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Direito Administrativo I (2º Bimestre).

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Direito Administrativo
(2º Bimestre)
	
AGÊNCIAS REGULADORAS.
As agências reguladoras são uma AUTARQUIA de regime especial. Dessa forma, essas agências não são autarquias iguais as demais. Considera-se que são decorrentes da reforma administrativa dos anos 90, anos em que houve uma grande necessidade de tornar o Brasil em um Estado gerencial, porém, isso não quer dizer que tais agências não existiam antes da década de 90.
A idéia do governo FHC era de descentralizar a prestação de serviços exclusivos do Estado, organizando-se pelos moldes gerenciais. Além disso, pretendia-se a criação de entes reguladores para fiscalizar tais serviços.
As agências reguladoras exercem as seguintes atividades:
Poder de Polícia: podem, com isso, cobrar taxas pela prestação do serviço que desempenham.
Regulação dos serviços exclusivos do estado.
DEFINIÇÃO: É uma Autarquia em regime especial, instituída em razão do fim do monopólio estatal, sendo responsável pela regulamentação, controle e fiscalização de serviços públicos, atividades e bens transferidos ao setor privado. 
Vale aqui relevar que as agências reguladoras são pessoas jurídicas de Direito Público.
Características.
Uma vez que é Autarquia, ela deve ser criada e extinta por Lei, sendo que cada ente pode ter a sua agência. 
Por ser uma Autarquia, ela possui uma atividade típica e os seus atos são administrativos, assim também o são os seus Contratos (Como regra os seus contratos devem obediência a licitações). 
O pessoal se enquadra no regime estatutário.
Seus bens não podem ser penhorados, sendo que suas dívidas são pagas por meio de precatório. 
(Art. 150, §2º) Possuem imunidade tributária sob os seus bens, serviços etc.
Até esse momento, as agencias reguladoras possuem as mesmas características de uma autarquia normal, porém, existem três características que as diferenciam das demais autarquias, sendo elas:
O dirigente de uma agencia reguladora exerce mandato: O mandato é estabelecido na lei de criação da agência. Tal mandato objetiva assegurar uma independência mínima da entidade em relação ao Poder Executivo.
Submetendo após o término do mandato a uma Quarentena Remunerada.
Presume-se que o dirigente é uma pessoa expert nos determinados assuntos, no qual tem a função de proporcionar uma maior segurança, porém, não é isso que ocorre nos dias atuais, uma vez que no Brasil as decisões possuem um alto grau de política envolvida, ao invés de buscar decisões técnicas, sendo este quadro agravado pela presença muito grande de pessoas apadrinhadas. 
 
Função Judicante: A função judicante, por sua vez, diz respeito ao poder de solução de controvérsias das agências reguladoras. É importante ressaltar que esta função não se confunde com a função jurisdicional do Poder Judiciário prevista no artigo 5º, XXXV da CRFB, visto que a agência não substitui o juiz. Uma decisão em âmbito judicial pode até mesmo substituir a decisão de uma agência reguladora por conta da inafastabilidade da apreciação pelo Poder Judiciário, prevista na Constituição (art. 5º, XXXV). A principal diferença entre as duas funções é a de que a função jurisdicional se volta ao passado para a resolução do conflito, buscando a origem do problema e envolve somente as partes envolvidas, enquanto a função judicante se volta ao futuro e envolve todo o sistema sobre o qual a decisão recairá, buscando analisar o custo/benefício e a decisão que terá os melhores efeitos futuramente. A agência reguladora pode resolver uma controvérsia por meio de: mediação, conciliação ou arbitragem regulatória. A mediação é a reunião dos indivíduos para assim tentar chegar a um acordo por meio do intermédio da agência. Na conciliação a agência tem um plano que á apresentado às partes, e caso não obtenha sucesso, ela recorrerá à arbitragem regulatória, que é um ato administrativo que impõe uma solução às partes e pode ser revisto pelo Poder judiciário novamente por conta do princípio previsto no artigo 5º, XXXV da CRFB, embora essa não seja a regra. 
Função Normativa: Essa característica não deve ser confundida com uma função legislativa. Dado o princípio constitucional da legalidade e consequentemente vedação há que os atos inferiores inovem inicialmente na ordem jurídica, resulta claro que as determinações normativas advindas de tais entidades hão de se cifrar a aspectos estritamente técnicos, que estes, sim, podem, na forma da lei, provir de procedências subalternas ao tratar dos regulamentos.
FUNDAÇÃO.
A Fundação Pública é a pessoa jurídica composta por um patrimônio personalizado, destacado pelo seu instituidor para atingir uma finalidade. É diferente de uma Autarquia, agência reguladora entre outras entidades, pois a Fundação Pública não é formada somente da união de pessoas.
Para se criar uma Fundação Pública é necessário: Vontade e Patrimônio Destacado, sendo que é a partir desse patrimônio destacado que existirá a pessoa jurídica.
Peculiaridades das Fundações:
NÃO pode ter finalidade lucrativa.
NÃO está relacionada a atividades típicas do Estado. 
Tem dirigentes PRÓPRIOS.
Autonomia Administrativa e Financeira: A fundação possui essa autonomia, possuindo seus diligentes próprios.
Natureza Jurídica das fundações: Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, as fundações teriam uma natureza Autárquica, isso quer dizer que as características das autarquias servem para as fundações, porém, na prática, as fundações públicas são de Direito Privado ou Direito Público. A grande diferença entre elas está no regime.
Direito Privado: Não são criadas por Lei, e sim, autorizadas por Lei.
São predominantemente de Direito Privado, mas ainda assim estão submetidos a normas de Direito Público, tais como os princípios elencados no art. 37
Art. 37, XIX: “Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo À lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”.
Direito Público: São criadas por lei, sendo muito próximos da natureza e características de uma Autarquia.
Fundação Pública de Direito Público: São as fundações criadas por Lei.
Fundação Pública de Direito Privado: São as fundações autorizadas por Lei.
Exemplos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Universidade de Brasília, Fundação Casa.
EMPRESAS ESTATAIS.
Empresas estatais são o gênero e as empresas públicas e as sociedades de economia mista são espécies.
Empresa Pública: Faz parte da Administração Indireta.
Sociedade de Economia Mista: Faz parte da administração indireta.
