AULA 1 PATOLOGIA

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SIMONE CARDOSO LEON
2° SEMESTRE FISIOTERAPIA
PATOLOGIA
PATOLOGIA
	Estuda as alterações funcionais e estruturais que ocorrem nas células, tecidos e órgãos decorrentes de doenças. 
	Patologia Geral
	Patologia Especial
Etiologia- o que causou a doença;
Patogenia- mecanismo do desenvolvimento da doença;
Alterações morfológicas- alterações estruturais induzidas nas células e nos órgãos;
Significado clínico- consequências funcionais das alterações morfológicas.
A etiologia pode ser por fatores intrínsecos ou genéticos e adquiridos (infeccioso, nutricional, químico e físico)
Patogenia se refere a sequência de eventos da resposta das células ou dos tecidos ao agente etiológico, desde o estímulo inicial até a expressão final da doença em si.
Morte celular
Necrose- ocorre após estresses anormais como isquemia e lesão química, sendo sempre patológica.
Apoptose- ocorre quando a célula morre devido à ativação de um programa de suicídio controlado internamente. É projetado para eliminar células indesejáveis durante a embriogênese e em vários processos fisiológicos, como a involução de tecidos responsivos a hormônios após a retirada dos mesmos. 
Pode ocorrer em situações patológicas quando as células estão danificadas de tal forma que não podem ser reparadas, especialmente se a lesão afeta o DNA celular. As alterações podem estar associadas à deposição intracelular de proteínas, lipídios e carboidratos.
	O cálcio geralmente é depositado nos locais de morte celular.
Alterações Morfológicas 
HIPERPLASIA é o aumento do número de células.
HIPERTROFIA é um aumento do tamanho de cada célula.
ATROFIA é uma redução do tamanho e da função das células.
Adaptação celular ao crescimento e a diferenciação
Hiperplasia
Hiperplasia Fisiológica
HIPERPLASIA FISIOLÓGICA
Mecanismos - Geralmente causada pela produção local de fatores de crescimento, aumento dos receptores de fatores de crescimento nas células envolvidas ou a ativação de determinadas vias de sinalização intracelular. 
Todas estas alterações levam à produção de fatores de transcrição que ativam muitos genes celulares, incluindo genes que codificam fatores de crescimento e reguladores do ciclo celular, resultando na proliferação celular.
Hiperplasia Patológica – 
Geralmente é causada por estimulação excessiva das células 
–alvo por hormônios ou por fatores de crescimento.
 Ex.: hiperplasia do endométrio que ocasiona sangramento menstrual anormal; hiperplasia prostática.
Hipertrofia
É o aumento no tamanho das células, resultando em um aumento no tamanho do órgão. Assim o órgão hipertrofiado não tem nenhuma célula nova, só células maiores.
 O aumento do tamanho das células é devido à síntese de mais componentes estruturais. As células capazes de se dividiram podem responder ao estresse, sofrendo tanto hiperplasia quanto hipertrofia, enquanto as células que não se dividem (fibras cardíacas) sofrem hipertrofia.
Mecanismos de Hipertrofia – A maior parte do conhecimento de hipertrofia se baseia nos estudos sobre o coração.
 Os mecanismos de hipertrofia cardíaca envolvem muitas vias de transdução de sinais, levando à indução de vários genes que, por sua vez, estimulam a síntese de numerosas proteínas celulares;
 Estes genes codificam fatores de transcrição (c-fos, c-jun), fatores de crescimento (TGF-β), fatores vasoativos (agonistas α adrenérgicos, endotelina 1 e angiotensina II).
 Quaisquer que sejam os mecanismos exatos de hipertrofia cardíaca, ela finalmente atinge um limite além do qual o aumento da massa muscular não é mais capaz de compensar o aumento da carga a que o coração é submetido, então, há insuficiência cardíaca.
 Nesse estágio, ocorrem várias alterações degenerativas nas fibras miocárdicas, das quais a mais importante é a lise e a perda dos elementos contráteis miofibrilares. A morte do miócito pode ocorrer por apoptose ou necrose.
Atrofia
Redução do tamanho das células devido à perda de substância celular. É uma forma de adaptação que pode levar a morte celular. Quando um número suficiente de células está envolvido o tamanho do tecido ou órgão pode diminui ou se torna atrófico. 
A diminuição do útero após o parto é um exemplo de atrofia fisiológica.
