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Teoria da firma

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Teoria da firma 
A Teoria da Firma, ou Teoria de Empresa, foi um conceito criado pelo economista 
britânico Ronald Coase, em seu artigo The Nature of Firm, de 1937. Em 
administração e microeconomia, Firmas são organizações que produzem e 
vendem bens e serviços, que contratam e utilizam fatores de produção, que 
podem ser classificados em primárias ou secundárias. 
Segundo essa teoria, as firmas trabalham com o lado da oferta de mercado, ou 
seja, com os produtos que vão oferecer aos consumidores, como bens e serviços 
produzidos. As firmas são de extrema importância para os mercados, pois 
reúnem o capital e o trabalho para realizar a produção e são as responsáveis por 
agregar valor às matérias-primas utilizadas nesse processo, com uso de 
tecnologia. 
As empresas produzem conforme a demanda do mercado e a oferta é ajustada 
por aqueles que estão dispostos a consumir. A Teoria da Firma não tem como 
objetivo o interesse de definir a empresa do ponto de vista jurídico ou contábil. A 
empresa é vista com uma unidade técnica de produção, propriedade de 
indivíduos ou famílias que compram fatores de produção para produção de bens 
e serviços. 
Em 2009, o economista Oliver Williamson ganhou o Prémio de Ciências 
Económicas por estudos sobre os limites da firma.1 
Segundo a teoria microeconômica, a Teoria da Firma se subdivide em: 
 Teoria da Produção 
 Teoria dos Custos 
 Teoria dos Rendimentos 
Teoria da Produção 
A Teoria da Produção abrange os conceitos de produção e produtividade. Em 
conjunto com as teorias dos custos e dos rendimentos, ela permite a uma firma 
determinar qual a quantidade ideal a ser produzida.2 
Na teoria da produção no Estágio I o produto total cresce a taxas crescentes e 
decrescentes até o ponto onde a produtividade marginal do fator variável iguala 
a produtividade média deste fator em seu máximo, no estágio II o produto total 
cresce a taxas decrescentes até o seu máximo, sendo a produtividade marginal 
do fator variável sempre decrescente até o ponto onde ela iguala-se a zero, no 
estágio III o produto total é decrescente sendo a produtividade marginal do fator 
variável decrescente e negativa. 
Função de Produção 
A função de produção representa as possibilidades técnicas de produção 
eficiente - ou seja, sem desperdício - de uma empresa. Essa função é dada por3 
, 
onde é a quantidade produzida e é a quantidade utilizada do fator de 
produção i. 
Fatores fixos e variáveis 
Os fatores podem ser classificados em fixos e variáveis:4 
Fatores fixos: independem da quantidade produzida (ex.: aluguel do espaço 
utilizado) 
Fatores variáveis: variam conforme o volume produzido (ex.: mão de obra 
utilizada, energia, matéria-prima etc.) 
É fácil notar que qualquer fator fixo, no longo prazo, também varia. O aluguel do 
espaço utilizado pode ser constante por alguns meses, e sua variação anual 
pode até ser desconsiderada. Entretanto, não é correto considerar que esse fator 
seja fixo em um prazo de dez anos. Portanto, a definição de fatores fixos e 
variáveis está ligado ao conceito de curto e longo prazos. 
Na Teoria da Firma, o curto prazo é definido como o espaço de tempo em que 
há pelo menos um fator fixo envolvido na produção de uma firma. 
 
Produtividade média e marginal 
A produtividade média de um fator (PMe) é calculada como o quociente entre 
a quantidade produzida (q) e a quantidade utilizada do fator em questão (x). 
Algebricamente: 
 
A produtividade média de mede a quantidade de unidades produzidas que 
são devidas ao fator i. 
A produtividade marginal de um fator (PMg) é calculada como o quociente 
entre a variação na quantidade produzida (q) e a variação na quantidade 
utilizada do fator em questão (x). Alternativamente, podemos pensar na 
produtividade marginal de um fator i como sendo a derivada da 
função em relação a , ou seja: 
 
A produtividade marginal de mede a quantidade de unidades produzidas (q) 
que se aumenta com o acréscimo de uma unidade de . 
 
Formato típico das curvas da função de produção, de produtividade média e de 
produtividade marginal 
A imagem ao lado mostra o formato normalmente apresentado pelas funções de 
produção, de produtividade média e de produtividade marginal no curto prazo. A 
sua característica parabólica é resultado da aplicação da Lei dos rendimentos 
decrescentes. No longo prazo, o formato dessas curvas dependerá do tipo de 
economia de escala da firma, conforme veremos no item seguinte. 
Rendimentos de Escala 
 
Tipos de retornos de escala 
O conceito de rendimentos de escala define a forma com que a quantidade 
produzida aumenta conforme vão se agregando mais fatores de produção. Os 
rendimentos (ou retornos) de escala podem assumir três formas diferentes: 
Retornos constantes de escala: ao se aumentar vezes os fatores de 
produção, a quantidade produzida também aumenta vezes. Em outras 
palavras, se , então ; 
Retornos crescentes de escala: quando multiplicamos os fatores de produção 
por , a quantidade produzida aumenta mais do que vezes, ou seja: 
se , então ; 
Retornos decrescentes de escala: ao multiplicarmos os fatores de produção 
por , a quantidade produzida aumentará menos do que vezes. Em outras 
palavras: dado , então 
. 
As três funções apresentadas acima também podem ser interpretadas como 
funções homogêneas de grau 1, maior do que 1 e menor do que 1, 
respectivamente. 
Teoria dos Custos 
A teoria dos custos aborda conceitos como Custo econômico, Custo total, Custo 
Marginal e Custo médio. Naturalmente, o objetivo de uma firma é produzir a 
quantidade desejada com o mínimo de custos. 
Custo econômico 
Ao contrário do que se possa imaginar a princípio, o custo econômico não 
envolve apenas o valor despendido para a aquisição de um bem ou serviço. Esse 
custo denomina-se custo contábil. O custo econômico é um conceito mais 
abrangente, que pode ser definido da seguinte forma: 
 
