Buscar

Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

57 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
Análise do Demonstrativo de 
Resultados do Exercício (DRE)
 – Apresentação
Nesta Aula 4 discutiremos os temas relacionados à composição da Demonstração 
de Resultados do Exercício, suas contas e a sua importância como fonte de informações 
operacionais e financeiras sobre os resultados da empresa. 
O objetivo é dedicar especial atenção à classificação das contas componentes da 
DRE como é o caso das receitas, custos, despesas e resultado final do exercício no 
período analisado. 
AULA
4
NESTA AULA 
– Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)
– Contas que compõem a Demonstração de Resultados
– Lucro Operacional e resultados não operacionais
– Apuração Final e os principais grupos de contas
– Apuração Final e integração entre a demonstração de resultados
do exercício e o balanço patrimonial
METAS DE COMPREENSÃO 
– Compreender as formas de publicação e as principais contas que
normalmente aparecem nas DRE’s.
– Entender as diferenças entre CSP, CMV e CPV.
– Saber as classificações do DRE e a apuração do Resultado do Exercício.
Administração Financeira e Regime de Capitalização58
Demonstração de 
Resultados do Exercício 
(DRE)
A demonstração de resultados do exercício de 
uma empresa é uma forma de apresentação or-
denada da receita e das despesas do exercício 
(normalmente 12 meses). 
A DRE da nossa empresa, a Cia. Industrial Alfa, 
apresentada a seguir na Figura 4.1. apresenta 
uma análise vertical de forma dedutiva, onde 
das receitas subtraem-se as despesas gerando-se 
o resultado (lucro ou prejuízo).
S
tock-xchng
CIA. INDUSTRIAL ALFA
BALANÇO PATRIMONIAL - Ativo e Passivo Circulante
A B C D
Ano 
2007 %
Ano 
2008 %
Ano 
2009 %
Ano 
2010 %
ATIVO
CIRCULANTE
Caixa 7.500 83% 6.250 72% 7.250 73% 9.500 76%
Estoques 500 6% 950 11% 1.000 10% 1.250 10%
Duplicatas a Receber 1.000 11% 1.500 17% 1.750 18% 1.750 14%
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 9.000 100% 8.700 100% 10.000 100% 12.500 100%
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 4.500 100% 5.000 100% 6.000 100% 6.500 100%
PASSIVO
CIRCULANTE
Contas a Pagar Curto Prazo 1.500 43% 3.000 62% 4.000 68% 4.500 64%
Obrigações Trabalhistas 2,000 57% 1.875 38% 1.875 32% 2.500 36%
TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE 3.500 100% 4.875 100% 5.875 100% 7.000 100%
EXIGÍVEL LONGO PRAZO 4.000 100% 2.500 100% 3.250 100% 5.000 100%
PATRIMÔNIO LIQUIDO 6.000 6.325 6.875 7.000
É importante destacar que a DRE pode ser feita de forma simples ou 
completa. Assim sendo, quando o administrador está trabalhando em uma 
empresa de menor porte, ou seja, micro ou pequena, a DRE pode ser mais 
simplificada. Quando tratar-se empresa de grande porte ou mesmo uma 
S.A., a lei exigirá que seja elaborada a DRE na sua forma completa, com o
total detalhamento de cada conta de receita, despesas, custos e deduções
que impactam na apuração do resultado final.
Figura 4.1
59 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
Ou seja, em qualquer um dos casos mencionados anteriormente, o resul-
tado apurado na DRE levará necessariamente ao aumento ou à redução 
do Patrimônio Líquido (PL) da empresa entre os dois períodos de 
apuração dos números. 
