Buscar

A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ELEMENTO ESSENCIAL NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 25 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�
RESUMO
O projeto que tem como tema A Ludicidade na Educação Infantil: Um elemento de suma importância no processo de ensino-aprendizagem objetiva-se reconhecer a ludicidade na educação infantil como sendo um elemento de extrema importância para o aprendizado da criança. O estudo de tal tema é justificado por ele ser a base da formação da educação infantil, para tanto, utilizou-se de indagações para a problematização do assunto. Para embasamento teórico autores como MALUF (2003), PEREIRA (2015), LIBÂNEO (1994), entre outros, foram utilizados fazendo com que o projeto tenha o seu processo de desenvolvimento baseado nas atividades lúdicas. Conclui-se que a ludicidade proporciona através das brincadeiras o processo de ensino-aprendizagem no âmbito da educação infantil.
Palavras-chave: Brincadeiras. Criança. Ludicidade. 
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.......................................................................................................32 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	5
2.1 Conceito de infância: um pouco de história..................................................5
2.2 A infância e o direito a educação....................................................................6
2.3 A descoberta da ludicidade na metodologia do ensino-aprendizagem......7
2.4 A promoção da aprendizagem através da ludicidade: jogos, brinquedos e brincadeiras...........................................................................................................14
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO.....................................16
3.1 Tema e linha de pesquisa...............................................................................16
3.2 Justificativa......................................................................................................16
3.3 Problematização..............................................................................................16
3.4 Objetivos..........................................................................................................17
3.5 Conteúdos........................................................................................................17
3.6 O processo de Desenvolvimento...................................................................17
3.7 Tempo para a realização do projeto..............................................................20
3.8 Recursos humanos e materiais.....................................................................21
3.9 Avaliação..........................................................................................................21
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................21
REFERÊNCIAS.......................................................................................................22
�
1 INTRODUÇÃO
	Nos últimos tempos o termo ludicidade está em evidência, em especial, na educação infantil. A ludicidade é tida como atividade de caráter livre e que favorece a aprendizagem das crianças. Sendo assim, o tema deste trabalho é A Ludicidade na Educação Infantil: Um elemento essencial no processo de ensino-aprendizagem que abrange a linha de pesquisa da docência.
	O tema tem alta relevância, fazendo-se necessário estudá-lo porque as brincadeiras na Educação Infantil são atividades muito usadas pelos professores no processo de ensino das crianças. Elas não são somente “um faz de contas”, muito pelo contrário, são momentos que oferecem as crianças as possibilidades de experimentar novas situações. Além disso, também é um meio eficaz de compartilhar novas experiências para superar desafios cotidianos vivenciados no universo infantil.
	Para tanto, partiu-se de questionamentos para embasar o desenvolvimento deste trabalho das seguintes indagações: Qual é a importância do brincar na educação? Será que o lúdico agrega ou não algo importante no aprendizado da criança? Se a possiblidade de trabalhar com conteúdos de forma lúdica é real? Se existe mesmo a real necessidade de se trabalhar o lúdico com as crianças? A partir disso, apresentou-se a problematização do trabalho que é como trabalhar os conteúdos através das brincadeiras, pois os professores, muitas vezes, não sabem que o lúdico é capaz de tornar a aula mais dinâmica e prazerosa para todos envolvidos no processo.
Sendo assim, este projeto tem objetivos a serem alcançados, sendo o principal reconhecer a ludicidade na educação infantil como sendo algo de suma importância para o processo de ensino-aprendizagem das crianças. Outros objetivos também deram suporte na construção do trabalho: Historicizar o lúdico como aspecto histórico no desenvolvimento cognitivo da criança; Evidenciar que os jogos e as brincadeiras são recursos primordiais que devem ser aplicados pelos professores na educação infantil; Estimular os professores a se aperfeiçoarem para poder usar os jogos e as brincadeiras como ferramenta educacional.
O projeto terá o seu processo de desenvolvimento com atividades lúdicas com o intuito de enriquecer os conteúdos do dia a dia das crianças, utilizando para isso recursos como lápis, canetas coloridas, brinquedos, livros de histórias infantis, entre outros. Ao final da execução do projeto terá a avaliação formativa, diagnóstica, visando sempre o aspecto qualitativo sobrepondo o quantitativo.
Para o embasamento teórico utilizou-se autores como PEREIRA (2015), ANTUUNES (2008), VYGOTSKY (1984), OLIVEIRA (1985), entre outros autores que expressam as brincadeiras como sendo um instrumento de aprendizagem na educação infantil. Isso faz com que os professores trabalhem o concreto e o abstrato fazendo com que as crianças realizem determinadas atividades de forma lúdica. Dessa forma, conclui-se, portanto, que a ludicidade é de suma importância para a educação infantil, pois proporciona através de jogos, brinquedos e brincadeiras o processo de ensino-aprendizagem.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Conceito de infância: um pouco de história
De certo modo, demorou para que as Ciências Sociais e Humanas focassem a criança e a infância como objetos centrais de suas pesquisas. Demorou mais tempo ainda para que as pesquisas considerassem em suas análises as relações entre sociedade, infância e escola, entendendo a criança como sujeito histórico e de direitos, tendo como eixo de suas investigações o registro das "falas" das crianças. A busca pela interpretação das representações infantis de mundo é objeto de estudo relativamente novo, que vem objetivando entender o complexo e multifacetado processo de construção social da infância e o papel que a escola vem desempenhando diante desta invenção da modernidade. 
