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Online 10 - Balanço Social
Redução de riscos ambientais e sociais;
Redução de custos e implementação de modelos de prevenção;
Novas oportunidades de trabalho;
Maior confiança na organização por parte dos investidores, credores e sociedade em geral;
Avaliação dos procedimentos e cálculos tributários 
Maior comprometimento e participação dos empregados;
Maior nível de qualidade organizacional e social;
A oportunidade de ajudar a manter o mundo melhor para se viver.
Hoje, o Balanço Social é uma ferramenta ou um instrumento de suma importância para as empresas que têm, de fato, Responsabilidade Social. 
O Balanço Social é muito mais do que uma peça contábil. Ele é um instrumento de gestão e de informação, que evidencia, de forma transparente, itens econômicos, sociais e ambientais sobre o desempenho das empresas em relação aos stakeholders.
Segundo a CVM, o Balanço Social é o instrumento que possibilita a sociedade ter conhecimento dessas ações empresariais.
Esse conhecimento se processa mediante a divulgação de um conjunto de informações relevantes, normalmente agrupadas em indicadores (indicadores laboriais, sociais e do corpo funcional) que evidenciam, entre outras coisas, os gastos e investimentos feitos em beneficio dos empregados e da comunidade.
Balanço Social
O Balanço Social, na sua definição mais ampla, inclui, ainda, informações sobre o meio ambiente e sobre a formação e a distribuição da riqueza gerada pelas empresas (valor adicionado) e, quando apresentado em conjunto com as demonstrações financeiras tradicionais, é efetivamente o instrumento mais eficaz e completo de divulgação e avaliação das atividades empresariais.
A sua origem remonta aos anos de 1930, quando a concepção da Responsabilidade Social, foi adotada, inicialmente nos EUA e, depois, nos anos de 1960, foi adotada também na Europa. Isso se deu face ao crescimento econômico, que trouxe vários problemas, principalmente de ordem ambiental.
Por isso, procurou-se uma forma adequada para as organizações prestarem contas à sociedade de suas atividades, de suas relações sociais, e do reflexo social de suas variações patrimoniais. Foi proposta, então, aos EUA, uma demonstração denominada inicialmente como “relatório social” que, posteriormente, na década de 1970, foi consagrada com o nome de Balanço Social.
Os estudos partiram das universidades. 
As características principais do modelo dirigiram-se aos aspectos sociais, às questões da diminuição da violência e da melhoria da relação das empresas com os consumidores.
As propostas do Balanço Social desenvolveram-se em direção à solidariedade econômica do bloco europeu em formação, e enfatizaram os aspectos do planejamento humano e social na empresa. O sentido era a igualdade de competência e aceitação, comparativamente aos demais processos empresariais (econômico, comercial, tecnológico...).
Com referência ao meio ambiente e a relação com os stakeholders, estes também foram foco das propostas. Buscou-se, na verdade, um novo papel para cada um dos atores, seja na empresa pública ou privada.
Consideraram-se as experiências norte-americana e europeia, mesclando as duas tendências. Buscou-se uma forma, um modelo capaz de humanizar a empresa, criando propostas participativas e tão democráticas quanto possível, tendo em vista o fato de que quase todos os países latino-americanos viviam num regime fechado, totalitário.
Neste cenário, em meados de 1977, um grupo de estudiosos da Responsabilidade Social nas empresas, ligado à ADCE – UNIAPAC e à Fundação FIDES, formulou uma proposta para o desenvolvimento de um Balanço Social aplicável à realidade brasileira.
Características do Balanço Social em diversas partes do mundo
No Brasil, no ano de 1965, a Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas do Brasil, publicou a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas, cunhando, então, a expressão Responsabilidade Social, ligada diretamente às empresas associadas. Este passo abriu as portas para a divulgação das ações efetivas na área social realizadas pelas empresas.
Entretanto, somente na metade dos anos 1970 passou a ser difundida amplamente a ideia de Responsabilidade Social, basicamente com suas ações concentradas no Estado de São Paulo, em função do desenvolvimento econômico-industrial.
O primeiro documento brasileiro que carrega a denominação Balanço Social é o da Nitrofértil, empresa estatal sediada na Bahia, que publicou voluntariamente em 1984 o seu relatório de cunho social, dando publicidade às ações sociais realizadas, assim como ao processo participativo da empresa durante o período.