Na Figura 4.2 a seguir, destacamos um exemplo de DRE detalhada conta 
a conta. Neste demonstrativo, você terá uma visão mais completa a respei-
to de cada grupo de conta, conforme será detalhado.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DRE COMPLETA
CIA INDUSTRIAL ALFA
Saldos em 31-dezembro Ano X2 Ano X3
R$ R$
Receita Bruta de Vendas e Serviços 1.405.000 1.684.750
Venda de Produtos 800.000 900.000
Venda de Serviços 500.000 784.750
(-) Deduções da Receita Bruta (205.000) (234.750)
Devoluções & Abatimentos (50.000) (60.000)
Impostos sobre Vendas (150.000) (168.750)
Impostos sobre Serviços (5.000) (6.000)
Receita Líquida 1.200.000 1.450.000
(-) Custo dos Produtos Vendidos (720.000) (850.000)
CPV (720.000) (850.000)
Custo Serviços Prestados - -
Lucro Bruto 685.000 834.750
(-) Despesas Operacionais (300.000) (355.500)
Vendas (100.000) (120.000)
Administrativas (100.000) (100.000)
Depreciação (20.000) (35.000)
Financeiras (80.000) (100.500)
Lucro Operacional 385.000 479.250
Resultados Não Operacionais - -
Lucro antes IR e Contribuição 385.000 479.250
(-) Provisão IR e Contribuição (65.000) (81.000)
Lucro Após IR e C 320.000 398.250
(-) Participações e Contribuições (185.000) (199.750)
Empregados (85.000) (99.000)
Administradores (100.000) (100.750)
Lucro / Prejuízo do Exercício 135.000 198.500
Número de Ações 1.000 1.000
Lucro por Ação 135.000 198.50
Figura 4.2
Administração Financeira e Regime de Capitalização60
Esta DRE da Cia. Industrial Alfa ainda é uma apresentação relativamente 
simples quando comparada, por exemplo, com os modelos apresentados 
por empresas de capital aberto segundo as regras da Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM). No entanto, em termos conceituais traz todas as princi-
pais contas e a mesma estrutura de apresentação que podemos encontrar 
em exemplos mais completos.
Contas que compõem a
Demonstração de Resultados
Vamos conferir as contas que compõem a Demonstração de Resultados?
RECEITA BRUTA
Como é possível ver na DRE mostrada anteriormente, a Receita Bruta 
de vendas e de serviços é a soma do total que a empresa efetivamente 
faturou para seus clientes, incluindo todos os impostos incidentes sobre as 
vendas e serviços prestados.
DEDUÇÕES DA RECEITA
Representadas pelas contas que mostram os valores que reduzem este 
faturamento anterior, e que podemos dividir em dois grupos distintos. No 
primeiro deles, estamos falando de devoluções, cancelamentos, descontos 
e abatimentos, por exemplo, que normalmente toda empresa é obrigada 
a conviver no dia a dia de suas operações. No segundo, dos impostos co-
brados pelo governo nestas transações de vendas e prestação de serviços.
Devoluções de Vendas
Descontos e Abatimentos Concedidos
Impostos Incidentes sobre Vendas e Serviços
Tanto as devoluções quanto os descontos e abatimentos 
são normalmente ações comerciais ou dos compradores que 
acabam por causar impacto no resultado da empresa. 
Por exemplo: a empresa pode optar por dar um descon-
to ou abatimento no preço de um produto, e receber um 
valor menor de vendas. Sendo que, nas devoluções, o valor 
faturado pela empresa é reduzido no valor das mercado-
rias devolvidas efetivamente. Já os impostos sobre vendas 
e serviços têm origens e classificações diversas. Vejamos o 
que diz um especialista a respeito:
Stock-xchng
61 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
PALAVRA DE AUTOR
Os Impostos sobre vendas e serviços representam 
os impostos incidentes sobre as vendas e os serviços 
prestados, gerados por meio da emissão de notas 
fiscais e faturas, tais como: Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte 
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação 
(ICMS), Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre 
Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos 
(IVVC) e Programa de Integração Social (PIS). 
(HOJI, 2009, p. 267)
RECEITA LÍQUIDA
Sabemos que “as vendas são a essência do negócio”. Assim, para efe-
tivamente operar (e, portanto, existir!) toda empresa precisa faturar, ou 
seja, vender e obter receita desta operação. 
