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194470090118 HC E ROC AULAS 15E16 (1)

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31/08/2018
1
OAB SEGUNDA FASE
DIREITO PENAL
PROFESSORA CRISTIANE DUPRET
Redes sociais:
Instagram: @professoracristianedupret
Facebook: Cristiane Dupret (Página)
APLICATIVO:
Cristiane Dupret
Basta Baixar na
Appstore Ou Google Play
31/08/2018
2
APLICATIVO:
applink.com.br/oabpenal
Ou Baixe direto na
PlayStore
SITE:
www.cristianedupret.com.br
DOIS PASSOS: Clique em Cadastre-se e Assine a Lista para
receber um Ebook
Para encomendar:
bit.ly/vademozao
31/08/2018
3
HABEAS
CORPUS
A regra no HC é de que seja uma ação perante
o Tribunal.
Há duas exceções em que ele pode ser
utilizado em 1ª. Instância:
- Habeas Corpus preventivo para trancar o
inquérito, extinguir o procedimento
- Quando ausente representação da vítima,
para trancar o inquérito iniciado
31/08/2018
4
O HC não é peça privativa de advogado, mas o 
recurso do HC é!
FUNDAMENTAÇÃO DO 
HABEAS CORPUS
Art. 5º, LXVIII, CRFB/88
Arts. 647 e ss, CPP
Art. 5º, LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer
violência ou coação em sua liberdade de locomoção,
por ilegalidade ou abuso de poder.
Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém
sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou
coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos
casos de punição disciplinar.
31/08/2018
5
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica,
são instituições nacionais permanentes e
regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia
dos poderes constitucionais e, por iniciativa
de qualquer destes, da lei e da ordem.
(...)
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a
punições disciplinares militares.
Mas quem pode impetrar HC?
Quem são as partes?
31/08/2018
6
PARTES NO HABEAS CORPUS
Observação:
O impetrado é a autoridade coatora, podendo assim ser
chamada, salvo quando o habeas corpus é impetrado
contra ato de particular.
IMPETRANTE e IMPETRADO
A pessoa FÍSICA em favor de quem se 
impetra o habeas corpus é chamada de 
PACIENTE.
O paciente pode ser o impetrante.
Qualquer pessoa pode impetrar habeas 
corpus, por isso NÃO é peça privativa de 
advogado (art. 654, CPP)
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado
por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem,
bem como pelo Ministério Público.
31/08/2018
7
O HC é de Jurisdição Voluntária!
Para conceder de ofício, é necessário que o 
órgão de concessão esteja acima da 
autoridade coatora e na linha de reforma.
A petição de habeas corpus conterá
(art. 654, § 1o , CPP):
a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada
de sofrer violência ou coação e o de quem
exercer a violência, coação ou ameaça;
b) a declaração da espécie de constrangimento
ou, em caso de simples ameaça de coação, as
razões em que funda o seu temor;
c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu
rogo, quando não souber ou não puder escrever, e
a designação das respectivas residências.
31/08/2018
8
O objeto do habeas corpus é a LIBERDADE DE 
LOCOMOÇÃO ou LIBERDADE 
AMBULATORIAL do paciente, que se encontra 
ameaçada ou cerceada.
Portanto, se não houver ameaça ou cerceamento
da liberdade de alguém NÃO será caso de habeas
corpus.
SÚMULA 693
Não cabe habeas corpus contra decisão
condenatória a pena de multa, ou relativo a
processo em curso por infração penal a que
a pena pecuniária seja a única cominada.
Dependendo da pretensão deduzida, o 
habeas corpus pode ser declaratório, 
constitutivo ou simplesmente 
mandamental. 
Jamais terá, portanto, natureza condenatória.
31/08/2018
9
FUNDAMENTAÇÃO DO HC
Artigo 5º, LXVIII da CF c/c artigo 647 e
seguintes, em especial o artigo 648, ____
todos do CPP.
Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
I - quando não houver justa causa;
II - quando alguém estiver preso por mais tempo do
que determina a lei;
III - quando quem ordenar a coação não tiver
competência para fazê-lo;
HIPÓTESES DE CABIMENTO (Art. 648, CPP)
IV - quando houver cessado o motivo que
autorizou a coação;
V - quando não for alguém admitido a prestar
fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
VI - quando o processo for manifestamente nulo;
VII - quando extinta a punibilidade.
31/08/2018
10
CONDIÇÕES DA AÇÃO PENAL
- Legitimidade das partes
- Interesse de agir
- Possibilidade jurídica do pedido
Há quem sustente que existe uma quarta: A
Justa causa. Para outros, é requisito da
denúncia.
Justa causa é uma expressão que pode ser
utilizada com vários significados.
ATENÇÃO:
É possível impetrar habeas corpus por falta de
justa causa no recebimento de uma denúncia
sem justa causa.
31/08/2018
11
Então quando usar o inciso I?
- No HC para trancar o inquérito
- Em outros casos, desde que não
enquadrados nos demais incisos, se houver
ilegalidade ameaçando ou cerceando a
liberdade.
No habeas corpus é possível pedido 
de LIMINAR!!!!
Portanto:
PEÇA A LIMINAR, indicando o fumus boni iuris 
e o periculum in mora que a justifique.
LEMBRE-SE:
COMPETÊNCIA 
EM HABEAS CORPUS
31/08/2018
12
A competência para Mandado de segurança em
matéria criminal é a mesma do HC.
A competência do HC é hierárquica, o que
significa hierarquia de reforma.
Juiz 
Estadual
Juiz 
Federal
Juiz 
Eleitoral
TJ ou TRF STJ
Autoridade
Coatora é STF
HC HC HC HC HC
ROC ROC ROC ROC
31/08/2018
13
JECRIM
Turma 
Recursal
Juizado de Violência 
Doméstica
Delegado 
de Polícia
Particular
Autoridade
Coatora é
HC HC HC HC HC
ROC ROC RESE RESE
CF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal
Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer
das pessoas referidas nas alíneas anteriores;
o mandado de segurança e o habeas data
contra atos do Presidente da República, das
Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal, do Tribunal de Contas da
União, do Procurador-Geral da República e
do próprio Supremo Tribunal Federal;
31/08/2018
14
i) o habeas corpus, quando o coator for
Tribunal Superior ou quando o coator ou o
paciente for autoridade ou funcionário cujos
atos estejam sujeitos diretamente à
jurisdição do Supremo Tribunal Federal, ou
se trate de crime sujeito à mesma jurisdição
em uma única instância;
Se for decisão do STJ ou do TSE, a impetração
será perante o STF.
E se a decisão for de Turma Recursal?
31/08/2018
15
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as
causas decididas em única ou última
instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;
b) declarar a inconstitucionalidade de tratado
ou lei federal;
c) julgar válida lei ou ato de governo local
contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de
lei federal.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de
Justiça:
III - julgar, em recurso especial, as causas
decididas, em única ou última instância,
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-
lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local
contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da
que lhe haja atribuído outro tribunal.
31/08/2018
16
Súmula 690, STF
Compete originariamente ao Supremo Tribunal
Federalo julgamento de "habeas corpus"
contra decisão de Turma Recursal de
Juizados Especiais Criminais.
O STF parou de usar a súmula, passando a
entender que o HC de ato de Turma Recursal
será julgado pelo TJ ou TRF, a depender se a
Turma Recursal é de Juizado Especial
Estadual ou Federal.
