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Direito Coletivo do Trabalho

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Direito coletivo do trabalho – é o segmento do direito do trabalho encarregado de tratar da organização sindical, da negociação coletiva, dos contratos coletivos, da representação dos trabalhadores e da greve.
Nasce com o reconhecimento do direito de associação dos trabalhadores, o que veio a ocorrer após a Revolução Industrial. As crises que determinaram o fim das corporações de ofício acabaram propiciando o surgimento dos sindicatos, objetivando melhores condições de vida.
Pode se dizer que o berço do sindicalismo foi a Inglaterra, onde em 1720, foram formadas associações de trabalhadores para reivindicar melhores salários e condições de trabalho, inclusive limitação da jornada de trabalho.
A constituição da OIT, de 1919, já previa o princípio da liberdade sindical, que seria um dos objetivos a ser alcançado por seu programa de ação. A Declaração Universal do Direitos do Homem também assegura o “direito à liberdade de reunião e associação pacíficas”” (art. XX). Ademais, o direito de sindicalização passou a estar elencado entre os direitos humanos.
No Brasil nasce sob a inversão de valores, pois enquanto que na Europa os sindicatos surgiram de baixo para cima. Aqui, ocorreu o contrario, foi de cima para baixo, com imposição do Estado.
Sindicato – é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando à defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria. Vem do francês syndicat, que por sua vez empresta sua origem do Direito Romano síndico e no Direito grego sundiké.
São as organizações de pessoas físicas ou jurídicas com vistas na pratica das relações coletivas do trabalho, além das atividades sociais e assistenciais art. 511, CLT: quanto aos dos empregados serão de pessoas físicas tão somente art. 3º, CLT; quanto aos patronais poderão ser de pessoas físicas e jurídicas; 
Legitimidade para estabelecer processos negociais e celebrar acordos ou convenções coletivas de trabalho art. 513, b, CLT;
É pessoa jurídica de direito privado, livremente formada por seus associados, sem prévia autorização do Estado (convenção OIT 87/48, Constituição Federal, art. 8º, I) em uma base territorial (município ou mais de um);
Administração arts. 522 a 532, CLT quando não colidirem com os estatutos sociais;
Criação portaria 186 Ministério do Trabalho.
Unicidade sindical – de acordo como nosso sistema sindical, consagrado no art. 8º, II, CF, não há a possibilidade da criação de mais de uma organização sindical em qualquer grau, o que inclui as federações e confederações representativas de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que não poderá ser inferior à área de um município. Ferindo o sistema de pluralidade sindical preconizado pela convenção 87 da OIT. 
Estrutura sindical brasileira art. 8º, II, CF e art. 533 CLT:
Funda-se no princípio confederativo, composto por sindicatos, federações e confederações, sendo que não há hierarquia entre eles, mas tão somente uma relação de coordenação;
Centrais sindicais não dispões de personalidade jurídica sindical. Entendimento pacífico do STF.
Receitas:
Contribuição sindical arts. 578 a 610, CLT;
Contribuição assistencial arts. 513, CLT;
Contribuição confederativa art. 8º, IV, CF;
Contribuição associativa - associados
Órgãos do sindicato – o sindicato compõe-se de três órgãos: assembleia geral, diretoria e conselho fiscal. O art. 522 c/c art. 543, § 3º, CLT, determina o numero de dirigente sindicais sendo a diretoria composta por no mínimo de três membros e no máximo de sete, entre os quais será eleito o presidente do sindicato. O conselho fiscal será composto de três membros, embora grande parte entenda que está revogado tacitamente tais dispositivos pois colidem com a liberdade sindical prevista na Constituição de 1988, remetendo assim esse tema para os estatutos dos sindicatos.
Entidades sindicais de grau superior:
Federações – são entidades sindicais de grau superior organizadas os Estados-membros. Poderão ser constituídas desde que congreguem número não inferior a cinco sindicatos, representando a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas (art. 534, CLT). As federações poderão celebrar, em certos casos, convenções coletivas (art. 611, CLT), acordos coletivos (art. 617, § 1º, CLT) e instaurar dissídios coletivos (art. 857, parágrafo único, CLT), quando as categorias não forem organizadas em sindicatos.
Os órgãos internos das federações são: diretoria; conselho de representantes; conselho fiscal. A diretoria será constituída de no mínimo três membros, não havendo número máximo. O conselho fiscal terá três membros, ambos serão eleitos pelo conselho de representantes para mandato de três anos.
