de fotos da esquerda para a direita, respectivamente). 3.3.1.3 Frutos carnosos e semicarnosos - Drupa: fruto carnoso e indeiscente (Figura 36) geralmente monospérmico, com endocarpo mais semente formando um caroço (Prunus). - Baga: fruto carnoso e indesciente (Figura 36), geralmente polispérmico e endocarpo não forma caroço (uva, laranja, tomate). A laranja é uma baga do tipo Hesperídeo: fruto resultante de ovário sincárpico, pluriovulado, com epicarpo provido de bolsas secretoras de óleo essencial, mesocarpo branco e subcoriáceo. O endocarpo tem uma estrutura membranosa, compacta e é revestido internamente por 43 pêlos multicelulares de origem subepidérmica cheios de suco (característico dos citrinos, família Rutaceae). Figura 36. Frutos carnosos e semicarnosos do tipo drupa (pêssego) e baga (uva e tomate) (sequencias de fotos da esquerda para a direita, respectivamente). - Pomo: pseudofruto sincárpico proveniente de um gineceu geralmente com 5 carpelos. Característico da sub-família Maloideae, família Rosaceae, como é o caso da macieira, pereira e marmeleiro) 3.4 Classificação de sementes (morfologia externa) As sementes são as estruturas reprodutivas das angiospermas e gimnospermas, que proporcionam a dispersão das espécies. A semente é formada pela maturação do óvulo fecundado. É constituída pelo tegumento ou casca, pelo embrião (cotilédones e eixo embrionário, radícula, epicótilo e hipocótilo), e pelo endosperma que o envolve. O endosperma consiste de um tecido gerado a partir da fecundação dos núcleos polares. O tegumento se forma a partir do tecido materno que envolvia o óvulo, formando uma camada resistente (Figura 37). 44 Figura 37. Morfologia interna e externa de sementes de dicotiledôneas e monocotiledôneas (sequências de fotos de cima para baixo, respectivamente). O cotilédone é a estrutura do embrião que, proporciona a nutrição da plântula no estágio inicial de desenvolvimento. As plantas são classificadas, de acordo com o número de cotilédones em monocotiledôneas e dicotiledôneas (dois cotilédones) (Figura 37). O hilo (cicatriz do tegumento onde ligava o funículo, o qual ligava a semente a parede do fruto permitindo a absorção de água e nutrientes). A rafe é cicatriz alongada do tegumento deixada pelo funículo geralmente ocorre em sementes provinientes de óvulos anátropos (Figura 38). 45 Figura 38. Visualização da rafe em algumas espécies de mononotiledôneas e dicotiledôneas (GONÇALVES; LORENZI, 2007). O arilo é a saliência, geralmente carnosa que, se forma no funículo ou hílo ao redor da semente e a carúncula: saliência carnosa originária do tegumento (mamona). 3.5 Classificação de raízes (morfologia externa) A raiz é o órgão responsável pela fixação da planta no solo, absorção de água e nutrientes, além de, secreção de substâncias e sinalização. É originada na radícula do embrião (raiz seminal), no caule ou gemas caulinares ou folheares (raízes adventícias). A inserção das raízes ocorre no colo da raiz (terminal) e acima do colo da raiz (laterais). Já a ramificação pode ser terminal ou dicótoma e lateral (sucessão acrópeta). As raízes apresentam diferenciações anatômicas, dependendo da região em que se localiza no solo (Figura 39). (i) O colo é considerada a região de transição entre o caule e a raiz; Zona suberizada é o local com alta quantidade de suberina com pouca capacidade de absorção de água e nutrientes. Logo, abaixo da zona suberizada a raiz apresenta ramificações (originadas do periciclo), as quais incrementam a área de absorção de água e nutrientes da planta; Zona pelífera é localiza abaixo das raízes secundária e também nas raízes secundárias (pêlos apresentam menor calibre portanto, são eficazes em absorver água em pequenos poros do solo) e a Coifa é a estrutura localizada no ápice das raízes com função de proteção, secreção de substãncias para melhorar a penetração da raiz e também serve como sensor de gravidade (apresenta grãos de amidos nos amiloplastos e este em estruturas denominadas de estalócitos, essas estruturas são influenciadas pela auxina). 