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Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 1 / 19 Equac¸o˜es diferenciais Rubem Alves da Silva UNIDADE ACADEˆMICA DE ENGENHARIA ELE´TRICA - DEE-UFCG 04 de novembro de 2014 Mo´dulo de estudo no 4 Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 2 / 19 SUMA´RIO 1. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es de 1a ordem; Comenta´rios sobre a modelagem de problemas; Decaimento radioativo; Determinac¸a˜o do instante da morte; Rendimento de capital; Populac¸o˜es: modelo de Malthus; Populac¸o˜es: modelo de Verhulst. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 3 / 19 As equac¸o˜es diferenciais teˆm aplicac¸o˜es na investigac¸a˜o de problemas em quase todos os campos do conhecimento humano. Independentemente do campo particular de aplicac¸a˜o, essa investigac¸a˜o envolve treˆs procedimentos gerais, comentados a seguir. Modelagem: consiste, essencialmente, na construc¸a˜o da representac¸a˜o matema´tica do problema. Esta etapa e´ realizada a partir da formulac¸a˜o de hipo´teses acerca do fenoˆmeno que se pretende estudar e que parec¸am coerentes com as observac¸o˜es e com o conhecimento que se tem do problema. Sa˜o exemplos dessas hipo´teses: A quantidade de material radioativo em uma amostra decai com uma taxa proporcional a` quantidade de material presente na amostra; O calor se transfere de um corpo quente para um frio com uma taxa proporcional a` diferenc¸a de temperatura entre eles; As populac¸o˜es isoladas de insetos crescem a uma taxa proporcional a` populac¸a˜o presente. Nesta etapa introduzem-se inu´meras simplificac¸o˜es na descric¸a˜o do problema, seja para na˜o inviabilizar a etapa seguinte, pela construc¸a˜o de uma modelo demasiado complicado, seja pela impossibilidade de modelar todos os aspectos do sistema real. Modelos sa˜o sempre aproximac¸o˜es da realidade. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 4 / 19 Resoluc¸a˜o: determinac¸a˜o das soluc¸o˜es das equac¸o˜es obtidas na etapa de modelagem. A resoluc¸a˜o das equac¸o˜es pode ser realizada utilizando-se me´todos anal´ıticos, nume´ricos ou gra´ficos. Os me´todos anal´ıticos conduzem a soluc¸o˜es fechadas do problema, isto e´, a fo´rmulas que representam as soluc¸o˜es procuradas; Os me´todos nume´ricos produzem aproximac¸o˜es das soluc¸o˜es desejadas. Sa˜o utilizados quando e´ dif´ıcil ou imposs´ıvel obter soluc¸o˜es anal´ıticas; Os me´todos gra´ficos sa˜o utilizados em muitas situac¸o˜es, quer pela impossibilidade de aplicar outros me´todos, quer para permitir uma visualizac¸a˜o do comportamento qualitativo das soluc¸o˜es. Nesta fase, podem-se introduzir simplificac¸o˜es adicionais no modelo obtido na etapa anterior, a fim de simplificar, ou mesmo viabilizar, sua resoluc¸a˜o. O conhecimento ı´ntimo da natureza do problema que se pretende resolver, bem como das te´cnicas matema´ticas utilizadas na sua modelagem e na sua resoluc¸a˜o, sa˜o requisitos essenciais na formac¸a˜o dos profissionais da a´rea de interesse. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 5 / 19 Validac¸a˜o: verificac¸a˜o da validade e da qualidade das soluc¸o˜es obtidas. Obtida a soluc¸a˜o, sua aproximac¸a˜o e/ou a maior quantidade poss´ıvel de informac¸o˜es sobre ela, e´ necessa´rio interpreta´-las e verificar a fidelidade com que descreve o comportamento do sistema estudado. Isso pode envolver o ca´lculo de alguns valores da soluc¸a˜o e sua comparac¸a˜o com dados observados ou determinados experimentalmente, ou a comparac¸a˜o do comportamento do sistema com os resultados obtidos da soluc¸a˜o para um longo per´ıodo de tempo. Mesmo quando a soluc¸a˜o encontrada parecer satisfato´ria, e´ necessa´rio estabelecer em que grau ela aproxima o comportamento observado do sistema, e os erros que incorpora quando comparada com soluc¸o˜es obtidas por outros meios, caso existam. A seguir, sa˜o discutidas algumas aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais ordina´rias lineares de primeira ordem, atrave´s da resoluc¸a˜o de problemas t´ıpicos que aparecem em algumas a´reas do conhecimento. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 6 / 19 Decaimento radioativo O nucl´ıdeo radioativo to´rio 234 desintegra-se a uma taxa proporcional a` quantidade presente. Se 100 mg desse material reduzirem-se a 82, 04 mg em uma semana, achar a expressa˜o para a quantidade presente em qualquer instante, bem como o tempo necessa´rio para que a massa do material se reduza a` metade do seu valor original. Resoluc¸a˜o: Quantidade de material no instante t: Q(t), em mg; t em dias. Taxa de desintegrac¸a˜o do material: dQ dt = −rQ r > 0 (constante de decaimento) Condic¸a˜o inicial e condic¸a˜o em t = 7: Q(0) = 100 e Q(7) = 82, 4 dQ/Q = −rdt ⇒ Q(t) = ce−rt t = 0 → c = 100 ⇒ Q(t) = 100e−rt t = 7 e Q(7) = 82, 04 ⇒ 82, 04 = 100e−7r r = − ln 0, 8204/7 = 0, 02828 dias−1 ⇒ Q(t) = 100e0,02828t mg Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 7 / 19 Decaimento radioativo O tempo necessa´rio para que a massa inicial do material se reduza a` metade e´: t = τ (meia vida) → Q(τ) = 50 mg ⇒ 50 = 100e−rτ rτ = ln 2 ⇒ τ = ln 2/0, 02828 τ � 24, 5 dias Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 8 / 19 Determinac¸a˜o do instante da morte Descric¸a˜o do problema: O corpo de um indiv´ıduo e´ encontrado em uma certa hora. Deseja-se determinar a hora da sua morte. Modelagem: Estudos experimentais indicam que, apo´s a morte, a temperatura superficial do corpo se altera com uma taxa proporcional a` diferenc¸a entre a temperatura do corpo e a do ambiente (lei do resfriamento de Newton). Temperatura do corpo em um instante t: θ(t); Temperatura constante do ambiente: T Taxa de variac¸a˜o da temperatura do corpo: dθ dt = −k(θ − T ), k > 0 Justificativa para o sinal negativo no segundo membro: θ > T : θ − T > 0 e dθ/dt < 0 θ < T : θ − T < 0 e dθ/dt > 0 Hipo´tese de trabalho: a temperatura do corpo vivo e´ θv = 37◦ C Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 9 / 19 Determinac¸a˜o do instante da morte Resoluc¸a˜o: O corpo e´ encontrado em um instante t = t0 = 0. A medic¸a˜o de sua temperatura indica que θ(0) = θ0 Resolvendo-se a equac¸a˜o diferencial que modela o problema, tem-se que: θ(t) = T +Ce−kt Usando a condic¸a˜o inicial θ(0) = θ0, determina-se C = θ0 − T . Enta˜o, θ(t) = T + (θ0 − T )e−kt Para determinar a constante k, ainda desconhecida, efetua-se uma segunda medic¸a˜o da temperatura do corpo, num instante t1, obtendo-se θ(t1) = θ1. Substituindo-se esses dados na equac¸a˜o da soluc¸a˜o, obteˆm-se: θ(t1) = θ1 = T + (θ0 − T )e−kt1 k = − 1 t1 ln θ1 − T θ0 − T Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 10 / 19 Determinac¸a˜o do instante da morte Para determinar o instante da morte, tm, substituem-se t = tm e θ = θm = θv na equac¸a˜o da soluc¸a˜o, obtendo-se: tm = − 1 k ln θv − T θ0 − T Aplicac¸a˜o nume´rica: Supondo-se que, no instante da descoberta, a temperatura do corpo era de 30◦ C e a temperatura ambiente era de 20◦ C, e que , duas horas depois, a temperatura do corpo era de 23◦ C, conclui-se que: k = −1 2 ln 23 − 2030 − 20 ≈ 0, 6020 h −1 e que tm = − 1 0, 6020 ln 37 − 20 30 − 20 ≈ −0, 881 h Enta˜o, o corpofoi encontrado aproximadamente 53 minutos apo´s a morte. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 11 / 19 Rendimento de capital Descric¸a˜o do problema: Certo capital e´ aplicado em um banco que paga juros a uma taxa perio´dica r. Qual o valor do capital apo´s um tempo t de investimento? Modelagem: Um modelo ideal (para o investidor) pressupo˜e que a taxa de variac¸a˜o do capital e´ proporcional ao valor atual do investimento. Matematicamente, dC(t) dt = rC(t) em que C(t) e´ o valor atual do investimento, r e´ a taxa de juros e t e´ o tempo. Resoluc¸a˜o: dC(t) C(t) = rdt ⇒ ∫ dC(t) C(t) = ∫ rdt ln |C(t)| = rt + k ⇒ C(t) = e(rt+k) = ertek = Kert Sendo C0 o valor inicial do capital aplicado, tem-se a condic¸a˜o inicial C(0) = C0. Logo, C(0) = Kerx0 = K = C0 ⇒ C(t) = C0ert que e´ o valor do capital no instante t. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 12 / 19 Rendimento de capital Aplicac¸a˜o nume´rica: Seja C0 um capital de R$ 1.000,00, aplicado a uma taxa de juros mensal de 5%, durante um per´ıodo de 8 meses. Qual o valor final do capital? Resoluc¸a˜o: Aplicando-se a equac¸a˜o para C(t), obtida anteriormente, tem-se que C(t) = 1.000 × e0,05×8 = 1.491, 80 Portanto, o valor do capital apo´s 8 meses de aplicac¸a˜o e´ R$ 1.491,80. O modelo descrito, embora conveniente para o investidor, na˜o o e´ para as instituic¸o˜es financeiras. Enquanto ele preconiza que o juro e´ capitalizado continuamente, nos modelos adotados pelos bancos a capitalizac¸a˜o do juro e´ feita periodicamente, isto e´, anualmente, mensalmente, semanalmente ou mesmo diariamente, dependendo da instituic¸a˜o, do tipo de aplicac¸a˜o, etc. Considere-se que o capital C0 seja aplicado por t meses em um banco que o remunera com uma taxa de juros mensal r e que a capitalizac¸a˜o seja feita meˆs a meˆs. Ao final do primeiro meˆs, o valor do capital sera´ C1 = C0 +C0 × r = C0(1 + r) Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 13 / 19 Rendimento de capital Aos finais dos messes subsequentes, os valores do capital sera˜o: C(2) = C(1) +C(1) × r = C(1)(1 + r) = C(0)(1 + r)2 C(3) = C(2) +C(2) × r = C(2)(1 + r) = C(0)(1 + r)3 . . . . . . C(t) = C(t − 1) +C(t − 1) × r = C(t − 1)(1 + r) = C(0)(1 + r)t E´ fa´cil mostrar que, se a remunerac¸a˜o for feita duas vezes por meˆs, o valor do capital no final de t meses sera´ C(t) = C(0) ( 1 + r 2 )2t De um modo geral, se a remunerac¸a˜o do capital for feita m vezes por per´ıodo, o valor do capital no fim de t per´ıodos sera´ C(t) = C(0) ( 1 + r m )mt Pode-se demonstrar que o modelo de remunerac¸a˜o cont´ınua pode ser obtido deste consi- derando-se que o nu´mero de remunerac¸o˜es por per´ıodo, m, tende para infinito, isto e´, Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 14 / 19 Rendimento de capital lim m→∞ C0 ( 1 + r m )mt = C0ert Aplicac¸a˜o nume´rica: Resolvendo-se a aplicac¸a˜o nume´rica anterior supondo-se que a remunerac¸a˜o do capital e´ feita mensalmente, tem-se que: C(t) = C0(1 + r)t C(8) = 1.000(1 + 0, 05)8 = 1.477, 50 Portanto, o valor do capital apo´s 8 meses de aplicac¸a˜o e´ R$ 1.477,50. Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 15 / 19 Populac¸o˜es: o modelo de Malthus Descric¸a˜o do problema: Deseja-se determinar o nu´mero de indiv´ıduos de uma dada populac¸a˜o, em um certo instante. Modelagem: Supo˜e-se que a taxa de crescimento da populac¸a˜o e´ proporcional ao seu valor instantaˆneo: dy(t) dt = ry(t) em que y(t) e´ a populac¸a˜o no instante t e r e´ sua taxa de variac¸a˜o. Resoluc¸a˜o: O problema e´ ana´logo ao discutido anteriormente e, com a populac¸a˜o inicial dada por y(0) = y0, sua soluc¸a˜o e´ dada por y(t) = y0ert, r > 0. Aplicac¸a˜o nume´rica: Uma cultura de bacte´rias tem uma populac¸a˜o inicial n = 100. Se a populac¸a˜o dobra a cada 3 dias, qual o nu´mero de bacte´rias apo´s 30 dias? Quanto tempo e´ necessa´rio para que a populac¸a˜o atinja o nu´mero de 4.250 indiv´ıduos? Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 16 / 19 Populac¸o˜es: o modelo de Malthus Resoluc¸a˜o: a) Observando-se que y(0) = y0 = 100 e y(3) = 200, tem-se que: y(t) = 100ert e y(3) = 200 = 100e3r ⇒ e3r = 2 ⇒ er = 21/3 Logo, y(t) = 100 × 2t/3 y(30) = 100 × 230/3 = 100 × 210 = 102.400 indiv´ıduos b) y(t) = 4.250 = 100 × 2t/3 ⇒ 2t/3 = 42, 5 t = 3 ln 42, 5 ln 2 ≈ 16, 228 dias Embora esse modelo possa ser comprovado em condic¸o˜es particulares, ele na˜o pode ser aplicado em situac¸o˜es mais gerais. Fatores como limitac¸o˜es de espac¸o e de alimentos, bem como a morte de indiv´ıduos, limitam o crescimento das populac¸o˜es. Um modelo que leva em conta esses fatores e´ o representado pela equac¸a˜o log´ıstica ou equac¸a˜o de Verhulst (1), apresentado a seguir. (1) Devida ao matema´tico Belga Pierre Verhulst Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 17 / 19 Populac¸o˜es: o modelo de Verhulst O modelo de Verhulst e´ representado pela equac¸a˜o dy dt = [r − ay(t)]y(t) = ry(t) − ay 2(t) em que r e a sa˜o constantes, com condic¸a˜o inicial y(0) = y0. O termo (−y2) representa os fatores inibidores. Neste modelo a populac¸a˜o nunca cresce sem controle nem decai continuamente, como ocorre no modelo de Malthus. Resoluc¸a˜o: A equac¸a˜o diferencial e´ separa´vel e pode ser escrita como dy (r − ay)y = dt Expandindo o coeficiente do primeiro membro em frac¸o˜es parciais, obteˆm-se: 1 (r − ay)y = A r − ay + B y 1 = Ay + B(r − ay) ⇒ A = a/r e B = 1/r( a/r r − ay + 1/r y ) dy = dt → ( a r − ay + 1 y ) dy = rdt Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 18 / 19 Populac¸o˜es: o modelo de Verhulst Integrando os dois membros da equac¸a˜o anterior: − ln |r − ay| + ln |y| = rt + c ⇒ ln ∣∣∣∣∣ yr − ay ∣∣∣∣∣ = rt + c y r − ay = ±ert+c = Kert (K = ±ec) Resolvendo a equac¸a˜o acima para y: y = r ( 1 K e−rt + a )−1 Aplicando a condic¸a˜o inicial y(0) = y0, obte´m-se: K = y0 r − ay0 Portanto, a soluc¸a˜o procurada do problema de valor inicial e´ y(t) = ry0 ay0 + (r − ay0)e−rt Aplicac¸o˜es das equac¸o˜es diferenciais Prof. Rubem A. Silva Equac¸o˜es Diferenciais UNIDADE I: Mo´dulo de estudo 04 – 19 / 19 Populac¸o˜es: o modelo de Verhulst Aplicac¸a˜o nume´rica: Resolver a equac¸a˜o log´ıstica se r = 1/100 e a = 1/108, dado que y(0) = 100.000. Determinar y(25). Qual e´ o limite da populac¸a˜o? Resoluc¸a˜o: A soluc¸a˜o y(t), nas condic¸o˜es dadas e´ y(t) = 1.000.000 1 + 9e−t/100 y(25) = 1.000.000 1 + 9e−25/100 ≈ 124.856 Quando o tempo tende para infinito, a populac¸a˜o aproxima-se de Y = lim t→∞ y(t) = 1.000.000 dredMódulo de estudo nº 4 dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equaçõesdiferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais dredAplicações das equações diferenciais
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