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Política de Responsabilidade Social Empresarial

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Aula 8: Política e responsabilidade social em uma empresa
A Responsabilidade Social tem dois pilares básicos: preservação do meio ambiente e direitos dos consumidores. Isto porque envolve a sociedade como um todo. Nesta aula, veremos a importância e a formação de uma política social em uma organização.
O que é Responsabilidade Social Empresarial (RSE).
É a forma de gestão que se define pela relação ética transparente da empresa em relação a todos os públicos com que se relaciona e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras , respeitando a diversidade e promovendo a redução de desigualdades sociais.
Terceiro setor
Para Drucker, este foi o setor que mais cresceu e movimentou recursos, que mais gerou empregos e lucros nos EUA, nos últimos vinte anos. A economia neste setor é bem específica, com características próprias e gira em torno de indicadores socioeconômicos internos e externos.
Segundo Francisco Neto e César Fróes, são seis as principais características deste setor emergente:
1) Desenvolveu-se em decorrência da revolução na estrutura produtiva da sociedade, ocorrida no final do século passado, responsável pela fragmentação das cadeias produtivas de diversos setores e, consequentemente, pelo deslocamento das grandes unidades produtivas e suas indústrias e fornecedores-satélites;
2) Tem nas empresas socialmente responsáveis o seu principal agente social;
3) Impulsiona grande mobilização do trabalho voluntário;
4) Apresenta foco no desenvolvimento sustentável das localidades e regiões;
5) Requer adoção do modelo de parceria envolvendo governo local, empresas, Ongs e demais entidades da sociedade civil, constituído pela formação de redes sociais;
6) Gera produção de capitais sociais distintos.
O campo de atuação da SER( Responsabilidade Empresarial Social) foi muito ampliado, passando a ser um espaço de exercício da Responsabilidade Social não apenas corporativa, mas também comunitária e individual, a partir dos valores éticos e de condutas organizacionais difundidas pelas empresas-cidadãs.
Este processo de difusão da cidadania social é feito com a mediação das empresas, e não mais do Estado, através da formação de redes de emprego e trabalho, estímulo à criação de cooperativas, micros ou pequenas empresas.
Outra característica deste novo Terceiro Setor é a capacidade de gerar novos conhecimentos e contribuir para o aumento da empregabilidade e a capacitação profissional de pessoas residentes na comunidade.
Há uma nova visão e ação efetiva. Ao invés de se preocupar com a exclusão do cidadão, a preocupação agora é descobrir, buscar novas formas de inclusão e a integração social do modelo econômico vigente.
Responsabilidade Social e Filantropia não têm o mesmo significado. Indubitavelmente, a Responsabilidade Social começou com ações filantrópicas, mas avançou bastante. Via de regra, a filantropia desenvolve-se através das atitudes e ações individuais de empresários. Já a Responsabilidade Social diz respeito à consciência social e ao dever cívico. 
Assim, a ação de Responsabilidade Social não é individual, mas coletiva. Reflete a ação de uma empresa em prol da cidadania. 
A prática da RSE demonstra uma atitude de respeito à cidadania corporativa; consequentemente, existe uma associação direta entre o exercício da Responsabilidade Social e o exercício empresarial.
A filantropia é assistencialista, procura auxiliar os pobres, os menos favorecidos, os excluídos, etc. 
Já a Responsabilidade Social é mais substancial e abrangente, buscando estimular o desenvolvimento do cidadão e fomentar a cidadania individual e coletiva. Suas ações são extensivas a todos que fazem parte da sociedade: indivíduos, governo, empresas, grupos sociais, movimentos sociais, igreja, partidos políticos etc. 
Ações de Responsabilidade Social exigem periodicidade regular, método, sistematização e, principalmente, gerenciamento efetivo por parte das empresas-cidadãs.
 Responsabilidade Social 
Ação coletiva.
Fomento de cidadania.
Base estratégica.
Extensiva a todos.
Demanda gerenciamento.
Decisão consensual.
Filantropia
Ação individual e voluntária.
Fomento de caridade.
Base assistencialista.
Restrita a empresários, filantrópicos e abnegados.
Prescinde, dispensa de gerenciamento.
Decisão individual.
Ética é à base da Responsabilidade Social. Não há RS sem ética nos negócios. 
Não adianta uma empresa pagar mal seus funcionários, corromper a área de compras de seus clientes, pagar propinas a fiscais do governo e, ao mesmo tempo, desenvolver programas voltados a entidades sociais da comunidade. Uma postura assim não condiz com uma empresa que queira trilhar um caminho de Responsabilidade Social. É importante haver coerência entre ação e discurso (Ethos).
A empresa que deseja ser cidadão precisa adotar atitudes diferenciadas que a façam ser vistas no mercado como tal.