Sempre que estudamos os números publicados por uma empresa, a nos-
sa principal preocupação será a de analisar o desempenho das vendas. Por-
tanto, sempre iniciamos nossa análise pelas Receitas Líquidas, já que todos 
os itens redutores da receita – conforme analisados anteriormente – são os 
mesmos para todas as empresas com operações e tamanhos semelhantes 
em uma mesma cidade. Portanto, toda a Análise de Balanços deve utilizaresta Receita Líquida como seu ponto de partida!
CUSTOS
Os custos das vendas efetuadas precisam ser muito bem analisados, pois 
são, juntamente com os impostos, itens que normalmente impactam nos 
resultados de qualquer empresa. Dependendo do mercado onde a empresa 
atua, será necessário que o administrador classifique os custos diferente-
mente. 
Veja a seguir as três classificações normalmente utilizadas para carac-
terizar os custos das vendas:
Prestação de Serviço: Custo dos Serviços Prestados (CSP)
Comércio: Custo da Mercadoria Vendida (CMV)
Indústria: Custo do Produto Vendido (CPV)
Administração Financeira e Regime de Capitalização62
Vamos agora ver em detalhes cada um desses custos, e como devemos 
analisá-los como parte dos resultados das empresas levando em consideração 
a questão dos impostos incidentes sobre cada um deles. 
CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (CSP)
Quando analisamos uma empresa prestadora de serviços como uma univer-
sidade, por exemplo, sabemos que os custos para o seu funcionamento são 
bastante diferentes daqueles de uma fábrica. 
Em uma prestadora de serviços, os principais custos são via de regra a mão 
de obra, materiais e gastos do dia a dia da operação. Nestes casos, existem 
também os custos decorrentes da depreciação dos materiais e itens utilizados 
na prestação do serviço, que exigem um cuidado bem especial do ana-
lista na sua análise.
CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA (CMV)
Sabemos que Custo da Mercadoria Vendida (CMV) é o valor das mercadorias 
vendidas que foram compradas prontas para serem comercializadas. Quando 
um supermercado compra determinado produto como macarrão, por exem-
plo, ele paga ICMS na nota fiscal que a fábrica envia pra ele junto com o pro-
duto. Quando este mesmo supermercado revende o pacote de macarrão ao 
cliente na boca do caixa, este ICMS incluso no preço (da fábrica) é abatido do 
ICMS a recolher sobre a venda ao consumidor (na boca do caixa). 
Importante!
Este raciocínio do ICMS já será um pouco diferente para o caso do IPI, frete e seguros 
pagos pelo supermercado quando compra o macarrão de nosso exemplo. Nestes casos, es-
tes custos são efetivamente incorridos e integram o custo da mercadoria comprada pelo 
supermercado para ser revendida.
Vejamos agora, a seguir a metodologia de cálculo do Custo da Mer-
cadoria Vendida (CMV):
CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final
CUSTO DO PRODUTO VENDIDO (CPV)
Representa a soma de todos os custos necessários para a fabricação do 
produto pela fábrica. Quando o produto é vendido, este “custo” vai aparecer 
na DRE – Demonstração de Resultados do Exercício, reduzindo o faturamento 
efetuado (as vendas da empresa). 
63 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
CPV = EIPA + CP – EFPA
 Em que:
EIPA Estoque Inicial de Produto Acabado
CP Estoque Inicial de Produto Acabado
EFPA Estoque Final de Produto Acabado
Somado a isso, caso o produto seja fabricado 
(ou seja, incorreu nestes custos) e não seja ven-
dido, este custo aparecerá – será somado – na 
conta Estoque de Produto Acabado e/ou Esto-
que de Produto em Processo. 
Estoque de Produto em 
Processo:
Valores que a empresa detém 
sob a forma de estoque no final 
do período analisado de produto 
semi-industrializado, por
exemplo, peças e componentes 
para a produção de veículos.
Estoque de Produto Acabado:
Valores que a empresa detém 
sob a forma de estoque no 
final do período analisado de 
produto acabado, por exemplo, 
veículos produzidos e prontos 
para a venda.
É sempre importante lembrar que, para fabricar um produto, a fábrica 
terá custos de matérias-primas, mão de obra de fabricação e demais custos 
diretos ligados à produção. 