Ou seja, o custo econômico é igual à soma do custo contábil (também 
denominado explícito) e o custo de oportunidade (também 
denominado implícito). 
Custo total 
O custo total (CT) de uma produção é dado pela soma dos produtos entre os 
preços de cada um dos fatores de produção e a quantidade utilizada. Ele mede, 
naturalmente, o custo total em unidades monetárias para se produzir q. 
Algebricamente: 
 
Podemos, ainda, observar o custo total como sendo uma soma dos custos fixos 
e variáveis, isto é: . 
Custo médio 
 
O custo médio (CM) corresponde ao quociente entre o custo total e a quantidade 
produzida: 
 
Custo marginal 
 
De forma semelhante à explanação sobre produtividade média e marginal, 
dizemos que o custo marginal mostra o quanto se aumento no custo total da 
produção ao se produzir mais uma unidade. Podemos, ainda, dizer que o custo 
marginal é igual à derivada parcial da função de custo total em relação à 
quantidade produzida. 
 
Minimização dos custos 
Como foi dito anteriormente, o objetivo de uma firma é, dado um nível de 
produção , minimizar os custos. Mais especificamente, o objetivo da empresa 
é minimizar o custo médio (CM) no longo prazo. 
Seja um vetor de fatores de produção, ou seja: . Seja, 
ainda, um vetor de custos associados aos fatores de produção 
supramencionados, ou seja: . Uma empresa estará 
minimizando seus custos se 
 
Teoria dos Rendimentos 
Em vez de focar uma minimização dos custos a um dado nível de produção, uma 
firma pode também procurar a maximização de seus lucros. A verdade é que, ao 
se minimizar os custos, automaticamente estar-se-á maximizando os lucros de 
uma empresa. A Teoria dos Rendimentos abrange conceitoscomo a Receita 
total, a Receita média e a Receita marginal.5 
 
Receita total 
A receita de uma empresa ( ) é igual ao produto entre a quantidade produzida 
( ) e o seu preço de venda ( ) ou igual ao produto entre a quantidade de 
produtos (um ou vários tipos de produtos, que uma empresa pode comercializar) 
vendida ( ) e o seu preço de venda ( ) - lembre-se de não confundir os conceitos 
de preço de venda ( ) e custo (w).6 
; 
 
 Portanto, receita pode 
ser receita parcial quando soma-se um conjunto de produtos fabricado e vendido 
ou comprado e revendido, sendo esta empresa, tem um universo de produtos, 
que engloba o conjunto já mencionado e soma-se a esta, outros conjuntos de 
produtos fabricados e vendidos ou comprados e revendidos pela mesma 
empresa. Quando somamos as receitas do universo de produtos que uma 
empresa comercializa (produtos fabricados e vendidos ou comprados e 
revendidos), esta receita é chamada de Receita Total.7 
 
Receita média 
A receita média (RMe) é o quociente entre a receita total e a quantidade 
produzida. 
 
Como era de se imaginar, a receita média é dada pelo preço unitário de venda 
do produto. 
 
Receita marginal 
A receita marginal (RMg) é um conceito tão importante quanto o do Custo 
Marginal, como veremos adiante. Ela mede o ganho na receita da empresa 
obtido pela produção de uma unidade a mais do bem/serviço a ser 
comercializado. Algebricamente:8 
 
 
Lucro 
O lucro de uma empresa é dado pela diferença entre receitas e despesas. Logo, 
o lucro total (LT ou ) de uma firma é dado por: 
 
Essa função será máxima quando sua derivada atingir um ponto de 
inflexão em q, ou seja: 
 
 
 
 
 
Isso mostra que, para maximizar os lucros, a empresa precisa encontrar o ponto 
de cruzamento das retas de custo e receita marginais. Em outras palavras, ela 
deve procurar o nível de produção tal que, ao se 
produzir ou unidades, o custo marginal será maior do que a receita 
marginal, de forma que produzir ou unidades se torna menos 
lucrativo do que produzir apenas . 
Taxa Marginal de Substituição Técnica e 
Elasticidade da Substituição 
A taxa marginal de substituição técnica (TMST) entre os fatores de 
produção i e j mede a quantidade de unidades de i que se teria de aumentar ao 
se diminuir em uma unidade a produção de j, tudo isso sem alterar a produção. 
Ela pode ser expressada, também, como sendo a reta tangente à isoquanta (ou 
seja, sua derivada). É uma função monotônica e convexa.Algebricamente:9 10 
 
A elasticidade da substituição entre os mesmos fatores i e j mencionados 
anteriormente é dado por e mede a facilidade com que se pode substituir 
esses bens. Esse valor varia entre zero e o infinito, sendo que, quanto mais 
próximo de zero, mais difícil será a substituição entre os fatores. 
 
Três formatos típicos da curva de elasticidade da substituição

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