séssil, peltada e invaginada (Figura 15). Figura 15. Quanto a presença de pecíolo: peciolada, séssil, envaginada e peltada (seqüências de fotos da esquerda para a direita, respectivamente). 25 3.1.4 Quanto a nervação As folhas podem paresentar vários tipos de disposição de nervuras sobre o limbo. Os mais comuns são: (i) Uninérveas, somente a nervura principal é distinta; (ii) Anérvia, sem nervuras aparentes; (iii) Paralelinérveas, nervuras paralelas entre si (Figura 16). Figura 16. Quanto a nervação: paraleninérvia, peninérvia e palminérvia. 3.1.5 Quanto aos apêndices (i) O pulvino é constituído por células motoras localizadas na base do pecíolo formando uma estrutura dilatada. O pulvino promove movimentos foliares especialmente quando houver variação de luminosidade e temperatura. O fitocromo media a resposta do pulvino a variação de intensidades luminosas (Figura 16). (ii) As estípulas são duas expansões foliares e membranosas que, as vezes, podem-se transformar em espinhos (Figura 16). Sua função é basicamente proteção das folhas contra herbivoria. 26 Figura 16. Descrição do pulvino e das estípulas. (iii) A Lígula é uma expansão membranosa que aparece no ponto de junção do limbo com a bainha (Figura 17). (iv) Aurículas são expansões das folhas que abraçam o caule (Figura 17). 27 Figura 17. Descrição das aurículas e lígulas encontradas em algumas culturas de inverno. 3.2 Morfologia de flores As flores são as estruturas reprodutivas das plantas, capazes de realizar troca de gametas. As flores possuem várias estruturas, o qual influencia diretamente na sua classificação botânica. As flores completas são divididas em partes férteis e estéreis. A parte fértil apresenta o gineceu (feminina) e a masculina (androceu) (Figura 18): Parte fértil: (i) Gineceu: Ovário o qual apresenta o óvulo; estilete e estigma (ii) Androceu: estame: o estame possui a antera e esta os grãos de pólen e filete. Parte estéril: (i) Cálice: conjunto de sépalas; (ii) Corola: conjunto de pétalas. 28 Figura 18a. Descrição da estrutura estéril (perianto) e fértil (pistilo e androceu) das flores. (SIMPSON, 2006). Os nectários nas flores podem ocorrer em várias regiões dependendo da espécie (Figura 18b). Essa característica auxilia na polinização e consequentemente, no desenvolvimento de novas plantas (NEPI et al., 2009). 29 Figura 18b. Nectários florais e extraflorais em espécies de angiospermas: (a) nectários extrafloral na base da raque foliar da Acacia collinsii; (b) as flores da Fatsia japonica (Araliaceae) em que o nectário é localizado acima do ovário de uma flor reduzida e de umas gotas pequenas do néctar são expostas completamente ao ambiente; (c) as flores de Aloe castanea (Asphodelaceae) em que o nectário é dentro do ovário (néctar septal) e de uma grande quantidade de néctar acumulado dentro do tubo da corola; (d) a flor do Gymnadenia conopsea (Orchidaceae) em que o néctar é produzido e armazenado no tubo da corola (imagem fornecida por Malgorzata Stpiczyn´ska). (NEPI et al., 2009). 3.2.1 Classificação das flores: parte estéril 3.2.1.1 Quanto ao perianto (cálice + corola); Figura 19. (i) Aclamídea: flor incompleta, ausente tanto o cálice como a corola (Gramíneas); (ii) Monoclamídea: quando a flor for incompleta e estiver ausente apenas um dos verticilos estéreis; 30 (iii) Diclamídea: flor completa que pode ser homoclamídea (corola parecida com o cálice) e heteroclamídea (corola diferente do cálice). Figura 19. Flor completa diclamídea heteroclamídea (GONÇALVES; LORENZI, 2007). 