Quem é competente para julgar HC contra ato
de:
- Delegado
- Particular
- Promotor de Justiça
31/08/2018
17
O endereçamento do Habeas Corpus
dependerá, portanto, de quem é a 
autoridade coatora
ATENÇÃO
Autoridade coatora = delegado de polícia civil
Competência = Juiz Estadual 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DA 
COMARCA DE ________
Autoridade coatora = delegado de polícia civil, 
nos crimes de menor potencial ofensivo
Competência = Juizado Especial Criminal 
Estadual
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA 
COMARCA DE _______
31/08/2018
18
Autoridade coatora = delegado de polícia 
federal
Competência = Juiz Federal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ 
FEDERAL DA ____ VARA CRIMINAL FEDERAL 
DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _______
Autoridade coatora = delegado de polícia 
federal nos crimes de menor potencial 
ofensivo
Competência = Juizado Especial Criminal 
Federal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ 
FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL 
FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE _________
Se o crime for doloso contra a vida e a 
autoridade coatora for delegado de polícia
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DA ___ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA 
COMARCA DE ________
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL 
DA __ VARA DO TRIBUNAL DO JÚRI DA SEÇÃO 
JUDICIÁRIA DE ____________
31/08/2018
19
Autoridade coatora = Juiz de Primeiro Grau 
Estadual ou Ministério Público Estadual
Competência = Tribunal de Justiça 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____________ 
Autoridade coatora = Juiz de Primeiro Grau 
Federal ou Ministério Público Federal
Competência = Tribunal Regional Federal
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL 
REGIONAL FEDERAL DA ____ REGIÃO 
Autoridade coatora = Juizado Especial Criminal
Competência = Colégio ou Turma Recursal
se Juizado Estadual:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE 
DO COLÉGIO RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL 
CRIMINAL DA COMARCA DE _____________ 
31/08/2018
20
Autoridade coatora = Juizado Especial Criminal
Competência = Colégio ou Turma Recursal
Se Juizado Federal: 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDENTE 
DA TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL 
FEDERAL CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA ___________ 
Autoridade coatora = Juizado de Violência 
Doméstica e Familiar contra a Mulher
Competência = TJ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ________
Autoridade coatora = TJ ou TRF ou pessoa 
com prerrogativa de foro no STJ
Competência = STJ
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 
MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
31/08/2018
21
Autoridade coatora = Tribunais Superiores 
(STJ, TSE ou STM) ou pessoa com prerrogativa 
de foro no STF
Competência = STF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR 
MINISTRO PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
O HC é uma Ação Autônoma de Impugnação.
Logo, deve ser elaborada uma petição inicial,
diferente do ROC, que é recurso. Este terá
petição dúplice (Petição de Interposição e de
Petição de Razões).
Petição do HC
- Endereçamento
- Apresentação do impetrante
- Nome da peça (Habeas Corpus em favor
de..., que se encontra... em sua liberdade de
locomoção, por ato praticado por..., ora
autoridade coatora)
- Fatos
- Direito
- Pedido
31/08/2018
22
É importante saber a diferença entre HC e
ROC.
A primeira distinção é em relação a quem pode
recorrer, pois neste caso estamos diante de
uma peça privativa de advogado.
O HC é um processo de conhecimento, de
cognição sumária, que depende de prova
pré-constituída.
RECURSO 
ORDINÁRIO 
CONSTITUCIONAL
É peça privativa de advogado!
31/08/2018
23
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL (ROC)
É o recurso cabível quando a ordem de 
HABEAS CORPUS for denegada pelos Tribunais
Habeas corpus denegado por
TRIBUNAL ROC
embora em caso de denegação a via 
mais rápida seja mesmo o HC
Habeas corpus denegado pelo
Juiz de 1o grau RESE
31/08/2018
24
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da
decisão, despacho ou sentença
(...)
X - que conceder ou negar a ordem de habeas
corpus;
Ou seja, só é possível ROC para os Tribunais
Superiores
Fundamento:
STF = art. 102, II a, CRFB/88
STJ = art. 105, II a, CRFB/88
TSE = art. 121, §4º, V, CRFB/88 c/c Art. 276, II, 
b, CE.
É a Lei 8.038/90 que rege o procedimento do
Recurso Ordinário Constitucional.
31/08/2018
25
Recurso Ordinário em Habeas Corpus
Art. 30 - O recurso ordinário para o Superior
Tribunal de Justiça, das decisões
denegatórias de Habeas Corpus, proferidas
pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
Tribunais dos Estados e do Distrito Federal,
será interposto no prazo de cinco dias, com
as razões do pedido de reforma.