A atrofia patológica depende da causa e pode ser localizada ou generalizada:
Diminuição da carga (atrofia por desuso): pode ocorrer em um membro fraturado, repouso prolongado. É reversível com o retorno da atividade física;
Perda de inervação (atrofia por desnervação): A lesão dos nervos causa uma rápida atrofia das fibras musculares inervadas por eles;
Diminuição do suprimento sanguíneo (isquemia): resultante de doença arterial oclusiva pode levar a atrofia do tecido devido a perda progressiva das células. Na velhice o cérebro sofre uma atrofia progressiva, presumivelmente porque a aterosclerose reduz seu suprimento sanguíneo;
Nutrição inadequada: a desnutrição protéico calórica acentuada está associada ao uso dos músculos esqueléticos como fonte de energia depois que outras reservas, como o tecido adiposo, foram esgotadas. Isto causa uma perda muscular acentuada (caquexia).
Perda da estimulação endócrina: muitas glândulas endócrinas, a mama e os órgãos reprodutivos são dependentes da estimulação endócrina para seu metabolismo e função normais. A perda da estimulação estrogênica após a menopausa resulta em uma atrofia fisiológica do endométrio, epitélio vaginal e mamas.
Envelhecimento (atrofia senil). O processo de envelhecimento está associado a perda celular, visto em tecidos contendo células permanentes, cérebro e coração.
Pressão: Compressão de um tecido por um período de tempo. (tumores benignos podem causar atrofia por compressão em tecidos circundantes).
Metaplasia
É uma alteração reversível na qual um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta. Esta substituição pode ocorrer por células mais resistentes ao estresse.
	A metaplasia mais comum ocorre no epitélio colunar para escamoso e ocorre no trato respiratório em resposta a irritação crônica. O epitélio estratificado resultante é mais resistente, porém perde a capacidade secretora.
Mecanismos de Metaplasia – ocorre por uma reprogramação da células-tronco ou de células mesenquimatosas indiferenciadas presentes no tecido conjuntivo. 
Lesão e Morte Celular
Ocorre quando as células são submetidas a estresse tão severos que não são mais capazes de se adaptar ou quando são expostos a agentes perniciosos.
Lesões celulares reversível- a lesão se manifesta por meio de alterações funcionais e morfológicas que são reversíveis se o estímulo nocivo for retirado.
Lesões irreversíveis e morte celular- com a progressão do dano a lesão se torna irreversível e a célula então, não tem mais como recuperar.
Células que sofreram lesões irreversíveis invariavelmente sofrem alterações morfológicas que são reconhecidas como morte celular, necrose e apoptose.
Causas de lesões celulares
Ausência de Oxigênio – Hipóxia significa deficiência em oxigênio, causando lesão celular pela redução da respiração aeróbica oxidativa. Uma das causas é a oxigenação inadequada do sangue devido à insuficiência cardiorrespiratória
Agentes Físicos – trauma mecânico, temperaturas extremas, mudanças bruscas de pressão atmosférica, radiação e choque elétrico.
Agentes Químicos e Drogas – quantidades mínimas de venenos ou soluções hipertônicas de sais, podem lesar células e tecidos. Poluentes ambientais, inseticidas, álcool, drogas terapêuticas.
Agentes Infecciosos - vírus, bactérias, fungos, protozoários, metazoários. Estes agentes biológicos causam uma variedade de lesões celulares e teciduais.
Reações Imunológicas – apesar de ser um sistema de defesa, o excesso de resposta pode lesar células e tecidos.
Distúrbios Genéticos – defeitos genéticos como causa de lesões celulares.
Desequilíbrio Nutricional - a falta de nutrientes como vitaminas e uma dieta deficiente em proteína pode causar um grande número de lesões celulares. Em contrapartida uma dieta muito calórica com excesso de lipídios predispõem à aterosclerose, e a obesidade.
Mecanismos de Lesão Celular
Os mecanismos bioquímicos responsáveis pela lesão celular são complexos.
A resposta celular a estímulos nocivos dependem do tipo da lesão, sua duração, e sua gravidade.
As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e grau de adaptação da célula danificada.
A lesão celular resulta de anormalidades funcionais e bioquímicas em um ou mais componentes celulares essenciais.
 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICA
NECROSE ISQUÊMICA DO MIOCÁRDIO
NECROSE CASEOSA
NECROSE GORDUROSA
PATOGENIA ISQUÊMICA
Mecanismos intrínsecos e Extrínsecos de apoptose