Só poderão ser eleitos os integrantes dos grupos das federações. O presidente da federação será escolhido pela diretoria, entre seus membros.
O conselho de representantes será formado pelas delegações dos sindicatos ou de federações filiadas, constituída cada delegação de dois membros, com mandato de três anos, cabendo um voto a cada delegação. 
Confederações – são entidades sindicais de grau superior de âmbito nacional, são constituídas de no mínimo três federações, tendo sede em Brasília (art. 535, CLT), se formam por ramo de atividade (indústria, comércio, transportes, etc.).
Normalmente as confederações coordenam as atividades das entidades de grau inferior, estando autorizadas, em certos casos a celebrar convenções coletivas (art. 611, § 2º, CLT), acordos coletivos (art. 617, § 1º, CLT), e a instaurar dissídios coletivos (art. 857, parágrafo único, CLT), quando as categorias não forem organizadas em sindicatos, nem em federações.
Centrais sindicais – são entidades que existem na prática, mas não há regulamentação legal que trata de sua organização ou do âmbito de sua atuação. São filiados às centrais sindicais: sindicatos, federações e confederações.
As centrais não podem: declarar greves; celebrar convenções ou acordos coletivos, nem propor dissídios coletivos, pois não têm legitimidade legal para esse fim.
Estabilidade de dirigentes sindicais – o art. 7º, VIII, CF, é garantia da categoria que o elegeu e não direito pessoal do empregado – o empregado eleito para cargo de administração sindical ou representação profissional, inclusive junto a órgão de deliberação coletiva, não poderá se impedido de exercício de suas funções, nem transferido para lugar ou mister que lhe dificulte ou torne impossível o desempenho de suas atribuições sindicais (art. 543, CLT).
Prescreve o art. 8º, VIII, CF “é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei”.
Funções do sindicato:
Função de representação;
Função negocial;
Função econômica;
Função política;
Função assistência.
Receitas do sindicato – o sindicato tem como receitas não só a contribuição sindical (art. 8º, IV, CF) c/c arts. 578 e 610, CLT), mas a contribuição confederativa (art. 8º, IV, CF), a contribuição assistencial (art. 513, CLT) e a mensalidade dos sócios do sindicato (art. 548, b, CLT).
Conflitos coletivos de trabalho – conflito, do latim conflictus, tem o significado de combater, lutar. Assim a classificação das formas de solução dos conflitos trabalhistas são:
Autodefesa;
Autocomposição;
Heterocomposição;
Mediação.
Negociação Coletiva – é uma forma de ajuste de interesses entre as parte, que acertam os diferentes entendimentos existentes, visando encontrar uma solução capaz de compor suas posições.
Validade – o fundamento da validade da negociação coletiva é a lei estatal ou então a tolerância do Estado. A Constituição Federal reconhece as convenções ou acordos coletivos no art. 7º, XXVI.
Condições – para chegar ao resultado final da negociação, que culmina com a norma coletiva, é preciso o atendimento de certas regras:
De garantia de segurança aosnegociadores, para que com liberdade, possam expor suas ideias;
Disciplina e respeito;
Lealdade e boa-fé é um dever na área contratual, não podendo ser mera enunciação programática, mas autêntica obrigação jurídica.
Os sindicatos das categoria econômicas ou profissionais e as empresas, mesmo as que não tenham representação sindical, não poderão se recusar à negociação coletiva (art. 616, CLT).
Níveis – o nível de negociação geralmente é feito por categoria, pois a Constituição reconhece a existência das categoria (art. 8º, II, III e IV).
Necessidade de homologação – A CLT não mais exige que as convenções e os acordos coletivos sejam homologados para terem validade; apenas é feito o arquivamento no Ministério do Trabalho para que a norma coletiva entre em vigor no prazo de Três dias (art. 614, § 1º, CLT).
Contrato Coletivo – negociação realizada entre sindicatos (patronal e empregados) art. 37, CF, com o DL 229/67 voltou a ser designado por convenção coletiva (art. 611, CLT). Há uma corrente que defende que o contrato coletivo seria quando a negociação for nacional, ou seja, com a participação das centrais sindicais.
Convenção coletiva – trata se de acordo entre sindicatos (empregados e empregadores). Art. 611, CLT define a convenção coletiva como o acordo de caráter normativo, entre um ou mais sindicatos de empregados e de empregadores, de modo a definir as condições de trabalho que serão observadas em relação a todos os trabalhadores dessas empresas. Eis aí o efeito erga omne.