A análise da produção existente sobre a história da infância permite afirmar que a preocupação com a criança encontra-se presente somente a partir do século XIX, tanto no Brasil como em outros lugares do mundo. No entanto, mesmo a infância constituindo-se em um problema social desde o século XIX, ainda não foi suficiente para torná-la um problema de investigação científica. Estudos apontam que até o início da década de sessenta a história da infância e a história da educação pareciam ser dois campos distintos e inconciliáveis de pesquisa de acordo com Ariès (1973).
Narodowski (1993), após ter realizado um trabalho inédito, centrando suas análises na relação entre infância, poder e pedagogia, resultando em sua tese de doutoramento publicada sob o título ‘Infancia e poder: la conformación de la pedagogía moderna’, identifica um núcleo de consenso entre os historiadores acerca da definição de infância. Para o referido autor, a infância é um fenômeno histórico e não meramente natural, e as características da mesma no ocidente moderno podem ser esquematicamente delineadas a partir da heteronomia, da dependência e da obediência ao adulto em troca de proteção. Aceitando-se a tese de Ariès (1973), é preciso aceitar que a infância, tal qual é entendidahoje, resulta inexistente antes do século XVI.
Utilizando uma fonte tão heterodoxa como a arte da época, Ariès (1973) demonstra a existência da infância como categoria autônoma diferenciada somente depois de um processo, que pode ser caracterizado como devolução nos sentimentos, ocorridos entre os séculos XVI e XVIII. O retrato de família predominante na arte do século XVIII, mostra estes sujeitos, antes inexistentes, formando parte do centro do mundo familiar. 
A história posterior permitirá afirmar que a infância pagará um preço muito alto por esta nova centralidade social: a incapacidade plena (social e, mais tarde, também jurídica) e, no melhor dos casos, converter-se em objeto de proteção-repressão. Estas são suas características mais significativas. Durante a Idade Média, antes da escolarização das crianças, estas e os adultos compartilhavam os mesmos lugares e situações, fossem eles domésticos, de trabalho ou de festa. Na sociedade medieval não havia a divisão territorial e de atividades em função da idade dos indivíduos, não havia o sentimento de infância ou uma representação elaborada dessa fase da vida de acordo com Ariès (1973).
2.2 A infância e o direito a educação
A infância é um conceito construído historicamente e mostra-se de diferentes modos. Na Grécia Antiga não havia designação de infância. A partir da Idade Média é que a ideia sobre esta fase da vida começa a ser construída, quando já se diferenciava a mesma, com a compreensão de que as crianças eram adultos em miniatura.
Apenas na Idade Moderna as crianças passaram a ser vistas como ser social, com papel central nas relações familiares e da sociedade. A partir daí se intensificaram as lutas pelos direitos da infância e, especificamente no Brasil, na década de 1980 foram alcançadas as garantias legais para tal fase.
O artigo 29 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê que, como etapa da Educação Básica, a Educação Infantil tenha como objetivo o desenvolvimento integral da criança até 05 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social.
Foram fixadas, em 2009, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil – (DCNEI) (BRASIL, 2010). As DCNEI acompanham o que há de mais avançado nas discussões sobre Educação Infantil. Oferecem um avanço significativo no modo de conceber a infância, o espaço escolar e o currículo, pensados sob a ótica política. Se aplicada corretamente, esta legislação proporciona grande melhoria educacional.
Nestas legislações a criança é vista como sujeito de direitos sociais, obrigatoriamente matriculada numa instituição educacional a partir dos 04 anos de idade. A instituição, por sua vez, deve ser garantida pelo Estado, seguindo princípios políticos, éticos e estéticos. A criança deve ser o centro do processo educativo. Portanto, o currículo tem de articular as experiências e os saberes das crianças por meio da interação e da brincadeira, sem antecipar conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. Os conteúdos a se trabalhar devem promover o progressivo domínio de linguagens (artes, matemática, tecnologia, tradições culturais, oralidade e escrita dentre outras) e o conhecimento de si e do mundo.
Neste sentido deve-se reconhecer, respeitar, valorizar e se relacionar com a diversidade de etnias e culturas locais, combatendo o racismo e a discriminação. A autonomia das crianças tem de ser estimulada ampliando o encantamento, questionamento e vivenciando a estética, a biodiversidade natural e respeitando outros sujeitos e o planeta.
Neste processo é importante: deixar de lado atividades que tem por objetivo a submissão, o disciplinamento, o silêncio, a obediência; não oferecer uma prática que
proporcione a escolarização precoce; superar a rotina tradicional de atividades com lápis e papel para a alfabetização ou numeralização precoce, com rigidez dos horários e da distribuição das atividades em rotinas pobres e empobrecedoras; oferecer às crianças condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e adivinhas; auxiliar o desenvolvimento e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas emocionais, estéticas e éticas; criar situações significavas de aprendizagem para alcançar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e socioafetivas; oferecer experiências desafiadoras; respeitar as manifestações da criança; seguir os princípios de promoção da saúde; respeitar e reconhecer a cultura e nível econômico da criança, estando informado de todo seu contexto histórico.
2.3 A descoberta da ludicidade na metodologia do ensino-aprendizagem
Por envolverem extrema dedicação e entusiasmo, os jogos das crianças são fundamentais para o desenvolvimento de diferentes condutas e para a aprendizagem de diversos tipos de conhecimentos.