46 Figura 39. Diferenciações anatômicas das raízes em relação a localização no solo. Os tipos de raízes observadas em plantas são em sua maioria subterrâneas, porém também são encontradas raízes aquáticas (nenúfar; lentilha-de-água), aéreas (epífitas) e outras como é o caso dos pneumatóforos e das sugadoras (haustórios). Raízes subterâneas: (i) Fasciculada ou axial: Várias raízes formando uma cabeleira, muito comum em monocotiledôneas. Neste caso não existe raiz principal (Figura 40) (ii) Pivotante: Apresenta uma raiz principal, onde se deriva raízes secundárias, muito comuns em gimnospermas e dicotiledôneas (Figura 40). 47 Figura 40. Diferenciações anatômicas entre raízes de monocotiledônea e dicotiledônea. (iii) Tuberosa: é raiz pivotante com função de armazenamento de substâncias (cenoura, beterraba, batata doce e quiabo); Raízes aéreas (i) Pneumatóforos: comum em plantas de ambientes alagados. As raízes apresentam pequenas lenticelas por onde o oxigênio é absorvido e translocado para as raízes alagadas (Figura 41). Figura 41. Estrutura de peneumatófos de plantas em ambientes alagados. 48 (ii) Raízes sugadoras ou assimiladoras: são raízes que conseguem extrair nutrientes de outras plantas, sendo consideradas parasitas. No Brasil, o principal exemplo de planta parasita homeopata é o cipó-pólvora. Esse se fixa sobre uma planta e suas raízes finas penetram na planta hospedeira de onde extraem enxofre e potássio. (iii) Raiz adventícia: é um tipo de raiz aérea emitida em caules de plantas com função de sustentação e absorção de nutrientes (Zea mays L.), Figura 42a. A formação dessas raízes pode ser intensificada em plantas mantidas em solos alagados ou compactados, isto é, com deficiência de oxigênio (Figura 42b). Figura 42. Formação de raízes adventícia em milho (a) e soja no estádio V5 submetida a 21 dias de inundação (b). Fonte: PIRES; SOPRANO e CASSOL, 2002 e http://www.plantiodireto.com.br, respectivamente. 3.6 Classificação de caules (morfologia externa) Os caules são estruturas produzida pelas plantas para dar as folhas disposição favorável, estabelecer a comunicação entre as raízes e folhas. Além disso, os caules podem acumular reservas como é o caso da cana de açúcar (Saccharum officinarum) e milho (Zea mays). Em espécies herbáceas os caules podem apresentar clorofila e assim auxiliar no processo fotossintético da planta. O caule é originado do caulículo do embrião, das gemas caulinares (ex: morangueiro; erva- azeda) e gemas foliares (ex: begónias e crassuláceas) 3.6.1 Tipos de caules Caules aéreos: São os caules mais comuns, que ficam expostos ao ar. Quando são fortes, maciços e erguem- se verticalmente e podem ramificar-se em muitos galhos, são chamados troncos. Os caules podem ser tipo estipe quando são únicos, sem ramificações, com folhas na ponta, como as palmeiras. Caules finos podem estender- se sobre o solo, como ocorre com a melancia e a abóbora, sendo chamados nesse caso estolho ou estolão. Os caules podem ainda ser do tipo trepador, quando se 49 apóiam em outros vegetais suportes que encontrem, como as trepadeiras. Alguns caules desenvolvem gavinhas, que funcionam como ganchos como os quais se fixam em qualquer suporte que encontram. As gavinhas muitas vezes são folhas ou galhos modificados. O chuchu e a videira são exemplos de plantas que possuem gavinha. (i) Tronco: possuem uma estrutura irregular semelhante a uma forma