Art. 31 - Distribuído o recurso, a Secretaria,
imediatamente, fará os autos com vista ao
Ministério Público, pelo prazo de dois dias.
Parágrafo único - Conclusos os autos ao
relator, este submeterá o feito a julgamento
independentemente de pauta.
Art. 32 - Será aplicado, no que couber, ao
processo e julgamento do recurso, o
disposto com relação ao pedido originário de
Habeas Corpus.
31/08/2018
26
ESTRUTURA DO HABEAS CORPUS
ENDEREÇAMENTO _________
(NOME DO IMPETRANTE), nacionalidade,
identidade, CPF, profissão, residente e domiciliado
no _______, (por seu advogado formalmente
constituído que esta subscreve, procuração em
anexo) (se for o caso), vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no
art. 5º., LXVIII, da Constituição Federal,
e no art. 647 e seguintes, em especial no art. 648,
inc. ___, todos do Código de Processo Penal,
impetrar
HABEAS CORPUS
com pedido de liminar
em favor do paciente (NOME DO PACIENTE), que se
encontra indevidamente preso por ordem do
__________, ora apontado como autoridade coatora.
31/08/2018
27
1. Dos Fatos
Fazer um resumo dos fatos que ensejam a
impetração do habeas corpus, ou seja, indicar que
foi, por exemplo, decretada uma prisão pelo Juízo
___, autoridade coatora, e que tal prisão é
manifestamente ilegal por “tais motivos”. Indicar
que referida(s) ilegalidade(s) caracteriza(m) ameaça
ou cerceamento ao direito de liberdade do paciente,
ensejando o habeas corpus.
2. Do Direito
Ressaltar a ilegalidade na prisão ou na ameaça ao
direito de liberdade do paciente, apresentando os
dispositivos legais violados.
3. Da presença dos pressupostos à concessão
liminar da ordem
Indicar encontrarem-se presentes o fumus boni
iuris, caracterizado pela
violação/cerceamento/ameaça ao direito de
liberdade do paciente, e também o periculum in
mora, que reside no fato de já estar o paciente
submetido à uma prisão flagrantemente ilegal, que
não pode prosperar.
31/08/2018
28
4. Do Pedido
Indicar a necessidade de concessão da ordem
liminarmente, bem como seja oficiada a autoridade
coatora para que preste as informações necessárias,
e intimação do Ministério Público.
Ao final, deve-se fazer o pedido pleiteando a
consequente concessão definitiva da ordem de
habeas corpus, na forma do art. 5º., LXVIII, da
Constituição Federal, e art. 647 e seguintesdo
Código de Processo Penal, para ... , com
consequente expedição do alvará de soltura (se for o
caso).
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Comarca, data.
Advogado, OAB (se for o caso)
ESTRUTURA DO RECURSO ORDINÁRIO 
CONSTITUCIONAL (ROC)
atenção ao art. 30 da Lei 8.038/90
Petição de Interposição
31/08/2018
29
ENDEREÇAMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO
PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA (ou TSE ou STM - Regra Geral – ROC
para o STF)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE _____ (ou TJDFT -
Regra Geral – ROC para o STJ)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL (Crimes da Competência da
Justiça Federal – ROC para o STJ)
Habeas Corpus número:
QUALIFICAÇÃO
(NOME DO RECORRENTE/IMPETRANTE), já qualificado
nos autos do Habeas Corpus, por seu advogado
formalmente constituído que esta subscreve, procuração
em anexo (se for o caso), vem respeitosamente à presença
de Vossa Excelência, inconformado com a decisão
denegatória de Habeas Corpus de fls._____, interpor
tempestivamente o presente
31/08/2018
30
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
com fundamento no art. (102, II, “a”, ou art. 105, II, “a” da
Constituição Federal).