Os jogos simbólicos ocorrem a partir da aquisição da representação simbólica, impulsionada pela imitação. A criança bem pequena só é capaz de imitar um modelo que esteja presente, pois não é capaz de imaginar; mais adiante, na etapa simbólica, a criança passa a imitar modelos ausentes, ou seja, ela reproduz um modelo interiorizado (imaginado). Bandeira afirma que:
É necessário que estejam previstos na rotina escolar períodos de tempo consideráveis destinados ao jogo livre, permitindo, assim, que as crianças interajam entre si e com os objetos de forma espontânea. Certa quantidade e variedade de materiais, organizados de maneira a oportunizar a fácil manipulação pelas crianças, também é um fator fundamental para estimular o faz-de-conta. A sala de aula da escola infantil deve, antes de qualquer coisa, ser um espaço visualmente limpo e claro, permitindo que as crianças desenvolvam suas capacidades de criação e imaginação. (BANDEIRA, 2010, p 14).
É fundamental que o professor dedique alguns minutos para organizar o espaço de sua sala de aula e contar com ajuda das crianças que, com enorme prazer e dedicação, se envolvem nas tarefas propostas, criando um ambiente de cooperação.
O adulto tem a função de “observação”, intervindo o mínimo possível, de maneira a garantir a segurança e o direito à livre manifestação de todos. A segunda função é a de “catalisador”, procurando, através da observação, descobrir as necessidades e os desejos implícitos na brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de tal atividade. E, finalmente, de “participante ativo” nas brincadeiras, atuando como um mediador das relações que se estabelecem e das situações surgidas, em proveito do desenvolvimento saudável e prazeroso das crianças.
	A infância constitui a primeira fase da vida do ser humano, sendo esta o período que surge a vontade de brincar. Através da brincadeira, da música, do brinquedo e dos jogos é que as crianças trazem o mundo para a sua realidade de forma abstrata e concreta. Nesse mundo de imaginação e de experimentação a criança poderá imaginar, criar, recriar, associar e descobrir. 
	Corrêa (2010) corrobora tal pensamento afirmando que:
Ao brincar a criança se relaciona com outras crianças, sendo capaz de aprender a trabalhar individualmente e em grupo. Enquanto brinca a criança se desenvolve física, psíquica e socialmente, a brincadeira poderá ainda auxiliar no controle da agressividade e organizar a rotina e suas convivências diárias. Ademais, um brinquedo pode se transformar em ferramenta facilitadora para que a aprendizagem ocorra. (CORRÊA, 2010, p. 2)
	Sendo assim, o professor da educação infantil deverá disponibilizar tempo e espaço para que os jogos e as brincadeiras sejam desenvolvidas tanto dentro quanto fora do ambiente da sala de aula. Entretanto, o professor não pode se esquecer que mesmo no ambiente lúdico com brincadeiras e jogos, ele deve atuar como um mediador para que haja uma melhor exploração desse momento vivenciado pelos seus alunos. Deve-se direcionar as atividades de maneira a estimular a aprendizagem, pois isso valoriza “[...] não só o resultado da atividade lúdica, mas a própria brincadeira, o simples ato de brincar e a experiênciavivida e as redescobertas realizadas durante todo o processo” (CORRÊA, 2010, p. 5). Em consonância Cunha (2001, p. 07) afirma que “cada vez que ensinamos algo e a criança, estamos impedindo que ela descubra por si mesma, por outro lado aquilo que permitimos que ela descubra por si mesma permanecerá com ela”.
	Apesar de haver uma mediação do professor, o brincar deve ser uma atividade livre na qual a criança representará a sua fantasia, transformando-a em momentos de autoconhecimento e de reconhecer os outros. Assim:
O lúdico exerce uma influência positiva em todas as fases do desenvolvimento infantil, inclusive na escola. Para uma criança a brincadeira é uma necessidade relativamente importante, tanto quanto comer e vestir, fazendo parte da essência da infância, e deve ser sem dúvida, uma ação prazerosa na educação infantil. (CORRÊA, 2010, p. 08).
	Dessa forma, a compreensão do brincar no processo de ensino-aprendizagem foi algo construído a longo da história, marcando de forma positiva o universo infantil. Partindo de um pressuposto histórico, a criança não era vista como um sujeito pertencente à sociedade, isso fazia com que as atividades relacionadas ao mundo infantil fossem desvalorizadas. Lopes (2006) esclarece que as crianças, sem tempo para sonhar e brincar, foi vista como um adulto em miniatura que deveria ocupar o seu tempo com atividades voltadas ao trabalho. O autor afirma ainda que a concepção de criança só veio ganhar força com os estudos voltados para a valorização dos direitos que foram adquirindo espaço com o direito de brincar. Neste sentido, tem-se na atualidade o artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas – ONU: “Toda criança tem o direito ao descanso e ao lazer, a participar de jogos de recreação apropriados à sua idade e a participar livremente da vida cultural e das artes”.
	Corroborando tal pensamento, Lopes (2006) explicita que o:
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras, as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenção, a interação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio da interação, da utilização e da experimentação de regras e papéis sociais. (LOPES, 2006, p. 110).
	Para tanto, a aprendizagem na educação infantil carece levar em conta que o brincar deve ser tido como um ato natural e prazeroso. Kishimoto (2001) vem ressaltar que o brinquedo assume a função lúdica e ao mesmo tempo educativa, ou seja, tal função propicia diversão, prazer, desprazer e aprendizado, pois a ludicidade no campo educativo ensino tudo aquilo que compete a criança aprender em seus conhecimentos com a sua apreensão de mundo.
