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Fisiologia Humana II – Primeira prova Digestão - Quebra dos alimentos para obtenção de proteínas, vitaminas, carboidratos; - Absorção de aminoácidos até chegar ao sangue. - Mecanismos de eliminação de água: suor, respiração, urina (rim filtra substâncias que devem ser eliminadas), lágrima; - Do esôfago até a porção final do ânus, é músculo liso involuntário; - Da boca até o início do esôfago, é músculo esquelético voluntário. Mastigação - Início do processo digestivo; - Degradação mecânica alimentos; - Alimentos triturados/moídos + saliva = bolo alimentar; - Boca até o final do esôfago: bolo alimentar; - No estômago: quimo Glândulas Salivares - Secreta enzimas digestivas e muco: Enzima: AB + enzima → A + B + enzima hidrólise aumenta a velocidade da reação Muco: proteção e lubrificação (do epitélio oral) Ex: mucina: atrai H2O – o atrito queratiniza, e diminui a produção de muco Glândulas Salivares Maiores Parótida – Secreção serosa Submandibular – Serosa+mucosa (mista) – Predominantemente serosa Sublingual – Mista – Predominantemente mucosa Secreção serosa: amilase salivar – Digestão amido Secreção mucosa: – Proteção e lubrificação Parótida - É a maior das glândulas salivares - Serosa: conteúdo proteico - Abaixo e à frente da mandíbula - Entra na cavidade oral em oposição ao 2° molar superior Saliva é a mistura da secreção de todas as glândulas. Victoria Z. Brondani – Turma 95/Odonto UFSM - Há grande quantidade de tecido adiposo preenchendo o espaço - Nervo facial (VII): atravessa a parótida – Caxumba pode lesar nervo facial - Plasmócitos produtores de IgA (Lizosima/tiocianato) Submandibular - Mista: serosa+mucosa - Predominantemente serosa - Em cada lado do assoalho da boca - Próximo à mandíbula, lateral ao frênulo da língua - O seu ducto se junta com o da sublingual Sublingual - Glândulas mucosas - Predominantemente mucosa - Secreção serosa: meia-lua serosa – Núcleo achatado e deslocado para a base da célula, citoplasma basófilo Funções saliva - Umedecer cavidade oral - Umedecer alimentos secos - Proporcionar meio para materiais alimentares dissolvidos e suspensos que estimulam quimicamente as papilas gustativas - Tamponar conteúdo da cavidade oral: ↑[HCO3] - Aumenta velocidade digestão carboidratos: α-amilase - Controle flora bacteriana da cavidade oral: lisozima Secreções gastrointestinais - Saliva: 1 l por dia; ph: 6-7 (sofre alterações conforme o tipo de alimentos); - SNA - parassimpático: produz mais volume de saliva. Após uma refeição por exemplo; - simpático: xerostomia (sensação de boca seca), porém não interfere tanto na produção de saliva. Saliva e higiene oral • Normal: - 0,5 mL/min de saliva mucosa - Sono: secreção diminui - Evita proliferação bacteriana • Fluxo saliva “lava” a boca das bactérias patogênicas e restos de alimentos • Contém fatores que destroem as bactérias: tiocianato e lisozima - LISOZIMA: ataca bactérias e ajuda tiocianato a entrar na bactéria - TIOCIANATO: bactericida • Contém anticorpos - Ausência da salivação: tecidos ulcerados, infectados e aumenta quantidade cáries Secreção salivar • 2 etapas: – Produção nos ácinos – Modificação nos dutos: • Na+ e Cl reabsorvidos • K+ secretado • HCO3 secretado DEGLUTIÇÃO Faringe: - Respiração e deglutição: Fase voluntária: - Alimento comprimido e empurrado para trás: • Pressão língua contra palato Fase faríngea: – Bolo alimentar → atinge parte posterior da cavidade bucal e faringe – Estimula área de receptores epiteliais da deglutição → ao redor abertura faringe e tonsilas → impulsos aferentes: TRONCO ENCEFÁLICO → contrações musculares automáticas • Fase esofágica: – Peristalse primária: continuação da peristalse iniciada na faringe → desde faringe até estômago → 8 a 10 seg – Peristalse secundária: distensão do esôfago até que haja esvaziamento completo FISIOLOGIA GASTROINTESTINAL Trato alimentar: • Abastecer organismo com: – Água, eletrólitos e nutrientes • Necessário: – Movimentação do alimento pelo trato alimentar – Secreção soluções digestivas – Digestão dos alimentos – Absorção de água, eletrólitos e produtos da digestão – Circulação de sangue: transporte substâncias absorvidas – Controle das funções pelo SN e hormônios locais – Contrações automáticas: • Palato mole empurrado p/ cima: fecha cavidade nasal • Pregas palatofaríngeas: empurradas medialmente: se aproximam → alimento mastigado passa p/ faringe (objeto grande não passa) • Cordas vocais da laringe: aproximam-se, laringe p/ cima e p/ frente pelos musc pescoço – Impede passagem p/ traqueia (destruição cordas: engasgo) – Puxa e dilata esôfago, esfincter esofágico superior relaxa – Entre deglutições: esfincter contraído: evita ar no esôfago – Laringe elevada e esfincter relaxado: contração faringe → peristalse • Resumo: traqueia se fecha, esôfago se abre, onda peristáltica inicia no esôfago Estômago: - Bolsa de músculo liso que, quando se contrai, mistura o bolo alimentar com seus componentes, que passa a chamar-se quimo - a parede do estômago possui várias camadas que produzem muco, HCl e pepsinogênio (precursor da pepsina) - o HCl transforma o pepsinogênio em pepsina, o que aumenta a velocidade da quebra por hidrólise das proteínas (peptídeos) Intestino Delgado - Microvilosidades: absorção - Plexo mioentérico: neurônios que estimulam as células musculares e também podem inibir o músculo liso; - Plexo de Meissner (tudo que é mais ácido tende a ser absorvido pelo estômago Doença celíaca não absorve glúten) Anatomia da parede do TGI • Camadas (de fora para dentro): – Serosa – Muscular longitudinal – Muscular circular – Submucosa – Mucosa Potenciais de membrana (tgi) - Ondas lentas; - Potenciais em espículas; - Potencial de membrana em torno de -56; - Atinge o limiar em -50; - Possui mais facilidade em gerar P.A. (e contrair); - É estimulado pela distensão da própria parede; - Acetilcolina liberada pelo plexo mioentérico contrai o músculo; - Estimulação do parassimpático libera Acetilcolina que estimula o plexo e contrai o músculo; - Noradrenalina e simpático inibem o músculo liso (hiperpolarizam); - Mecanismo de contração do músculo liso: enzimática. PM basal músculo liso: – P repouso: -56 mv – Despolarização: + positivo • Estiramento, estimulação por ACh , estimulação pelos nervos parassimpáticos que liberam ACh, estimulação hormonal – Hiperpolarização: fibras menos excitáveis (mais negativas) • Adrenalina, noradrenalina, estimulação dos nervos que liberam noradrenalina Potenciais em espículas – São PA’s – Qdo PM do m. liso atinge -40 mv (PM: -60 mv) – Qto > potencial de onda lenta: ↑ frequência dos potenciais em espículas (1-10/seg) – Duração da espícula é até 40 X maior que PA nas fibras nervosas – Canais sódio-cálcio (+ lentos): longa duração PA Sistema Nervoso Entérico • Sistema nervoso próprio do TGI • Na parede do esôfago até o ânus • 100 milhões de neurônios • Controle movimentos e secreção gastrointestinal • 2 plexos: – Mioentérico/plexo de Auerbach: + externo, entre camadas musculares longitudinal e circular – Submucoso/Plexo de Meissner: + interno, na submucosa Plexo mioentérico: – Por todo o comprimento na parede intestinal – Controle atividade muscular pelo TGI, estimulação: • ↑ tônus da parede intestinal • ↑ intensidade contrações rítmicas • ↑ no ritmo de contração • ↑ velocidade de condução das ondas excitatórias ao longo da parede TGI,movimento + rápidas ondas peristálticas – Neurônios excitatórios e inibitórios Plexo submucoso: – Controle parede interna de cada segmento diminuto do intestino – Sinais sensoriais originados do epitélio gastrointestinal → integrados pelo plexo submucoso → controle secreção intestinal local → absorção local, contração local do músculo submucoso Sistema neurovegetativo e TGI • Inervação parassimpática: – Nervos vagos: esôfago, estômago, pâncreas – Nervos pélvicos: intestino grosso – ânus, reflexo defecação • Inervação simpática: – Noradrenalina – Estimulação: inibe atividade do TGI – Efeitos opostos a estimulação parassimpática Aferências do TGI • Sensibilidade do TGI: – Neurônios estimulados por: • Irritação da mucosa intestinal • Distensão excessiva do intestino • Presença substâncias químicas no intestino • Sinais podem causar excitação ou inibição dos movimentos intestinais ou da secreção intestinal Controle hormonal da motilidade • Gastrina: – Ação: estimulação secreção de ácido e liberação de HCl – Secretada pelas células “G” do estômago • Estímulos associados a ingestão