Toda Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista é uma empresa estatal, porém, nem toda empresa estatal é Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista.
Os Bens das empresas estatais são bem privados, porque essas empresas são pessoas jurídicas de direito privado.
Natureza do bem: PRIVADO. No entanto, há parte que estão afetados pelo interesse público (não é totalmente afetado), o que não torna a natureza dos seus bens em bens públicos. O bem que é privado, mas está afetado ao uso público, não pode ser objeto de PENHORA.
Sobre a licitação, dependerá de à empresa estatal (Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista) ser de serviço ou exploradora. Para as que estão no grupo dos serviços público, a licitação estará muito presente, subordinando, assim, todos os contratos etc. Já nas empresas de exploração, que estão inseridos em um mercado de concorrência, vai depender, isto é, não serão todos os casos que haverá licitação.
Quanto ao REGIME TRIBUTÁRIO (Art. 173, §2º): As empresas estatais, com características de exploradoras, não gozam de privilégios e/ou tratamento diferenciado (não possuem privilégios quanto ao regime tributário). Já as empresas de serviços públicos possuem.
Falência e Recuperação Judicial: Aquelas empresas estatais de SERVIÇO PÚBLICO não estão suscetível a falência e nem recuperação judicial. Em caso de déficit, o Estadodeverá assumir a dívida, ou seja, quem paga os valores em vermelho das empresas de serviços públicos é aquele ente que o criou.
 Agora, aquelas empresas que não possuem privilégios, benefícios, uma vez que estes não sejam extensivos, onde os particulares não poderão usufruir desses (como é o caso da realidade envolta de uma empresa exploradora), é possível a falência.
Lei nº 11.101/05 – Art. 2º, I: NÃO se aplica a Sociedade de Economia Mista e nem Empresa Pública.
EMPRESA PÚBLICA.
É a entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da entidade política que se veicula, instituída (autorizada por lei) para exploração de atividade econômica ou prestação de serviços. 
Constituem o segundo tipo de entidade arrolada pelo art. 5º, II, do Decreto- Lei n. 200/67. São entidades da Administração Pública indireta, instituídas por LEI, com personalidade jurídica de Direito Privado, para o exercício de atividade econômica, cujo controle acionário pertença em sua totalidade ao Poder Público, podendo revestir-se de quaisquer das formas admitidas em direito.
Art. 173 da CF: Impôs o atendimento a dois imperativos indissociáveis para criação de tais entidades, quando exploradas de atividade econômica:
O relevante interesse público;
A segurança nacional.
Na falta desses dois mecanismos, não se admite a criação de uma empresa pública ou de uma sociedade de economia mista.
A principal característica das empresas públicas é o exercício de atividades econômicas, e, portanto, atípicas do Estado (sem embargo de que, em face da realidade nacional, poderão ser prestadoras de serviços públicos, ainda que não devessem ser criadas com esse propósito).
Pode assumir qualquer das formas admitidas em direito (v.g., S/A, Ltda. Etc., ostentando capital exclusivo do Poder Público).
Exemplos: Caixa Econômica Federal e Correios;
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA.
São entidades dotadas de personalidade jurídica de Direito Privado, autorizado por lei para exploração de atividade econômica ou prestação de serviços, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações, com direito a voto pertençam em sua maioria a entidade política ou à administração direta a que se veicula.
São entidades da Administração Indireta, criadas por lei, dotadas de personalidade jurídica de direito privado, para o exercício de atividade econômica que o Estado seja levado a exercer nos casos de relevante interesse público e segurança nacional, SOB A FORMA DE S/A, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria ao Poder Público.
Na Sociedade de Economia Mista tem-se uma parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada. 
Atualmente elas representam a união do capital privado com o público, com a preponderância deste (público).
As características das sociedades de economia mista são:
Sua criação mediante lei;
Exercício de atividade econômica ou serviço público;
Personalidade jurídica de Direito Privado;
Ações com direito a voto em maioria na posse do Poder Público;
Forma de S/A.
O Estado é detentor da maioria do capital acionário, com direito a voto!
Exemplos: - URBS, Curitiba S/A, SANEPAR, Banco do Brasil, Petrobrás.
Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.
Características Comuns.
1. Ambos têm PERSONALIDADE JURÍDICA;
2. Ambos têm AUTÔNOMIA;
3. Os dois contratam por meio de CONCURSO PÚBLICO, uma vez que é emprego público (Celetista).
4. Possuem dirigentes PRÓPRIOS;
5. Tem seus próprios aspectos orçamentários, próprio patrimônio, própria gestão etc.
6. Os seus contratos e atos que envolvem questões monetárias têm relação direta com a LICITAÇÃO.
Diferenças.
As diferenças se dão em três aspectos distintos:
Capital (integrante): Se for Empresa Pública o capital é integralmente público. Agora, se for Sociedade de Economia Mista o capital será público e privado, porém, a maioria é público!
Empresa Pública é constituída de pessoas de Direito Público ou de suas entidades da administração indireta.
Sociedade de Economia Mista há a conjugação de recursos públicos com recursos particulares (50% +1 é público).
Forma Societária: Sociedade de Economia Mista é necessariamente sociedade anônima. Já a Empresa Pública, pode se constituir em qualquer forma societária, sempre de acordo com o Direito.
Foro: Refere-se a qual foro será utilizado quando vai ajuizar uma demanda.
Se for contra Empresa Pública Justiça Federal (caso se a empresa pública for empresa pública Federal).
Caso envolva Sociedade de Economia Mista será na Justiça Comum.
Essa diferenciação está presente nas seguintes súmulas: 517 STF, 556 STF, 42 STJ.
Obs. Se for questão trabalhista, será na Justiça do Trabalho.
ENTIDADES DE COOPERAÇÃO.
São pessoas jurídicas de direito privado que colaboram ou cooperam com o Estado no desempenho de uma atividade de interesse coletivo e prestam um serviço não exclusivo do Estado. Essas entidades não possuem finalidade lucrativa.
Não fazem parte da administração pública, ou seja, são pessoas jurídicas de direito privado estranhas a administração pública, pois auxiliam a administração pública, mas não estão dentro do universo da dela. Fazem parte do terceiro setor.
Terceiro Setor: Primeiro Setor é o Estado. O Segundo Setor é o mercado (quem busca lucro), já o Terceiro Setor não tem finalidade lucrativa, querendo apenas ajudar o coletivo.