Requer que, após o recebimento desta, com as razões
inclusas, ouvida a parte contrária, sejam os autos
remetidos à instância superior, para consequente
conhecimento e provimento.
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Comarca, data
Advogado, OAB
Razões ou Contrarrazões
31/08/2018
31
Endereçamento:
RAZÕES (OU CONTRARRAZÕES) DO RECURSO
ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
PACIENTE:
IMPETRANTE:
HABEAS CORPUS NÚMERO:
ou
RAZÕES (OU CONTRARRAZÕES) DO RECURSO
ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
RECORRENTE:
RECORRIDO:
PROCESSO NÚMERO:
EGRÉGIO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (OU
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA)
COLENDO TRIBUNAL
DOUTA TURMA
31/08/2018
32
1. Dos Fatos.
Falar os pontos principais dos fatos que ensejam a
interposição do ROC, ou seja, indicar que foi, por
exemplo, decretada uma prisão pelo Juízo ___,
autoridade coatora, e que em razão da ilegalidade
daquela prisão, foi impetrado um habeas corpus
perante o Tribunal _____, que denegou a ordem.
Indicar os motivos pelos quais a prisão é ilegal, ou
qual(is) a(s) ilegalidade(s) existente(s) que
caracteriza(m) ameaça ou cerceamento ao direito de
liberdade, tal qual no habeas corpus.
No final dos fatos, é para, sem pular linhas, fazer um
parágrafo com o seguinte teor:
“A decisão proferida merece ser reformada pelos
motivos de fato e direito a seguir aduzidos.”
2. Do Direito
Falar inicialmente qual foi o equívoco cometido pelos
julgadores para, depois, mencionar o direito aplicado ao
caso concreto que será o fundamento do ROC.
3. Do Pedido
Deve-se fazer o pedido pleiteando o provimento do
recurso para reformar a decisão proferida, com a
consequente concessão da ordem de Habeas Corpus
para ...
31/08/2018
33
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Comarca, data
Advogado, OAB
Paulo foi denunciado pelo crime tipificado no art. 250 do
Código Penal, pois teria, dolosamente, provocado
incêndio na casa de Josefa, no dia 26 de agosto de 2016.
O juiz da 14ª Vara Criminal da Comarca X recebeu a
denúncia e decretou a prisão preventiva de Paulo, para
assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que restou
acostado aos autos que Paulo estava tentando evadir-se
da cidade da ocorrência do delito.
CASO PRÁTICO 1
31/08/2018
34
Durante a instrução criminal, ficou demonstrado que
Paulo não teve a intenção de provocar incêndio na casa
de Josefa. Ocorreu, na realidade, que por negligência,
Paulo deixou um dos fios expostos, gerando o incêndio, o
que ficou comprovado pericialmente. Assim, o Promotor
de Justiça aditou a denúncia para alterar a narrativa dos
fatos para incêndio culposo, manifestando-se, em
seguida, a defesa, que arrolou novas testemunhas.
Além disso, também ficou demonstrado que em
momento algum Paulo teve a intenção de ausentar-se do
distrito da culpa. Sabe-se ainda que Paulo tem bons
antecedentes, residência fixa e trabalha como ajudante
de pedreiro. Na qualidade de advogado contratado por
Paulo, elabore a peça processual privativa de advogado
no intuito de restituir a liberdade do seu cliente.
CASO PRÁTICO 2
Alcino foi denunciado pelo crime tipificado no art. 250 do
Código Penal, pois teria, dolosamente, provocado
incêndio na casa de Francisca, no dia 26 de setembro de
2016. O juiz da 10ª Vara Criminal da Comarca Cuiabá
recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva de
Alcino, para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez
que restou acostado aos autos que Alcino estava
tentando evadir-se da cidade da ocorrência do delito.
