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Profa. Rossiane C Vommaro rcvommaro@gmail.com Laboratório de Ultraestrutura Celular Hertha Meyer - Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho - UFRJ Introdução à Parasitologia 2 “O Parasitismo é toda relação ecológica, desenvolvida entre indivíduos de diferentes espécies, em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável.” (Rey,2008) A parasitologia engloba os estudo dos protozoários, helmintos, vírus, bactérias , fungos e artrópodes. Parasitismo PARASITOLOGIA Identificação: DIAGNÓSTICO Biologia: PATOLOGIA, TRATAMENTO, TRANSMISSÃO E CONTROLE Relação parasito x hospedeiro: PROGNÓSTICO Parasitos de importância médica • Helmintos • Protozoários • Artrópodes • Fungos ??? História da Parasitologia Humana • Registros históricos 5.000 a 3.000 A.C. • Paleoparasitologia • 300 espécies de helmintos • 70 espécies de protozoários • 280 espécies causam infecção rara e/ou acidental 90 espécies parasitam humanos 6 • Esta relação é antiga, mais antigo que o próprio homem; • Mas já relatada nos primórdios da civilização. “Huaco” Peruano (400- 900 AC) 7 • Fruto de mutações e adaptações que levam por vezes a ausência de enzimas e vias importantes causando dependência do parasito ao hospedeiro. • Graus de parasitismo. Vírus: o mais alto grau de parasitismo. 8 • A patogenicidade não é condição obrigatória do parasitismo. • A patogenia é conseqüência das necessidades do hospedeiro e das respostas deste. • Portanto o “bom” parasito não mata o seu hospedeiro . Impacto das Parasitoses Higiene • Parte da medicina que trata da preservação da saúde; • Evolução do conhecimento; Profilaxia Meios para se impedir o aparecimento e proliferação da doença. Distribuição geográfica • Interações de fatores ambientais abióticos e bióticos, incluindo o próprio ser humano • Principal fonte para contaminação do ser humano: – Solo – Água Os ovos, cistos e larvas dos parasitas, contaminam a água, que os transporta a longas distâncias, promovendo dessa forma, a infecção de novos hospedeiros. (Wenzel et alii, 1991). Migração Humana e disseminação das doenças: transmissão autóctone Fatores para a distribuição geográfica: • Presença de hospedeiros suscetíveis • Migrações humanas • Condições ambientais • Potencial biótico elevado- capacidade de reprodução • Maior densidade populacional • Hábitos religiosos • Deficiência de princípios higiênicos • Baixas condições de vida • Ignorância Tipos de parasitismo • Acidental • Errático • Obrigatório • Proteliano - apenas em uma fase da vida • Facultativo Dipylidium caninum Enterobius vermicularis Larvas de Dermatobia hominis Miíases necrobiontófagas Tipos de hospedeiros • Definitivo/Intermediário: – Hospedeiro definitivo: formas sexuadas do parasito: – Hospedeiro intermediário: fases imaturas ou fase assexuada. Ex: Taenia saginata: Bovinos/homem • Vertebrado/Invertebrado • Vetor: – organismos que transmite um patógeno – a maioria são artrópodes e também são parasitos Ex: Culex sp. – Tipos: • VETOR BIOLÓGICO: reproduz ou se desenvolve no vetor. Ex: Leishmania sp; Trypanosoma sp. • VETOR MECÂNICO: transmissão do parasito Ex: A mosca doméstica • VETOR INANIMADO OU FÔMITE: objetos Tipos de hospedeiros Culex sp. 17 Formas de transmissão • Fecal–oral • Congênita • Sexual • Através da alimentação • Penetração Ativa • Vetorial 17 • Portador: – Indivíduo susceptível: • Sintomático • Assintomático • Reservatório: – Indivíduo onde o parasito permanece viável, sem causar a doença- questionável Ex:Trypanosoma cruzi e o gambá. Tipos de hospedeiros Ação do parasito no hospedeiro • Mecânica: – Ex: Ascaris lumbricoides. • Tóxica/Imunológica: – Ex: P. falciparum. • Espoliativa: – Ex: Ancylostoma duodenale. • Contaminativa: – Ex: Pediculus humanus- piolho Ciclo do parasito • Autoxênico: – Ex: Sarcoptes scabei. • Monoxênico: – Ex: Ascaris lumbricoides. • Heteroxênico: – Ex: Schistosoma mansoni Localização • Ectoparasito: – Ex: Pthirus pubis • Endoparasito: – Ex: Trichinella spiralis • No ambiente: Pthirus pubis Larvas de Trichinella enquistadas em células musculares estriadas Tipos de desenvolvimento • Infecção: – relacionado com endoparasitismo; • Infestação: – relacionado com ectoparasitismo; • Parasitíase: – doença causada pelo parasito; • Período pré-patente (PPP): – vai da infecção até a eliminação das formas de contaminação parasitária, identificáveis laboratorialmente. Mecanismos de agressão • Espoliativo: nutrientes , tecidos sólidos ou hematofagismo – Ex: Taenia sp. , ancilostomídeos. • Enzimático: destruição tecidual – Ex: Entamoeba histolytica e larvas infectante de ancilostomídeos. • Inflamatório/hipersensibilizante: – Ex: Larvas de helmintos que fazem ciclos pulmonares. • Imunodepressor: – Ex: Leishmania donovani • Neoplásico: – Ex: Schistosoma haematobium e neoplasia de bexiga. 24 • Tratamento indisponível, obsoleto e com pouco investimento em pesquisa de novas estratégias terapêuticas; • Doenças ligadas à pobreza e negligenciadas pela indústria farmacêutica e governos. Temos que estar atentos! 25 - Fundada pela organização Médicos Sem Fronteiras em 2003 com os recursos recebidos pelo Prêmio Nobel da Paz em 1999. - Mais 6 organizações fazem parte desta iniciativa: 1. Fundação Oswaldo Cruz 2. Conselho Indiano de Pesquisa Médica da Índia 3. Instituto de Pesquisas Médicas do Quênia 4. Ministério da Saúde da Malásia 5. Insituto Pasteur 6. Programa Especial para Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais (TDR) 26 VISÃO: Melhorar a qualidade de vida e a saúde das pessoas que sofrem com as doenças negligenciadas utilizando modelo alternativo de desenvolvimento de medicamentos dedicado ao tratamento destas doenças, e assegurando o acesso equitativo a novas e importantes ferramentas na área da saúde. MISSÃO: Desenvolver novos medicamentos ou novas formulações de medicamentos já existentes para pacientes que sofrem com as doenças negligenciadas.
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