Condições de validade – a convenção coletiva deve ser necessariamente escrita, sendo, portanto, impossível que venha a ser feita verbalmente, como ocorre com o contrato de trabalho, o que dificultaria sua aplicação e seu entendimento. 
2º BIMESTRE
Greve e Lockout
Greve – é um direito constitucionalmente garantido, conforme-se depreende da leitura do disposto no art. 9º, CF.
Súmula 316 STF – participar de greve não constitui falta grave.
Conceito art. 2º da lei 7.783/89 - Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.
Suspenso o contrato de trabalho, não é divido o salário.
Competência – justiça do trabalho (art. 114, II, CF) – “Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: II as ações que envolvam exercício do direito de greve;”.
Greve patronal – é o lockout, ilegal art. 17 da Lei 7.783/89 – “Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout).”
Formalidades legais arts. 3º, 4º e 13, Lei 7.783/89 -
Art. 3º Frustrada a negociação ou verificada a impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.
Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.
Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços.
§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quórum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.
§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembleia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão de negociação.
Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação.
Art. 14 durante a vigência de acordos e convenções coletivos – “Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.”
Greve abusiva (súmula 189, TST) – “A justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve”.
Formalidades esgotamento das negociações; decisão em assembleia geral; aviso prévio ao empregador.
Greve – suspensão de contrato pode ser descontado do salário, a depender da discussão em assembleia se irá pagar ou não pode fazer parte do acordo não é obrigado.
Problemas “acidente de trabalho em período de greve” contrato suspenso apenas para o pagamento de salário, os demais direitos, os tribunais tem decidido que permanecem ativos.
Requisitos legais para poder declarar a greve. Sindicato reúne e decide em assembleia.
Atividade essencial, mínimo de funcionamento da atividade em 40%.
Dissídios coletivos – é espécie de ação trabalhista que visa compor lides em que se discutem interesses coletivos das categorias nele representadas decorre da frustração da negociação coletiva.
Diferente entre os dissídios individuais e os coletivos são: objetivos e subjetivos
Objetivos – o objeto é um interesse coletivo e no individual é um interesse da pessoa ou pessoas determinadas e individualizadas;
Subjetivos – o sujeito dos dissídios e especialmente o autor são sempre sindicatos (art. 857, CLT). - Art. 857 - A representação para instaurar a instância em dissídio coletivo constitui prerrogativa das associações sindicais, excluídas as hipóteses aludidas no art. 856, quando ocorrer suspensão do trabalho.
 Espécies:
Dissídio coletivo de natureza jurídica – visam interpretação de lei, convenção coletiva, ou sentença normativa que interessa uma categoria ou parte dela;
Dissídio coletivo de natureza econômica – tem em vista a melhoria das condições de trabalho. Aumento de salário, diminuição da jornada de trabalho, aumento do numero de dias de férias, etc. seus acordos são denominadas sentenças normativas.
b.1. Legitimidade – entidades sindicais (art. 857, CLT) e as empresas (OJC, 19) quando ocorre greve o presidente do TRT (art. 856, CLT), Ministério Público do Trabalho (art. 114, § 2º, CF).
Art. 856 - A instância será instaurada mediante representação escrita ao Presidente do Tribunal. Poderá ser também instaurada por iniciativa do presidente, ou, ainda, a requerimento da Procuradoria da Justiça do Trabalho, sempre que ocorrer suspensão do trabalho.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
b.2. 	interesse – frustração da negociação coletiva STF – AgRg AI 166.962-4 Ac
b.3.	possibilidade jurídica – art. 114, § 2º , CF – condições da ação –legitimidade, interesse e possibilidade jurídica do pedido.
Competência – art. 114, § 2º, CF.
Base territorial
Base TRT – local
Base TST
Empresa e empregado na mesma base TRT – se tem em são Paulo e no Rio de Janeiro TST.
Confederações TST
Federações estaduais – TRT para buscar acordo coletivo único
Procedimento – petição inicial escrita (art. 856, CLT).
Fundamentar as cláusulas, (art. 12, Lei 10.192/01)
Citação – TRT designa audiência de conciliação, proposta dos litigantes é feita se não é aceita, o presidente do TRT faz uma proposta dele, após interrompe, para que seja realizada assembleia geral que seja realizada assembleia geral que foi iniciada e depois de ouvidas todas as propostas é que ela poderá ser encerrada.
Relator é o que faz o seu voto e envia para o TRT para que seja julgado, quando não há acordo, pois se a proposta de qualquer ou for aceita pelos litigantes o juiz apenas homologa.

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