	Todavia, faz-se necessário deixar claro aos professores que as atividades lúdicas não podem e não devem se restringir apenas ao jogo, pois segundo Oliveira (1985) a ludicidade consiste em:
[...] um recurso metodológico capaz de propiciar uma aprendizagem espontânea e natural. Estimula a crítica, a criatividade, a sociabilização. Sendo, portanto reconhecido como uma das atividades mais significativas – senão a mais significativa – pelo seu conteúdo pedagógico social. (OLIVEIRA, 1985, 74).
	Partindo assim da importância da ludicidade no desenvolvimento infantil, tem-se um processo contínuo da evolução da criança que requer sempre novas habilidades, levando-a explorar os ambientes e objetos, pois:
Nesse desenvolvimento se expressa a própria natureza da evolução e esta exige a cada instante uma nova função e a exploração de nova habilidade. Essas funções e essas novas habilidades, ao entrarem em ação, impelem a criança a buscar um tipo de atividade que lhe permita manifestar-se de forma mais completa. A imprescindível “linguagem” dessa atividade é o brincar, é o jogar. Portanto, a brincadeira infantil está muito mais relacionada a estímulos internos que a contingências exteriores. (ANTUNES, 2008, p.37).
	Com isso, é compreendido que a criança está envolta a um processo de evolução desde o seu nascimento, ou seja, necessita ser estimulada para que o seu desenvolvimento físico e intelectual seja pleno. E por meio dos jogos e brincadeiras pode ocorrer o processo de assimilação e apreensão do conhecimento, assim afirma Pereira (2015).
	A autora também complementa dizendo que:
Todo exercício que o brincar consente é fundamental para o desenvolvimento da criança em todas as etapas da sua vida e, por meio da brincadeira, a criança poderá expressar os sentimentos e se relacionar com o mundo a sua volta. O brincar oportuniza atividades em que as habilidades podem ser praticadas; tanto as físicas quanto as mentais, e repetidas quantas vezes for necessário para a confiança e o domínio das mesmas. (PEREIRA, 2015, p. 9).
	Desse modo, só fica mais evidente que as relações entre os jogos, a criança e a educação consiste em um processo fundamental para que haja a aprendizagem, haja vista que se pode estimular a criatividade, o raciocínio lógico, a concentração, a socialização e até mesmo o respeito mútuo por meio das atividades lúdicas. Por conseguinte, Antunes (2008) defende, em sua integralidade, que o jogo é o meio mais eficiente de inteligências na infância.
	Nesse sentido, Vygotsky (1984), afirma que toda criança que brinca vive uma eterna mesmice afortunada e que, segundo ele, ultrapassa com mais facilidade as dificuldades existentes em seu cotidiano do que outras crianças que não tiveram a oportunidade de brincar na infância, pois a privação do brincar pode causar grandes danos, em especial, no que se refere a aprendizagem escolar da criança.
	Por meio das brincadeiras é que as crianças ultrapassam a realidade. Através da fantasia elas expressam, muitas vezes, aquilo que tem dificuldade de dizer por meio de palavras. Por isso, os jogos e as brincadeiras na sala de aula têm que ser visto como algo de extrema importância, já que estimula e motiva a criança a estudar de forma prazerosa, pois “Os jogos e as brincadeiras proporcionam aos educandos novos conhecimentos, habilidades, pensamento e entendimento lógico, sendo recursos úteis para uma aprendizagem diferenciada e significativa” (PEREIRA, 2015, p. 12).
	Compreende-se, então, que o lúdico é uma parte essencial dentro do universo infantil capaz de desenvolver as potencialidades da criança e dando-lhe autonomia. Para tanto, a escola dever ser uma instituição que garanta o pleno desenvolvimento dos alunos que nela estão inseridos. Além disso, oferecer a estrutura e o apoio pedagógico aos professores para que o lúdico não seja algo burocrático dentro de uma gaveta ou apenas o brincar pelo brincar, mas sim algo sólido e capaz de tornar o aluno um agente ativo de seu contexto, haja vista que a aprendizagem é o grande foco de toda a atividade educativa escolar e Libâneo (1994) define isso como sendo
Um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo de ensino. Os resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e mental. (LIBÂNEO, 1994, p.83).
	
	Através do pressuposto de Libâneo, nota-se que a aprendizagem na educação infantil está intimamente ligada ao jogo e a brincadeira, sendo estes um poderoso recurso na aprendizagem desde que se saiba utilizar as inúmeras possibilidades pedagógicas, pois tantos os jogos quanto as brincadeiras fazem parte do mundo infantil, influenciando de tal maneira a formação de conceitos e na personalidade da criança.
	Corroborando com Libâneo, Maluf (2003) afirma que:
Brincar juntos reforça laços afetivos. É uma maneira de manifestar nosso amor à criança. Todas as crianças gostam de brincar com os professores, pais, irmãos, e avós. A participaçãodo adulto na brincadeira com a criança eleva o nível de interesse pelo enriquecimento que proporciona, pode também contribuir para o esclarecimento de dúvidas referentes as regras das brincadeiras. A criança sente-se ao mesmo tempo prestigiada e desafiada quando o parceiro da brincadeira é um adulto. Este, por sua vez pode levar a criança a fazer descobertas e a viver experiências que tornam o brincar mais estimulante e mais rico em aprendizado. (MALUF, 2003, p.17).
