanto, o Prefeito do Município Y possui autonomia para editar Lei Complementar sobre a aposentadoria especial de seus servidores. Ademais, corroborando os fundamentos, o artigo 24, também da Carta Magna estabelece a competência concorrente da União, Estados e Municípios para legislar sobre normas gerais que atendem suas peculiaridades, o que pode se observar no caso em tela, já que inexiste norma federal regulamentando tal direito e inexiste a vedação de que o Município possa legislar sobre.
Assim, é incontestável que a inércia do Município Y em regulamentar direito assegurado pela Constituição Estadual acarreta em prejuízos aos seus servidores que exercem atividade insalubre, devendo tal equívoco ser imediatamente sanado.
III – DO PEDIDO
Ante o exposto, requer:
a) a notificação do impetrado sobre o conteúdo a petição inicial, devendo-lhe ser enviada a segunda via, apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações, como preceitua o artigo 5º, I, da Lei 13.300/2016;
b) a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, ingresse no feito, na forma do artigo 5º, II da Lei 13.300/2016;
c) a intimação do membro do Ministério Público para se manifestar no prazo de 10 (dez) dias, como ordena o artigo 7º da Lei 13.300/2016;
d) seja determinado prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora, nos moldes do artigo 8º, I, da Lei 13.300/2016;
e) sejam estabelecidas as condições em que se dará o exercício dos direitos (ou das liberdades e prerrogativas) reclamados, ou ainda, se for o caso, as condições em que poderá o interessado promover ação própria visando exercê-los, caso não seja suprida a mora legislativa no prazo determinado, conforme preza o artigo 8º da Lei 13.300/2016;
f) a condenação do impetrado nos ônus de sucumbência, notadamente no que se refere às custas processuais.
IV – DAS PROVAS
Requer que sejam alegados todos meios de provas admitidos em direito, em especial, observadas as provas documentais já levantadas nesta inicial.
Atribui à causa o valor de R$...
Termos em que,
Espera deferimento.
Local, data
Advogado/OAB

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