31/08/2018
35
Contudo, durante a instrução criminal, ficou
demonstrado que Alcino não teve a intenção de provocar
incêndio na casa de Francisca. Ocorreu, na realidade, que
por imperícia, Alcino, na tentativa de consertar um defeito
no quadro de energia da casa de Francisca, trocou os fios, o
que causou um curto gerando o incêndio, o que ficou
comprovado pericialmente, motivo pelo qual o Promotor
de Justiça aditou a denúncia para alterar a narrativa dos
fatos para incêndio culposo, manifestando-se, em seguida,
a defesa, que arrolou novas testemunhas.
Também ficou demonstrado que em momento algum
Alcino teve a intenção de ausentar-se do distrito da culpa.
Sabe-se ainda que Alcino tem bons antecedentes,
residência fixa e trabalha como ajudante de pedreiro.
Diante da modificação da imputação, foi requerida a
revogação da prisão preventiva de Alcino, mas o pedido foi
negado/indeferido pelo juiz em 15 de janeiro de 2017.
Na qualidade de advogado contratado por Alcino,
elabore a peça processual adequada à restituição da
liberdade do seu cliente.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA DO ESTADO DE ____________
NOME DO IMPETRANTE, nacionalidade,
identidade, CPF, profissão, residente e domiciliado no
_______, por seu advogado formalmente constituído
que esta subscreve (procuração em anexo), vem
31/08/2018
36
respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
com fundamento no art. 5º., LXVIII, da Constituição
Federal, e no art. 647 e seguintes, em especial no
art. 648, inc. IV, todos do Código de Processo Penal,
impetrar
HABEAS CORPUS
com pedido de liminar
em favor do paciente ALCINO, que se encontra
indevidamente preso por ordem do Excelentíssimo
Juízo da 10ª. Vara Criminal da Comarca de Cuiabá,
ora apontado como autoridade coatora, nos autos do
processo no. _____.
1. Dos Fatos
O paciente teve sua custódia cautelar
decretada por decisão proferida pela autoridade ora
apontada como coatora em __/__/___, sob o
fundamento de que referida prisão seria necessária
para assegurar a aplicação da lei penal, uma vez que
existiam nos autos do processo em referência, que, a
princípio, apurava o delito de incêndio, tipificado no
art. 250 do Código Penal, elementos que levaram a
autoridade coatora a concluir que havia possibilidade
de evasão do paciente daquela comarca.
31/08/2018
37
Ocorre que, realizada a instrução probatória,
ficou demonstrado que o crime do qual é acusado o
paciente configura hipótese culposa de incêndio, o
que levou o promotor de justiça a aditar a denúncia
para fazer constar a imputação referente ao
parágrafo 2º. do art. 250 do CP.
Da mesma forma, ficou cabalmente
demonstrado durante a instrução que não houve por
parte do paciente qualquer tentativa de fuga,
inexistindo, assim, motivo que justifique a
manutenção da prisão sofrida.
Ressalte-se que o paciente não responde por
outros processoscriminais, é de bons antecedentes e
trabalhador e tem domicílio certo.
Diante da nova imputação, agora por crime
culposo, e das provas até então colhidas, buscou o
paciente a revogação da prisão preventiva junto ao
juiz processante, que, entretanto, indeferiu o pedido,
o que o caracteriza como autoridade coatora.
2. DO DESAPARECIMENTO DOS MOTIVOS
AUTORIZADORES DA CUSTÓDIA CAUTELAR
A prisão preventiva é medida de extrema
exceção, somente cabível quando evidentes os
pressupostos previstos no art. 312 e presente uma
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das hipóteses legalmente previstas no art. 313,
ambos do Código de Processo Penal.
O paciente teve sua prisão decretada
exclusivamente para assegurar a aplicação da lei
penal, e quando a imputaçao que recaía sobre si
configurava crime doloso, com pena superior a 4
anos.
Contudo, todas as provas relativas a elucidação
do fato foram colhidas e, em função delas, o
Ministério Público, acertadamente, alterou a
imputação para crime culposo, em aditamento que foi
recebido pelo juiz.
Além disso, conforme acostado nos autos cuja
cópia segue em anexo, as provas demonstram que
não existe qualquer indicativo de que o paciente vá
evadir-se do distrito da culpa.