Os primeiros relatórios no formato de um Balanço Social foram elaborados ao término dos anos 1980, pela Fides (Fundação de Desenvolvimento Empresarial e Social), que elaborou um modelo adotado por várias empresas a partir de 1990.
O sociólogo Herbert de Souza iniciou, então, uma campanha com o seu artigo publicado em 1997, pela publicação voluntária do Balanço Social, no reconhecimento das empresas públicas ou privadas como agentes essenciais no processo de desenvolvimento social.
Ainda em 1997, as, na época, deputadas federais Maria da Conceição Tavares, Marta Suplicy e Sandra Starling apresentaram o Projeto de Lei nº 3.116, defendendo a ideia do Balanço Social obrigatório a todas as empresas privadas com mais de 100 empregados, assim como às empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Dessa forma, as ações realizadas seriam divulgadas, reconhecendo-se, de forma legal, as empresas engajadas na promoção do desenvolvimento social.
Assim, enquanto nos EUA e na Europa o principal enfoque do Balanço Social é a influência das organizações no meio externo a elas, evidenciando sua contribuição para a defesa dos recursos naturais e a conservação das condições normais de uma vida digna, no Brasil, ao contrário, apresenta-se um Balanço Social interno às organizações, enfocando salários, condições físicas e ambientais de trabalho, bem-estar social, seguridade social e, em segundo plano, as questões ambientais.
Percebe-se com clareza que, no Brasil, o Balanço Social proposto tem como finalidade a prestação de informações sobre diversos aspectos da relação capital-trabalho das entidades, ou seja, um conjunto de informações, contábeis ou não, gerenciais, econômicas e sociais, que proporcionam um panorama dos aspectos relacionados à sociedade (SANTOS; FREIRE; MALO, 1998).
ASPECTOS DO BALANÇO SOCIAL:
O Balanço Social abrange basicamente quatro vertentes:
Empresa e empregados, englobando despesas com pessoal, ou seja, aquelas originárias de pagamentos e salários, treinamentos, assistência médica e outras, que alteram o patrimônio da empresa com reflexos na sociedade, mais especificamente sobre os funcionários da empresa;
Empresa e meio ambiente, abarcando despesas com o meio ambiente, gastos com pesquisas de meios alternativos de produção que sejam menos poluentes.
Empresa e sociedade, sob o aspecto da empresa como elemento de criação e distribuição de valor ou riqueza, representado pelo recolhimento de encargos para o governo, feitos por uma entidade, sob as mais diversas formas de impostos, contribuição de melhorias, taxas etc.;
Empresa e sociedade, sob a forma de ações sociais, evidenciados através de ações filantrópicas desenvolvidas pela empresa ao patrocinar entidades filantrópicas.
OBJETIVOS PRINCIPAIS DO BALANÇO SOCIAL:
Segundo Kroetz (2000), o Balanço Social apresenta os seguintes objetivos principais, ampliando o grau de confiança da sociedade na organização:
Abranger  o universo de interações sociais entre clientes, fornecedores, associações, governo, acionistas, investidores e outros, ampliando o grau de confiança da sociedade na organização;
Apresentar os investimentos no desenvolvimento de pesquisas e tecnologias e contribuir para a implementação e a manutenção de processos de qualidade;
Melhorar o sistema de controle interno, permitindo qualificar o ambiente organizacional, na perspectiva de confirmara regularidade da gestão identificada com o gerenciamento social ecologicamente correto e divulgar os objetivos e as políticas administrativas, julgando a administração não apenas em função do resultado econômico, mas também dos resultados sociais;
Medir os impactos das informações perante a comunidade dos negócios, sobre o futuro da entidade, a marca e a imagem do negócio, revelando, conjuntamente com as demais demonstrações contábeis, a solidez da estratégia de sobrevivência e crescimento da entidade;
Formar um banco de dados confiável para análise e tomada de decisão dos mais diversos usuários;
Servir como instrumento para negociações laborais entre a direção da empresa e os sindicatos ou representantes dos funcionários;
Verificar a participação do quadro funcional no processo de gestão.

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