Serviços Sociais Autônomos: Para o professor Eli Lopes Meirelles, os serviços sociais autônomos são todos aqueles instituídos por Lei, com personalidade de Direito Privado para ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais sem fins lucrativos, sendo mantidos por dotações orçamentárias ou por contribuições para-fiscais.
São pessoas jurídicas de Direito PRIVADO, instituídas por Lei, devendo haver licitação.
Os seus regulamentos devem respeitar os princípios expressos no Art. 37, caput (LIMPE – legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), sendo que não possuem privilégios processuais, ou seja, possuem execução normal, como qualquer outra pessoa jurídica de direito privado.
O Foro competente é o da Justiça Comum.
O seu pessoal é celetista, então, há concurso público.
Exemplos: Sistema “S” -> SESC, SENAI, SENAC... PR-PREVIDÊNCIA, APEC’S etc. 
Entidades de Apoio.
São entidades que acabam orbitando uma entidade da Administração Pública (Fundações, Cooperativas, Associações, entre outras). Elas celebram algum ato cooperativo para fomentar fins científicos ou até mesmo na área de saúde. Dessa forma, elas formalizam convênios administrativos com entidades da administração pública, buscando fomentar ou desenvolver uma atividade específica.
Obs. Elas não integram a administração pública, estando sobre o regime jurídico do direito privado, porem, se recebe algum dinheiro público, deverá ser analisado com uma lente de direito público sobre sua lente de direito privado (se enquadrando dentro do possível).
De forma resumida, as entidades de apoio são pessoas jurídicas de natureza privada que exercem, sem fins lucrativos, a atividade social e/ou serviços sociais não exclusivos do Estado relacionados na pesquisa, ciência, saúde ou educação.
Faz-se uma entidade de apoio a partir dos termos do Código Civil, observando o tipo de entidade de apoio (fundação, associação ou cooperativa).
De acordo com o conceito, verifica-se a presença das seguintes características em tais entidades:
Elas não são instituídas por iniciativa do Poder Público, mas por servidores públicos de determinada entidade estatal, e com os seus próprios recursos;
Essas entidades, mais comumente, assumem a forma de fundações, mas também podem assumir a forma de associação ou cooperativa, sempre sem fins lucrativos e inseridos em seus estatutos objetivos iguais aos da entidade pública junto à qual pretendem atuar.
Em conseqüência, enquanto a entidade pública presta serviços públicos propriamenteditos, a entidade de apoio presta o mesmo tipo de atividade, porém, não como serviço público delegado pela Administração Pública, mas como atividade privada aberta à iniciativa privada; ela atua mais comumente em hospitais públicos e Universidades públicas.
Sendo a atividade prestada em caráter privado, ela não fica sujeita ao regime jurídico imposto à Administração Pública; por outras palavras, os contratos são de direito privado, celebrados sem licitações; os seus empregados são celetistas, contratados sem concurso público; por não serem servidores públicos, não ficam sujeitos às normas constitucionais pertinentes a essa categoria de trabalhadores; por não desempenharem atividade delegada pelo Poder Público, não se sujeitam à tutela administrativa;
Para poderem atuar como entidades de apoio, paralelamente à Administração Pública, estabelecem um vínculo jurídico com a mesma, em regra por meio de convênio.
Normalmente, por meio desse convênio, é prevista, em benefício dessas entidades, a utilização de bens públicos de todas as modalidades (móveis e imóveis) e de servidores públicos.
As entidades de apoio têm por finalidade (não exclusiva do Estado) cooperação e fomento.
Exemplos: Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa Ligada a Universidade de Minas Gerais, entre outras.
Organizações Sociais.
Deve ser entendido como um qualificativo concedido as entidades sem fins lucrativos que preencherem determinados requisitos legais (Como se fosse um paletó, ou seja, existe a necessidade de ter a pessoa em si para colocar o paletó). Esse qualificativo pode ser colocado, assim como, ser retirado.
A Lei 9.637/98 estabelece o regime jurídico das organizações sociais, ou seja, quem pode ser uma organização social.
O Poder Público Federal é quem concede este benefício, porém, existem as qualificativas Federais, Estaduais e Municipais, ou seja, é feito ajustes para que esta qualificativa seja aplicada as entidades perante cada ente da administração pública. Dessa forma, cada ente cria os requisitos para dar essa qualificação (uma entidade pode ter 200 qualificações, por exemplo, sendo uma Federal e outras 199 Municipais).
Obs. Não pode remunerar seus diretores.
Obrigações Legais.
Participação da Sociedade Civil e do Poder Público: Participação de 20 a 40% de membros do Poder Público e 20 a 30% de Civis no Conselho Administrativo das Organizações Sociais. Isso busca uma miscigenação para indicar os caminhos tomados pela entidade.
O bônus para as Organizações Sociais é o Ajuste, sendo entendidos como os Contratos de Gestão.
Contrato de Gestão: Ajuste do Poder Público e as entidades, servindo como um convênio administrativo entre o Poder Público e as Organizações Sociais.
Hoje, é permitido fazer por dispensa de licitação.
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público.
Não tem a miscigenação no Conselho de Administração, sendo feito pelos associados.
Ela recebe um único qualificativo, válido em todo território nacional, sendo feito pelo Ministro da Justiça, desde que preencha os requisitos legalmente previstos na Lei 9.790/99, ou seja, desde que a entidade preencha todos os requisitos, o Ministro tem o dever de qualificar como OSCIP.
Outro fator importante é de que elas podem apresentar remunerações (de acordo com o mercado).
A vantagem principal de ser uma OSCIP é o Ajuste com o Poder Público, sendo chamado Termo de Parceria. Deve ser feito um concurso de projeto para escolher a OSCIP.
Termo de Parceria: Com a regulamentação da Lei 9.790/99 através do decreto 3.100/99, instituiu-se o Termo de Parceria e a qualificação das ONGs como OSCIPs. O Termo de Parceria é um instrumento jurídico elaborado para o repasse de recursos públicos exclusivamente às ONGs qualificadas como OSCIPs. Outrora a Lei 9.790/99, o repasse dos recursos estatais era realizado principalmente através do Convênio, todavia, esta forma de acordo era onerosa demais às ONGs, pois exigia das mesmas, idêntica prestação de contas exigida ao setor estatal. Este trabalho destina-se a esclarecer os efeitos do Termo de Parceria comparando-os ao Convênio. Foram identificados vários efeitos positivos para a realização do Termo de Parceria. Em vista disso, concluiu-se que o Termo de Parceria é a forma de acordo mais adequada do ponto de vista técnico e mais desejável do ponto de vista social.