3.2.1.2 Quanto a soldadura do cálice e corola (i) Gamopétas (pétalas soldadas entre si) e gamosépalas (pétalas soldadas entre si); (ii) Dialipétas (pétalas livres entre si) e dialisépalas (sépalas livres entre si); 3.2.1.3 Quanto a simetria da corola (Figura 20) (i) Actinomorfa: todas a pétalas são iguais entre sí; (ii) Zigomorfa: quando a flor apresenta apenas um único plano de simetria passando pelo seu eixo; (iii) Assimétrica: flores sem plano de simetria. 31 Figura 20. Quanto a simetria da corola: biradial, biradial actinomorfa (biradial/actinomorphic), bilateral zigomorfa (bilateral/zygomorphic) e assimétrica (asymmetric) (SIMPSON, 2006). 3.2.2 Classificação das flores: parte fértil 3.2.2.1 Quanto ao sexo da flor (i) Estéril; (ii) Monóclina (apresenta androceu, parte masculina e gineceu, parte feminina férteis); (iii) Díclina masculina (apresenta somente o androceu fértil); (iv) Díclina feminina (apresenta somente o gineceu fértil). 3.2.2.2 Quanto ao androceu (Figura 21) (i) Dialistêmones: flor com estâmes livres entre sí; (ii) Gamostêmones: flor com estâmes soldados entre sí. 32 Figura 21. Quanto ao androceu: gamostêmone e dialistêmone (sequencias de fotos da linha superior para a inferior, respectivamente) (GONÇALVES; LORENZI, 2007). 3.2.2.3 Quanto a inserção do filete na antera (Figura 22) (i) Mesofixo: estâmes apresentam filetes unidos pelo conectivo no meio da antera, semelhante a uma gangora; (ii) Baseofixo: estâmes com filetes unidos pelo conectivo na base da antera. Figura 22. Quanto a inserção do filete na antera: baseofixo (basiofixed), dorsifixo (dorsifixed), sub- basiofixo (subbasiofixed) e dorsifixo e basiofixo (dorsifixed e basifixed) (sequências de figuras da esquerda para a direita, respectivamente) (SIMPSON, 2006). 33 3.2.2.4 Quanto ao número de estames em relação ao número de pétalas (i) Oligostêmone: E (estames)< P(pétalas); (ii) Isostêmone: E=P; (iii) Anisostêmone: o número de estames compreendido entre o igual e o dobro do número de pétalas; (Exemplo: 5 pétalas os estames devem estar entre 6 e 9) (iv) Diplostêmone: Estames 2X o número de pétalas; (v) Polistêmone: Estames superior ao dobro do número de pétalas. 3.2.2.5 Quanto ao tamanho dos estames (Figura 23) (i) Homodínamos: todos do mesmo tamanho (ii) Heterodínamos: tamanhos diferentes (iii) Didínamos: 4 estames (2 maiores e 2 menores) (iv) Tetradínamos: 6 estames (4 maiores e 2 menores) Figura 23. Quanto ao tamanho dos estames: didínamo (didynamous), tetradínamo (tetradynamous), e didímo (didymous) (SIMPSON, 2006). 3.2.2.6 Quanto a soldadura dos carpelos Os carpelos são, anatomicamente, folhas modificadas que fecham-se sobre os óvulos, formando o ovário das flores. É muito comum haver um prolongamento do carpelo no ápice do ovário, formando o estilete (responsável pela condução do tubo polínico ao ovário) e o estigma (responsável pela recepção do grão de pólen). Os carpelos podem ser classificados em relação a 34 soldadura (Figura 24) em: (i) Dialicarpelar (carpelos separados) e (ii) Gamocarpelar (carpelos unidos). Figura 24. Estrutura de carpelos gamocarpelar (GONÇALVES; LORENZI, 2007). 3.2.2.7 Quanto a posição do ovário (Figura 25) (i) Ovário súpero: ovário acima dos verticilos florais (Flor Hipógea) (ii) Ovário ínfero: ovário abaixo dos verticilos florais (Flor Epígina) Figura 25. Quanto a posição do ovário: estrutura dos ovários superos e inferos (SIMPSON, 2006). 35 3.2.3 Classificação das inflorescências: parte fértil As inflorescências são constiuídas por um conjunto de flores inseridas no pedúnculo podendo formar vários pedicelos. As inflorescências são importantes em algumas espécies, pois incrementam a quantidade de sementes que podem ser dispersas. Essa característica