Apresentamos a seguir a equação representativa do cálculo do Custo do 
Produto Vendido (CPV):
Importante!
Este CPV tem os valores de IPI 
(Imposto sobre Produto Industria-
lizado) referentes às suas compras 
de matérias-primas e semiacabados 
abatidos do IPI sobre suas vendas 
(um incentivo concedido pelo go-
verno que oferece uma desonera-
ção ao fabricante.)
Administração Financeira e Regime de Capitalização64
Uma vez apurado estes custos tratados anteriormente, a DRE da empre-
sa analisada apresentará o valor referente ao seu Lucro Bruto, que nada 
mais é que a Receita Líquida subtraída deste total de custos.
VOCÊ SABIA?
Há diferença entre uma Demonstração de Resultados de uma 
empresa industrial, que nós já analisamos, e uma empresa do setor 
financeiro, por exemplo. No caso de uma financeira, por exemplo, não 
teremos CPV, já que não existe a efetiva fabricação de um produto e sim 
prestação de serviço – ou seja, intermediação financeira, empréstimos, 
financiamentos, entre outros.
Neste sentido, o serviço bancário não exige a compra de matéria-
prima, produto semiacabado, ou de qualquer outro “insumo” para 
a execução de seu “produto final” que é a “intermediação financeira”. 
Assim, o banco apresentará 
como resultado a diferença entre 
a sua Receita de Intermediação 
Financeira (juros cobrados, 
tarifas cobradas e outras receitas 
financeiras) reduzida de sua 
Despesa de Intermediação 
Financeira (todos os custos e 
despesas necessários para a 
sua atividade). 
Stock-xchng
Produto semiacabado:
Produtos com certo 
grau de manufatura que 
servem de base para 
a produção de outros 
bens. Por exemplo, 
peças e componentes 
automotivos que 
são utilizados pelas 
montadoras de veículos 
na produção dos carros.
Matéria-prima:
Bens primários 
utilizados na produção 
de outros bens como, 
por exemplo, ferro, 
aço, energia elétrica, 
borracha.
PENSE NISSO
Vamos então agora refletir um pouco mais sobre o CMV?
Será que a alíquota (a porcentagem do imposto) cobrada do ICMS afeta 
o preço final da mercadoria?
Certamente afeta, e quanto maior o imposto, maior o preço final. Mas
além de aumentar este preço, uma alíquota maior causa algum outro efeito 
na sociedade (fornecedor, empresário, consumidor)? 
DICA
Veja o site de Relação com Investidores do Banco Bradesco S.A.: Relatórios 
e Planilhas/Demonstrações Contábeis. 
Analise o DRE para o ano de 2012:
<http://www.bradescori.com.br/abertura.html>. Acesso em: 9 abr. 2013.
65 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
A seguir, vamos analisar as últimas contas que fazem parte do DRE ini-
ciando pelas Despesas Operacionais, e concluindo nosso estudo na apura-
ção do Lucro por Ação que é a última linha do demonstrativo.
DESPESAS OPERACIONAIS
Veja uma definição e classificação das Despesas Operacionais de 
uma empresa.
PALAVRA DE AUTOR
As despesas operacionais são necessárias para promover, vender e 
distribuir os produtos, administrar a empresa e financiar as operações. 
Os principais subgrupos das despesas operacionais são: Despesa de 
Vendas, Despesas Administrativas e Despesas Financeiras.
 (HOJI, 2009, pp. 268)
Somada a esta definição, o autor classifica as despesas em três grupos 
distintos e que auxiliam muito nossa análise: 
TROCANDO IDEIAS
Lembre-se que existe uma sensível diferença entre os Balanços e os 
Demonstrativos de uma empresa industrial e prestadora de serviços. 
Discuta com seus colegas no Fórum virtual quais as principais diferenças 
na apuração de resultados entre empresas de ramos de atividades tão 
diferentes. Anote as suas considerações e opiniões dos colegas!
Despesas de Vendas
Compostas pelas despesas com pessoal de vendas, comissões sobre ven-
das, publicidade e propaganda, provisões para devedores duvidosos, via-
gens, fretes etc. 