_______________________________________________________________________________________
Agências Executivas.
As agências executivas integram a administração pública, sendo também uma qualificação de uma autarquia ou fundação. É qualificada por lei, tornando-se uma agencia executiva. 
Essa qualificação serve para conferir maior flexibilidade de atuação para a agência executiva, pois a legislação trás uma permissibilidade de algumas ferramentas mais gerenciais, ou seja, o regime jurídico administrativa vai acabar concedendo algumas “desamarras” (Ex. Existe um limite maior de dispensa para as licitações).
Existe um contrato de gestão com a autarquia ou fundação que ora são agências executivas, traçando alguns pontos relevantes para o direcionamento da agência (metas e etc).
Agência executiva é a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da Administração Direta a que se acha vinculada, para a melhoria da eficiência e redução de custos.
Não se trata de entidade instituída com a denominação de agência executiva. Trata-se de entidade preexistente (autarquia ou fundação governamental) que, uma vez preenchidos os requisitos legais, recebe a qualificação de agência executiva, podendo perdê-la, se deixar de atender aos mesmos requisitos.
Lei nº 9.649, de 27.05.1998 – dispõe sobre organização da Presidência da República e dos Ministérios. O artigo 51 estabelece que “o Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos: 
Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor.
Pelo §1º desse dispositivo, a qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República. Já o §2º alega que incumbe ao Poder Executivo de editar medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos contratos de gestão.
Agência executiva trata-se de medida que visa a EFICIÊNCIA das entidades autárquicas e fundacionais. Para esse fim, elas deverão fazer uma avaliação do seu modelo de gestão com base nos critérios de excelência do Prêmio Nacional de Qualidade, de forma a terem subsídios para elaborar um plano de reestruturação e de desenvolvimento institucional.
Se for aprovado esse plano, a entidade celebrará um contrato de gestão com o Ministério encarregado de exercer o controle administrativo sobre ela: nesse contrato, são definidos, entre outras coisas, as metas a serem atingidas, a compatibilidade dos planos anuais com o orçamento da entidade, os meios necessários à consecução etc.
 Firmando o contrato, a qualificação como agência executiva será feita por decreto. Se houver descumprimento do plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional, a entidade perderá a qualificação de agência executiva.
Consórcio Público (Lei 11.107).
É uma união entre entes que enfrentam um mesmo problema (serviço público), para ter mais chances de alcançar a finalidade. São os entes “dando as mãos” para enfrentar um problema do serviço público (que seria a sua obrigação). Integra a administração indireta.
Ao criar um consorcio público, é criada uma entidade, ou seja, autonomia administrativa e financeira, podendo ser de natureza pública ou natureza privada.
É necessária uma série de procedimentos para criar um consórcio público, estando disciplinadosna Lei 11.107 (protocolo de intenções, contrato [rateio e programa], entre outros).
Poderes da Administração.
São instrumentos para concretização da atuação daquele que exerce a função administrativa para consecução dos seus objetivos, ou seja, para que a administração possa alcançar a finalidade pública.
Segundo o professor Marcos Vinicius Bittencourt, para que a administração possa tutelar adequadamente os interesses coletivos, o regime jurídico administrativo confere a ela determinadas prerrogativas que se apresentam na forma de poderes administrativos. Como instrumentos para o exercício da função administrativa, essas prerrogativas de autoridades apenas podem ser utilizadas nos termos da Lei.
Poder Regulamentar: É a competência para editar normas que pode ser exercida pela administração pública, ou seja, é o poder conferido ao Estado de expedir regulamentos, decretos, resoluções, portarias, etc.
Alguns autores adotam o poder regulamentar como sinônimo de poder normativo, sendo que aquele que não o fazem, argumentam que o poder regulamentar é feito pela autoridade do executivo e o poder normativa é pelas demais autoridades.
Regulamento Autônomo: aquele que pode inovar na ordem jurídica, ou seja, status de Lei por ato infra-legal.
Regulamento Executivo: Regulamento que serve para executar o que está previsto na Lei.
Poder Hierárquico: Aquele que permite a existência de um escalonamento. Nesse ponto, devemos entender a ideia de delegação de funções, mas é importante ressaltar que essas delegações possuem restrições (Ex. Competência de Matéria Exclusiva).
É a demonstração da existência de coordenação, subordinação existente no âmbito da administração pública em suas relações internas, pela qual há a atribuição de competências para órgãos e agentes para o desempenho da função administrativa.
Poder Disciplinar: É a competência da administração pública de apurar infrações e aplicar penalidades aos agentes que se submetem ao regime jurídico administrativo.
Poder de Polícia: A coação da administração pública ocorre por intermédio do poder de polícia. Através desse poder, os direitos egoísticos são suprimidos em prol da coletividade.
É a limitação/restrição do interesse/direito individual, em prol do interesse público.
Os agentes públicos são aqueles que exercem com ou sem remuneração, de forma transitória ou não. Exercem um cargo, um emprego, uma função ou mandato, tendo vinculo com o Poder Público.
Segundo Maria Silvia Zanella di Pietro, é toda a pessoa física que presta serviços ao Estado, e às pessoas jurídicas da administração indireta.
Os agentes políticos são aquele que tem vinculação de natureza política com o Estado.
Para Marcos V. Bittencourt os agentes políticos pertencem à cúpula dos poderes. Desempenham com independência suas funções, investidos de prerrogativas e responsabilidades previstas na Constituição e em leis especiais. Como exemplo cita-se, os chefes do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito) e seus auxiliares imediatos (Ministros de Estado e secretários estaduais e municipais), membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados, Vereadores), do Poder Judiciário (Juízes), do Ministério Público (Promotores), Representantes Diplomáticos, e demais autoridades que atuam com independência funcional.
Os servidores públicos estão para servir a coletividade, tendo ter três subespécies.
Servidores Estatutários: A relação profissional com o Estado é norteada por um estatuto, sendo instrumentalizado por uma Lei.