Destaque-se ainda a total inexistência de
quaisquer outros fundamentos para a manutenção da
prisão preventiva do paciente, uma vez que inexistem
garantia da ordem pública ou mesmo necessidade de
assegurar a aplicação da lei penal.
Desta feita, tendo desaparecido todo e qualquer
motivo que autorize a prisão preventiva, deve a
mesma ser revogada, conforme arts. 282, § 5º., e
316, ambos do Código de Processo Penal.
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3. DA PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS À
CONCESSÃO LIMINAR DA ORDEM
Tendo desaparecido o motivo que justificava a
prisão preventiva do paciente, e sendo a mesma
incabível em crimes culposos, a manutenção do
paciente no cárcere ofende o preceito da presunção
de inocência e os critérios de proporcionalidade, uma
vez que desnecessária a cautela por ele sofrida.
Tal fato, por si só, torna presentes o fumus boni iuris,
caracterizado pelo cerceamento ao direito de
liberdade do paciente, e também o periculum in mora,
que reside no fato de já estar o paciente submetido à
uma prisão flagrantemente desnecessária e ilegal,
que não pode prosperar.
4. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer o impetrante a
concessão da ordem liminarmente em favor do
paciente, para que seja este imediatamente posto em
liberdade.
Requer ainda seja oficiada a autoridade coatora
para que preste as informações necessárias, bem
intimação do Ministério Público.
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Ao final, pede o impetrante a concessão
definitiva da ordem de habeas corpus, na forma do
art. 5º., LXVIII, da Constituição Federal, e art. 647 e
seguintes do Código de Processo Penal, para que
seja revogada a prisão preventiva do ora paciente,
com a consequente expedição do alvará de soltura.
Apenas em face do critério da eventualidade,
caso entendam Vossas Excelências, requer seja
concedida em parte a ordem pleiteada, de forma a
que se converta a prisão do paciente em uma das
medidas cautelares indicadas no artigo 319 do
Código de Processo Penal.
Termos em que,
Pede deferimento.
Comarca, data.
Advogado, OAB (se for o caso)
Cabimento do RESE
- Decisão que revoga a prisão preventiva
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Cabimento do HC
- Decisão que não revoga a prisão preventiva
Porque nesta hipótese, existe uma autoridade
coatora!
RESE
Só é cabível da decisão em sentido contrário
quando expressamente previsto no artigo
581.
CASO PRÁTICO 3
Jonas é indiciado em inquérito policial que
apura o homicídio de Robert, em infração
tipificada no art. 121, caput, do Código Penal.
Durante a investigação, o delegado de
polícia representou pela prisão temporária
de Jonas, com a finalidade de apuração da
materialidade, da autoria e das
circunstâncias em que se desenvolveram o
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homicídio supostamente praticado.
Após ouvir o Ministério Público, o juiz do
Tribunal do Júri da comarca decretou, em
01/02/2017, a prisão temporária de Jonas nos
autos do Inquérito Policial em referência (n.
XXXXX-4), pelo prazo de 30 dias, apesar da
tipificação do delito.
Passados 5 (cinco) dias, sem que nada mais
fosse apurado em desfavor de Jonas,
mantendo-se ainda e principalmente a
tipificação do delito, o advogado do mesmo
requereu a restituição de sua liberdade, o
que foi negado pelo juiz competente.
Diante da manutenção da prisão de Jonas, sua
esposa, Rosana, procura seus préstimos
advocatícios, ao que foi impetrado habeas
corpus perante o Tribunal, sendo a ordem
denegada em 09/05/2017, terça-feira,
mantendo-se a custódia cautelar de Jonas sem
que qualquer outro motivo a justificasse. O
impetrante tomou ciência da referida decisão
na mesma data.
Tome a medida processual cabível para
restituir a liberdade de Jonas, datando-a do
último dia do prazo.