	Portanto, sendo a educação infantil um processo dinâmico, as mudanças devem ser acompanhadas do aperfeiçoamento profissional dos professores para que o processo de ensino seja efetivo e alcance de forma satisfatória os alunos , pois “um professor atualizado é aquele que tem os olhos no futuro e a ação no presente, para não perder as possibilidade que o momento atual certamente lhe apresenta” (SANTOS, 1997, p. 80). Desse modo, o professor deve sempre buscar novas estratégias para inovar a sua prática de ensino para atender as necessidades dos alunos.
2.4 A promoção da aprendizagem através da ludicidade: jogos, brinquedos e brincadeiras
	
	Ao afirmar a importância da ludicidade na educação infantil é enfatizar que ela está presente diariamente nas salas de aula desse nível de ensino através dos jogos, brinquedos e brincadeiras. A criança deve ser tida como com um ser pensante e a ela deve ser dada todas as oportunidades necessárias para o seu desenvolvimento pleno, entre eles o direito de brincar.
	Huizinga afirma que (1996, p. 24) “seria mais ou menos óbvio, mas também um pouco fácil, considerar ‘jogo’ toda e qualquer atividade humana”, com isso entende-se que a ludicidade é algo constante e que sempre fez parte da vida humana, constituindo de tal forma a sua identidade, história e até mesmo a sua cultura. Dessa forma, entende que os jogos, as brincadeiras e os brinquedos fazem parte da vida do ser humano desde os seus primórdios.
	Dessa forma, caracterizar a ludicidade como atividades livres com as quais as crianças tem a possibilidade de aprender de forma prazerosa através de brincadeiras é o mais correto. Huizinga (1996) vem dizer que os jogos e as brincadeiras tem por característica a liberdade de escolha da criança, ou seja, não é algo imposto, por isso
Chegamos, assim, à primeira das características fundamentais do jogo: o fato de ser livre, de ser ele próprio liberdade. Uma segunda característica, intimamente ligada à primeira, é que o jogo não é vida "corrente" nem vida "real". Pelo contrário, trata-se de uma evasão da vida "real" para uma esfera temporária de atividade com orientação própria. Toda criança sabe perfeitamente quando está "só fazendo de conta" ou quando está "só brincando". (HUIZINGA, 1996, p. 11).
	Corrobora Brougère (2010) quando afirma que
A brincadeira é, antes de tudo, uma confrontação com a cultura. Na brincadeira, a criança se relaciona com conteúdos culturais que ela reproduz e transforma, dos quais ela se apropria e lhes dá uma significação. A brincadeira é entrada na cultura, numa cultura particular, tal como ela existe num dado momento, mas com todo seu peso histórico. [...] A apropriação do mundo exterior passa por transformações, por modificações, por adaptações, para se transformar numa brincadeira: é liberdade de iniciativa e de desdobramento daquele que brinca, sem a qual não existe a verdadeira brincadeira. (BROUGÈRE, 2010, p. 82).
	Além disso o autor supracitado diferencia o jogo da brincadeira, pois a primeira pode ser tida como uma atividade tanto de criança quanto de adulto, enquanto a segunda é algo exclusivo do universo infantil.
Aquilo que é chamado de jogo (jogos de sociedade, de construção, de habilidades, jogos eletrônicos ou de vídeo...) pressupõe a presença de uma função como determinante no interesse do objeto e anterior a seu uso legítimo: trata-se de regra para um jogo de sociedade ou do princípio de construção (encaixe, montagem) para as peças de um jogo de construção. [...] É claro que os jogos de sociedade não são puras expressões dos princípios lúdicos mas, após o Monopólio, são cada vez mais a representação de um aspecto da vida social, pelo menos quando não se referem a um universo imaginário. (BROUGÈRE, 2010, 13).
	Assim, a ludicidade é faz com que a criança tenha prazer ao aprender e, automaticamente, se desenvolva. Para tanto, as atividades lúdicas não devem ser impostas, se assim for, perde sua principal característica, a liberdade de escolha, e o propósito de uma atividade baseada em seu interesse. A brincadeira por si pode ser considerada universal, a criança vai brincar estando em um meio social, se relacionando com outros sujeitos, o modo como brinca, com o que brinca e do que brinca modifica-se culturalmente. A cultura é um fator determinante na concepção do brinquedo e da brincadeira.
2.5 A música trabalhada no cotidiano da educação infantil como aspecto lúdico no processo de ensino-aprendizagem
Presente em diversas atividades da vida humana, a música se apresenta também de muitas formas no contexto da educação infantil. Podemos ver isso nas diversas situações, como nos momentos de chegada, hora do lanche, nas comemorações escolares como danças, nas recreações e festividades em geral. E não é diferente na vida das crianças em suas relações com o mundo. A música também possibilita a interação com o mundo adulto dos pais, avós e outras fontes como: televisão e rádio, que rodeiam o dia a dia das crianças, que vem formar um repertório inicial no seu universo sonoro. Brincando fazem demonstrações espontâneas, quando em família ou por intervenção do professor na escola, possibilitando a familiarização da criança com a música. Em muitas situações do seu convívio social, elas vivem ou entram em contato com a música. Em relação a isso o RCNEI (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil) explica que: 
O ambiente sonoro, assim como presença da música em diferentes e variadas situações do cotidiano fazem com que os bebês, e crianças iniciem seu processo de musicalização de forma intuitiva. Adultos cantam melodias curtas, cantigas de ninar, fazem brincadeiras cantadas, com rimas parlendas, reconhecendo o fascínio que tais jogos exercem”. (Brasil, 1998. p.51).
Para Nogueira (2003) a música é entendida como experiência que: 
[...] acompanha os seres humanos em praticamente todos os momentos de sua trajetória neste planeta. E, particularmente nos tempos atuais, deve ser vista como umas das mais importantes formas de comunicação [...]. A experiência musical não pode ser ignorada, mas sim compreendida, analisada e transformadas criticamente. (NOGUEIRA, 2003, p.01)
Ao trabalhar a música na escola, não podemos deixar de considerar os conhecimentos prévios da criança sobre a música e o professor deve tomar isso como ponto de partida, incentivando a criança a mostrar o que ela já entende ou conhece sobre esse assunto, deve ter uma postura de aceitação em relação à cultura que a criança traz.
 Em algumas situações pode ocorrer o fato de o professor, de uma maneira despercebida, deixar de lado o meio cultural e social da criança, o que não é bom, pois isso pode levá-la ao desinteresse pela educação musical. usar uma determinada música na hora de entoar a oração da manhã. Isso pode ser entendido como uma forma de expressão e de louvor, porém é necessário ter cuidado, pois nem todos têm a mesma religião. A alternativa, neste caso, talvez fosse pedir que cada dia uma criança fizesse a oração ou cantasse uma canção, assim, todos teriam a chance de expressar sua cultura religiosa na sala de aula.
Algumas situações mostram o uso da musica de forma pouco producente, e às vezes até repetitiva. Brito (2003) critica as apresentações musicais que utilizam gestos repetitivos, pois acredita que esse molde não enriquece a proposta musical dentro da sala de aula, apenas perde-se tempo com repetições e excluem a possibilidade de criação, podando toda e qualquer chance de uma manifestação criativa da criança.
 Muitas vezes, ainda,vemos que a criança é impedida de usar sua criatividade, pois a elas são propostas músicas ou atividades já prontas, canções folclóricas já cantadas há décadas de maneira mecânica e em momentos específicos da rotina escolar, sem saber o significado e sentido daquilo do que está cantando, realizam apenas a memorização e gestos corporais estereotipados que deixam as crianças desinteressadas e poucos contribuem no seu desenvolvimento. 
Ensinar música, a partir dessa óptica, significa ensinar a reproduzir e a interpretar músicas, desconsiderando as possibilidades de experimentar, improvisar, inventar como ferramenta pedagógica de fundamental importância no processo de construção do conhecimento musical (BRITO 2003, p. 52).
Para ser significativa e atingir seus objetivos, a música deve ser trabalhada de diferentes formas, como por exemplo, com exercícios de pulsação, parâmetros sonoros, canto, parlendas, brincadeiras cantadas, sonorização de histórias. Pode-se trabalhar com os alunos ruídos cotidianos, o que parece muito interessante, uma maneira de explorar os sons ou ruídos de uma forma muito completa. Na educação infantil, podemos buscar um trabalho que permita o aluno a experimentar sensações e sentimentos como de tristeza, alegria, e que ele venha a expressar esses sentimentos através da manipulação dos instrumentos musicais que lhes serão colocados a disposição pelo professor.
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
3.1 Tema e linha de pesquisa
	
	O tema deste projeto é “A Ludicidade na Educação Infantil: um Elemento Essencial no Processo Ensino-aprendizagem” que contempla a linha de pesquisa voltada a docência. Essa temática foi escolhida por está intimamente ligada ao curso de Pedagogia e a todo o processo educativo presente em todas as escolas de educação infantil em nosso país.
3.2 Justificativa
	Sabido é que a atividade lúdica no universo da educação infantil desenvolve na criança inúmeras habilidades como a atenção, a memorização, a socialização, a criatividade, a imaginação, o senso crítico, ou seja, todos os aspectos básicos para o processo de aprendizagem e formação do cidadão crítico e consciente.
	Sendo assim, justifica-se a necessidade de estudar tal tema, pois a ludicidade consiste na base da formação socioeducacional das crianças da educação infantil, pois constitui um recurso pedagógico eficaz que envolve os estudantes nas atividades, permitindo que a criança se desenvolva de forma plena.
	
3.3 Problematização
	Qual a importância do brincar na educação infantil? O lúdico pode agregar algo importante no aprendizado da criança? A possibilidade de se trabalhar conteúdos de forma lúdica é real? A ludicidade é realmente essencial para as crianças? Questionamentos como esses leva-nos a refletir sobre o papel do brincar dentro da educação infantil, pois trabalhar os conteúdos através das brincadeiras é a principal problematização encontrada por professores, que muitas vezes, não sabem que o lúdico a torna a aula mais dinâmica e mais prazerosa.
3.4 Objetivos
Reconhecer a ludicidade na educação infantil como sendo um elemento de suma importância para o aprendizado das crianças;
Historicizar o lúdico como aspecto histórico no desenvolvimento cognitivo da criança;
Evidenciar que os jogos e as brincadeiras são recursos primordiais que devem ser aplicados pelos professores na educação infantil;
Estimular os professores a se aperfeiçoarem para poder usar os jogos e as brincadeiras como ferramenta educacional.
3.5 Conteúdos
Histórias infantis;
Montagem de quebra-cabeças e caixa surpresa;
Contando através dos jogos e brincadeiras;
Montagem de jogos educativos;
Ciências (sucatas, meio ambiente e higiene pessoal);
Coordenação motora;
Música;
Montagem de revistas em quadrinhos do dia a dia da criança.
3.6 O processo de Desenvolvimento
	Durante o período de desenvolvimento desse projeto serão realizadas as atividades lúdicas com o intuito de enriquecer os conteúdos e torna-los ainda mais agradáveis e prazerosos tanto para os alunos quanto para os professores. O projeto será aplicado na Creche e Pré-Escola Municipal Regina Ramos Cairo, localizada na cidade de Vitória da Conquista com uma turma de pré-escola 5 (cinco) a 6 (seis) anos.
	Utilizaremos, para tanto, a diversificação de uso de espaços: sala de aula, biblioteca, pátio demais espaços da instituição de ensino com o objetivo de diversificar e ao mesmo tempo integrar os conteúdos programáticos no processo lúdico, estimulando assim novos saberes.
	Abaixo lista-se algumas das atividades a serem realizadas com as crianças que teve como fonte o autor Díaz (2001) em sua obra O processo de aprendizagem e seus transtornos.
Bola por cima, bola por baixo. Tem como objetivo trabalhar a coordenação motora, concentração e a socialização. 
Materiais: Bolas.
Execução: O professor deve colocar os alunos em duas colunas, em fila indiana. Podendo dividir em equipes ou meninos versus meninas. Ao primeiro sinal, que pode ser dado com um apito, o primeiro aluno de cada fileira deve passar a bola por cima da cabeça (com as duas mãos), até chegar ao último colega da fileira. Quando este pegar a bola, deverá correr até a frente da fileira e passar a bola por cima da cabeça, dando sequência a atividade.
Corrida do Saci. Tem como objetivo trabalhar a coordenação motora, o equilíbrio e velocidade.
Execução: O professor deverá montar um ponto de partida e um de chegada. As crianças deverão ficar posicionadas em fila, cada uma segurará uma das pernas flexionadas para trás, na posição de saci. Quando for dado o sinal, elas devem sair pulando até alcançarem a linha de chegada. 
Corda. Tem como objetivo desenvolver a coordenação motora ampla, o esquema corporal, estimular a orientação espacial e temporal, ampliar o equilíbrio, a lateralidade.
Material: A atividade é desenvolvida com uma corda de quatro metros em média.
Execução: Pode ser utilizada no chão, em que a criança ande descalça sobre a corda, com os braços abertos, procurando manter o equilíbrio.
Aproveitando a mesma atividade só que agora a criança vai andar de costas sobre a corda. Ainda esticada no chão a criança pula com os dois pés juntos para esquerda e para direita consecutivamente.
Sapos em Fila. Tem como objetivo: trabalhar em grupo, atenção.
Material: Giz e apito.
Execução: Trace duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma delas, os participantes são reunidos em dois grupos iguais (pode ser mais grupos com número igual de participantes). Em fila, os alunos seguram firme na cintura de quem está na frente. Dado o sinal, os participantes avançam pulando com os dois pés ao mesmo tempo. Se a fila romper, o grupo volta a linha de largada. Vence a turma que alcançar a linha de chegada primeiro.
Caminhada Companheira. Esta brincadeira desenvolve a ideia da tolerância entre as crianças. Ela deve ser aplicada sempre que houver necessidade das crianças andarem juntas, como para ir a sala de aula, ao pátio, a quadra, etc.
Execução: O professor deverá colocar as crianças em fila indiana. No início da atividade peça que coloquem uma das mãos sobre o ombro do coleguinha da frente para delimitar um espaço para os passos. Feito isso peça que tirem as mãos e sigam até o destino. A regra é, quem quiser correr ou andar mais rápido que as outras crianças devem se controlar e aguardar ou quem for mais lento precisa andar mais depressa. Se houver alguma criança com dificuldade de locomoção, os coleguinhas terão de esperá-lo.
3- Morto-Vivo. Tem como o objetivo a atenção, agilidade, coordenação.
Execução: O professor intercala entre vivo (ficar de pé), morto (agachar). Quem errar perde, para não haver exclusão poderá pagar uma prenda.
Caixinha das Sensações. A caixa das sensações visa trabalhar os sentidos através das sensações que os objetos ali dentro colocados despertam nas crianças.
Material: Caixa de papelão (pode ser de tênis) decorada pelo ou pelas próprias crianças. Objetos variados como tampinhas, lixas, pedaçosde pano ou algodão, botões, dentre outros.
Execução: A caixa deverá ter um furo em cima na forma de círculo, onde as crianças colocarão a mão e outra abertura onde o professor colocará os objetos um por um, a fim de que as crianças, com a mão possam identificar o material. Se não tiver uma caixa o professor pode estar vendando a criança.
Música. Tem como objetivo estimular a criança a aprender a ouvir e prestar atenção aos sons.
Material: Aparelho de Som e CDs com músicas de ritmos variados.
Execução: A forma de elaborar a atividade pode ser variada e fica a critério do professor, porém a música deve ser o foco da atividade e não um pano de fundo. Ele deverá estimular as crianças a ouvir os sons presentes na música, como por exemplo, os sons dos instrumentos, dos animais, dos elementos da natureza, elas também podem acompanhar o som batendo palmas ritmicamente ou até mesmo cantando. Se o professor souber tocar algum instrumento musical ou cantar, ele pode propor as crianças que escrevam uma música juntos.
Cada um é do seu jeito (Construção de Identidades). Esta atividade visa auxiliar a criança a construir a imagem do próprio corpo, além de trabalhar a autoestima e autoimagem.
Material: Papel Kraft, canetinhas hidrocor, fita adesiva e tesoura.
Execução: Você pedirá para cada criança deitar sobre uma folha de papel e em seguida irá desenhar a silhueta dela. Escreva o nome da criança e entregue a ela. Quando todos estiverem com suas folhas de papel peça que completem desenhando os olhos, o nariz, a boca e etc. neste momento você pode incentivar a criança a observar o próprio corpo. Quando todos tiverem concluído os desenhos, cole-os lado a lado na parede e peça que eles observem o próprio desenho e o dos coleguinhas, neste momento você deverá estimular a observação, peça que comentem sobre as diferenças nos desenhos (como altura, por exemplo). Aproveite o momento dos comentários para conversar bastante com elas sobre as particularidades de cada uma.
3.7 Tempo para a realização do projeto
	
	A realização do projeto será executada em três etapas:
1ª etapa (duração máxima de 30 dias)
Escolha do tema;
Pesquisa bibliográfica;
Fundamentação teórica.
2ª etapa (duração máxima de 15 dias):
Elaboração do projeto.
3ª etapa (duração máxima de 30 dias):
Reflexão sobre o tema;
Revisão do projeto;
Aplicação do projeto;
Avaliação do projeto.
3.8 Recursos humanos e materiais
	Cita-se como recursos materiais: jogos, brinquedos, lápis, canetas coloridas, pinceis, papel ofício, revistas em quadrinhos, livros de histórias infantis, papel seda, palito de churrasco. Os recursos humanos são alunos, professores e demais profissionais da escola.
3.9 Avaliação
	A avaliação deste projeto será qualitativa, formativa e processual, além de diagnóstica, pois com ele pretende-se alcançar o seu objetivo que é mostrar que a ludicidade é realmente algo de suma importância para o ensino-aprendizagem no que tange a educação infantil.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Através deste projeto pode-se concluir que o lúdico está presente na educação infantil, fazendo com que os professores utilizem de tal técnica para aguçar a imaginação das crianças de forma a expressar suas fantasias, suas emoções, desejos e experiências. É por meio da ludicidade que elas assimilam o real do imaginário.
	Os professores em sua formação e atuação diária no universo infantil devem valorizar o brincar na educação que reconhece o que é infância e os verdadeiros direitos da criança, cabendo tanto a família quanto ao Estado zelar pelo cumprimento de tais direitos.
	Portanto, a ludicidade é de suma importância na educação infantil, pois proporciona através de jogos, brinquedos e brincadeiras o processo de ensino-aprendizagem. Além disso, permite que a criança seja ator e autor de seu desenvolvimento cognitivo, ademais, torna a aprendizagem algo prazeroso e dinâmico.
REFERÊNCIAS
ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara: 1973.
ANTUNES, Celso, 1937. Jogos para estimulação das múltiplas inteligências. 15. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC, SEB, 2010.
BANDEIRA, Fabio de Melo. Propostas metodológicas para a educação infantil. a Campinas: Fundação Educar, 2010.
COORÊA, Leidniz Soares. A importância do lúdico para a aprendizagem na educação infantil. 25 folhas. Artigo Acadêmico. Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. 2010.
CUNHA, Nylse Helena Silva. Um mergulho no brincar: 1º ed. São Paulo: Aquariana, 2001.
DÍAZ, Félix. O processo de aprendizagem e seus transtornos. Salvador: UFBA, 2011.
KISHIMOTO, Tizuco Morchida (org). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. (Coleção magistério. Série formação de professor). São Paulo: Cortez, 1994. 
LOPES. V. G. Linguagem do Corpo e Movimento. Curitiba, PR: FAEL, 2006. 
 
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: Prazer e Aprendizado. Petrópolis RJ: Vozes, 2003.
NARODOWSKI, Mariano. Infância e poder: A confrontação da pedagogia moderna. Tese de doutorado em educação. Universidade Estadual de Campinas, 1993.
OLIVEIRA, V.M. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1985.
PEREIRA, Aldeídes Gomes. A ludicidade como recurso pedagógico para a aprendizagem da leitura e da escrita. 24 folhas. Artigo Acadêmico. Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Manaus; 2015.
SANTOS, Santa Marli Pires dos. (Org.). Brinquedoteca: o lúdico em diferentes contextos. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
UNICEF. A Convenção sobre os Direitos da Criança. Adoptado pela Assembleia Geral nas Nações Unidas em 20 de Novembro de 1989 e ratificada por Portugal em 21 de Setembro de 1990. Disponível em: http://www.unicef.pt/docs/pdf_publicacoes/convencao_direito_crianca2004.pdf Acessado: 03/05/2018.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO PEDAGOGIA
GRIVONETE BISPO DOS SANTOS
 
 A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ELEMENTO ESSENCIAL NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Vitória da Conquista - BA 
2018
GRIVONETE BISPO DOS SANTOS
A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM ELEMENTO ESSENCIAL NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Trabalho do curso de Pedagogia apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Projeto de Ensino em Educação. 
Orientadora: Profª. Okçana Battini e Natália Gomes dos Santos.
Vitória da Conquista - BA
2018

Outros materiais