alimentar: distensão parede estômago, produtos digestão de proteínas • Colecistocinina: – Secretada: células “I” mucosa duodeno e jejuno • Em resposta a digestão de gordura, ácidos graxos e monoglicerídeos – Ação: • contração vesícula biliar → emulsificação lipídeos • Inibe contração estômago: retarda esvaziamento → tempo adequado para digestão gorduras • Secretina: – Secretada por células “S” mucosa duodeno – Estímulo: conteúdo gástrico ácido quando passa do estômago para duodeno • Secreção pancreática de Bicarbonato → neutralização do ácido • Peptideo inibidor gástrico: – Secretado pela mucosa do intestino delgado superior – Estimulo: ác graxos e AA – Ação: diminui atividade gástrica → retarda esvaziamento do estômago quando duodeno já está sobrecarregado •Motilina: – Secretada pelo duodeno superior durante jejum – Ação: aumentar motilidade gastrointestinal Tipos de movimentos • Movimentos propulsivos – Peristalse – Estímulos: distensão, irritação química ou física do epitélio, estimulação parassimpática – Precisa do plexo mioentérico íntegro “Lei do intestino”: – Peristalse da boca para ânus • Movimentos de mistura – Contrações constritivas intermitentes locais – Duração de 5 a 30 segundos – Triturando e separando Estômago • Armazenamento • Misturar com secreções gástricas até formar quimo – Secreções digestivas: glândulas gástricas – Quimo = alimento + secreções estomacais • Esvaziar lentamente quimo para a digestão no ID – Contrações peristálticas no antro estomacal – Contração piloro: retarda esvaziamento Movimentos do ID • Movimentos de segmentação: – Mistura com secreções no ID (ondas lentas) • Movimentos propulsivos – Peristalse – Velocidade de 0,5 – 2 cm/s • 3 a 5 horas para quimo piloro até válvula íleocecal – Função válvula íleocecal: evitar refluxo do conteúdo fecal do cólon para ID – Hormônios: • Gastrina, CCK, insulina, motilina, 5HT: intensificam motilidade intestinal • Secretina, glucagon: inibem motilidade Secreções da boca • Parótidas, submandibulares e sublinguais – Secreção serosa: ptialina (amilase salivar) • Hidrólise carboidratos – Secreção mucosa: mucina – K+ e HCO3 Secreções do esôfago • Secreção mucosa – Lubrificação para a deglutição: esôfago superior – Proteção contra ácidos gástricos: esôfago na junção gastroesofágica – Glândulas mucosas Secreções gástricas • Glândulas mucosas • Glândulas tubulares: – Glândulas oxínticas • Corpo e fundo do estômago • HCl, pepsinogênio, fator intrínseco e muco – Glândulas pilóricas • Antro do estômago • Muco e gastrina • Células oxínticas • Secreção de HCl • Pepsinogênio: sem função – Pepsinogênio + HCl: pepsina (ativa) – Digestão de proteínas Secreção pancreática • Glândula que produz enzimas digestivas: – Enzimas secretadas pelos ácinos pancreáticos – Bicarbonato: secretado pelos ductos pequenos e maiores – Pâncreas → papila de Vater → esfincter de Oddi → duodeno – Estimulo para secreção suco pancreático: quimo no duodeno • Secreção de HCl • Suco pancreático digestão de: – Proteínas, carboidratos e gorduras – Bicarbonato: neutraliza acidez – Tripsina, quimiotripsina e carboxipolipeptidase • Quebram proteínas → peptídeos de tamanhos variados • Carboxipolipeptidase: quebra peptídeos → AA – Amilase pancreática: carboidratos • Amido e glicogênio – Lipase pancreática, colesterol esterase e fosfolipase: gorduras • Lipase: gorduras neutras em AG e monoglicerídeos • Colesterol esterase: hidrolisa esteres de colesterol • Fosfolipase: cliva fosfolipídeos Bile • 600 a 1000 mL/dia • Excreção de produtos do sangue: – Bilirrubina: produto final da destruição das hemoglobinas – Excessos de colesterol • Digestão e absorção das gorduras → ácidos biliares – Emulsificam grandes partículas de gorduras em pequenas partículas • Superfícies são atacadas pela lipase pancreática – Ajudam na absorção dos produtos finais da digestão das gorduras através da mucosa intestinal Secreção do Intestino grosso • Muco Secreção do Intestino grosso • Muco Digestão e absorção • Carboidratos, gorduras e proteínas – Não são absorvidos dessa forma: precisam da digestão • Hidrólise de carboidratos: – Polissacarídeos ou dissacarídeos → monossacarídeos → na presença de H2O → Hidrólise • Hidrólise de gorduras: – Triglicerídeos: 3AG + 1 glicerol • Para condensar são removidas 3 H2O • Digestão é o processo inverso: – Triglicerídeos + 3 H2 O → 3AG + 1 glicerol • Hidrólise de proteínas: – AA + AA + AA + ...(ligações peptídicas): proteína – Para condensar proteínas: • Retira 1 OH de 1 AA e 1 H+ de outro AA – Digestão proteínas: • Enzimas repõem OH- e H+ nos AA • Os tipos básicos de alimentos são digeridos por hidrólise • A diferença principal está nos tipos de enzimas que são necessárias promover as reações de hidrólise para cada tipo de alimento Digestão dos carboidratos • 3 fontes principais: – Sacarose: dissacarídeo (açúcar da cana) – Lactose: dissacarídeo do leite – Amidos: grandes polissacarídeos, alimentos de origem não-animal: batatas e grãos – Outros: • Amilose, glicogênio, álcool, ácido lático, pirúvico, pectinas, dextrinas ... • Celulose: não há enzima que faça a digestão – Não é considerada como alimento para humanos • Carboidratos na boca: – Ptialina (α-amilase): parótidas • Carboidratos estômago: – Amilase salivar bloqueada pelas secreções gástricas • Carboidratos ID: – Amilase pancreática: 15 – 30 min após quimo entrar no ID e misturar-se com suco pancreático → quase todos carboidratos digeridos • 100% Carboidratos → maltose e polímeros pequenos de glicose até o ID • Enterócitos – Revestem vilosidades do ID produzem: • Lactase, sacarase, maltase e α-dextrinase Digestão de proteínas • No estômago: – Pepsina: ativa em pH ácido → suco estomacal precisa ser ácido • Inativa em pH acima de 5 • Células parietais oxínticas produzem o HCl (pH 0,8) • HCl + conteúdos estomacais + muco → pH = 2 – 3 • Pepsina quebra o colágeno: proteína das carnes • Pepsina: digere somente 10 - a 20% das proteínas totais • Proteínas no ID e jejuno: – Suco pancreático: tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e proelastase • Proteínas nos enterócitos que revestem vilosidades do ID: – Duodeno e jejuno – Células com borda em escova: nas membranas das microvilosidades → peptidases • Aminopolipeptidase • Dipeptidases • 99% dos produtos finais da digestão de proteínas são absorvidos na forma de AA Digestão de gorduras • Fosfolipídeos, colesterol, ésteres de colesterol e• Triglicerídeos (gorduras neutras): – Grande quantidade em alimentos de origem animal – Raros em alimentos de origem vegetal • Gorduras e Boca: – Lipase lingual: digestão pouca importância (10%) • Gorduras e ID: – Emulsificação: quebra física de partículas grandes • Enzimas digestivas hidrossolúveis possam agir na superfície das partículas pequenas • Duodeno → bile → sais biliares e lecitina → ↓ tensão superficial da micela de gordura – Lipase pancreática: • Do suco pancreático → digere em 1 min todos os triglicerídeos • Enterócitos do ID produzem lipase entérica Absorção • 1,5 L alimento + secreções (7 L) = 8 a 9 L/dia • Estômago: pouca absorção – Sem vilosidades – Apenas álcool e aspirina • Mucosa do ID: superfície absortiva com pregas • Vilosidades: epitélio de todo o ID até válvula ileocecal • Absorção no ID: – Centenas de gramas de carboidratos/dia – ± 100g gorduras/dia – 50 – 100g AA/dia – 50 – 100g íons/dia – 7 – 8 L água/dia • Absorção água no ID: – Difusão – Osmose • Absorção íons no ID: – Sódio: difusão e transporte ativo • Absorção carboidratos: – Glicose → co-transporte com sódio • Absorção de proteínas: – AA → co-transporte com sódio • Absorção gorduras: – Monoglicerídeos e AGL são incorporados nas micelas de sais biliares → micelas são solúveis no quimo → AG são carregados para borda em escova das cél intestinais → AG difundem-se das micelas para interior da cél intestinal – Cél intestinal → RELiso → quilomícrons → lactíferos das vilosidades → ducto linfático torácico → sangue • Micelas continuam no quimo → reutilizadas Absorção no intestino grosso • Formação fezes • Cólon proximal: absorção água e eletrólitos – Cólon absortivo – Capaz de absorver 5 a 8L eletrólitos/dia • Cólon distal: armazenamento fezes – Cólon de armazenamento • Fezes – ¾ água – ¼ sólidos: 30% bactérias mortas, 10-20% gorduras, 10-20% matéria inorgânica, 2-3% proteínas, 30% restos indigeridos • Cor marrom fezes: – Estercobilina e urobilina, derivadas da bilirrubina – Odor: produtos da ação bacteriana
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