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PADRÃO DE REPOTA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR
DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
__________
Habeas Corpus número:______
NOME DO IMPETRANTE/RECORRENTE, já
qualificado nos autos do Habeas Corpus
acima indicado, por seu advogado
formalmente constituído que esta subscreve,
procuração em anexo, vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência,
inconformado com a decisão denegatória de
Habeas Corpus de fls._____, interpor
tempestivamente o presente
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
com fundamento no art. 105, II, “a” da
Constituição Federal, e art. 30 da Lei
8.038/90.
Requer que, após o recebimento desta, com
as razões inclusas, ouvida a parte contrária,
sejam os autos remetidos à instância
superior, para consequente conhecimento e
provimento.
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Termos em que,
Pede deferimento.
Local, 15 de maio de 2017.
Advogado, OAB
EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL JUSTIÇA
PROCESSO NÚMERO: ______
RECORRENTE:
RECORRIDO:
PACIENTE:
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL
COLENDO TRIBUNAL
DOUTA TURMA
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1. DOS FATOS
O paciente é indiciado no inquérito policial (n.
XXXXX-4), no qual se apura o homicídio de
que foi vítima Robert, sendo certo que o
crime objeto daquela investigação se
encontra capitulado no art. 121, caput, do
Código Penal, conforme cópias em anexo.
Ocorre que, após representação da autoridade
policial e manifestação do membro do
Ministério Público, em 01/02/2017, decretou o
Juiz do Tribunal do Júri da Comarca _____,
apontado como autoridade coatora, a prisão
temporária de Jonas nos autos do Inquérito
Policial em referência, pelo prazo de 30 dias,
apesar da tipificação do delito.
Passados 5 dias do cumprimento do mandado
de prisão sem que nada fosse apurado em
desfavor do paciente, requereu o mesmo
àquele juízo, a devida restituição de sua
liberdade, tendo a autoridade coatora
negado o pleito formulado, ao que foi
impetrado habeas corpus, cuja ordem foi
denegada pelo Tribunal de Justiça em
09/05/2017.
Contudo, merece reforma a douta decisão.
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2. DO DIREITO
A lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90)
estabelece que a prisão temporária nos
crimes ali previstos será de 30 dias, podendo
ser prorrogada por mais 30 (art. 2º. § 4º. da
referida lei).
Da mesma forma, estabelece o art. 1º. da Lei
8.072/90 que o crime de homicídio é
hediondo somente quando praticado em
atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por um só agente, ou
quando se tratar de homicídio qualificado
(art. 121,§ 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII).
Conforme se verifica do inquérito policialno
qual a prisão do paciente fora decretada, o
crime pelo qual é investigado configura
homicídio simples, não caracterizando crime
hediondo.
Assim, ainda que houvesse motivo para a
decretação da referida prisão, o que, de fato,
não se verifica, a mesma somente poderia ter
sido decretada por 5 dias, e, em caso de real
necessidade, prorrogada por mais cinco,
conforme art. 2º. da Lei 7.960/89.
Contudo, a prisão do paciente não só foi
decretada por mais tempo do que lei
autoriza, como o mesmo já se encontra
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preso há mais de 3 meses, sem que qualquer
outro título presional fosse contra ele
proferido.
Portanto, o paciente encontra-se preso além
do prazo estipulado pela lei e totalmente fora
dos critérios de razoabilidade em flagrante
violação ao art. 2º, caput e §7º da Lei
7.960/89, configurando a hipótese, inclusive,
o crime de abuso de autoridade previsto no
art. 4º, alínea “i”, da Lei 4.898/65.
3. DO PEDIDO
Diante da escancarada ilegalidade
consubstanciada na denegação do Habeas
corpus, requer seja conhecido e provido o
presente recurso, de forma a que se conceda
a ordem de habeas corpus, com fundamento
no art. 5º, LXVIII, da Constituição Federal,
para relaxar a prisão do paciente,
restituindo-lhe imediatamente a liberdade,
expedindo-se o competente alvará de
soltura, como medida de inteira Justiça.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local, 15 de maio de 2017.
Advogado, OAB

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