No nosso DRE – Demonstrativo de Resultados do Exercício – vemos a soma 
de todas as despesas incorridas desde o início da produção do produto, 
somada aos gastos para sua colocação nas mãos do distribuidor e, por fim, 
na prateleira do comércio.Despesas Gerais e Administrativas
Referem-se aos gastos gerais para a administração do negócio. Normal-
mente incluem os honorários administrativos, salários e encargos, aluguel 
e materiais de escritório, entre outros gastos do dia a dia da empresa.
Administração Financeira e Regime de Capitalização66
Despesas Financeiras
Sabemos que normalmente toda operação exige linhas de crédito em 
bancos e demais instituições financeiras. Assim, estes empréstimos ban-
cários (e serviços financeiros em geral) acabam resultando em despesas 
financeiras como, por exemplo: juros, encargos e taxas que são lançados 
nesta linha do DRE. 
Paralelamente, a empresa pode também receber receitas decor-
rentes de aplicações de recursos em bancos, receber juros de mora, 
ou mesmo contabilizar descontos obtidos de fornecedores que têm carac-
terísticas financeiras.
Muitas vezes, o contador precisa também contabilizar despesas que não 
se enquadram nas categorias descritas. Nesses caso aparecerá na DRE a 
linha que representa as contas “Outras Receitas e Despesas Operacionais”, 
que somam valores de características e origens das mais diversas. 
Como exemplo de “Outras Receitas e Despesas Operacionais” na DRE 
temos a equivalência patrimonial ou os dividendos recebidos de terceiros. 
Equivalência Patrimonial:
É a parcela do resultado 
de uma empresa 
controlada ou coligada da 
qual a empresa analisada 
detenha participação 
acionária. O resultado 
(lucro ou prejuízo do 
período) será, portanto, 
proporcional à esta 
participação no capital da 
controlada ou coligada.
Lucro Operacional e os resultados 
não operacionais
Uma vez deduzidas as despesas operacionais mencionadas, a DRE da 
empresa analisada apresentará o valor referente ao seu Lucro Operacional.
Toda empresa sempre pode apresentar no decorrer de seu ano fiscal 
resultados (ganhos ou perdas) decorrentes de operações não relacionadas 
diretamente com seu negócio principal. 
Por exemplo, uma fabricante de produtos de limpeza pode obter, em 
determinado ano, um ganho decorrente da venda de um imóvel por valor 
muito acima do comprado e contabilizado no seu ativo imobilizado inicial-
mente. Há também a possibilidade de perdas de capital, caso a baixa deste 
ativo (no caso da venda do imóvel) ocorra a um valor inferior ao registrado 
no seu Balanço Patrimonial e gere uma perda para a empresa.
Apuração Final: os principais grupos 
de contas
PROVISÃO PARA IR E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
O Imposto de Renda (IR) e a Contribuição Social (CS) são devidos basica-
mente sempre que a empresa apresentar um lucro real (resultado positivo) 
após a dedução de prejuízos acumulados de exercícios anteriores, a recei-
ta não tributável e diferimento de IR sobre o lucro apurado contabilmente. 
67 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
IR DIFERIDO
Refere-se a todo Imposto de Renda que deverá ser recolhido futuramen-
te pela empresa e pago à Receita Federal.
PREJUÍZOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES
São prejuízos incorridos em anos anteriores que são 
levados no PL aos anos futuros para fins de abatimento, 
por exemplo, de lucros futuros e outras providências.
RECEITAS NÃO TRIBUTÁVEIS
São as receitas não passíveis de tributos por diversas 
razões que a lei permitir por exemplo, algumas vendas 
intercompanhias (conhecidas como “receitas intercom-
pany"), ou seja operações ocorridas dentro de um mes-
mo grupo empresarial ou financeiro.
PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
Estas participações são calculadas sobre o Lucro Líquido já deduzido do 
IR. Normalmente representam valores que a empresa por estatuto define 
que sejam calculadas e caracterizam-se por ser participações de emprega-
dos no lucro, de administradores no lucro e partes beneficiárias. 