Empregado Público: Possui vinculo funcional com o Estado, norteado através de um contrato.
Servidores Temporários: Possui relação com o Estado, porém, não tem uma relação contínua (Ex. Pesquisadores/Censoristas do IBGE). 
Particulares em Colaboração são todos os sujeitos sem vinculação funcional, com ou sem remuneração, e sem vinculo político com o Estado, mas exercem funções públicas.
Delegação do Poder Público: Sujeitos que recebem alguma delegação (repasse de atribuição), do Poder Público (Ex. Cartorário/Tabelião).
Requisição, Nomeação e Designação: Ocorrem em casos como os mesários no dia das eleições ou jurado em um tribunal do júri.
Gestores de Negócios: São aqueles casos onde existe alguma situação de perigo público, e nesse caso, o cidadão é requisitado para alguma função (Ex. chefe da casa de distribuição de alimentos em uma catástrofe [enchente]).
Quanto aos militares, estão previstos na Constituição, mais especificamente no artigo 42.
Vinculo da pessoa física com o poder público, tendo três tipos de vínculos, sendo eles:
Função Pública: Segundo Celso Antonio Bandeira de Mello, funções públicas são plexos unitários de atribuições, criados por lei, correspondentes a encargos de direção, chefia ou assessoramento, a serem exercidas por titular de cargo efetivo, da confiança, da autoridade que as preenche (Art. 37, V. CF).
Cargo Público: Unidades abstratas criadas por lei para que um agente público a ocupe para exercer determinadas atribuições (competências). São as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem expressas por um agente, previstas em numero certo, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei, salvo quando concernentes aos serviços auxiliares do legislativo, caso em que se criam por resolução da câmara ou do senado, conforme se trate de serviços de uma ou de outra dessas casas.
Podem ser de duas espécies de provimento, sendo eles:
Efetivo: É aquele cargo que entra por meio de concurso, ou seja, “cargo de carreira”.
Comissão: Alguns chamam de cargo de confiança. Nesses casos existe a liberdade de nomeação e exoneração. Esse cargo não pode ser perene.
Existem três possibilidades para cargos de comissão, sendo o cargo de direção, chefia ou assessoria.
Obs. Não precisa ter vinculo pretérito com o Poder Público, ao contrário, como visto acima, se fosse o caso de ocupar um cargo de chefia, assessoria ou direção para a função pública. (Para ocupar um dos três cargos no âmbito da função pública deve ter um vinculo pretérito com o Poder Público).
Obs. Quem exerce um cargo público desempenha uma função pública.
Emprego Público: É quando a função pública é regida com base num contrato de trabalho amparado pela consolidação das leis do trabalho (CLT).
O emprego público tem uma natureza contratual com a administração, ao contrário do cargo público.
No cargo público se pensa na administração direta, já os celetistas (empregados públicos) preenchem o campo da administração pública indireta.
Efetividade x Estabilidade.
Efetividade é diferente da estabilidade, ou seja, quando uma pessoa passa em um concurso público, o sujeito é efetivo, porém, não é estável, se tornando estável depois de certo tempo (três anos) exercendo a função para que prestou o concurso público. Essa é a ideia do estágio probatório.
A efetividade é o modo de preenchimento do cargo, ligado a possibilidade de permanecia do seu ocupante no exercício das suas atribuições respectiva, já a estabilidade refere-se ao modo pelo qual o cargo poderá ser perdido.
Formas de Provimento.
Existem duas espécies de provimento, sendo elas:
Originário: Acontece pela nomeação. É o primeiro vinculo que o sujeito tem com o Poder Público.
É aquele em que alguém é preposto no cargo independentemente do fato de ter, não ter havido ou não tido algum vinculo ou cargo público.
Nomeação: Quando o sujeito é nomeado em meio a outros, depois de toda uma série de exames (dependendo da função e estilo de concurso público).
Posse: É quando o individuo firma um compromisso de bem servir, ou seja, respeitar o regime jurídico no que tange as atribuições do mesmo. Pode ser entendido como a aceitação do cargo.
Investidura: Quando, efetivamente, começa a exercer o cargo.
Derivado: É quando o sujeito já possui ou possuiu algum vinculo com o Poder Público, sendo que o sujeito muda de cargo. Acontece a partir de situações na vidafuncional, razão pela qual supõe um vínculo presente ou passado com a administração (Ex. Art. 8ª, V, VI, VII, VIII, IX da Lei 8.112). 
Quando se fala no regime, refere-se às normas que regerão a administração.
O Prazo de Validade do Concurso Público é de até dois anos prorrogáveis por uma única vez por igual período.
Na aprovação dentro do numero de vagas, antes se tinha uma mera expectativa de direito, porém, há pouco tempo, o STJ não compactuou com o ideia de expectativa, colocando a ideia de que o direito é subjetivo a ser nomeado, sendo que esta ideia foi retificada pelo STF. 
Obs. Esse direito subjetivo serve para as pessoas que foram aprovadas dentro do numero de vagas.
As Garantias e Direitos Constitucionais estão assegurados no artigo 37 da Constituição.
O Direito de Greve deve ser exercido nos termos e nos limites da Lei, porém, não existe essa Lei. Como o direito de greve está relacionado ao exercício da cidadania, pode-se recorrer ao artigo 5ª da Constituição e, dessa forma, pode fazer a greve em razão da lacuna existente, usando um mandato de injunção no sistema judiciário. 
O mandato de injunção vai fazer a compensação da lacuna existente acerca do direito de greve.
Quanto à reserva de percentual aos portadores de necessidades especiais, a grande preocupação foi a de permitir uma igualação a partir da desigualdade.
O percentual será disciplinado por lei, sendo que poderá ser preenchido até 20% das vagas em concursos públicos e que o individuo desempenhe um papel compatível com a sua deficiência.
Teto Remuneratório.
A Constituição Federal de 1988, inovando em relação aos textos constitucionais anteriores, definiu um limite máximo para a remuneração de quaisquer agentes públicos. Tal limite tem sido chamado de teto remuneratório.
Após diversas alterações promovidas da redação original, o teto remuneratório atual está previsto no art. 37, XI, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional n. 41/2003: “a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento (90,25%) do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos”.
Assim, o teto remuneratório geral aplicável a todas as ESFERAS FEDERATIVAS é a remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O valor atualizado do subsídio pago aos ministros do Supremo é de R$ 27.900,00 (vinte e sete mil e novecentos reais), após os aumentos progressivos concedidos pela Lei n. 12.041/2009. Desse modo, tal valor é o limite máximo que pode atualmente ser pago aos agentes públicos no Brasil, independentemente da espécie de vínculo entre o agente e o Estado: temporário, comissionado, político, estatutário ou celetista.
No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, o teto no Poder Executivo é o subsídio do Governador; no Poder Legislativo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais; e no Judiciário, o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado este a 90,25% da remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O teto do Poder Judiciário, inclusive com o limite de 90,25% da remuneração dos ministros do Supremo, é extensivo também aos membros do Ministério Público, das Procuradorias e das Defensorias. Como tal extensão somente é aplicável aos “membros” do Ministério Público, das Procuradorias e das Defensorias, deve-se entender que o quadro geral do funcionalismo de tais órgãos (os agentes que não são membros) submete-se ao limite aplicável ao Poder Executivo, e não ao Judiciário.
Na esfera dos Municípios, o limite máximo de remuneração é o subsídio do Prefeito.
A vinculação ou equiparação é vedada para quantificar o percentual de ganho de determinada classe, ou seja, um cargo mais baixo não pode vincular, por percentual, a sua remuneração com base na remuneração de um cargo mais alto. Isso evita o efeito cascata que havia antes.
A publicidade da remuneração é um assunto muito polêmico, pois de um lado está o princípio da publicidade, informação, transparência e de outro está o princípio da intimidade, segurança, entre outros fatores.
No texto constitucional, está expresso que a publicação dos vencimentos e subsídios deve ser anual.
Na acumulação de cargos.
DEFINIÇÃO
 É a situação em que o servidor ocupa mais de um cargo, emprego ou função pública ou, ainda, percebe proventos de inatividade simultaneamente com a remuneração de cargo, emprego ou função pública da Administração Direta (Ministérios, Órgãos Integrantes e Secretarias) e Administração Indireta (Autarquias, Fundações Públicas, Sociedades de Economia Mista e Empresas Públicas). Portanto, é a existência, ao mesmo tempo, de mais de um vínculo temporário ou permanente com a administração pública.
Para perder o cargo público existem algumas hipóteses 
Vencimento e Remuneração.
Vencimento: É a retribuição em dinheiro pelo exercício de cargo ou função pública com valor fixado em Lei.
Remuneração: É o conjunto formado pelo vencimento mais outras importâncias percebidas, denominadas vantagens pecuniárias.
A sindicância está relacionada ao Poder Disciplinar (apurar infração e aplicar a sanção). Depende da legislação, ou seja, dependendo da legislação a sindicância poderá aplicar ou não uma sanção.
O processo administrativo disciplinar vincula a administração, apurando infrações e aplicando sanções. Essa forma, ele também está relacionado com o Poder Disciplinar.
ATO ADMINISTRATIVO.
Primeiramente, é necessário saber o que é fato e ato jurídico.
Fato jurídico é um acontecimento que tem efeitos jurídicos, já o ato jurídico é o que o Direito vai proceder acerca do fato.
Segundo o professor Celso Antonio Bandeira de Mello, atos jurídicos são declarações, vale dizer, são enunciados; são “falas” prescritivas. O ato jurídico é a pronuncia sobre certa coisa ou situação, dizendo como ela deverá ser. Fatos jurídicos não são declarações; portanto, não prescrições. Não são falas, não pronunciam coisa alguma. O fato não diz nada, apenas ocorre, sendo que é a lei que fala sobre ele. Donde, a distinção entre ato jurídico e fato jurídico.
Quanto ao fato administrativo e ato administrativo, novamente, segundo o professor Celso Antonio Bandeira de Mello, este discrime precisa ser feito porque, como além se verá, (a) atos administrativos podem ser anulados e revogados, dentro dos limites do Direito; Fatos administrativos não são nem anuláveis, nem revogáveis; (b) Atos administrativos gozam de presunção de legitimidade; Fatos administrativos não; (c) O tema da vontade interessa nos atos administrativos denominados (ainda que a terminologia não seja boa) discricionários, isto é, naqueles em cuja prática a administração desfruta de certa margem de liberdade; Nos fatos administrativos nem se poderia propô-lo.
O ato administrativo declara, manifesta, prescreve algo que estará regulado pelo regime jurídico administrativo.
Para a professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o ato administrativo é a declaração do Estado ou de quem o represente, que produzefeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de Direito Público e sujeito a controle pelo poder judiciário.
Na maioria das vezes, o ato administrativo é infra-legal, ou seja, terá que se sujeitar a lei. Excepcionalmente há a possibilidade que o ato administrativo seja infra-constitucional.
Perfeição, Validade e Eficácia.
A perfeição do ato administrativo é quando ele preenche determinados elementos para sua formação. O ato perfeito é aquele quando esgotadas as fases necessárias à sua produção.
O plano de validade é o ato estar em conformidade com o sistema jurídico, ou seja, ele pode ser perfeito, mas não válido. É quando o ato é expedido em plena conformidade com as exigências do sistema normativo.
O plano de eficácia é quando o ato pode produzir seus efeitos. Ele é eficaz quando está disponível para produção de seus efeitos próprios, isto é, quando não está na pendência de qualquer evento posterior, como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade.
Dessa forma, o ato pode ser:
Elementos/ Requisitos do ato administrativo.
Competência: Não é competente quem quer, e sim, quem a lei diz que é. Dessa forma, um sujeito competente é aquele a quem a lei atribui competência, atribuição, para pratica do ato (Ex. um agente de transito tem a competência de dar multas).
Excesso de Competência: Quando se vai além da sua atribuição legal.
Objeto: Sobre o que o ato administrativo está versando. O objeto é o efeito jurídico imediato que o ato produz. Isto é, a própria declaração do ato.
O objeto do ato não é o objeto material, e sim, o que aquilo representa.
Forma: Meio de exteriorização do ato. Em regra, é escrito, porém, existem outras formas.
Forma é o revestimento do ato administrativo. É o modo pelo qual o ato aparece, revela a sua existência. Os atos administrativos podem ser escritos, orais, pictórico, eletromecânicos e mímicos (Ex. placa de trânsito). 
Finalidade: Todo ato administrativo deverá perseguir/buscar a finalidade pública. A finalidade é o resultado que a administração quer alcançar com a prática do ato. 
Motivo: O motivo antecede o ato, pois para haver um ato, necessita um motivo. É o pressuposto de fato ou e direito que leva a administração a atuar.
O motivo é diferente de motivação.
Teoria dos motivos determinantes: A validade do ato se vincula aos motivos indicados com seu fundamento, de tal modo que, se inexistentes ou falsos, implicam na sua nulidade. 
Atributos do Ato Administrativo.
 
Os atributos têm a ideia da consequencia que os atos emanam.
A presunção de legitimidade e veracidade do ato administrativo é entendida como a fé pública. É a qualidade, que reveste tais atos, de se presumirem verdadeiros e conformes ao Direito, até prova em contrário. Isto é: Milita em favor de uma presunção iuris tandum de legitimidade; Salvo expressa disposição legal, dita presunção só existe até serem questionados em juízo.
A imperatividade é a qualidade pela qual os atos administrativos se impõem a terceiro, independentemente de sua concordância. É o que se chama de poder extroverso.
Exigibilidade é a possibilitar que o ato administrativo tem para impor a um terceiro a sua vontade, sem que este terceiro precise aceitar, ou seja, acaba gerando uma subordinação por parte do terceiro.
É por esse atributo que a administração pública não precisa recorrer ao Poder Judiciário para ver uma exigência cumprida.
A Executoriedade é a qualidade pela qual o Estado executa materialmente a sua ordem, haja vista que o terceiro está descumprindo, a fim de concretizar o que ele mesmo determinou (Ex. o Estado determina que determinada rua não seja fechada para uma passeata. Caso essa ordem não seja obedecida, o Estado pode usar de seus meios para que essa ordem seja executada, por exemplo, mandando a polícia dissolver a passeata).
Esse atributo só está presente nos atos administrativos que a Lei permitir, ou seja, a executoriedade não está presente em todos os atos administrativos.
Classificação dos Atos Administrativos.
Quanto a natureza do ato praticado.
Atos da Administração Ativa.
Atos da Administração Consultiva.
Atos da Administração Controladora.
Atos da Administração Verificadora.
Atos da Administração Contenciosa.
Quanto a estrutura do ato.
Concreto: Os que dispõem para um único e específico ato (Ex. Exoneração de um funcionário).
Abstrato: Os que prevêem reiteradas e infinitas aplicações.
Quanto aos destinatários do ato.
Atos individuais: Aqueles que tem por destinatário um sujeito ou sujeitos (pode ser plurito) especificamente determinados (previamente determinados).
Atos gerais: Os que tem por destinatário uma categoria de sujeitos inespecificados, pois são colhidos em razão de se incluírem em uma situação determinada ou em uma classe de pessoas.
Quanto ao grau de liberalidade da administração em sua pratica.
Ato discricionário: É quando a lei possibilita um espaço de liberdade para o agente público possa atuar. Nesse ponto, a liberdade não quer dizer arbitrariedade.
Atos vinculados: Aqueles que a administração pratica sem margem alguma de liberdade para decidir-se, pois a lei previamente tipificou o único comportamento possível diante de determinada hipótese.
Quanto a função da vontade administrativa.
Atos negociais: Aqueles em que a vontade administrativa é, de direito, preordenada a obtenção de um resultado jurídico, sendo ela que cria imediatamente os efeitos jurídicos.
Atos Puros ou Meros Atos Administrativos: Os que correspondem a simples manifestações de conhecimento (como uma certidão) ou de desejo (como um voto em um órgão colegiado), nos quais os efeitos jurídicos descendem diretamente da lei, de tal sorte que o ato nada mais faz do que implementar uma condição legal para a deflagração/surgimento deles.
Quanto aos efeitos:
Atos constitutivos: Criar, modificar ou extinguir um direito (Ex. permissão para dirigir).
Atos declaratórios: Aqueles que afirmam/declaram a preexistência de uma situação de fato ou de direito.
Quanto aos resultados diante da esfera jurídica:
Atos ampliativos: Aqueles que aumentam a esfera de ação jurídica do destinatário (Ex. Autorização).
Atos restritivos: Diminuem a esfera jurídica do destinatário ou lhe impõe nova obrigação, deveres ou ônus.
Quanto a situação de terceiro.
Atos internos: Aqueles atos que geram efeitos apenas no interior da administração.
Atos externos: Aqueles que produzem efeitos a terceiros.
Quanto a composição da vontade produtora do ato (formação do ato).
Atos simples: Aqueles que são produzidos pela declaração jurídica de um único órgão (Ex. Uma licença para dirigir um automóvel).
Ato Simples Singular: À vontade expressada no ato, provem de uma só autoridade.
Atos Simples Colegiais: Provem do concurso de varias vontades unificadas de um mesmo órgão no exercício de uma mesma função jurídica e cujo vontade final substancia-se na declaração do órgão colegial.
Atos complexos: Aqueles que resultam de vontade de dois ou mais órgãos.
Quanto a formação do ato.
Ato unilateral: Depende de uma só parte.
Ato Bilateral: São formados por um acordo de vontade.
Quanto a natureza das situações jurídicas que criam.
Ato regra: criam situações gerais.
Ato subjetivo: Criam situações particulares.
Ato condição: Os que alguém pratica incluindo-se isoladamente ou mediante acordo com outrem, debaixo de situações criadas pelos atos-regra, pelo que se sujeitam a eventuais alterações unilaterais delas (Ex. O ato de aceitação de cargo público).
Quanto a posição jurídica da administração.
Ato de império: Os que a administração praticava no gozo de prerrogativas de autoridade (Ex. Ordem de interdição de um estabelecimento).
Ato de gestão: Os que a administração praticava sem o uso de poderes comandantes (Ex. Venda de um bem; Os relativos a gestão de um serviço público).
Espécies de ato administrativo.
Em função do conteúdo.Admissão: É um ato unilateral pelo qual a administração vinculadamente faculta alguém a inclusão em estabelecimento governamental porá o gozo de um serviço público.
Concessão: É a designação genérica de formula pela qual são expedidos atos ampliativos da esfera jurídica de alguém.
Permissão: É o ato unilateral pelo qual a administração faculta precariamente a alguém a prestação de um serviço público ou defere a utilização especial de um bem público.
Autorização: É o ato unilateral pelo qual a administração, discricionariamente, faculta o exercício de atividade material, tendo, como regra, caráter precário (Ex. Porte de arma de fogo). A autorização não é vinculada porque o legislador deixou uma margem para que ela seja analisada em cada caso concreto, ou seja, não é só demonstrar que preencheu os requisitos e ganhar o direito.
Aprovação: É um ato unilateral, pelo qual a administração, discricionariamente, faculta a pratica de ato jurídico ou manifesta sua concordância com ato jurídico já praticado, a fim de lhe dar eficácia (Ex. Aprovar um parecer).
Licença: É o ato vinculado (preenchido os requisitos legais, gera a administração público o dever de conceder a licença) e unilateral, pelo qual a administração faculta a alguém o exercício de uma atividade, uma vez demonstrado pelo interessado o preenchimento dos requisitos legais exigidos.
Homologação: É o ato vinculado pelo qual a administração concorda com o ato jurídico já praticado, uma vez verificada a consonância dele com os requisitos legais condicionadores de sua válida emissão.
Quanto às formulas de manifestação de outros atos.
Meios pelos quais a administração exterioriza a sua vontade. 
Decreto: É a formula pela qual o Chefe do Poder Executivo (Federal, Estadual, Distrital e Municipal) expede atos de sua competência privativa.
Portaria: É a formula pela qual as autoridades de nível inferior ao chefe do executivo, seja de qualquer escalão, expedem para que os demais subordinados a este, cumpram, dando andamento as atividades necessárias.
Alvará: É a formula utilizada para a expedição de autorizações e licenças.
Instrução: É a formula de expedição de normas gerais de orientação interna das repartições, emanadas de seus chefes, a fim de prescreverem o modo pelo qual seus subordinados deverão dar andamento aos seus serviços.
Circular: É a formula pela qual as autoridades superiores transmitem ordens uniformes a funcionários subordinados.
Ordem de serviço: É a formula usada para transmitir determinação aos subordinados quanto a maneira de conduzir determinado serviço.
Resolução: É a formula pela qual se exprimem as deliberações dos órgãos colegiados (conselhos).
Parecer: É a manifestação opinativa de um órgão consultivo expendendo a sua apreciação técnica sobre o que lhe é submetido.
Ofício: É a formula pela qual os agentes administrativos se comunicam.
Extinção dos Atos Administrativos.
Pode acontecer por algumas situações, sendo elas:
Esgotamento do conteúdo: É quando o ato exaure a sua eficácia após o cumprimento do conteúdo (Ex. Edital de convocação).
Execução material: Ocorre quando a ordem expedida pelo ato é materialmente cumprida (Ex. Ordem de guinchamento de veiculo após sua execução).
Implemento de condição resolutiva ou termo final: O ato é extinto quando sobrevem o evento preordenado e cessa a sua aplicabilidade.
Extinção Ipso Iuri pelo desaparecimento do sujeito ou do objeto.
O ato administrativo é praticado em relação a pessoas ou bens. Desaparecendo um desses elementos, o ato extingue-se automaticamente.
Extinção por Renuncia.
 Ocorre quando o próprio beneficiário abre mão da situação proporcionada pelo ato (Ex. exoneração de cargo a pedido do ocupante).
Retirada do Ato.
Revogação: É quando, por um juízo de oportunidade ou conveniência, a autoridade que fez o ato principal, resolve fazer um ato secundário para extirpar o ato principal (Ex. O Governador determina a abertura de um concurso público, porém, em segundo momento revoga a abertura do concurso público).
Obs. A revogaçaõ pode ser parcial.
Quem pode revogar, é a autoridade que realizou o ato, ou seja, aquele que tem competência para emanar um ato principal, ou até mesmo uma autoridade superior a esta primeira.
Os efeitos da revogação são ex nunc, ou seja, não retroagem ao ato principal. 
O objeto deve ser um ato perfeito e eficaz, pois se não for, já não é um caso de revogação.
O fundamento é a existência de um ato discricionário (ato que existe certa liberdade concedida pela lei para a atuação da administração pública).
A natureza da revogação é de um ato secundário, constitutivo e discricionário, sendo que a forma da revogação deverá atender a mesma da do ato principal (simetria das formas).
Os limites para revogar são:
O ato principal não pode ter gerado um direito adquirido para o destinatário, pois esse direito está salvaguardado pela Constituição Federal.
Nos atos exauridos, a revogação não irá ter efeito, pois o ato principal já surtiu seus efeitos.
Nos atos vinculados, a revogação não terá efeito, pois a lei determina que quem se enquadre em determinada circunstancia, deverá fazer determinado ato, ou seja, não terá discricionariedade, mas sim, uma obrigação.
Nos atos prescritos.
Atos enunciativos não se revogam porque o ato está somente retratando um juízo de fato ou de direito.
Anulação/Invalidação: Existe uma ilegalidade no ato administrativo, sendo que a Administração Pública ou o Poder Judiciário poderão anular o ato.
Os efeitos, a rigor, são ex tunc, ou seja, os efeitos retroagem, porém, excepcionalmente haverá a possibilidade de ter efeitos ex nunc.
Existem limites para a anulação, sendo eles:
Ultrapassado o prazo de cinco anos, o ato não pode ser mais anulado, pois isso evita que gere efeitos negativos para o destinatário (segurança jurídica), salvo a má fé comprovada.
Se há consolidação dos efeitos do ato ilegal.
Forma mais conveniente para o interesse público, ou seja, se o ato ilegal é mais conveniente do que invalidação do mesmo.
Quando há a possibilidade de consertar o ato administrativo.
Cassação: É quando não está mais presente um requisito para a prática do ato. (Ex. Para ter CNH, o sujeito precisa ter visão. Se o sujeito perder a visão, sua CNH é cassada.).
Caducidade ou Decaimento: Acontece quando o ato principal acaba perdendo seus efeitos a partir do momento em que há mudança na legislação.
Contraposição: É quando o ato secundário se contrapõe ao ato primário.
Silencio da Administração: Não gera ato administrativo. Pode haver uma consequencia para a administração quando o próprio ordenamento der uma consequência ao silencio da administração.

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