Política de Responsabilidade Social em uma Empresa
Veja o caso de algumas empresas:
 A Toyota tem uma política de Responsabilidade Social disseminada inclusive em seu site, na internet, onde se percebe todo um planejamento voltado para isso;
 A Braskem é outra empresa que demonstra sua preocupação com a questão em destaque. Observe o seu objetivo: “reafirmar o compromisso da Braskem com o desenvolvimento sustentável, visando à promoção simultânea do crescimento econômico, da preservação ambiental e da justiça social, na perspectiva de assegurar que o anseio pelo progresso no presente não comprometa o futuro das gerações subsequentes”.
 Outra empresa que podemos destacar é a Petrobras. No seu site, ela aponta oito áreas onde atua fortemente:
1) Atuação Corporativa para assegurar que a governança corporativa do Sistema Petrobras esteja comprometida com a ética e a transparência na relação com os públicos de interesse;
2) Gestão Integrada para garantir uma gestão integrada em Responsabilidade Social no Sistema Petrobras;
3) Desenvolvimento Sustentável para conduzir os negócios e atividades do Sistema Petrobras com Responsabilidade Social, implantando seus compromissos de acordo com os princípios do Pacto Global da ONU e contribuindo para o desenvolvimento sustentável;
4) Direitos Humanos para respeitar e apoiar os direitos humanos reconhecidos internacionalmente, pautando as ações do Sistema Petrobras a partir da promoção dos princípios do trabalho decente e da não discriminação;
5) Diversidade para respeitar a diversidade humana e cultural de sua força de trabalho e dos países onde atua;
6) Princípios de Trabalho para apoiar a erradicação do trabalho infantil, escravo e degradante na cadeia produtiva do Sistema Petrobras;
7) Investimento Social Sustentável para buscar a sustentabilidade dos investimentos sociais para uma inserção digna e produtiva das comunidades; e
8) Compromisso da Força de Trabalho para comprometer a força de trabalho com a Política de Responsabilidade Social do Sistema Petrobras. Partindo do princípio de que a política empresarial tem por objetivo facilitar a criação e o desenvolvimento das empresas, entende-se que uma empresa tem uma política realmente de Responsabilidade Social quando as suas ações são traduzidas por projetos estruturados.
Veja uma tabela que demonstra ações efetivas de Responsabilidade Social, divididas nas duas vertentes mais utilizadas pelas empresas:
Ações comunitárias Projetos sociais próprios
Ação indireta sobre a comunidade. Ação direta sobre a comunidade.
Transferência/ repasse de recursos para entidades Aplicação direta dos recursos.
A gestão é feita por terceiros. A gestão é feita pela própria empresa.
São ações de doação e apoio.São ações de fomento ao desenvolvimento social.
Geram retorno tributário, social e institucional. Geram retorno social e de mídia institucional.
Não demandam ações de marketing social. Demandam ações de marketing social.
Esta questão é tão séria que a ONG norte-americana Business for Social Responsability (BSR), definiu os mandamentos de uma empresa socialmente responsável:
1) Ecológica – usa papel reciclado em produtos e embalagens;
2) Filantrópica – permite que seus funcionários reservem parte do horário de serviços para a prestação de trabalho voluntário;
3) Flexível – deixa que os funcionários ajustem sua jornada de trabalho às necessidades pessoais;
4) Interessada – faz pesquisas entre os funcionários para conhecer seus problemas e tentar ajudá-los;
5) Saudável – dá incentivos financeiros para funcionários que alcançam metas de saúde como redução de peso e colesterol baixo;
6) Educativa – permite que grupos de estudantes visitem as suas dependências;
7) Comunitária – cede as suas instalações esportivas para campeonatos de escolas da redondeza;
8) Íntegra – não lança mão de propaganda enganosa, vendas casadas e outras práticas de marketing desonesto;
A Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Com a "Grande Crise" todas as verdades até então aceitas são contestadas na busca da causa da crise. As novas ideias trazidas pela Escola de Relações Humanas trazem uma nova perspetiva para a recuperação das empresas de acordo com as preocupações de seus dirigentes e começa a tratar de forma mais complexa os seres humanos.
Essas teorias criaram novas perspectiva para a administração, visto que buscavam conhecer as atividades e sentimentos dos trabalhadores e estudar a formação de grupos. Até então, o trabalhador era tratado pela Teoria Clássica, e de uma forma muito mecânica. Com os novos estudos, o foco mudou e, do Homo economicus o trabalhador passou a ser visto como "homo social". As três principais caraterísticas desses modelos são:
O ser humano não pode ser reduzido a um ser cujo comportamento é simples e mecânico.
O homem é, ao mesmo tempo, guiado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica.
Todos os homens possuem necessidades de segurança, afeto, aprovação social, prestígio, e autorrealização.
A partir de então começa-se a pensar na participação dos funcionários na tomada de decisão e na disponibilização das informações acerca da empresa na qual eles trabalhavam. Foram sendo compreendidos aspectos ligados à afetividade humana e percebeu-se os limites no controle burocrático por parte das organizações como forma de regulamentação social.

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