As contribuições têm muitas finalidades, como, por exemplo, as efetua-
das para os fundos de pensão dos empregados da própria empresa.
LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO)
Uma vez deduzido ou acrescentado do Lucro Operacional estes valores 
referentes aos Resultados Não Operacionais, Provisão de IR e CS, as Par-
ticipações e Contribuições, a empresa terá apurado seu Lucro Líquido ou 
Prejuízo do Período.
LUCRO POR AÇÃO
 Segundo Hoji (2008, p. 270) o Lucro por Ação é uma informação que se 
refere ao valor do lucro líquido dividido pelo número de ações. Já Iudícibus 
(2009, p.48) afirma que, uma vez deduzido do resultado as participações e 
contribuições, o que remanescer é o Lucro Líquido. Ao se dividir o Lucro Lí-
quido pela quantidade de ações em que está dividido o capital da empresa, 
obtém-se o Lucro Líquido por Ação do Capital Social. 
Administração Financeira e Regime de Capitalização68
A legislação brasileira estabelece que o Lucro Líquido por Ação do Capi-
tal Social deve ser indicado no final da Demonstração do Resultado do Exer-
cício, evidenciada na Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Apuração Final: integração entre 
a demonstração de resultados do 
exercício e o balanço patrimonial
Após o administrador ter feito esta apuração do Lucro Líquido, decide-se 
pelo destino deste lucro. Ou seja, neste momento os administradores deci-
dirão qual a porcentagem do lucro que será destinada aos proprietários sob 
a forma de dividendos, e quanto será, por exemplo, reinvestido na própria 
empresa. Independentemente da estratégia adotada para a distribuição 
dos lucros, estes movimentos serão sempre mostrados na Demonstração de 
Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA).
O que ficar retido na empresa para reinvestimento será, então, trans-
portado para o Balanço Patrimonial da seguinte forma: o recurso aparecerá 
descrito no Patrimônio Líquido e este montante refletido em uma 
aplicação no Ativo.
SÍNTESE
Nesta Aula 4 estudamos os temas relacionados à composição 
da Demonstração de Resultados do Exercício, suas contas e a sua 
importância como fonte de informações operacionais e financeiras 
sobre os resultados da empresa. 
Analisamos também a importância da DRE na análise de resultados 
da empresa e como devemos, passo a passo, executar a apuração do 
resultado pela DRE. 
Para tanto, mostramos como ocorrem a apuração da Receita de 
Vendas e o cálculo dos impostos incidentes sobre vendas, a apuração 
dos custos de produção e das despesas de vendas, o cálculo do Imposto 
de Renda, o resultado representado pelo lucro por ação e, por fim, a 
apuração final e a Integração dos Resultados da empresa estudada.
LEITURAS INDICADAS
Veja a Demonstração de Resultado da Vectra Manufacturing 
para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2009.
GITMAN, L.J. Princípios de Administração Financeira. 12ª 
Ed. São Paulo: Pearson, 2009, p. 116.
69 Aula 4: Análise do Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE)
ATIVIDADES
1.Quais contas compõem o item Receita Bruta
de Vendas e Serviços? Quais os seus saldos? E quais 
as variações entre os anos X2 e X3? O que se pode 
concluir do total de variação deste grupo de contas 
entre estes dois períodos analisados?
Veja novamente a Figura 4.2, apresentada anteriormente, que traz a De-
monstração de Resultados do Exercício (DRE) Completa da Cia. Industrial Alfa. 
Com base nos conceitos que estudamos nesta Aula vamos, agora, desenvol-
ver algumas atividades:
ATIVIDADES
2. Reflita e responda:
Quais contas compõem o item Deduções da Receita Bruta?
Analise a variação de um ano para o outro. O que se pode
concluir do total de variação deste grupo de contas entre estes 
dois períodos analisados?
Administração Financeira e Regime de Capitalização70
ATIVIDADES
3. Quais contas compõem o item Despesas
Operacionais? E compare-as entre os anos X2 e X3. 
O que se pode concluir do total de variação deste 
grupo de contas entre estes dois períodos analisados?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes