Endemismo, Provincialismo, Cosmopilita Biogeografia

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ENDEMISMO, 
PROVINCIALISMO E 
DISJUNÇÃO 
Disciplina: Fundamentos de Ecologia e de Modelagem 
Ambiental Aplicados à conservação da biodiversidade 
 
Aluna: Luciane Yumie Sato 
ENDEMISMO 
 O que é? significa simplesmente que não ocorre em 
nenhum outro lugar 
 
 Os organismos podem ser endêmicos em diferentes 
escalas espaciais e níveis taxonômicos 
 
 Muitas espécies, gêneros, algumas famílias e ordens 
são restritas a pequenas ilhas ou pequenas 
manchas de habitat 
 
 
ENDEMISMO 
 Endemias não estão distribuídas aleatoriamente, mas 
podem ser encontradas com maior abundância em 
algumas regiões. Ex.: Hotspot – Austrália, África do 
Sul, Madagascar e Nova Zelândia. 
ENDEMISMO 
 Ex.: Munzothamnus (gênero da Margarida) – 
Família Asteraceae 
 
ENDEMISMO 
 A restrição da distribuição dos táxons em uma 
determinada região geográfica é consequência de 
eventos históricos e processos ecológicos 
 
 Processos ecológicos: usados para explicar os limites 
atuais das áreas endêmicas 
 
 Eventos históricos: usados para explicar como o táxon 
tornou-se confinado a uma determinada área e para 
reconstruir a origem geográfica, a dispersão e a redução 
do táxon no tempo 
 
 
 
 
 
1) Origem: 
 Endemismo autóctone: é aquele em que a espécie se 
diferenciou in situ, no mesmo local onde é encontrada 
nos dias atuais. Por razões de difícil disseminação, fica 
restrita a uma pequena área geográfica 
 Endemismo alóctone: quando as espécies 
desenvolveram suas características em outros locais e 
apenas sobrevivem em uma área restrita 
 
 
TIPOS DE ENDEMISMO 
 
2) Idades: 
 Endemismo paleoendêmico: usado para identificar 
espécies mais antigas 
 Endemismo neoendêmico: usado para identificar 
espécies mais recentes 
 
 
TIPOS DE ENDEMISMO 
ENDEMISMO 
 
 Ex.: Planta relíquia ou Fóssil vivo - Ginkgo biloba – 
uma espécie endêmica da China, que foi bastante 
diversificada no período Mesozóico 
 
Endemismo 
alóctone 
COSMOPOLITA 
 São táxons com ampla distribuição, ocorrem em 
quase todas as partes do mundo 
 
 Protozoários, algas e fungos apresentam ampla 
distribuição, devido sua dispersão ser feita pela ação da 
água ou do vento 
 
 
 
 
Distribuição cosmopolita 
de uma família de 
morcegos, 
incluem 35 
gêneros e 318 espécies 
COSMOPOLITA 
 Distribuições cosmopolitas são raras, por isso ficam 
limitadas a menos do que 1% de todas as famílias 
 
 Podem ser pelo ampla tolerância ecológica, boa 
capacidade de se dispersarem por longas distâncias, 
requisitos muito gerais para completarem o seus ciclos 
de vida 
 
 Ou porque a diversidade ecológica é suficientemente 
ampla para incluir formas que podem existir na maioria 
dos habitats, e também porque esses grupos tiveram 
tempo suficiente para colonizar a maioria dos habitats 
 
 
PROVINCIALISMO 
 O que é? a ocorrência de determinadas espécies 
restritas a uma província biogeográfica 
Biogeografia clássica da 
província da Austrália 
Centro árido 
Ambientes mais úmidos - floresta 
Ambientes mais úmidos - floresta 
Ambientes mais úmidos - floresta 
Ricas em espécies endêmicas 
Separados devido ao clima 
e por razões históricas 
PROVINCIALISMO 
 Muitos estudo foram feitos para entender a distribuição 
dos animais e plantas pelos continentes. E resultou 
numa divisão da Terra em hierarquias com padrões 
similares de fauna e flora. Em ordem decrescente de 
tamanho 
Reino 
Regiões 
Sub-regiões 
Províncias 
Distritos 
São muito usadas para 
descrever muitas distribuições 
Ex.: Separação em províncias da 
distribuição das plantas, devido a 
combinação de diferentes tipo de 
solo, temperatura e precipitação 
PROVINCIALISMO 
 Linhas Biogeográficas: são as fronteiras entre 
duas grandes regiões ou províncias 
 
 O reconhecimento desses limites implica que existe 
ou já existiu uma barreira para o intercâmbio 
biótico entre territórios adjacentes 
 
 O atual limite entre as regiões é influenciado 
principalmente por fatores do habitat e 
climáticos 
PROVINCIALISMO 
São as linhas geográficas 
desenhada por Wallace´s 
(mais antiga) e mais tarde por 
outros autores os limites entre 
a biota oriental e regiões 
australianas. 
A diferente localização dessas 
linhas indicam que os 
diferentes táxons se 
dispersam em diferentes 
graus para as ilhas das Índias 
Orientais dos seus continentes 
de origem 
PROVINCIALISMO 
 Classificação de ilhas: 
 Ilhas continentais: eram parte do continente e 
originalmente tinham uma biota continental. 
Alumas espécies podem ter sido extintas, ou até 
mesmo recolozinada. São taxonomicamente e 
ecologicamente similiares ao continente 
 
 Ilhas oceânicas: que estão distantes dos 
continentes, surgiram de erupções vulcânicas 
isoladas do fundo do oceano, foram colonizadas 
através de dispersões de longas distâncias,a 
composição da biota é imprevisível 
 
PROVINCIALISMO 
 Regiões e províncias marinhas: algumas 
classificações são baseadas nas caracterizações 
ecológicas de temperatura, profundidade e 
substrato da água 
 
 A maioria dos animais marinhos são cosmopolitas e 
isto dificulta a determinação da distribuição dos 
táxons marinhos 
PROVINCIALISMO 
Distribuição de baleias. (a) Globicephala melas e (b) Eubalaena 
glacialis. As águas tropicais quentes são poderosas barreiras para a 
dispersão das baleias, isolando as populações no hemisfério norte e sul 
PROVINCIALISMO 
 Quantificar similaridade entre biotas: para 
tornar o processo de classificação dos organismos e 
das regiões biogeográficas mas rigoroso, objetivo e 
repetitivo 
 Diversos índices calculam a simililaridade entre 
pares de biotas 
PROVINCIALISMO 
Regiões e sub-regiões biogeográficas 
(a) pássaros, (b)morcegos e (c) borboletas 
Conclusão: os pássaros e borboletas 
tem padrões similares, mas o 
Morcegos não 
PROVINCIALISMO 
(a) (b) 
DISJUNÇÃO 
 São aquelas distribuições e que 2 ou mais táxons 
relativamente similares ocupam áreas amplamente 
distantes entre si 
 Conhecimentos sobre as distribuições disjuntas podem 
ajudar a desvendar a história da vida na 
determinação de como as biotas evoluíram no tempo 
Distribuição 
disjuntas de 
pássaros 
DISJUNÇÃO 
 Ex.: Acacia Koa – Família Fabacea – Ilhas do Havaí 
 Acacia heterophylla – Mauritius (Ilha do Oceano Índico) 
 
CAUSAS DE DISTRIBUIÇÕES DISJUNTAS 
 1) Separação de terras contínuas subdividiu as áreas 
formando uma barreira geológica ou ambiental 
 
 2) Dispersão a longas distâncias podem colonizar 
áreas similares 
 
Distribuição 
disjunta 
de lagartos 
- Os pontos são as distribuições extintas e os traços são a distribuição 
existente 
- Tinha uma ampla distribuição pela Europa, Ásia e América do Norte no 
período Terciário. Mas agora está confinada ao leste da América do Norte e 
sudeste Ásia. 
 
 
 
 
DISJUNÇÃO 
Árvore do gênero 
Nyssa – família 
Nyssaceae 
 
(a) Dois tipos de ervas do mesmo gênero são encontradas em áreas separadas 
no norte e sul da América. 
(b) Uma mesma espécie ocorrem em áreas separadas 
Pode ser explicado pelas rotas migratórias dos pássaros 
Áreas disjuntas 
podem ocorrem em 
áreas com as 
mesmas condições 
clima, vegetação 
 
DISJUNÇÃO